20/04/2020
O adiamento da Decisão Final de Investimento no projecto de Gás Natural Liquefeito na bacia do Rovuma é outro revés para Moçambique, já que prejudica a balança de pagamentos, o crescimento do Produto Interno Bruto e a perspectiva de cumprimento do orçamento
O gabinete de estudos económicos do Standard Bank considera que o adiamento da Decisão Final de Investimento da ExxonMobil no projecto da bacia do Rovuma, em Moçambique, vai dificultar o acesso a financiamento externo do país.
“O adiamento da Decisão Final de Investimento no projecto de Gás Natural Liquefeito na bacia do Rovuma é outro revés para Moçambique, já que prejudica a balança de pagamentos, o crescimento do Produto Interno Bruto e a perspectiva de cumprimento do orçamento”, escrevem os analistas na mais recente nota sobre as economias africanas.
No documento, enviado aos investidores, os economistas do gabinete de estudos deste banco sul-africano dizem que o adiamento “reduz materialmente o montante de entrada de capitais e o investimento directo estrangero que Moçambique deverá receber, e também prejudica a capacidade de acesso aos mercados internacionais por parte do sector público do país”.
De acordo com o Standard Bank, a questão da sustentabilidade da dívida ficará mais clara quando o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgar a análise sobre a sustentabilidade da dívida de Moçambique, “nas próximas semanas, definindo o montante de apoio financeiro que pode ser disponibilizado ao país”.
O projecto do Rovuma, liderado pela petrolífera norte-americana ExxonMobil, é o maior dos três grandes projectos de gás natural liquefeito em desenvolvimento em Moçambique, e era previsível que as operações começassem em 2025, mas parece agora cada vez mais provável que haja um adiamento.
Já este mês, a petrolífera anunciou oficialmente o adiamento da Decisão Final de Investimento, citando as difíceis condições de operação decorrentes do abrandamento da economia a nível mundial e a redução do preço das matérias-primas devido à descida da procura, no seguimento das medidas decretadas para conter a propagação da pandemia da covid-19. Segundo o Standard Bank, a previsão de crescimento de 2,2% apontada pelo FMI, em linha com a estimativa do Governo, é optimista: “Vemos riscos acrescidos devido aos desafios de segurança e à materialização do cenário de menos investimento, especialmente considerando o adiamento do projecto da bacia do Rovuma”.
CORREIO DA MANHÃ – 20.04.2020
“O adiamento da Decisão Final de Investimento no projecto de Gás Natural Liquefeito na bacia do Rovuma é outro revés para Moçambique, já que prejudica a balança de pagamentos, o crescimento do Produto Interno Bruto e a perspectiva de cumprimento do orçamento”, escrevem os analistas na mais recente nota sobre as economias africanas.
No documento, enviado aos investidores, os economistas do gabinete de estudos deste banco sul-africano dizem que o adiamento “reduz materialmente o montante de entrada de capitais e o investimento directo estrangero que Moçambique deverá receber, e também prejudica a capacidade de acesso aos mercados internacionais por parte do sector público do país”.
De acordo com o Standard Bank, a questão da sustentabilidade da dívida ficará mais clara quando o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgar a análise sobre a sustentabilidade da dívida de Moçambique, “nas próximas semanas, definindo o montante de apoio financeiro que pode ser disponibilizado ao país”.
O projecto do Rovuma, liderado pela petrolífera norte-americana ExxonMobil, é o maior dos três grandes projectos de gás natural liquefeito em desenvolvimento em Moçambique, e era previsível que as operações começassem em 2025, mas parece agora cada vez mais provável que haja um adiamento.
Já este mês, a petrolífera anunciou oficialmente o adiamento da Decisão Final de Investimento, citando as difíceis condições de operação decorrentes do abrandamento da economia a nível mundial e a redução do preço das matérias-primas devido à descida da procura, no seguimento das medidas decretadas para conter a propagação da pandemia da covid-19. Segundo o Standard Bank, a previsão de crescimento de 2,2% apontada pelo FMI, em linha com a estimativa do Governo, é optimista: “Vemos riscos acrescidos devido aos desafios de segurança e à materialização do cenário de menos investimento, especialmente considerando o adiamento do projecto da bacia do Rovuma”.
CORREIO DA MANHÃ – 20.04.2020
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