"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Governo estraga Festa do Natal em Nampula

(2011-12-27) A tradicional festa do Natal na noite da consoada, precisamente na noite do dia 24 para 25 de Dezembro, não foi bem passada na cidade de Nampula, capital da província com o mesmo nome e a mais populosa do país. As autoridades policiais, da PRM e municipais, espalharam o terror. Uma força conjunta, composta pela Força de Intervenção Rápida (FIR), Polícia de Protecção e Polícia Municipal, esteve nos bairros a impor o “recolher obrigatório aos munícipes”.

O governo ainda não explicou a acção que estragou a noite de Natal em Nampula. Agentes que integravam a força conjunta explicaram ao nosso repórter em Nampula que “as ordens partiram de Maputo, ao mais alto nível”.

“Temia-se que eclodissem manifestações há muito anunciadas pelo líder Renamo”, Afonso Dhlakama. Dizia-se que estavam agendadas para dias antes do Natal e não tendo acontecido as autoridades suspeitavam que pudessem ocorrer na noite de Natal.

As forças conjuntas envolvendo a tão temível Força de Intervenção Rápida (FIR), efectuava rondas pelos bairros suburbanos, ordenando o encerramento das casas de pasto (barracas) onde os residentes locais se divertiam.

Havia ordens, segundo apurou a nossa Reportagem, para o encerramento obrigatório das barracas a partir das 22 horas. A partir dessa hora, todo o estabelecimento comercial – designadamente barracas – que fosse encontrado aberto a polícia ordenava o seu encerramento imediato e os clientes eram forçados a irem para suas casas.

Nos estabelecimentos de restauração e recreação, os clientes foram expelidos para fora por homens altamente armados da Força de Intervenção Rápida. Enquanto isso os agentes da Polícia Municipal, atrás, iam recolhendo os bens que estavam à venda. Tratou-se de um autêntico assalto. Os estabelecimentos foram forçados a encerrar.

A nossa Reportagem falou com alguns membros da missão policial conjunta e eles disseram-nos que a iniciativa foi por “instrução central”, ou seja, “partiu de altas patentes da Polícia de Maputo” e “visava manter o controlo da situação em caso da eclosão das anunciadas manifestações da Renamo”.

A operação começou na noite do dia 23 de Dezembro, mas foi no dia 24 que se intensificou e foi na noite da consoada de Natal que as medidas mais radicais foram postas em prática e a “recolha” de bens nos estabelecimentos se intensificou e acabou tratando-se de um autêntico assalto a mercadorias cujo destino as vítimas desconhecem.

Fonte: Canalmoz

sábado, 24 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL; FELIZ NAVIDAD; MARRY CHRISTMAS
A todos os que seguem e leiem as verdades das realidades que trazemos à luz do dia embora sejam encomodo a algumas pessoas e personalidades, mesmo a aqueles que odeia e critica o conteudo de EKEKHAYI YOWANI, desejamos um FELIZ NATAL E UM 2012 PRÓSPERO E CHEIO DE SURPRESAS AGRADAVEIS.
talvez EKEKHAYI YOWANI  se ausente durante estes dias de festas mas contamos convosco. passem bem.

ekekhayi yowani
(frei Custódio,osm)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Conselho Municipal de Nampula destrói barracas, lojas e residências PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Destaques - Nacional
Escrito por Hélder Xavier   
Terça, 20 Dezembro 2011 13:21
Numa clara violação dos direitos dos cidadãos, o Conselho Municipal da cidade de Nampula iniciou esta segunda-feira a destruição de casas, lojas, barracas alegando serem construções ilegais e por violarem a postura camarária ao nível da urbe.
O cidadão Kande Kamissoko, de nacionalidade maliana, um dos lesados, promete levar o caso as barras do tribunal por terem destruído a sua barraca, construída em 2000, e com licenças pagas até ao mês de Dezembro. Ontem sendo o primeiro dia deste mês de Dezembro, foram destruídas seis barracas no famoso mercado dos bombeiros, onde maioritariamente operam estrangeiros oriundos da região dos grandes lagos, escadas da futura agência do Millennium bim e o super mercado África Comercial, estas últimas duas construídas entre o mês de Setembro a Outubro e com licenças assinadas pelo presidente do Município de Nampula, Castro Sanfins Namuaca, não se sabendo como se assina um processo que de princípio viola a postura municipal. Um dos exemplos é do processo 16800, com a licença numero 25840, com a datada aos 29 de Agosto de 2011, pertencente ao senhor Latifo Ismael Latif, cujo técnico é o senhor Chalé Juma, com um despacho do presidente do município.
A outra licença pertence ao senhor Kande Kamissoko, com uma licença de construção assinada pelo presidente do município aos 29 de Agosto de 2007. Estes dois casos são exemplo da violação dos direitos dos cidadãos que o município tem vindo a perpetrar sob ponto de vista que todos documentos são assinados e há um grupo de fiscais que todos os dias se fazem no terreno para detectar irregularidades e se agir de imediato.
Aliás, no caso de Kande Kamissoko, construiu a sua barraca nos anos de 2007, e de lá para cá tinha vindo a funcionar e a pagar todas as taxas exigidas pelo município, mas que nesta segunda feira viu a sua barraca a ser destruída pelo município. O mais espantoso é de que na mesma fileira onde foram destruídas seis barracas há mais 16 com as mesmas características, mas que o vereador do município para a área de Urbanização e Finanças disse não fazerem parte do lote das barracas agendadas para a sua destruição, o que logo permite comentar a existência de questões ainda para investigar.
Segundo apurou o nosso jornal, a verdade manda dizer que neste processo de destruição de casas, barracas, lojas ilegais há lei para alguns e os outros não. Entretanto o vereador da área de Planificação Finanças e Urbanização, António Machava, em entrevista a jornalistas afirmou que a destruição destes edifícios é resultado de vários trabalhos aturados sobre a lei municipal.
“Estamos a destruir casas, barracas, lojas e outras construções que violam a postura camarária, e as construídas ilegalmente”, disse o vereador Machava Machava disse ainda que todos que se sentem lesados com o serviço por eles realizados é permitido recorrer.

domingo, 18 de dezembro de 2011

O GOVERNO DA FRELIMO SEMPRE COM POLITICAS INJUSTAS
Em três Estradas nacionais: Novas portagens decididas só em 2012. Esta é a ultima e máxima noticia do dia 15 de mês corrente. Segundo Elias Paulo, PCA do Fundo de Estradas, a passagem de gestão das estradas em causa a privados é estratégia encontrada pelo governo para a manutenção de padrões altos de circulação, contribuindo desta forma na melhoria de segurança rodoviária. Estas medidas são injustas visto que o pobre que com muita dificuldade usas essas vias vai ser obrigado a esvaziar os bolsos para poder circular. Injustas porque o interesse é de eles virem a serem accionistas e terão uma boa parte das entradas para eles assim como acontece com a Witbank.
Um país como Moçambique que só tem uma única estrada que liga a capital do país com as províncias, sem nenhuma outra alternativa de vias de acesso, é absorto que continuem com a mesma politica de entregar a gestão privada a única estrada que existe. Se estão interessados no desenvolvimento do país através de estradas porque não incentivam a abrir novas estradas e deixarem a existente na circulação normal? Porque o governo não protege o pobre que de certa forma ele é responsável da pobreza por causa dessas leis politicas injustas? Do outro lado o Governo devia sentir vergonha em algumas coisas e ter uma atenção quando vem falar para o  público. Ao afirmar que a passagem de gestão das estradas em causa a privados é estratégia encontrada pelo governo para a manutenção de padrões altos de circulação, contribuindo desta forma na melhoria de segurança rodoviária, mostra que o governo não é capaz ou seria uma pura rendição de que em Moçambique somente o privado é que é capaz de levar a frente os destinos do povo?
No meu entender, as estratégias que o governo usa são para favorecer a politica partidária e sobretudo os bolsos dos mesmos detentores do capital do país. Quem serão os PCAs, accionistas e…. dessas portagens? Os mesmos mafiosos. Porque não construem Auto Estradas com tanta terra que temos e sem muita ou grande complicação para construção de estradas, porque não temos muitas montanhas como acontece nos outros países da região? És melhor desistirem essa ideia e montarem uma nova estratégia que é de entregarem a terra a esses privados para abrirem e construírem Auto Estradas para colocarem essas portagens. Ai ninguém vai reclamar, pois o pobre terá a estrada pública para o seu uso. Porque é que sempre aprovam estratégias que penalizam o povo?
Será que os nossos deputados da Assembleia são mesmo mandatários do povo e que representam e estão para defender os interesses do povo? Se são de verdade porque aprovam essas politicas injusta e humilhantes? Moçambique é único país que admite este tipo de coisa, isto porque o governo não está para desenvolver o país e defender os interesses do povo senão os seus próprios. Por favor sejam pelo menos um pouco sensível ao sofrimento do povo. 36 anos de independência ainda continuamos com una única estrada? Afinal os impostos destinados as infra-estruturas vão para onde? Mesmo nos municípios com a taxa do lixo e outros impostos locais, nada se vê o que fazem, quase todas cidades estão com cheiro que ninguém aguenta, as estradas são piscinas em tempos de chuva. A credibilidade que se defende no governo da Frelimo é esta? Por favor mudem ou ao menos moderem as mentiras e os roubos que fazem a população pobre.
Na qualidade de cidadão Moçambicano que vive com dor o sofrimento imposto ao povo, aconselho ao governo que desista esta ideia de entregarem essas referidas estradas a gestão privada e usem outra estratégia que é de construírem novas Auto Estradas onde vão colocarem as ditas portagens. Não se põe uma portagem a uma via normal. Que não seja como a Witbank que na realidade não é uma auto estrada. Vamos dar uma alternativa a este povo, pois que merece….. é muito vergonhoso um governo assumir publicamente que não é capaz. Se não tem capacidade de manter ordem e segurança na circulação pública, porque manter-se no poder a todo custo………………………?

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

 PARTIDARIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE ESTADO, UM  PERIGO PARA  A JOVEM DEMOCRACIA

Fazendo uma reflexão mais profunda da actuação da Polícia da Republica de Moçambique, durante as intercalares sobretudo em Quelimane, me faz pensar que a partidarização ou a Frelimização das instituições do Estado, num futuro não muito longínquo será um perigo para os militantes que inocente e ingenuamente se deixam enganar actuando sempre a favor da Frelimo quando na verdade eles não pertencem a nenhum partido mas sim ao Estado.

Num dos artigos deste blog eu escrevia que aconselhando a todos os Moçambicanos e sobretudo aos governantes a começarem a fazer discriminação dos bens do Estado e do partido Frelimo. Isto é, dar a César o que de César e a Deus  o que é pertença de Deus dando o seu próprio lugar cada coisa: o que pertence a Frelimo para a Frelimo e o que é propriedade do Estado que seja usado em beneficio do Estado. A Polícia, a FIR, os Militares, a Justiça são pertença do Estado e não propriedade privada da Frelimo. Assim, sendo pertença do Estado, estão todos para defender o cidadão sem discriminação da sua cor politica, sem intimidar os concidadãos moçambicanos, mas sim para os defender a todo custo.
O caso dos quatro agentes da policia em Quelimane que foram obrigados a entregarem tudo o que é da policia por suposta participação da campanha eleitoral a favor do MDM que eles negam o facto ou porque as suas famílias usaram roupa do MDM, é um dos vários  casos que mostram que as coisas não estão bem na nossa jovem democracia. Quem seguia de perto a campanha nos três municípios sabe muito bem houve casos de irregularidades de ambos lados mas as medidas foram mais fortes e pesadas aos infractores do MDM em relação as dos da Frelimo. Sempre em favor de A em detrimento da B.
Diz-se que tudo que tem inicio tem fim e o que veio tarde ou cedo vai, yorwa ti yorowa assim como dizem os makuwas. Com isto quero dizer que a Frelimo um dia pode cair do poder como aconteceu lá em Quelimane, e o país ser governado com outro partido. Nesse contexto o que será desses que se deixam levar? Gostarão que o que estará no poder lhe trate de igual modo ou partidarizem também os bens e as instituições do Estado? O que dirá a Frelimo?
Moçambicanos, não se enganem, o mundo está a mudar o rumo das coisas e Moçambique está dentro desse mundo. Seguramente um dia a Frelimo estará fora do poder e esses que pensam que os outros fora da Frelimo não tem capacidade de levar os destinos do país adiante estão envergonhados. Os colonos portugueses pensavam que nunca sairiam do domínio de Moçambique, mas foram varridos…… eu não quero instigar a ninguém somente dar uma visão mais ampla aos Moçambicanos porque gosto deles, amo o meu país e sinto muito, me doe o coração diante de tantas injustiças que a Frelimo submete ao povo.
Lembrem-se sempre, yorwa ti yorowa, e apelo mais uma vez aos camaradas a deixam livre a Polícia, a Justiça, a FIR, a Defesa para que façam o seu trabalho em paz a favor do Estado e do povo e não alimentar e defender os caprichos do partido. Despartidarizem ou seja desfrelimizem as Instituições do Estado, porque são pertença do povo e não da Frelimo.
desarmar 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

BIM- UM BANCO DE RACISMO, DESCRIMINACAO E BAIXOS SALARIOS

12/12/2011

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

GUEBUZA CONFERENCIA COM DHLAKAMA EM NAMPULA

08-12-2011 18:09:04

Por Fátima Mimbire, da AIM, em Nampula

Nampula (Moçambique), 8 DEZ (AIM) - O Presidente da República, Armando Guebuza, reuniu-se hoje, na cidade de Nampula, província do mesmo nome, no norte de Moçambique, com o líder da Renamo, o maior partido da oposição no país, Afonso Dhlakama.

O encontro realizou-se a pedido de Dhlakama e e' o primeiro em privado desde que Guebuza tomou posse como Chefe de Estado em 2005.

No fim do encontro, Dhlakama, que fixou residencia em Nampula em 2009, disse a jornalistas que foram discutidos vários assuntos de indole politico, social e económico.

“Acabei de falar com o Presidente da República, que ao mesmo tempo é Presidente da FRELIMO, sobre aspectos que afectam o país ao nível político, económico, social e democrático, reconciliação nacional neste país”, disse.

Dhlakama considera que a conversa 'foi boa porque o Presidente da República ouviu e tomou nota sobre todas as questões tratadas, tendo se chegado ao consenso de criar equipas de trabalho que vão tratar dos assuntos que preocupam a Renamo'.

Afirmou que houve consenso de que vai haver grupos de trabalho constituídos por representantes da Frelimo e da Renamo que irão prosseguir com dialogo para resolver problemas do país.

“Vai haver um grupo de trabalho para continuar o diálogo entre a Frelimo e a Renamo porque há agenda que deve ser esgotada. Temos tido problema de fraudes em Moçambique e é preciso parar com isso porque não podemos continuar a chamar Presidente da Republica a pessoas que ganham na base de enchimento de urnas. Tive coragem de lhe dizer para pararmos e criarmos uma base para a democracia', disse Dhlakama.

'Falei-lhe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, sabe que a Renamo meteu os seus homens após o Acordo Geral de Paz e a Frelimo já retirou os nossos oficiais todos e só ficaram lá os da Frelimo. Os da Renamo que ficaram lá são usados apenas como ajudantes dos comandantes da Frelimo. Isso não pode acontecer e tem que mudar', detalhou.

Dhlakama acrescentou que tambem falou com o Presidente Guebuza sobre a alegada partidarização do Aparelho do Estado.

'Para ser professor do ensino primário é preciso ser membro do parido Frelimo e isto tem que mudar porque o país tem intelectuais que estão a estudar mas estão a abandonar o país porque não querem ser políticos, porque para continuarem a trabalhar devem ser do partido. E tem que haver uma acção de despartidarização nas escolas, hospitais, tribunais e até nas empresas privadas”, referiu.

A questão dos mega-projectos também constou na lista dos assuntos debatidos entre Guebuza e Dhlakama, segundo este, uma vez que a Renamo considera que só beneficiam os membros da Frelimo.

“Os mega-projectos só vão para a Frelimo e seus membros quando vocês, os outros moçambicanos e eu também queremos virar empresários”, disse.

No encontro, Dhlakama disse que também falou-se das eleições, particularmente no que se refere à revisão do pacote eleitoral, a composição dos órgãos de administração eleitoral e das mudanças que, na perspectiva da Renamo, devem ser revistas para conferir mais transparência e credibilidade aos processos.

“Falamos muito de fraude. Há discussão da revisão da lei eleitoral e não há consenso porque a Frelimo quer manter o artigo 85 que oficializa a fraude. O artigo diz claramente que conta-se aquilo que foi encontrado na urna, o que quer dizer que se as pessoas nao foram votar num determinado posto de votação, mas abrindo a urna e forem encontrados um milhão de votos eles são reconhecidos. É preciso se chegar a um acordo neste aspecto e mudar as coisas”, defendeu.

“O Secretariado Técnicio de Administração Eleitoral (STAE) é um órgão importante de apoio da Comissão Nacional de Eleições (CNE), que prepara todo o processo eleitoral, mas é composto só por membros da Frelimo disfarçados em funcionários do Estado. Nós dizemos que não devemos partidarizar os órgão de administração eleitoral e se os funcionários são todos membros da Frelimo temos que despartidarizar o Aparelho do Estado para que estes órgãos desempenhem o seu papel”, argumentou o líder da Renamo.

Apesar deste encontro, em que a Renamo foi apresentar as suas preocupações ao Chefe de Estado, Dhlakama insiste que as manifestações ainda podem acontecer no país neste mês de Dezembro.

“Pode haver manifestações sim. Neste encontro não se acordou o fim das manifestações. Se até lá as coisas desenvolverem bem... Estes encontros são para chegar a um acordo e as manifestações são uma forma de fazer pressão para a Frelimo aceitar o que nós queremos”, declarou.

Dhlakama manifestou-se satisfeito com a abertura do Presidente da Republica e disse acreditar que este encontro vai produzir bons resultados.

'Está é a primeira vez que conversamos e tiramos fotografias', disse.

De referir que o Chefe do Estado mocambicano, Armando Guebuza, já convidou o líder da Renamo para alguns encontros aos quais Dhlakama preferiu não comparecer.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Há má interpretação do regulamento de avaliação

Samaria Tovela
Samaria Tovela, nega que os problemas da fraca qualidade do ensino estejam ligados ao currículo em vigor.
A actual reitora do Instituto Superior de Tecnologia e Gestão (ISTEG), Samaria Tovela, e uma das pessoas que estiveram envolvidas na concepção do currículo do ensino básico, em vigor, nega que os problemas da fraca qualidade do ensino estejam ligados ao currículo em vigor. No seu entender, há má interpretação do currículo em relação ao capítulo de progressão por ciclo de aprendizagem.  Para Samaria, o regulamento de avaliação não diz que o estudante deve passar mesmo não sabendo, mas que, até determinado nível, a criança deve adquirir algumas competências. Por exemplo, está previsto que até 6ª classe uma criança deve estar capaz de fazer leitura, operações básicas de matemática e habilidades linguísticas. Se as crianças passam sem saber, a culpa é do professor que as deixa progredir sem que tenham competências exigidas.
“Temos alunos da 6ª classe sem competências básicas. Não sabem ler, escrever, nem identificar letras. Isso significa que essas crianças passam pelo primeiro ciclo de ensino sem capacidade exigida para o efeito”, afirmou.
Samaria Tovela aponta dois aspectos que julga estarem directamente ligados à fraca qualidade da educação. O primeiro tem que ver com a fraca formação do professor e o outro com a gestão pedagógica. Quando o professor não está devidamente formado, explica, o resultado vai reflectir-se no aluno.  Por outro lado, quando não há uma boa gestão pedagógica, igualmente, os resultados reflectem-se na qualidade do estudante. Para a reitora do ISTEG, muitos dirigentes das escolas, muitas vezes, não fazem uma devida gestão pedagógica. “É normal chegar a uma escola e não encontrar o director pedagógico e nem o seu adjunto (...)”.

Fraca qualidade do ensino resulta da má formação do professor e da gestão pedagógica


Académicos apontam os problemas que estão na origem da fraca qualidade do ensino
“Temos alunos da 6ª classe sem competências básicas. Não sabem ler, escrever, nem identificar letras. Isso significa que essas crianças passam pelo primeiro ciclo de ensino sem capacidade exigida para o efeito”.
Num debate bastante concorrido, realizado ontem, em Maputo, quatro académicos nacionais apontaram as principais causas da fraca qualidade do ensino no país. Das várias causas, constam a má formação de professores, as suas condições sociais, a insuficiência das condições infraestruturais básicas, além da ineficiente gestão pedagógica pelas direcções das escolas.
O outro aspecto que tem sido apontado relaciona-se com a falta de consistência dos programas de formação de professores. Por exemplo, um estudo levado a cabo pelo professor Adriano Niquice concluiu que os sistemas de educação em Moçambique foram mudados cerca de 20 vezes, em 36 anos da independência. Isto significa que o sistema de ensino nacional muda em cada um ano em meio. Hoje, a formação do professor obedece ao modelo 10ª+1 e 12ª+1.
As quatro dimensões
Na sua apresentação, o Professor José Castiano disse que, da investigação que efectuou ao sistema do ensino nacional, sobretudo na questão dos problemas que estão na origem da sua fraca qualidade, concluiu que, para se ter um melhor sistema de ensino, é necessário desenvolver a formação do professor em quatro dimensões societais, nomeadamente: cognitiva (dimensão do saber); do saber fazer; axiológica (relativa aos valores e à dignidade); e ontológica (que diz respeito ao saber ser).
Castiano afirmou que, em relação à primeira dimensão, é preciso fazer leituras das sociedades antes de se ler a escola em relação à qualidade da educação. Conforme referiu, nas suas leituras baseadas no estudo que tem vindo a fazer, conclui que, nas zonas urbanas, a sociedade reclama que as crianças não sabem ler nem escrever (portanto, não têm conhecimento, o saber) e, logo, a qualidade do ensino é fraca. No entanto, nas zonas rurais, a sociedade diz que a qualidade do ensino é boa.
Relativamente à segunda dimensão, o problema que levanta tem que ver com a componente prática, pois quer no campo como na cidade, a percepção é a mesma: os formados não sabem fazer. “Se quisermos ter qualidade no futuro, devemos olhar para que áreas devemos investir”, disse Castiano.
Para este académico, é preciso que a sociedade não abdique dos seus valores sociais. Esse aspecto deve também nortear a formação do professor. É que essa dimensão axiologia expressa os valores que as crianças têm ou adquirem na escola. “Os pais dizem que os alunos não têm respeito, não respeitam as pessoas adultas, as cerimónias fúnebres, etc. Essas queixas são muito frequentes nas zonas rurais”, sublinhou Castiano, adiantando ser preciso um questionamento sobre como formar um cidadão que seja activo e participativo e que saiba respeitar a dignidade do outro. 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Corrupção continua alta no país

Os dados do levantamento para 2011 feito pela organização anti-corrupção Transparência Internacional (TI), divulgados ontem, em todo o mundo, mostram que com uma pontuação global de 2.7 pontos, e posicionando-se no 120º lugar, numa classificação em que o mais corrupto se situa no 182º lugar, Moçambique manteve em 2011 a mesma pontuação de 2010 no IPC, um ranking onde o mais corrupto recebe 0 ponto e o mais limpo 10. Um comunicado do Centro de Integridade Pública refere que o lugar de Moçambique em 2011 sugere que o país contínua, em termos de classificação, a registar um comportamento sobe-desce, na mesma zona vergonhosa, mais por via da entrada ou saída de países neste índice composto de medição da corrupção no mundo inteiro, do que propriamente por a situação da corrupção estar a melhorar.

Movitel começa a operar no país a 8 de Janeiro


Nos seus primeiros três anos de actividade, a Movitel pretende cobrir cerca de 80% da população, sendo que até ao quinto ano espera ter um número de clientes que ascende à fasquia dos 10 milhões, com base no investimento de pelo menos 400 milhões de dólares norte-americanos.
Até 8 de Janeiro já será possível falar na terceira operadora móvel no país. A Movitel já garantiu a data do início das suas operações em Moçambique e, logo à partida, propõe-se, com o prefixo “86”, a alargar o acesso aos serviços de telefonia móvel às populações de baixa renda, sobretudo nas zonas rurais.
Com capitais mistos moçambicanos (através da SPI numa margem de 30%) e vietnamitas (através da Viettel em 70%), esta terceira operadora de telefonia móvel a entrar no país pretende ainda transformar em bens básicos todos os serviços passíveis de serem fornecidos sob a plataforma de telefonia móvel, tendo como ponto de partida o acesso à internet.
Nos seus primeiros três anos de actividade, a Movitel pretende cobrir cerca de 80% da população, sendo que até ao quinto ano espera ter um número de clientes que ascende à fasquia dos 10 milhões, com maior enfoque para as zonas rurais.
Com efeito, a Movitel vai investir pelo menos 400 milhões de dólares norte-americanos no país. Este investimento terá como objectivo revolucionar a indústria de telefonia móvel, prestação de serviços de qualidade e uma maior cobertura nacional.
A competitividade no preço é uma outra aposta desta companhia, facto que vai contribuir para a materialização do objectivo de maior cobertura e acessibilidade a todos os extractos sociais, independentemente da sua distribuição geográfica. É neste sentido que esta companhia de telefonia móvel pretende liderar o processo de desenvolvimento sustentável das telecomunicações, usando este meio para influenciar a qualidade de vida das pessoas e usar destes serviços como um instrumento de promoção do desenvolvimento das comunidades.