13/04/2020
Por Francisco Nota Moisés
No primeiro artigo com o titulo acima dado, falei sem precisar das guerras civis do Nyusi. Tinha na mente as duas guerras: a dos rebeldes do Norte e a dos renamistas do Centro que umBhalane com uma certeza potente e certeira a destacar. Na minha mente havia a possibilidade de outros levantamentos noutros cantos do país que não poderão estar ligados aos rebeldes do Norte nem aos renamistas do Centro liderados por Mariano Nhongo. Que isto não venha acontecer por causa do potencial da somatização do país que já é possível com as duas principais rebeldias do momento.
Foi talvez com a visão de querer evitar a somatização do país que o General Mariano Nhongo estendeu o seu braço de amizade aos rebeldes do Norte que o cruzado bispo católico Luís Fernando Lisboa de Pemba antagonizou com o seu apelo para uma ajuda militar da comunidade internacional para a Frelimo e a sua crítica da inoperacionalidade das forças da Frelimo contra os rebeldes.
O bispo esqueceu-se que ele representa a Igreja católica e que o seu não distanciamento da Frelimo seria considerado como uma cruzada da sua Igreja contra o Islão e que os rebeldes do Norte podiam na verdade se precipitar em actos hostis contra a Igreja católica na região, como a Frelimo, que hoje tenta-se fazer de santa, empreendeu actos contra o Islão e o Cristianismo em Moçambique.
Este bispo deve se acautelar e ficar calmo. Se não pode apelar aos muçulmanos para conviverem com os cristãos e animistas do país, que se cale. Que não fale asneira que divide o nosso povo.
UmBhalane distinguiu as duas guerras civis do Nyusi. Digo do Nyusi visto que é ele e a sua Frelimo que as provocou e que estão envolvidos. Ele próprio concorda que existem estas duas guerras que ele deve enfrentar. Para confirmar isto, vejamos o que diz na sua mensagem da Páscoa.
Quanto aos rebeldes do Norte, ele diz com a propaganda que o caracteriza, que atribui aos rebeldes aquilo que os seus homens armados fazem contra os populares de Cabo Delgado:
“A nossa fé e convicções são chamadas para nos solidarizamos com os nossos compatriotas em Cabo Delgado, em pleno sofrimento, vítimas de assassinatos e pilhagens dos seus bens, destruição das suas habitações, hospitais, escolas e igrejas entre outras infraestruturas.”
Quanto à guerra no Centro, ele diz:
“Preocupam-nos os incidentes que ocorrem na zona centro do nosso país, onde homens e mulheres são vedados de circular, e importantes infraestruturas económicas e sociais são constantemente sabotadas. ”
É o próprio Nyusi que confirma que enfrenta duas guerras civis. Bem, como se diz, quem provoca a m-, deve aguentar o cheiro. Ele e a Frelimo persistem em desgovernar o país com um estilo totalitário e terrorista. É o que acontece e o producto da sua desgovernação. Ele nunca terá uma maneira de acabar com estas guerras que acabarão com ele e o seu regime da Frelimo.
Como é que ele passa as noites com situações destas. Se fosse eu, ter-me-ia demitido do poder. Nyusi não sabe o significado de demissão.
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