"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 30 de março de 2012

Trabalhadores dos TPM exigem suspensão dos descontos à Frelimo


Medida vigora na empresa há mais de 11 anos .
Abaixo-assinado endereçado à PCA, em Janeiro, ainda não tem resposta. A número um dos TPM diz que só cancela os descontos se receber uma comunicação da célula do partido Frelimo ao nível da empresa.
Um grupo de 68 trabalhadores da companhia Transportes Públicos de Maputo (TPM) elaborou um abaixo-assinado, em Janeiro passado, à administração da empresa, onde exige o cancelamento dos descontos que lhes são feitos aos seus salários e canalizados à célula do partido Frelimo e ao comité sindical local.
Os descontos correspondem ao valor de 1% do salário mensal para cada uma das organizações, foram acordados, por escrito, entre o agente empregador e os trabalhadores durante a assinatura do contrato de trabalho.
Porém, nem todos estão satisfeitos e chegam mesmo a afirmar que tiveram que autorizar os descontos como condição para a admissão à transportadora.
No abaixo-assinado, destinado à presidente do Conselho de Administração dos TPM, Maria Iolanda Wane, os 68 trabalhadores dizem que “esta decisão colectiva surge pelo facto de não haver transparência e protecção do trabalhador, missão pela qual foram eleitos e incumbidos” a célula do partido e os representantes do sindicato.
A reivindicação foi depositada em Janeiro deste ano junto ao gabinete da PCA, mas os salários dos 68 subscritores da solicitação colectiva a Maria Wane, referentes aos meses de Fevereiro e Março, foram cortados para alimentar aquelas duas organizações. Isto é, mesmo com o abaixo-assinado nas mãos, a tesouraria dos TPM transferiu 1% de cada um dos ordenados dos trabalhadores para a conta da célula da Frelimo e do comité sindical, dos salários dos meses de Janeiro a Março deste ano.
O estranho é que imediatamente à pressão ao Conselho de Administração, um dos trabalhadores que promoveu a recolha de assinaturas, de nome Maurício Manhice, foi despromovido da categoria profissional de Guarda “A” para a imediatamente inferior, por um período de dois meses.
Maurício Manhice foi acusado de agitação, juntamente com outros colegas, e de ter ocultado o verdadeiro motivo do abaixo-assinado. “O arguido e os restantes trabalhadores criaram agitação, reivindicando os descontos no salário para as contas do sindicato e do partido Frelimo, quando o seu objectivo era outro, o de manifestar a decisão de suspensão do acordo de desconto salarial com o supermercado Twingo”, lê-se na nota de culpa, na posse do “O País”.
Na verdade, a administração dos TPM eliminou, alegando ter recebido recomendação do Tribunal Administrativo, a possibilidade dos trabalhadores levantarem produtos alimentares no supermercado Twingo para posterior retenção na fonte.
Entretanto, o argumento da transportadora para punir um dos seus trabalhadores é subjectivo. É que a própria empresa assume que a agitação foi provocada pelo abaixo-assinado, mas diz ao mesmo tempo que o objectivo não era esse.
Ora, “O País” tem em mãos o documento assinado por 68 trabalhadores no mesmo dia e hora em que os TPM dizem que o objectivo dos trabalhadores era reivindicar a suspensão do levantamento de produtos no supermercado Twingo. Ou seja, o único dado objectivo – isso a própria TPM assume na sua resposta - é o abaixo-assinado à presidente do Conselho de Administração.

quinta-feira, 29 de março de 2012

AQUI SE FAZ AQUI SE PAGA - DE PEESEGUIDORES A PERSEGUIDOS.
Os amotinados eram aqueles que perseguiam os outros no intuito de defender a nação ou melhor os interesses dos camaradas e hoje viraram os perseguidos dos seus defensores. A Frelimo é que fez, a Frelimo é que faz. A realidade do nosso país está muito mal, tudo isto porque a actuação do governo é dramático conduzindo assim os destinos do país a uma falência total. Todo o mundo está descontente, mas a Frelimo continua indiferente e insensível com toda essa situação. Aqui se faz aqui se paga; estes ex-agentes secretos do Estado amotinados no gabinete do primeiro-ministro, foram pessoas que trabalharam e defenderam o bem estar do governo e hoje estão prestes a enterrarem-se na cova que prepararam defendendo os interesses da Frelimo.
Não faz muito tempo quando os ex-combatentes tentaram marchar até ao gabinete do primeiro ministro, foram surpreendidos com um contingente conjunto da PRM, da FIR, e da Força Militar usando um blindado jamais visto em Moçambique e nos últimos meses o senhor Jossias vem sofrido sequestros e aprisionamentos arbitrários perpetradas pela SISE e a PRM. Isto deve chamar atenção a nossa polícia, os nossos militares e todos os agentes do Estado, que a Frelimo hoje te usa e amanha te poe no lixo sem nenhum remorso. Por isso, mudem de conduta, comecem a reclamar os vossos direitos de servir o Estado e não a Frelimo. Não aconteça que amanha de ser director provincial ou comandante da policia ou governador da província ou quer que seja, amanha vires um lixo. Porque esses que tu maltratas hoje serão os vossos chefes.
Muitos desses amotinados perseguiram e/ou mataram inocentes que não pensavam diferentemente do regime estabelecido pela Frelimo. Agora estão a pagar a sua própria factura do serviço prestado ao diabo. Ai se cumpre o ditado “quem com ferro mata com ferro morrerá”. De perseguidores do povo viraram perseguidos. Amotinaram-se porque ficaram decepcionados de tantas promessas e isso demonstra a falta de seriedade de quem de direito. A solução é sentar com eles para chegar a um consenso e isso vai evitar fuga de informações da parte deles porque eles sabem demais sobre o serviço de Informação e Segurança do Estado. São pessoas que trabalharam muito na recolha, tratamento e troca de informações dentro e fora do país e isso pode prejudicar a segurança e a estabilidade do governo e do país em geral. Por isso, é imperioso que o governo sente com eles para evitar oportunismo dos inimigos da pátria.
Já imaginaram se um desses homens ser recrutado com terroristas? Estaremos todos lixados, porque eles conhecem demais as fragilidades e secretos do Estado. Isto está perigoso meus irmãos.  Se a oposição moçambicana fosse forte e com muita visão usaria esses homens para desbloquear todo o sistema opressor do nosso governo. Por isso, camaradas, preparem-se.  Do outro lado é bom para esses homens amotinados, porque quando estavam a lamber a botas do governo intimidavam o povo quando se reunia para reclamarem os seus direitos, atiravam contra ele em nome de defesa do Estado e hoje o mesmo Estado lhes mostra o verdadeiro rosto. Também dá uma oportunidade aos que estão nas filas da PRM, FIR, MILITAR e todos funcionários do Estado, a não se deixarem instrumentalizados porque com os camaradas amanha  acontecerá o mesmo convosco……. Mais não disse.

Ex-agentes secretos amotinam-se defronte do Gabinete do PM

Indignados com a postura do Governo.
Em causa está a alegada falta de seriedade do executivo que recrutou os antigos agentes e os treinou em Matalane, prometendo-lhes reitegração na corporação. Porém, desde Janeiro ainda não foram reintegrados e nem recebem salário, o que está a causar indignação no seio do grupo.
Perto de cem antigos agentes da Casa Militar, do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), entre outros serviços secretos e de protecção do Estado, estão agastados com o Governo.
Em causa está a alegada falta de seriedade do executivo que recrutou os antigos agentes e os treinou em Matalane, prometendo-lhes reitegração na corporação. Porém, desde Janeiro que regressaram a Maputo, foram deixados à sua sorte, ou seja, ainda não foram reintegrados e nem recebem salário, o que está a causar indignação no seio do grupo.
Os referidos agentes decidiram dar a cara, marcharam e amotinaram-se defronte do Gabinete do Primeiro-Ministro (PM) para expressar a sua indignação por, alegadamente, se sentirem abandonados pelo Estado.
Ao todo são 600 ex-agentes de diferentes serviços secretos que foram chamados e reciclados na Escola de Condução Militar.
“Estamos aqui porque estamos cansados com esta situação. Somos 624 agentes, estávamos nas nossas casas, cada um a fazer das suas para sobreviver. E, eles tiraram-nos das nossas casas, aquartelaram-nos, com a promessa de reintegração, mas até hoje nem água vem nem água vai”, disse um dos agentes, acrescentando que “voltámos de lá desgraçados, não temos nada, não temos dinheiro. prometeram-nos emprego mas até hoje estamos a morrer de fome e não sabemos o que fazer. por isso, viemos ao chefe dos ministros para saber dele se sabe da nossa formação em matalane, e se sabe por que nos deixa assim”.
Abandonados pelo poder
Os referidos agentes dizem estar a passar momentos difíceis e, por isso, já tentaram, sem sucesso, falar com os ministros do Interior, da Defesa e dos Combatentes. Tentativas de  manter um encontro com o primeiro-ministro também estão a fracassar.
“Desde que voltámos, em Janeiro, não nos dizem nada. Fomos falar com  o ministro do Interior, não conseguimos; da Defesa, também não; dos Combatentes, idem. Metemos uma carta a pedir audiência, há mais de um mês, mas o primeiro-ministro não nos atende. Hoje, olhou para nós e ficou admirado como se nunca nos tivesse visto”, explicou um outro agente, outrora do SISE.
Para estes, a situação revela falta de seriedade para assuntos sensíveis por parte do Governo.
“Não sabemos o que eles pensam ao deixarem-nos aqui. Nós trabalhamos com eles, conhecê-los bem e eles a nós, e não estamos a perceber o porquê deste tipo de tratamento”, disse outro ex-agente da Casa Militar, acrescentando que “nós não estamos a receber nada. As nossas famílias estão a passar mal, as nossas mulheres estão a abandonar-nos por causa da fome; os nossos filhos não estão a estudar por falta de quase tudo”.

quarta-feira, 28 de março de 2012

ENI descobre mais uma reserva de gás na bacia do Rovuma

Reservas de gás tornam Moçambique um importante actor a nível mundial
O país já é considerado “produtor incontornável”.
Com potencial de até 240 metros de reservatório no poço descobridor, é a terceira descoberta de gás natural em Moçambique este ano, depois das descobertas da petrolífera americana Anadarko, em Janeiro, e da ENI, em Fevereiro.
A empresas italiana ENI anunciou, ontem, uma nova descoberta de gás natural “de grande dimensão” no poço Mamba North East-1, na bacia do Rovuma, a norte de Moçambique, e confirma o país como “produtor incontornável” daquele recurso a nível mundial. Esta é a terceira descoberta de gás natural em Moçambique este ano, tendo sido a primeira em Janeiro, pela petrolífera americana Anadarko, e a segunda em Fevereiro, pela ENI.
“Os resultados deste poço, perfurado na parte leste da Área 4, são de especial importância, uma vez que aumentam os recursos dos reservatórios naquela área em, pelo menos, 10 biliões de pés cúbicos, dos quais oito biliões de pés cúbicos estão localizados exclusivamente em reservatórios na Área 4”, destaca a empresa, que é parceira da portuguesa Galp Energia num consórcio para a exploração daquela área na bacia de Rovuma, no offshore de Moçambique.
Segundo acrescenta em comunicado, citado pelo jornal português OJE, “esta nova descoberta aumenta o potencial estimado de gás no complexo Mamba na Área 4 para, no mínimo, 40 biliões de pés cúbicos de gás no jazigo”.

terça-feira, 27 de março de 2012

Que tratamento merecerá a Frelimo quando perder o poder?

Os acontecimentos antidemocraticos que alguns membros da Frelimo practicam são vergonhosas dentro e fora do país. desta vez não vou falar muito, somento quero colocar uma pergunta ao povo moçambique e a propria frelimo se bem que se identifica com esse povo. Que tratamento merecerão os camaradas se o dia de amanha a frelimo perder o poder de governação da nação moçambicana?
 Lembrem-se e nunca se esqueçam o tempo é dono da historia. Quem semeia vento colhe tempestade e os ciclones que os camaradas semeiam hoje que não se lamentem o tsunami. Se pensarem que a frelimo vai governar o país para toda eternidade se enganam porque num futuro muito proximo o povo fará justiça. Por isso, camaradas, corrijam-se enquanto é tempo, o povo moçambique sabe perdoar quando te mostras arrependido. nada de perseguir os outros partidos ou aqueles que não comungam os mesmos ideais da frelimo.
Que haja tolerancia e nada de usar a lei da força para humilhar os outros, porque amanha serão eles que estarão encima e voces por baixo............. o senhor Itai necessita de voltar a cadeira para aprender as questoes de politicas democraticas e muitos outros, tolerancia.............!

MDM “proibido” de receber Daviz Simango


No aeródromo de Quelimane.
Os membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) foram domingo último proibidos de entrar no recinto da pista do aeródromo de Quelimane para receber o seu líder, Daviz Simango, que escalou a província da Zambézia, para uma visita de trabalho.
O acto foi protagonizado pela equipa do protocolo do gabinete do governador da província da Zambézia, Francisco Itai Meque, que alegou que aquele partido não solicitou a autorização para a recepção do seu líder no aeródromo de Quelimane.
Segundo José Lobo, membro da comissão política do MDM, a equipa do protocolo do gabinete do governador da Zambézia não teria agido desta forma se se tratasse de membros da Frelimo que esperassem receber o presidente do seu partido.
Ao que o “O País” apurou no local, a equipa do protocolo chegou mesmo a solicitar as chaves da sala VIP junto às autoridades do aeródromo para assegurar que membros do MDM não passassem do local nem Daviz Simango acedesse à mesma.
Entretanto, a equipa de trabalho da Aeroportos de Moçambique não entregou as chaves por entender que não era da competência do gabinete tomar conta das chaves.
Confrontado pela nossa equipa de reportagem, o chefe do protocolo do gabinete do governador, Dionísio Jossias, disse que a interdição dos membros do MDM é, simplesmente, por questões protocolares.
“A sala VIP pede-se com 48 horas (dois dias) de antecedência ao gabinete do governador da província da Zambézia”, disse Dionísio Jossias.
Jossias acrescenta que “qualquer entidade que quer usar a sala deve antes solicitar ao gabinete para ter acesso”.

sábado, 17 de março de 2012

Renamo acusa Frelimo de pretender assassinar Afonso Dhlakama

17 de Março de 2012, 15:21

Maputo, 17 mar (Lusa) - A Renamo acusou hoje a Frelimo, partido no poder em Moçambique, de pretender assassinar o líder do principal partido da oposição moçambicana, Afonso Dhlakama, numa marcha a acontecer proximamente na província de Nampula, no norte do país.
A denúncia foi feita hoje pelo secretário-geral da Renamo, Ossufo Momade, durante um encontro com dezenas de membros na delegação política em Maputo para repudiar os recentes tiroteios entre a polícia e ex-guerrilheiros desta força política em Nampula.
"Temos informações segundo as quais a Frelimo prepara um grupo de seus simpatizantes para marcharem na Rua das Flores para exigirem a retirada do presidente (Afonso) Dhlakama de Nampula. No grupo destes estarão infiltrados agentes do SISE (Serviços de Informção e Segurança do Estado)usando vestes muçulmanas e, por dentro, levando armas para assassinar o presidente Dhlakama", denuciou Ossufo Momade.
Na semana passada, as autoridades policiais atacaram e ocuparam a sede da Renamo em Nampula, onde desde dezembro estavam albergados centenas de ex-guerrilheiros da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), principal partido da oposição moçambicana.
Os ex-guerrilheiros fazem parte de militantes da Renamo, alguns dos quais armados, que se haviam albergado na sede do partido em Nampula, supostamente para proteger as manifestações que ameaça realizar contra o que considera uma governação antidemocrática da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder.
Hoje, Ossufo Momade disse que, na sequência da troca de tiros entre a força anti-motim do governo e os ex-guerrilheiros da Renamo, "10 polícias perderam a vida em Nampula" e questionou as razões de a Polícia da República de Moçambique (PRM) escamotear a verdade.
As autoridades policiais moçambicanas dizem que um agente da polícia e um ex-guerrilheiro da Renamo morreram durante o tiroteio.
"Porque o governo não diz a verdade sobre o número de baixas policiais em Nampula?", questionou Ossufo Momade.
O secretário-geral da Renamo considerou que os acontecimentos de 08 de março em Nampula ocorreram porque a Frelimo pretende acabar com a democracia multipartidária no país, contudo, apelou aos militantes do principal partido da oposição do país para entender "este marco como o início da revolução em Moçambique".
"Reiteramos a nossa vontade da paz sem, no entanto, termos medo da guerra", disse Ossufo Momade.

AUTORIDADES APREENDEM NAVIO ESPANHOL POR PESCA ILEGAL

Ouvir com webReader
As autoridades moçambicanas apreenderam uma embarcação espanhola que foi encontrada a praticar pesca ilegal de atum na Zona Exclusiva do país.
Trata-se da embarcação Txori Argi, que foi ordenada a dirigir-se ao Porto de Nacala, província nortenha de Nampula, para inspecções e averiguações aprofundadas, na sequência do seu envolvimento na pesca ilegal.
Dados preliminares indicam que o navio em causa foi encontrado com cerca de mil toneladas de atum a bordo avaliadas em 2,5 milhões de dólares.
“A falta de licença e a não declaração de capturas a bordo constituem infracções graves à luz da legislação de pesca moçambicana”, explicou o director nacional de Fiscalização da Pesca, Manuel Castiano, citado pelo jornal “Notícias” de hoje.
Além de pescar sem autorização, o capitão é indiciado de ter entrado na zona de pesca de Moçambique sem antes reportar as possíveis capturas existentes a bordo e a sua posição de entrada.
Na sua explicação, o capitão da embarcação disse que, quando entrou nas águas moçambicanas, ele estava a seguir um cardume de atum, mas acabou sendo arrastado pelas àguas para até 20 milhas náuticas dentro da Zona Exclusiva de Moçambique por causa da força das correntes de água.
Propriedade da empresa espanhola Inpesca, a embarcação Txori Argi tem capacidade para transportar duas mil toneladas de pescado.
MM/DT
AIM – 17.03.2012

quarta-feira, 14 de março de 2012

Renamo desmente a polícia e diz que infligiu várias baixas em Nampula

14 de Março de 2012, 15:44

Maputo, 14 mar (Lusa) - A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, afirmou hoje que os seus guerrilheiros infligiram várias baixas à polícia nos confrontos do dia 08 em Nampula, rejeitando o balanço das autoridades sobre o ataque à delegação do partido.
O Governo moçambicano indicou a morte de apenas um polícia e de um ex-guerrilheiro e a detenção de 34 elementos da Renamo, durante o ataque da polícia à delegação do partido na província de Nampula, norte de Moçambique.
A polícia justificou a investida com uma ação de autodefesa contra um alegado ataque dos ex-guerrilheiros da Renamo, que desde dezembro estavam concentrados na delegação do partido.
Segundo a polícia, sete ex-guerrilheiros contraíram ferimentos e dezenas puseram-se em fuga e juntaram-se à guarda do presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, que reside a algumas centenas do local das escaramuças.
No balanço que hoje deu à Lusa, o porta-voz da RENAMO em Nampula, António Nihórua, afirmou que morreram vários polícias em resultado do ataque e não apenas um, enquanto do lado dos ex-guerrilheiros da Renamo não se registou nenhum óbito.
"A polícia não está a ser correta nos seus dados. Ninguém morreu da Renamo, as baixas foram do lado da polícia, eles perderam vários, incluindo um comandante da Força de Intervenção Rápida (FIR)", afirmou o porta-voz.
António Nihórua negou ainda que tenham sido detidos 34 ex-guerrilheiros, admitindo a detenção de apenas oito, dos quais quatro já foram libertados.
"Dos antigos guerrilheiros, foram presos apenas oito, os outros detidos são populares que passavam pela rua da delegação. A polícia tem essa tendência de mentir", disse.
O porta-voz da principal força política da oposição moçambicana em Nampula disse ainda que os ex-guerrilheiros da Renamo retiraram-se da sede do partido, para evitar um banho de sangue e não por rendição.
"A sede é nossa propriedade e não está ocupada pela polícia, apenas retirámos, para evitar um banho de sangue. Estamos a estudar internamente os próximos passos", acrescentou António Nihórua.
Sobre os guerrilheiros do partido dispersados pela polícia, o porta-voz da Renamo afirmou que os mesmos se encontram alojados nas sedes do partido espalhadas pelos bairros de Nampula.
A RENAMO tem reiterado que não voltará à guerra, como forma de diluir o espectro de guerra instalado por 16 anos de confrontação armada que o partido moveu contra as forças governamentais da FRELIMO, até ao Acordo Geral de paz em 1992.

terça-feira, 13 de março de 2012

Podridão Policial

Revista a Bagagem dos membros da comitiva do MDM

No passado dia 09 de Março de 2012, 6ª feira última, o MDM delegação de Inhambane deslocava-se para a Cidade de Beira com seus jovens e fazedores da Cultura da Cidade de Inhambane, quando por volta das 10:30h foi interpelada na Portagem e Posto de Controle da Ponte sobre o Rio Save, pela Polícia local que depois de algum interrogatório e acerto entre os agentes, três homens da FIR vieram a brigada e pediram identificação de cada um dos viajantes.
Recolheram-nas e a posterior puseram-se a registrar o nome de cada um dos viajantes. Apercebendo-se da irregularidade o SG do MDM foi ter com os Agentes por forma a repor-se a legalidade. Com muito esforço conseguiu se levar toda a documentação que estava já na posse da Policia e infelizmente já havia se registrado o nome de alguns dos tripulantes. Quando questionados os mesmos apenas se dignaram a dizer que estavam cumprindo ordens. De quem não se sabe! Seguiu-se a viagem. Chegados a Beira, os fazedores de Cultura da Cidade de Inhambane foram se abrindo por já não estarem a suportar a pressão. Os mesmos estavam sendo constantemente ameaçados pelas Estruturas do Partido Frelimo em Inhambane, mandando mensagens com o teor de que já sabiam que os artistas estavam em viagem com o MDM, portanto, estes não perderiam por esperar. De minuto a minuto o teor de ameaça foi-se agravando, incluindo já perseguições, despejos, o não patrocínio, houve um até que teve o azar de ter a sua esposa recebido uma infeliz visita de um dos membros seniores da frelimo em sua residência, que incansavelmente ameaçava os artistas, houve também alguém que recebeu uma mensagem de entre tantas que dava a entender que estava muito perto de perder o seu emprego numa das instâncias turísticas da Cidade de Inhambane, que tem como um dos Sócios Um membro sénior da Frelimo que ao mesmo tempo é membro do Conselho de Ministros. Findo o trabalho na Beira de regresso a Inhambane nesta 2ª feira, quando escalavam a Portagem do Save aconteceu o que os Artistas temiam e desconfiavam que fosse acontecer! A irregularidade voltou a prevalecer quando a FIR, a PRM, a Policia de Transito e Outros foram recolhendo os documentos dos viajantes membros do Partido MDM e foram efectuando o registo dos que conseguiram. Novamente quando o Secretário-Geral do MDM apercebeu-se do que estava acontecer foi abortar a tentativa de Crime, quando se instalou uma autêntica tensão, pois existiam Policias da FIR e outros "armados até aos dentes" que tentavam por conseguinte ameaçar e impedir que o Repórter fizesse imagens do que estava acontecer. Só que novamente não sabiam com quem estavam a lidar! O SG argumentou que o que a Policia estava a fazer era ilegal, mas como de sempre, Casmurros e Ignorantes que são alguns deles, DIZIAM ESTAR A CUMPRIR ORDENS! ORDENS DE QUEM? Eis a questão! Luís Boavida chegou de os dizer que conhece a génese da coisa e se a Frelimo quer enfrentar o MDM poderá o encontrar agora em Inhambane, a Policia portanto, tem de pautar pela Imparcialidade e não deve deixar que nenhum Partido os use para atingir fins Políticos, pois muitas das vezes a corda arrebenta para o lado mais fraco. O que a partir dai gerou uma certa preocupação no seio dos mesmos. Não obstante a isto, o Chefe das Operações no momento ligou ao Comandante Distrital e da conversa havida entre eles e o SG do MDM, o último deixou claro de viva voz que ninguém ali se submeteria a deixar o seu nome e dados para registo e que isto teria suas consequências. Neste instante, um membro femenino da LJMDM – Inhambane sentiu uma grande necessidade de urinar e quando se dirigia a casa de banho para fazer Xixi, foi lhe apontada uma arma que no mesmo instante já havia sido manipulada por um agente da FIR, impedindo-a de se deslocar do local mesmo depois de ela explicar-lhe da necessidade que tinha, quando inconscientemente o agente da FIR ordenou-lhe para fazer Xixi no local e assim aconteceu perante o olhar impávido de todos, como documentam as imagens. Mesmo assim os Jovens do MDM não se deixaram intimidar e estavam todos dispostos a levar tiro se preciso, pois estes já conhecem os seus direitos e deveres. Os mesmos entoavam canções que diziam que Moçambique era de todos… Foi reforçado a aparato Policial com mais 6 (Seis) homens da FIR também armados que fizeram o "anel de ameaça", mas mesmo assim os Jovens não se sentiram intimidados, muito pelo contrário. Foi a Policia que se rebaixou pois após o fim da Conversa telefónica entre o Comandante Distrital e o SG do MDM os Policias apenas se dignaram em vasculhar a bagagem de alguns dos viajantes e dar uma vista de olhos em alguns Documentos de Identificação! Neste processo todo a Comitiva ficou retida cerca de Uma hora e meia no local, incluindo o Candidato as Intercalares de Inhambane pelo MDM Fernando…

O QUE SE PRETENDE TRANSMITIR COM ESTAS ARBITRARIEDADES TODAS? REGRESSAMOS A ERA DAS GUIAS DE MARCHA? MOÇAMBIQUE ADOPTOU JÁ FRONTEIRAS REGIONAIS (PROVINCIAIS) DENTRO DOS SEUS LIMITES TERRITORIAS? ATÉ QUE PONTO A NOSSA POLÍCIA CONHECE AS LEIS VIGENTES NESTE PAÍS?
A Constituição da Republica no seu artigo 35 sobre o (Princípio da Universalidade e Igualdade), no Titulo III que fala dos DIREITOS, DEVERES E LIBERDADES FUNDAMENTAIS, diz que "Todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres, independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos pais, profissão ou opção política." O que quer dizer que a Policia não deve aceitar ser instrumentalizada a agir de diferentes formas para com Cidadãos Nacionais devidamente identificados, porque foi o que se assistiu: vários carros passavam inclusive os que transportavam pessoas e outros sem estas exigências, menos os do MDM. Sem contar que quando a Frelimo passa por estas espaços só falta porem-se o tapete vermelho!
Mais ainda no artigo 39 da Constituição da Republica (Actos contrários à unidade nacional) lê-se; "Todos os actos visando atentar contra a unidade nacional, prejudicar a harmonia social, criar divisionismo, situações de privilégio ou discriminação com base na cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição social, condição física ou mental, estado civil dos pais, profissão ou opção política, são punidos nos termos da lei." Até que ponto a Policia tem noção disto?!
O artigo 55 da CR no seu No 2 diz que "Todos os cidadãos são livres de circular no interior e para exterior do território nacional, excepto os judicialmente privados desse direito." O artigo 72 do nos seus Nr’s 1e2 diz-se:
"1. As liberdades e garantias individuais só podem ser suspensas ou limitadas temporariamente em virtude de declaração do estado de guerra, do estado de sítio ou do estado de emergência nos termos estabelecidos na Constituição.
2. Sempre que se verifique suspensão ou limitação de liberdades ou de garantias, elas têm um carácter geral e abstracto e devem especificar a duração e a base legal em que assenta." Portanto Moçambique não se encontra a viver uma situação similar! Por último o artigo 80 do mesma (Direito de resistência), diz que; "O cidadão tem o direito de não acatar ordens ilegais ou que ofendam os seus direitos, liberdades e garantias." É DESTE DISPOSITIVO QUE SE VALEU A COMITIVA DO MDM.
Por: Jame Ac 

Comentarios sobre a ambição da Frelimo na Beira

Aqui vos traco alguns comentarios de varios pontos do planeta terra, filhos de Moçambique sobre o pronunciamento do primeiro secretario da Frelimo em querer arrancar o MDM a gestão do municipio da Beira. Estes comentaristas teem toda a razão. Ademais, a Frelimo devia sentir vergonha fazer tais pronunciamentos, porque quando estava na gestão da Beira, a cidade cheirava que a propria fossa. Mas agora pessoa pode caminhar e comer na rua o que era impossivel com a gestão danosa da Frelimo. A pouca vergonha da gestão de faz deconta dos camaradas nunca considerou o bem do povo a não ser seus proprios interesses, e agora é que vai melhorar a vida do povo? Se o senhor primeiro secretario da Frelimo dissesse que já estão a preparar a fraude eleitoral para dirigir o municipio da Beira, assim ninguem iria questionar, porque sempre o fez, por isso continua no poder em Moçambique. tudo porque teem medo de responderem as atrocidades que cometem contra o povo.
leiam os comentarios.

Domingos Alexandre Simbine · Top Commenter · Coordenador Adjunto do Programa de Prevenção de HIV at AED/fhi360
So se recorrem a fraude e o MDM permitir que vossos esquemas de fraude funcionem. Mais do que se preocuparem em recuperar a Beira, devia se preocupar em melhorar o vosso desempenho nos restantes municipios que deixam muito a desejar. Querem recuperar o municipio the Beira para estar a drenar recurso municipais para pagarem funcionarios fantasmas e membros do partido que nada tem a ver com o Municipio? Mais do que se preparar para ganhar a Beira deviam se preparar para entregar Maputo e Nampula, porque o fim the vossa má governação está à vista

Virla de Oliveira · Top Commenter
ou querem açambarcar tudo, poder total e absoluto, por isso a noticia diz: ARRANCAR O MUNICIPIO, hehehehehee grande periodo de #provação" tiveram ba gestão absoluta do país
"Queremos estar presentes em cada palmo do nosso vasto território para melhorarmos a nossa prestação. Somos um partido com responsabilidades cada vez mais crescentes e temos de corresponder a isso, prestando melhores serviços ao nosso povo”
 
Dos Nhantumbos · Works at Teacher
Sera que todo em todos os pleitos a preocupacao nao existiu? tudo depende do voto mas a cima de tudo competencia.
Alcídes André de Amaral · UNIVERSIADE EDUARDO MONDLANE
Como? Há alguma outra maneira que não seja o voto do povo? Qual é? Quantas vezes "arancou-se", como lamentavelmente pronunciam, aquele munícípio? Não, o povo na Democracia é que toma a decisão... no entanto ja se perguntaram porque perderam o "comando" do município de Quelimane para em 2013 tomarem Beira depois perderem em Quelimane? Não é um despotismo a degenerar? Contem por agora com emergcia de uma nova era na governação Moçambicana... O POVO É QUEM DECIDI, ELE, somente ELE faz triunfar a moderna moda democrática
Basilio Nipwesa · Top Commenter · Unifai
A Beira só ficou nas mão do MDM por que os municípes reprovaram a gestão frelimista que só canaliza os investimentos para maputo em detrimento dos demais municipios. Os povos da Beira e Quelimane estão de parabéns por ter atingido uma maturidade politica impar....
 
Almeida Antonio · Top Commenter · Works at Germany
kkkkkkkkkk que pena the Frelimo, porque nao pensam de emtregar o poder? kkkkkkkk que pena o povo ja nao vos querem mas isto nao esta caro?
 
Virla de Oliveira · Top Commenter
a foto ta bonita nem se ve lixo em comparação com outras cidades, Maputo por exemplo
Filipe Tembe · Works at Quintessentially London
Alguma vez o partido que governa (na Beira), o da edilidade, seria o da oposicao ao mesmo tempo!! o jornalismo as vezes deixa muito a desejar!!
 
 
 

Beira: Frelimo quer ‘arrancar’ edilidade das mãos MDM


Beira praca municipio
Membros da Frelimo na cidade de Beira definem como prioridade política do momento a sua participação no X Congresso a ter lugar em Setembro próximo, em Pemba, bem como o desenho de estratégias para o resgate do município actualmente sob gestão da oposição.
O Primeiro Secretário desta formação política na cidade da Beira, Lino Massunguíne, disse há dias ao jornal Notícias que, para tal, os militantes e simpatizantes da Frelimo devem multiplicar as suas actividades e reforçar a coesão interna.
“Este é o ano do nosso congresso. A realização da mais alta reunião do nosso partido pressupõe o envolvimento de todos nos seus preparativos. Isto da base ao topo”, referiu Massunguíne, acrescentando que neste momento todos são chamados a procederem ao estudo das teses e a eleição dos delegados ao encontro de Setembro.
Refira-se que, inserido nos preparativos da reunião magna, os membros da Frelimo estão a ser capacitados em matéria da directiva sobre as eleições e código de conduta.
A fonte referiu que a Frelimo, na cidade da Beira, conta com 2140 células, as quais trabalham dia-a-dia para a sua multiplicação.
“Queremos estar presentes em cada palmo do nosso vasto território para melhorarmos a nossa prestação. Somos um partido com responsabilidades cada vez mais crescentes e temos de corresponder a isso, prestando melhores serviços ao nosso povo”, salientou o primeiro secretário da Frelimo na Beira.
Num outro desenvolvimento, Lino Massunguíne disse que o partido Frelimo na cidade da Beira está a trabalhar no sentido de ganhar as eleições autárquicas de 2013 e assim resgatar a administração do município ora sob administração da oposição.
“Trabalhamos igualmente para ganharmos as eleições autárquicas. Estamos convictos de que desta vez venceremos. Precisamos de administrar a cidade da Beira para melhorarmos as condições de vida dos munícipes”, sublinhou, acrescentando que actualmente há coisas que não estão a ser feitas a bem da população e que minam o desenvolvimento e a prosperidade desta autarquia.
Lembre-se que, apesar de não estar a dirigir o município, a nível da Assembleia Municipal a Frelimo detém a maioria.

Medo ou imunidade dos Camaradas?

“Gostaria de esclarecer aos de dentro e de fora que somos imunes às pressões de grupos de interesse e aos interesses de grupo”

“O País” sabe de fontes bem colocadas na Frelimo que o pacote anti-corrupção, da forma como está, não vai ser aprovado porque é visto como sendo um ataque pessoal a um grupo de figuras do partido no poder. A Renamo, por seu turno, preferiu concentrar o seu discurso na manifestação de indignação face à actuação da FIR contra os ex-guerrilheiros seus em Nampula.

Pronto! Está tudo claro agora. A chefe da bancada parlamentar e membro da Comissão Política da Frelimo, Margarida Talapa, disse, ontem, que a sua bancada rejeita pressões internas e externas para que avance com celeridade na aprovação do chamado pacote anti-corrupção.

“Precisamos de tempo e serenidade para ver se consagramos as melhores soluções do ponto de vista histórico, antropológico, sociológico e jurídico”. Com estas palavras, Talapa deixou ficar claro que a sua bancada não aceita lições de combate à corrupção de quem quer que seja e que o chamado pacote anti-corrupção deverá ser objecto de análises e estudos por parte da bancada. Só depois é que o documento poderá chegar a debate a nível do plenário do parlamento e consequente aprovação. Quando? isso Talapa não disse, apenas rejeitou agir sob pressões dos de “dentro” e os de “fora”.

Margarida Talapa falou num tom firme e, até certo ponto, desafiador. Por exemplo, a dado momento no seu discurso, mandou recados “aos de dentro e aos de fora” e, em nome da Assembleia da República - a Frelimo controla o parlamento com maioria qualificada de 2/3 dos deputados -, disse que aquele órgão legislativo “deve sentir-se imune às pressões de grupo de interesses e aos interesses de grupo, por mais distintos que sejam”.

Quem são os de dentro e os de fora?

Na verdade, quando Margarida Talapa se referiu aos “de dentro” e aos “de fora” quis, como se diz no adágio popular, matar dois coelhos de uma cajadada só. No que se refere aos de “dentro”, Talapa quis enviar um forte recado, primeiro, ao governo, que aprovou a proposta de lei; em seguida, à direcção da Unidade Técnica de Reforma Legal, UTREL, liderada por Abdul Carimo e, por último, à sociedade civil, com especial enfoque para organizações não governamentais, de que a bancada da Frelimo não vai ceder a pressões principalmente em matérias em que estão em causa interesses de figuras de topo do partido.

Tanto a UTREL como algumas organizações da sociedade civil, como o Centro de Integridade Pública (CIP), são vistas como estando a receber dinheiro do estrangeiro para servir agendas estranhas.

Por outro lado, ao dirigir-se aos de “fora”, Talapa pretende deixar claro que as pressões que os doadores do Orçamento de Estado - o tal G-19 - fazem ao executivo não são extensivas à bancada. Isto é, Talapa quis deixar claros os doadores que o governo não manda na bancada da Frelimo e, por isso, as pressões do G-19, no sentido de se aprovar uma lei anti-corrupção mais robusta, não vinculam directamente a bancada na medida em que esta age em conformidade com a sua agenda e interesses.

Proposta não será aprovada

O nosso jornal sabe de fontes bem colocadas dentro da Frelimo que a proposta do pacote anti-corrupção, tendo em conta a forma como foi depositada pelo governo no parlamento, não será aprovada.

O que mais inquieta alguns sectores da Frelimo, de acordo com as nossas fontes, é a proposta do Código de Ética do Servidor Público. Trata-se de uma proposta que, a ser aprovada, irá penalizar muitas figuras do poder, pois a mesma preconiza várias incompatibilidades e acaba com a actual promiscuidade em que, por exemplo, um deputado pode ser, em simultâneo, empregado do governo ou gestor de empresas públicas. Este Código também acaba com a promiscuidade existente entre os governantes em vários provedores de serviços e bens ao Estado.
A proposta do Código de Ética do Servidor Público é vista como um verdadeiro ataque a certas figuras da Frelimo que estão no parlamento mas também nas várias instituições do Governo e institutos públicos. Alguns chegaram mesmo a dizer que “não reconheciam autoridade técnica à UTREL para fazer uma proposta anti-corrupção”, com o agravante de “estar a receber dinheiro do estrangeiro para fragilizar a Frelimo”.

sexta-feira, 9 de março de 2012

09/03/2012

quinta-feira, 8 de março de 2012

Renamo diz que "não tem medo da guerra" após raid contra delegação de Nampula

"De todos os quadrantes do partido chegam mensagens que manifestam o desejo de retaliação" - Renamo


Blindado da policia de Moçambique, baleado pelos antigos guerrilheiros da Renamo, durante o raide contra a delegação do principal partido da oposição em Nampula
Foto: Faizal Ibramugi / VOA
Blindado da policia de Moçambique, baleado pelos antigos guerrilheiros da Renamo, durante o raide contra a delegação do principal partido da oposição em Nampula
"A Frelimo declarou guerra em Moçambique, não só Nampula, porque a nossa resposta pode começar em qualquer momento e em qualquer canto deste pais,” disse Simão Bute, da Renamo
<>
A Renamo avisou que "não tem medo da guerra", horas após um raide da polícia contra a sua delegação em Nampula onde estavam acantonados, há três meses, centenas de antigos guerrilheiros do principal partido da oposição.
O secretário-geral da Renamo, Ossufo Momade, disse quinta-feira, em Maputo que o ataque aos "desmobilizados indefesos suscitou a resposta da guarda presidencial (da Renamo)" e que o líder do partido, Afonso Dhlakama, está a ponderar uma resposta: "De todos os quadrantes do partido chegam mensagens que manifestam o desejo de uma reação de retaliação".

Momade apelou à calma, mas avisou que "o futuro de Moçambique está dependente do contacto" entre o Presidente da República, Armando Guebuza, e o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, que pediu ao Chefe de Estado explicações sobre o sucedido.
A operação, que foi chefiada pela Força de Intervenção Rápida e o Grupo de Operações Especial, culminou com um forte tiroteio, na madrugada de quinta-feira, colocando frente a frentes estas forças e as antigas tropas de Afonso Dhlakama.
Um agente da polícia foi morto, enquanto o outro foi atingido com muita gravidade, estando desde as primeiras horas a receber tratamentos intensivos, disse a Policia. Porém a Renamo alega que terá morto 7 agentes da policia, um dos quais o comandante que estava a coordenar a operação, contra dois feridos ligeiros nas tropas de Afonso Dhlakama.

Até ao momento, há informação de que 23 antigos guerrilheiros foram detidos pela polícia, que recuperou 6 armas metralhadoras AK47. A Renamo diz que também recuperou uma arma de fogo e desmente as informações policiais.
No seio da população da cidade de Nampula, reina um total pânico, terror, medo e incerteza, tendo em conta o tamanho dos confrontos havidos.
Em Nampula, algumas escolas, mercados, estabelecimentos comercias, instituições governamentais e não governamentais preferiram não abrir as portas para os seus utentes.

Os moradores da zona onde se encontra localiza a delegação da Renamo estão proibidas de circular pela polícia, uma vez que depois da operação, alguns ex-guerilheiros evadiram-se e esconderam em quintas.
Outros recorreram à residência do seu líder, onde ao chegar foram devidamente armados e posicionados.

A polícia rodeou a residência de Afonso Dhlakama, mas não se atreve a invadir, porque este reforçou ao mais alto nível sua segurança pessoal. O carro blindado da polícia foi fortemente atingido, tendo sido penetrado por balas e uma das rodas furadas.

A polícia nega que tenha invadido a delegação da Renamo, porque segundo diz o seu porta-voz, João Inácio Dina, a polícia respondeu apenas à violência que uma equipa de rendição recebeu quando, por volta das 5h00, tentou circular a Rua dos Sem Medos (onde está situada a delegação da Renamo).
O chefe da segurança da Renamo disse numa conferência de imprensa que, a qualquer momento, o seu partido poderá responder a esta provocação do partido no poder.

“A Frelimo declarou guerra em Moçambique, não só Nampula, porque a nossa resposta pode começar em qualquer momento e em qualquer canto deste pais,” disse Simão Bute
O Governador de Nampula encontra-se de visitas aos distritos, mas o Secretario Permanente Provincial, António Maquina disse a nossa reportagem que o executivo não foi colhido de surpresa e não há razão de as comunidades continuarem em pânico, porque tudo foi no período da manhã.
Simão Bute, chefe da segurança da Renamo em Nampula, fala com os jornalistas após a operação policial
Faizal Ibramugi / VOA
Simão Bute, chefe da segurança da Renamo em Nampula, fala com os jornalistas após a operação policial

Edifício da delegação da renamo em Nampula
Faizal Ibramugi / VOA
Edifício da delegação da renamo em Nampula

Mecânico procede a reparações num blindado da polícia danificado no ataque
Faizal Ibramugi / VOA
Mecânico procede a reparações num blindado da polícia danificado no ataque

Rua Dos Sem Medos, onde se situa a delegaçºao da Renamo em Nampula, praticamente vazia após os incidentes
Faizal Ibramugi / VOA
Rua Dos Sem Medos, onde se situa a delegaçºao da Renamo em Nampula, praticamente vazia após os incidentes

Polícia identifica um dos membros da Renamo detido no raide
Faizal Ibramugi / VOA
Polícia identifica um dos membros da Renamo detido no raide

Blindado da polícia nas ruas de Nampula, após o ataque à delegação da Renamo
Faizal Ibramugi / VOA
Blindado da polícia nas ruas de Nampula, após o ataque à delegação da Renamo

quarta-feira, 7 de março de 2012

Renamo diz que terror em Nampula é obra dos espiões da Frelimo

Fernando Mazanga, porta-voz da Renamo
Infiltrados no grupo dos ex-guerrilheiros de Dhlakama.
Sobre o homem de 65 anos, que os ex-guerrilheiros  mantêm em cativeiro, Mazanga diz que será mantido local até os ex-guerrilheiros abandonarem a sede da Renamo em Nampula.
A Renamo nega que os ex-guerrilheiros do seu partido estejam a protagonizar desmandos em Nampula. O partido de Afonso Dhlakama diz que os desmandos verificados em Nampula são da autoria dos “espiões” mandatados pela Frelimo, para se infiltrarem no grupo dos ex-guerrilheiros amotinados na sua sede naquela província.
Segundo Fernando Mazanga, porta-voz da Renamo, o ambiente de terror e pânico que se vive naquela província é uma manobra da Frelimo para distrair as pessoas.
“Não são ex-guerrilheiros da Renamo que estão a criar desmandos em Nampula. Na verdade, é um contigente de indivíduos, agentes do SISE, da FIR e de outras forças da lei fortemente armadas que foram enviados pela Frelimo, de Maputo e Pemba, para se infiltrarem naquele grupo e fazerem espionagem”, disse Mazanga.
Para Mazanga, é muito espantoso que um país inteiro e o comandante em chefe das Forças Armadas fique em parampas apenas porque os homens da Renamo estão em Nampula. Aliás, a fonte chega mesmo a dizer que a permanência de ex-guerrilheiros em Nampula é assunto particular da Renamo.
“Não se compreende como o Presidente da República, na sua qualidade de comandante em chefe das Forças Armadas de Defesa e Segurança, vai permitir a movimentação de homens armados rasgarem o país do sul ao norte para semear terror na cidade de Nampula. Na verdade, o envio de força militar para Nampula distoa com o discurso de paz, de reconciliação que apregoa”, afirmou Fernando Mazanga, acrescentando que “a presença de desmobilizados da Renamo em Nampula, nas suas instalações, é um assunto exclusivo da Renamo”.

terça-feira, 6 de março de 2012

Quém com ferro mata com ferro morrerá

Este foi o slogan usado quase em todos jornais de Angola e Moçambique quando foi morto o J. Savimbi, líder da UNITA. Ou seja a medida que usas será usada contra ti. Eu chamaria a uma reflexão sobre estas duas passagens a todos que se acham poderosos e usam as pessoas excluindo e marginalizando-as, para depois vir dizer que o povo é que quer ou fazem em nome do povo.
No diário dos últimos anos dos moçambicanos está cada vez mais a deteriorar-se tudo provocado pela má governação, má distribuição dos recursos, pela corrupção, pelo contínuo  desvio de aplicação dos fundos do erário público, ou seja pela gestão danosa, gestão de faz de conta.  Este slogan está relacionado com a passagem Bíblica que líamos no evangelho de ontem segunda feira da segunda semana da quaresma “a medida que usares será usada para vós” (Lc,6,38).
O senhor arcebispo de Maputo, dom Chimoio como sempre o chamamos, falando com adolescentes, jovens e catequistas, a quando da sua visita na paróquia São Gabriel da Matola, iluminou-nos com um conto, “numa zona de África, quando os pais envelheciam, os filhos levavam-nos a uma montanha com um pouco de comida e abandonavam. O fim era de morrerem sós e serem comidos com os animais selvagens. Então um jovem para não ser diferente dos outros da região, pediu o seu amigo para lhe ajudar levar a maga e ir deixar na montanha. Assim a caminho da montanha, o pai pediu que lhe parassem um pouco. Aí olhando para o netinho que vinha com eles disse, meu filho, este meu netinho fará o mesmo amanha contigo porque ele está aprendendo contigo….e continuou, podemos continuar a caminhada. De seguida o filho disse ao amigo que voltassem a casa com o seu pai e assim voltaram….
Esta conto voltei a ouvir este ano com meu professor de cultura e moral. Isto ilustra exactamente o que a citação bíblica e o slogan do ferro quer dizer. O tripé que hoje sustenta o País, composto pela pobreza absoluta (instituída pelas sucessivas ementas de políticas perversas e desastrosas), pela corrupção medular (acicatado mormente por alguns camaradas de Nachingueia), e pelo nepotismo partidário (que mina a construção do Estado democrático). Agora os idosos já não contam, e a razão disso está a questão a cesta básica ou o subsidio de velhice que já retiram a um numero superior de 200 idosos,  os jovens não são escutados. Estes grupos são importantes somente no momento eleitoral que muitas vezes são instrumentalizados.
Enquanto é tempo é melhor mudarem a conduta sobretudo no trato com os semelhantes. Sigam o exemplo daquele jovem que voltou com seu pai a casa. Os nossos jovens que vocês excluem juntamente com os vossos filhos, vos farão a justiça, porque estão aprendendo com a vossa governação.
Não seja que no futuro tenham que pagar por todas as atrocidades que a Frelimo praticou, a partir dos assassinatos dos ditos revolucionários em Nachingueia; as matanças em praças públicas no momento da guerra civil (em Nampula bastava ser acusado de njuba ou nakatana, era suficiente para ser morto a tiro ou apedrejado a morte), eu vi isso em Nacarôa e Namialo, por onde vim a crescer; dos queimados vivos nas suas residências por se negarem a ir viver na aldeia; das prisões arbitrárias e sem processos e condenações sem ser ouvido; do sangue das crianças traficadas que primeiro negaram e depois aceitaram por ver que os objectivos já haviam sido alcançados; da corrupção e nepotismo partidário, em da gestão danosa que enferma o país com a pobreza absoluta. Hoje se assustam com a onda de linchamento que acontece quase em todo país. É fruto do que aprenderam durante os anos passados. Por isso, que se preparem para isso….
Tudo isto e outros tantos males, são coisas que os jovens estão aprendendo convosco, pois têm acesso a informação da verdadeira historia de Moçambique a partir de fora, já que dentro do país se oculta a veracidade da nossa História. Nunca é tarde para mudar ou converter-se. O povo Moçambique é muito pacifico e generoso, (e de facto é por causa dessa bondade pacifica que são instrumentalizado), poderá perdoar-vos se mudarem e começarem a fazer as coisas a favor do povo. Caso contrario, os asseguro, o slogan quem com ferro mata com ferro morrerá ou a medida que usares será usada contra ti, será aplicada para cada um de vós. Mudem! Sejam sensíveis e vivereis ou os vossos descendentes vão ter que responder e pagar um preço muito caro…..!

domingo, 4 de março de 2012

Da auto-estima da burla, auto-estima do saque, ao uso e abuso dos bens do Estado

Ouvir com webReader
O nosso Estado corre perigo! Com estes defensores da auto-estima a usarem o Estado a seu bel-prazer, o que restará aos cidadãos fazer? Ficarem calados? Renderem-se às forças de repressão militarizadas ao serviço de quem acorda e deita-se procurando formas de extorquir o erário público? Que democracia será esta que nos dizem que está a ser construída em Moçambique? Que democracia é esta com todos os sinais de nos estar a fazer andar para trás, e a levar-nos aos tempos dos mesmos abusos da era do mono-partidarismo que para ser interrompida colocou o País a braços com uma tremenda guerra civil?
Sempre tivemos o cuidado, no nosso dever de cidadania, de aqui chamarmos à atenção, neste espaço, para o facto de o Estado estar a servir interesses de um punhado de gente que se valendo da oportunidade de estarem no poder misturam os seus negócios pessoais com o que é erário público. Confundem o Estado com o que é seu. Alucinam com o poder e abusam.
Sempre nos indignámos e voltamos aqui a apelar para a indignação total contra quem usa e abusa do Estado sem o menor respeito pelos cidadãos que são afinal a razão de ser do Estado.
Mais uma vez nesta edição trazemos a público evidências do quanto se volta a confundir o Estado com interesses de quem interpreta o mandato que recebeu em eleições, como se de um cheque em branco se trate, para poder praticar os mais infames actos contra a cidadania e contra os cidadãos.
Estar no Estado para representar interesses de toda uma nação não significa mandato para usar o Estado para fazer progredir os seus negócios pessoais e facilitar outros dos seus familiares, apaniguados e estrangeiros corruptores.
Ainda que haja quem julgue que a história lhes atribuiu direitos excepcionais, a lei mãe do País é clara e nada semelhante prevê.
Pensando que em Democracia estaríamos a fazer regredir aqueles que julgavam que o Estado é sua machamba pessoal, à medida que o ex-beligerante Renamo baixa as suas armas – sendo esse o desejo geral – vemos que, em contrapartida, aqueles a quem a Guerra Civil meteu freios, estão a voltar a abusar do Estado levando-nos a recear que voltemos aos tempos que os ingénuos da comunidade internacional não viveram e não lhes convém recordar agora que os mesmos que oprimiram todo um povo lhes servem hoje opíparos repastos como os que os seus próprios povos hoje já não lhes permitem usufruir nos seus países. Noticiámos na altura e provámos com documentos que uma empresa a que está ligado o Presidente da República e Chefe do Governo, Armando Guebuza, vendeu, recentemente, ao Estado, um lote de 150 autocarros para serem atribuídos à então empresa de transportes públicos de Maputo que posteriormente viria a ser desmembrada e com o seu espólio criadas duas: a Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo e Matola, respectivamente.
A empresa-mãe indiana, da que em Moçambique tem como sócio o chefe de Estado e do Governo, Armando Guebuza, e ainda o seu ministro António Sumbana, vendeu à então TPM (Transportes Públicos de Maputo) uma centena e meia de autocarros. Reportámos na altura que o negócio não seguiu a Lei do Procurment em vigor na República de Moçambique.
O ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, confirmou à nossa
Reportagem, na altura, que não houve concurso público para aquisição de tais autocarros, ou seja, o negócio foi por adjudicação directa.
O negócio efectivou-se semanas depois de o próprio Presidente da República ter ido à Índia em visita de Estado (?). Tudo muito linear… Armando Guebuza assinou com a mão de Presidente em representação do Estado, a aquisição dos autocarros, e, com a sua visão de empresário, deixou para a TATA Moçambique um vínculo que drenará para o seu bolso em resultado de peças e serviços de manutenção que os TPM pagarão… Qual teta, qual chucha!..
O encaixe financeiro de 565 milhões de meticais conseguido pela TATA indiana na venda dos 150 autocarros aos TPM já deve ter rendido umas boas luvas, ou não fosse essa uma prática corrente…
Nada aconteceu ao cidadão Armando Guebuza porque é também ele quem nomeia os órgãos que deviam garantir a legalidade e combater este tipo de promiscuidade.
O negócio não ficou por aí. Estava só no princípio. Ficou acordado que a manutenção técnica dos autocarros seria assegurada pela TATA Moçambique. Na altura escrevemos neste jornal que os autocarros não eram novos tal como se dizia. A prova disso é que no dia da entrega do primeiro lote, dois dos autocarros tiveram avarias, em plena cerimónia inaugural. A carcaça de muitos dos autocarros que estavam a chegar denunciava já naquela altura – em Julho de 2011 – que aquelas sucatas haviam sido recondicionadas. E é aqui onde está a segunda parte da negociata do Senhor Armando Guebuza. Meses depois, cerca da metade de todos os autocarros adquiridos já anda com diversas avarias. A assistência dá dinheiro continuamente!...
O Estado, através das empresas municipais dos transportes públicos de Maputo e Matola, em que a outra TPM foi entretanto transformada, está agora já a drenar mais uma batelada de dinheiro para a TATA Moçambique, em peças e manutenção. Sem dúvida um “negócio da China”. “Tá-se bem!”...
É o Estado a pagar indirectamente a Guebuza e António Sumbana, as deficiências dos autocarros recém adquiridos.
Não temos outras palavras: uma empresa de que é sócio o cidadão Armando Guebuza e o seu ministro António Sumbana, vendeu ao Estado que pertence a todos os moçambicanos, autênticas sucatas. O Estado foi burlado. O povo foi burlado. O número de autocarros avariados é de tal ordem em tão pouco tempo que só se pode suspeitar disto tudo…
O empresário Guebuza burlou o Presidente Guebuza?
Agora o povo volta a não ter transporte.
Quem pode ressarcir o Estado pela burla?
Que terá a dizer o cidadão Armando Guebuza, ao chefe de Estado e do Governo pela tamanha burla com os TATAs adquiridos sem concurso público e poucos meses volvidos já quase todos encostados?
Não há vergonha?
É este tipo de auto-estima que quem anda por tudo o que é canto de Moçambique a pregar, pretende para o nosso “maravilhoso” povo?
Não será isto a auto-estima da burla?
Não será isto a auto-estima da charlatanice?
Não será isto a auto-estima da falta de ética e da falta de respeito pelo bem comum?
Não será isto uma total falta de patriotismo?
Não será isto uma total falta de respeito pelo Estado?
De que auto-estima fala o Presidente da República? Será a mesma que pratica o cidadão e empresário Armando Guebuza?
Na nossa modesta opinião, auto-estima passa pelo respeito por si e pelos outros.
A honestidade não se pode dissociar da auto-estima. Quem tem realmente amor pela pátria não se mete em jogadas como a que envolveu a compra de autocarros para os TPM.
Que patriotismo poderá querer que lhe reconheçam os cidadãos de um Estado que vê o seu próprio chefe de Estado e do Governo a levar o seu próprio Estado a envolver-se em negócios absurdos.
Que respeito quer que lhe tenham os cidadãos de um País quando se vêem enganados por quem o povo elegeu?
Qual será a definição de antipatriotismo para cidadãos que se vêem enganados por um negócio como o dos autocarros TATA?
Um cidadão ou cidadãos que se envolvem neste tipo de coisas pode-se dizer que amam o seu País?
Cidadão ou cidadãos que se envolvem em negociatas em que está claro que não respeitaram os seus concidadãos, podem continuar a querer que os tratem com a dignidade que é devida a qualquer cidadão com especial deferência a dignitários de uma nação?
Quem não se dá ao respeito pode alguma vez pensar que lhe continuem a ter respeito?
Na Alemanha por muito menos demitiu-se o Presidente da República. Aqui como será?
O chefe de Estado vai ao menos pedir desculpa aos moçambicanos?
Moçambique é muito mais do que estas baixarias! África não pode continuar a ser tratada desta maneira!
Com este tipo de gente, corremos o risco de acordar sem o nosso Estado. É um perigo ser dirigido por este tipo de gente.
A Procuradoria o que vai fazer? Vai ficar a assistir à destruição do Estado?
O Senhor Procurador-Geral da República não pode fazer nada, tratando-se de quem se trata? Então para que serve a Procuradoria-Geral da República?
E na mesma esteira de uso e abuso das prorrogativas que estão conferidas aos dignitários do Estado, o que irá fazer a PGR sabendo que as instalações do Estado estão a ser usadas para reuniões de uma entidade privada, para discutir teses, para mais nas horas normais de expediente, e levando os funcionários a não trabalhar, embora estejamos todos a pagar os seus salários?
Será possível alguém acreditar, com estas práticas, que se está a construir em Moçambique alguma democracia? Igual à do Salazar? Igual à do Caetano? Já quase nos apetece dizer: do mal o menos!...
Isto é tudo uma pouca vergonha!!!…
Canal de Moçambique – 29.02.2012

Uso e abuso dos recursos humanos e materiais do Estado

Ouvir com webReader
Flagrante
Ministério da Educação vai parar para reuniões da Frelimo nas suas instalações nas horas de serviço
Borges Nhamirre
As provas de que o Estado serve o Partido Frelimo sucedem-se. Os abusos decorrem à vista desarmada na mais inadmissível impunidade. As instâncias judiciais que têm por dever legal impedir que o Estado seja sacado por entidades privadas como o é o Partido Frelimo ou qualquer outro que esteja no poder, mantêm-se subjugadas em vez de agirem. Mais uma prova inequívoca do uso abusivo dos recursos materiais e humanos do Estado, pelo Partido Frelimo, chegou ao nosso conhecimento, e mais uma vez fica por se saber o que irá fazer o Procurador-Geral da República para honrar o Ministério Público. O Canal de Moçambique interceptou uma carta-convite que convoca reunião aos “membros do Secretariado da Célula” do partido Frelimo, no Ministério da Educação (MINED), para uma reunião a decorrer durante o período laboral, no edifício ministerial, na sala de reunião do 1º andar.
São recursos humanos e materiais do Estado que estão a ser desviados das suas funções e postos ao serviço do partido no poder.
A convocatória circula pelos e-mails dos funcionários do MINED e tem como seu remetente Caetano Ruben, cujo e-mail é caetano.ruben@mined.gov.mz.
Caetano Ruben é um funcionário sénior do MINED e presidente da Associação de Natação da Cidade de Maputo e ficou famoso ao transportar a chamada “Tocha da Unidade Nacional”, do Rovuma ao Maputo.
A reunião partidária convocada para as instalações do Ministério da Educação nas horas de serviço, segundo o e-mail, destina-se a “participar no estudo das teses” para o 10º Congresso do Partido Frelimo.
No mesmo email é ainda referido que as reuniões do género, no MINED, deverão continuar durante todo o mês de Março. Assim se conclui que durante todo o mês de Março os funcionários do MINED deixarão de atender o público e as questões correntes do Estado para participarem em reuniões a discutir as teses do 10º Congresso do Partido Frelimo, uma entidade de direito privado.
Há ainda indicações que em todos os 28 ministérios e nas demais instituições do Estado, a interrupção do trabalho irá afectar o funcionamento do Aparelho do
Estado, num saque que só encontra precedentes no período em que no País vigorava um regime de partido único.
Eis na íntegra o conteúdo da convocatória para a reunião da célula do Partido Frelimo no MINED.
“O Secretariado do Comité do Círculo do MINED convoca aos membros do Secretariado da Célula, para participar numa reunião a decorrer no dia 1 de Março de 2012, pelas 12:30 horas, no edifício do MINED, na sala de reuniões do 1º andar. A reunião será dirigida por uma brigada central do Partido.
Obs. O camarada secretário deverá convocar os membros e simpatizantes da sua Célula a participar na reunião.
Pede-se que os participantes estejam na sala 15 minutos antes.
Agenda: Lançamento do Estudo das Teses do 10º Congresso do Partido FRELIMO”.
O documento foi assinado pelo “1º Secretário do Comité do Círculo do MINED”, Miguel Inácio.
Canal de Moçambique – 29.02.2012
Veja aqui o comunicado:
Download Comunicadocelulamined

Só se recordam dos jovens nas eleições – OJM

  


O SG da Organização da Juventude moçambicana, Basílio Muhate, queixou-se do facto de os presidentes dos municípios só conhecerem a juventude em tempos eleitorais, “onde tudo prometem mas que depois nada cumprem”.

“Estão a porta as eleições, já veremos alguns dentes! Mas basta!”, afirmou Muhate, discursando na III Sessão Ordinária do Comité Central da OJM, terminada Sábado último, na cidade da Matola, Sul do país, e cuja sessão de abertura foi dirigida, Sexta-feira, pelo Presidente da Frelimo, o partido no poder em Moçambique, Armando Guebuza.
Muhate, que não avançou nenhum caso especifico, sublinhou que “a Juventude queixa-se de que os nossos presidentes dos municípios só nos conhecem em tempos de campanha, onde tudo prometem e no fim se refugiam na burocracia e na falta de tempo e quando a pressão aumenta não hesitam em mostrar actos intimidatórios e de desprezo”.
Naquela ocasião, a fonte disse que a juventude não está alheia à governação.
“Por um lado estamos satisfeitos com os esforços do governo no combate à pobreza, mas também inquieta-nos a má execução de certas políticas, como a da habitação, em que na prática são negados aos jovens a concessão de Direitos de Uso e Aproveitamento de Terras”, afirmou o Secretario Geral daquela organização de massas do partido Frelimo.
A AIM soube ainda que o desemprego é outro dos problemas que aflige a OJM.
De acordo com Muhate, “apesar de vermos com bons olhos os ventos de empreendedorismo, assistimos a uma estranha tendência de exclusão dos nossos jovens quadros, nacionais, em áreas do seu domínio por cidadãos estrangeiros”.
Para aquele líder juvenil, começa a ficar grave o cenário pois “vemos cozinheiros, caixas e canalizadores importados do estrangeiro”.
“Será que não os temos cá?”, questionou, explicando que “não somos xenófobos ou racistas porque acreditamos que na vivência dos seres se trocam experiências, mas também acreditamos que não devemos ser preteridos no que sabemos e podemos fazer”.
Muhate alertou, por outro lado, contra o facto de certas questões poderem trazer constrangimentos futuros e de dimensões imprevisíveis, tal como o “boom” energético e mineiro que o país está a conhecer nos últimos tempos.
“Assistimos nos últimos tempos a um crescimento de entusiasmo por força do boom energético e mineiro que o país conhece, o que traz uma natural alegria para todos nós, porque cremos que poderá ser um tónico para o nosso desenvolvimento e um estímulo para o aumento da produção. Contudo, sabemos que esse advento cria expectativas justas e nalguns casos injustas e desmedidas de pessoas que vêm no petróleo, gás e diversos minérios, um garante de uma vida exorbitante e que preterem o trabalho”, disse Basílio Muhate.
Ele pediu para que a informação sobre esse ‘boom’ seja difundida de modo massivo para acabar com as ‘desmedidas’ expectativas e para que a legislação e as negociações atinentes a sua exploração sejam bem pensadas e ponderadas de modo a se ganhar uma exploração sustentável e que propicie reais ganhos para o laborioso povo moçambicano.
O Secretario Geral da OJM manifestou ainda preocupação pela crescente ocorrência de casos de nepotismo.
“Somos contra o nepotismo e as suas variáveis formas de manifestação, exortamos assim para que as diversas oportunidades sejam distribuídas sempre na busca do equilíbrio e da justiça social no seio do povo de modo a que não minemos e periguemos aquela que é uma das nossas riquezas: a unidade nacional”, frisou Basílio Muhate.