"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 30 de abril de 2012

Entidades públicas usaram 122 milhões de meticais sem justificativos em 2010


Conta geral do Estado.
Entidades auditadas pelo Tribunal Administrativo no âmbito da elaboração da Conta Geral do Estado não disponibilizaram os comprovativos das despesas realizadas em 2010 no valor de 122 400 000 meticais (cento e vinte e dois milhões e quatrocentos mil meticais).
Os técnicos do Tribunal Administrativo solicitaram os justificativos, mas não os tiveram, nem durante as auditorias muito menos em sede dos contraditórios.
A situação é preocupante nas províncias, onde não foram despachados ao auditor comprovativos na ordem de 79. 255.669,25 meticais, o que representa 9,1% da amostra auditada (868.754.502,34 meticais), com destaque para o Conselho Municipal da Cidade da Matola, direcção provincial da Saúde de Maputo e direcção provincial da Saúde de Gaza.
A seguir as províncias foi o governo central que menos justificativos apresentou ao Tribunal Administrativo. O valor totaliza 36.133.470,77 meticais, correspondente a 1,4% do valor da amostra (2.515.896.413,04 meticais), sendo de destacar  os gastos do Fundo de Fomento Mineiro, Ministério do Turismo, Escola Superior de Ciências Náuticas e o Ministério das Obras Públicas e Habitação.
Nos distritos os gastos não justificados são menores, totalizando 7.012.446,61 meticais da amostra de 173.106.285,45 meticais, o equivalente a 4,1%. Os distritos da Ilha de Moçambique, Angoche e Magude são os casos mais gritantes.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Afonso Dhlakama tem razão de manter segurança armada para garantir democracia…

Por Adelino Timóteo

…tendo como pano de fundo um cenário como as eleições de Inhambane onde a coligação PRM/STAE/CNE actuou em solidariedade com a Frelimo

Inhambane (Canalmoz) – No dia 19 de Abril corrente, portanto, um dia após a votação, em Inhambane, a Comissão Provincial de Eleições local publicou os resultados eleitorais, que deram vitória à Frelimo. Entre os frelimistas denotava-se a amargura de festejar-se uma vitória, em que para ela ser dada como tal, o vencedor contou com o envolvimento da coligação Comissão Nacional das Eleições (CNE), Polícia da República de Moçambique (PRM), Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), Grupos Dinamizadores (GD’s), exercendo a acção psicológica e terrorismo do estado e institucional, em parceria com a Frelimo.

Passado que foi este escrutínio, a nós que estivemos no terreno, só nos resta contar o modus operandis da coligação citada para vencer aquelas eleições. Por partes. Convenhamos:

1. A Frelimo tinha planos A, B e C para as eleições em Inhambane. Assim, no dia 17, anterior à votação, preocupada com a tendência de voto da camada juvenil, impôs que Ana Rita Sitole fosse ‘convidada’ pela direcção da Universidade Mussa Bin Bique, para neste estabelecimento de ensino superior dar uma palestra sobre ‘Exercício de Cidadania’ aos jovens estudantes de Inhambane, os quais gazetaram a este evento;

2. Na madrugada do dia 18 de Abril, logo pela manhã (fora do período eleitoral), aos secretários dos bairros e de dez casas – em Inhambane estes são activos como nos anos da ditadura machelista, lhes foi incumbido de contactar casa a casa, apelando para que eles próprios estariam nas assembleias de voto e se encarregariam de registar o nome de todo aquele que lá fosse, e também conseguiriam observar por seus meios (ocultismo, bola de cristal ou pedra filosofal?) sobre quem votou ou não votou na Frelimo;

3. Fazendo passar a mensagem omnipresente, os GD’s passaram a mensagem da retaliação que a Frelimo lhes preparara: os actos administrativos que viriam a requer seriam bloqueados, no futuro. Assim, teriam dificuldades de ter acesso às direcções provinciais e beneficiarem de prestações na saúde, educação e juventude;

4. No dia 18, pela madrugada agitada de Inhambane, topamos com o frenesim e a agitação de alguns populares, muitos dos quais colocaram os secretários dos bairros e de dez casas, à margem de qualquer contacto com eles, levantando por isso o nervosismo da parte dos GD’s e dos seus superiores hierárquicos;

5. Na madrugada do dia 18, nos bairros periféricos, os GD’s, mandatados pela Frelimo, puseram debaixo das portas das casas panfletos nos quais apelavam os manhambanas que o oponente de Benidito Guimino era um representante dos Mulungos (brancos e estranhos) – acção psicológica/terrorismo psicológico na sua vertente racica e tribal, para desencorajar o voto de consciência em favor de Fernando Nhaca;

6. Às 4:00 horas do dia 18 de Abril homens, senhoras, velhos e velhas, predominantemente idosos quer-se dizer, começaram a afluir aos postos de votação;

7. Até às 7:00 a afluência dos jovens era bastante escassa, para não dizer quase nula, o que se prolongou até às 13 horas, o que foi objecto de comentário até por certos jornalistas, com alguns a supor que deveriam estar a descansar depois de terem tido farra no dia anterior, sabido que para o dia 18 se havia decretado tolerância de ponto;

8. A partir das 8:00 horas entrou em marcha o plano A da Frelimo: todos os secretários dos bairros estavam nas mesas de votação com folhas brancas imprensas onde deveriam registar os nomes dos votantes dos respectivos bairros;

9. Às 8:30 horas os secretários dos GD’s identificam paralelamente que entre os eleitores estavam os ‘mulungos’, como a FGrelimo entendeu chamar aos jovens e membros do MDM activos, maioritariamente da Beira, Zambézia e Nampula, peritos em neutralizar fraude por via de enchimento de urnas, que para lá haviam sido destacados para monitorar as eleições e ensinar os jovens de Inhambane. Entrou então em cadeia o plano B: desfazer a máquina do MDM por via de prisão dos seus activistas que possuíam identificação, havendo a situação de uns que transportavam comida em carros ou aguardavam nas imediações por qualquer urgência e eventualidade. Até às 13 horas havia 37 presos. Foram detidos 53 mas só 37 ficaram em cárcere;

10. O caso fragrante foi por nós identificado quando um funcionário do STAE conduzindo uma viatura desta instituição fez acompanhar de um membro da PRM, na sua tentativa de prender activistas do MDM na escola 25 de Setembro. Fernando Veloso, director e editor do Canalmoz e Canal de Moçambique, na tentativa de fotografar este acto que viola a ética e a lei, sofreu ameaças do funcionário (Alberto Carlos Guila), que não queria que o fotografassem e ao agente policial. Veloso disse-lhes que se não queriam ser fotografados ficassem em casa e vendo que a sua “presa” não cedeu e mais ainda que a cena estava a ser presenciada por observadores internacionais alemães, acabaram por se meter no carro e abalaram os dois, com as fotografias a sucederem-se a ponto do próprio policia, sabendo do ilícito em que se tinham metido, fugiu no carro a esconder a cara com o próprio casquete policial. Um caso que configura terrorismo do Estado e institucional;

11. Os Polícias de Inhambane também prenderam Custódio Duma, quando este fotografava uma lápide colocada na escola 25 de Setembro, onde está grifado Dr. Itai Meque, o então governador provincial agora plantado na Zambézia sendo a curiosidade de Custódio Dumaque saber que ao tempo em que pespegaram/afixaram a tal placa, Meque não era doctor nenhum – enfim presas de agradar às excelências…;

12. O plano C consistiu em colocar professores e directores das escolas e até directores como escrutinadores nos próprios estabelecimentos de ensino em que lecionam, o que se depreende de antemão que a Comissão Provincial de Eleições ao ter produzido tal ‘conscidência’ sem precedente, já estava na jogada do partido que propugna pelo slogan Força da Mudança;

13. A coligação CNE, FRELIMO, SISE, GD’s pôs dessa forma a orquestra a funcionar, de modo que para relevar a acção psicológica/terrorismo psicológico, não se esqueceram de pôr carros blindados e de assalto a circularem pela cidade e bem próximos das mesas de votação enquanto nas próprias assembleias se posicionaram logo aos primeiros minutos de votação, dentro das salas, até policias armados de AK47;

14. Até às 14:00 horas inquirimos a várias pessoas que não tinham os dedos borrados com tinta indelével o motivo porque não tinham ido votar e a resposta era unânime: ‘com tanta polícia na rua e nas assembleias de voto temos medo de sermos presos’, ‘isto não é eleição não é nada, é guerra’, ‘prefiro ficar em casa a ter complicações’;

15. Os polícias em nenhuma das mesas de voto se posicionaram a mais de 300 metros como prevê a lei. E foi assim que os Policias se transformaram em protagonistas daquele 18 de Abril em Inhambane; numa situação em que contavam com agentes vestidos à paisana em todas as mesas de votação, aos quais o MDM rotulava de membros ‘privilegiadas’ da Frelimo, mas que nos momentos de detenções tinham papel activo, telefonando para o comando e participando na prisão dos adversários;

16. No dia anterior já Leopoldo da Costa, presidente da CNE, havia dito que os eleitores deviam votar, após o que teriam que esperar o resultado em casa. Para quem ouviu a exortação de Leopoldo da Costa do dia anterior, amplamente repetida na rádio, já no dia 18 estava claro que aquele que permanecesse na assembleia do voto para defender os votos, como tem sido prática, tinha a Polícia atrás, e os membros do MDM que tinham estas instruções foram escorraçados para além de trezentos metros e muitos deles até presos;

17. Na escola de Chamane, o ministro da Energia, Salvador Namburete, que nem era eleitor nem escrutinador, nem delegado de candidatura, como outros membros da Frelimo transformou-se em dono da situação neste escrutínio. Ele e outros seus correligionários mantiveram-se junto das assembleias de Chamane a dar ordens à Policia para prender os seus adversários. Entrevistei Namburete no local e disse-me à boca cheia que ele mandou chamar a Polícia para dali afastar os membros do MDM que “agiam como bêbados”, o que não impediu a Polícia de escorraçar delegados de candidatura suplentes deste partido de oposição. Nem teste de alcoolemia fizeram. O plano era só desmontar o anel de controlo dos adversários. E para a Policia os do MDM eram também adversários. A Policia esteve no jogo de forma incrível;

18. No dia 19 de Abril fomos convocados pela Comissão Provincial de Eleições de Inhambane para assistirmos à divulgação dos resultados, que deram a vitória a Benito Guimino;

19. O mérito da vitória de Guimino deve-se à actuação parcial da PRM, STAE, CNE. É a esta coligação, mais a Frelimo, que se deve a abstenção dos “manhambanas” nestas eleições. Oficialmente, de um total de 43.206 eleitores inscritos, foram votar apena 16.763 eleitores, o que corresponde a trinta e oito porcento, abstiveram 26.444. Neste dia 19 e 20 vimos um punhado de frelimistas (não mais de três dezenas) festejando em três carros apenas o resultado que CPE havia anunciado. O que nos parece, esta vitória, tal como ocorreu e narramos, terá para Guimino um sabor amargo pois não reflecte a vontade do eleitorado. Estas eleições não fogem daquelas que Roberto Mugabe organiza no Zimbabwe, onde põe a concurso, tal como o seu aluno Frelimo acaba de demonstrar, o terrorismo de Estado e institucional, derivado da conivência dos agentes do STAE, CPE e CNE que são coagidos, tal como os policias, a agir como agiram;

20. As eleições de Inhambane, como demonstrámos, de nenhuma forma se podem considerar justas, livres e transparentes. As eleições de Inhambane, pelos procedimentos repressivos que as caracterizaram, demonstram o tipo de ditadura eleitoral que o país vive: ditadura plebiscitária, onde o voto de consciência está à partida proibido, e o partido no poder tem a máquina toda do seu lado, e os funcionários do STAE, CPE e CNE, além da Polícia, agem como se de marionetes se tratassem, pondo em marcha detenções e crimes não tipificados na lei. São detenções só justificadas pela intenção de realizar com sucesso toda a cadeia sucessiva de planos, como o que acaba de me referir;

21. Por aquilo que presenciamos no terreno, vem legitimar o que a Renamo diz: a Frelimo não quer democracia! Incluso a Renamo advoga que a segurança armada de que dispõe serve para proteger a democracia e em eleições protegem Afonso Dlhakama de humilhações policiais. Nós estamos de acordo! Se Dlhakama desarmar seus homens, então voltaremos a ser agredidos pela Frelimo na mesma proporção em que nos agrediram em 1975, e vem fazendo até hoje, com a mesma intensidade, embora amedrontada pelos guerreiros da Renamo;

22. É urgente um Estado de Direito e Democrático, que aglutine todas as forças vivas da sociedade e partidos políticos. Não queremos que instituições do Estado personifiquem o terrorismo ditado pelo establishment e a nomenklatura frelimista. Não queremos mais assistir e presenciar o funcionamento deste tipo de coligação inóspita, patrocinadas com fundos do erário público e doações da comunidade internacional!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ministra do Trabalho quer criar uma agência de recrutamento juvenil

Helena Taipo, ministra do Trabalho
Para a contratação de mão-de-obra para empresas mineiras.
Embora diga que a criação da agência seja “um dado adquirido”, Helena Taipo não avança os prazos para a consumação, efectiva, da ideia.
O governo vai criar uma agência de recrutamento de jovens para trabalharem nas empresas de exploração mineira que operam no território nacional, tal como acontece para a contratação da mão-de-obra para as minas da África do Sul, revelou ontem a ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo.
A ministra do Trabalho falava ontem no encontro que manteve com os jovens empreendedores da cidade de Maputo.
Taipo não revelou a data em que se vai criar esta agência de recrutamento de jovens para trabalharem nas empresas de exploração mineira no país, mas garantiu ser um dado adquirido, porque “é um dever do governo criar formas eficazes de empregar os jovens deste país, porque a riqueza também lhes pertence”.
A ministra do Trabalho explicou que essa agência não vai olhar para a experiência profissional no período de contratação, tal como acontece com o recrutamento da mão-de-obra para as minas da África do Sul, que é feita através da Teba.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ciclistas dizem que a colocação de semáforos reduziu casos de acidentes em Quelimane

Ciclistas dizem que  a colocação de semáforos reduziu casos de acidentes em Quelimane
Os ciclistas da cidade de Quelimane, localmente conhecidos por taxistas de bicicletas, estão impressionados com a colocação dos primeiros semáforos da história.
De acordo com os taxistas ouvidos pela TIM com a instalação daqueles sinais de trânsitos os acidentes diminuíram consideravelmente nos últimos tempos, não obstante as dificuldades enfrentadas para perceber o seu funcionamento.
Apenas dois pontos, dos cinco previstos, beneficiaram da colocação dos sinais luminosos, os primeiros na história da cidade de Quelimane.
Segundo o edil de Quelimane , nos próximos dias aquela cidade contará com todos os semáforos nos pontos já identificados.
Contudo, Manuel de Araújo é da opinião de que a diminuição dos acidentes em Quelimane passa igualmente pelo cumprimento dos próprios taxistas do código de estrada e não apenas dos sinais de trânsito.
Para os homens de táxis bicicletas , a colocação destes sinais luminosos veio reduzir consideravelmente os acidentes nas estradas , não obstante as dificuldades que enfrentam em perceber o seu funcionamento.
A colocação destes sémaforos constitui um dos maiores ganhos do executivo de Manuel de Araújo, eleito nas eleições interlares de 07 de Dezembro último.

Comentario Resposta - Guebuza critica jovens que desvalorizam os que lutaram pela independência

Mais uma vez abaixo trago alguns dos comentarios dos representantes dos jovens moçambicanos em resposta os pronunciamnetos do senhor Guebuza ao atribuir a culpa da incompetencia dos "libertadores" a esta camada jovem. É que Falando na abertura da V Sessão do Comité Nacional da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN), O presidente da Frelimo, Armando Guebuza, dizsse que há alguns jovens que pretendem gerar amnésia aos antigos combatentes para dar a entender que não era preciso lutar pela independência para libertar o país ou seja que há jovens que não dão valor nem a importância da história dos que lutaram pela independência deste país.  assim que convido aos camaradas sobretudo os assessores do ser presidente Guebuza para ler estes comentarios e fazer chegar a ele o que de verdade pensam e sentem os jovens para não dizer o povo moçambicano. A Frelimo sempre escondeu a verdadeira Historia do País e os jovens ja se aberceberam disso, por isso desvalorizam a historia provida pelos camaradas/combatentes..... leiam

Lourenço E. Cossa · Comentador principal · FACED/UFRGS
O NÃO SE ESQUECER DOS HERÓIS IMPLICA A NOSSA SUBMISSÃO AOS SEUS CAPRICHOS? PARA SE OBSERVAR QUE NÃO OS DESVALORIZAMOS É NECESSÁRIO QUE DAMO-OS CHEQUE EM BRANCO PARA DELAPIDAREM O ERÁRIO PÚBLICO E A POPULAÇÃO FICAR PARA TRÁS?
NÓS RECONHECEMOS VOSSOS ESFORÇOS NA LUTA ARMADA CONTRA O COLONIALISMO E TODAS SUAS FORMAS DE HUMILHAÇÃO CONTRA O POVO MOÇAMBICANO, MAS TAMBÉM, NÃO SOMOS OTÁRIOS AO PONTO DE NÃO QUESTIONARMOS O PARADOXO, A INCONGRUÊNCIA, OS ATROPELOS DA CAUSA ANTES ABRAÇADA E REPUDIADA A CORRUPÇÃO, O NEPOTISMO, A ROUBALHEIRA DA COISA PÚBLICA AGORA ABRAÇADA COM GARRAS PELOS ANTES COMBATENTES E HERÓIS.
Andre Vida · Nmpua
Ma va........Voces trairam os planos de Samora!!!! Ponto final........Duros tempos vos esperam. Preparem-se para pedir auxilio se nao (refugio) politico....
Cipriano Mossuela Muchaia Cololo · Hogwarts School of Witchcraft and Wizardry
Porque tar os jovens a culpa nas suas recoes, tem medo da realidade porque?
Zeca Sao Domingos · Mulevala
Eu repudio a direcção deste jornal, ou sei lá quem, que sensura os meus comentários, retirando-os, apagando-os. Não sei o que ganham com isso. Eu faço o grito da maioria, daqueles que não possuem este meio. Grito da população!!!...
Helton Sando · Trabalha na empresa INSS
Concordo com senhor presidente
Ivan Beleza · Beira, Mozambique
Claro, és livre de concordar com o que quiseres! Mas só uma pergunta: Concordas com o quê e porquê?
Hassamo Chande · Maputo, Mozambique
Ahh não te vai responder, é funcionário do estado, sussurando não pode ir contra a 'religião'
Zeca Sao Domingos · Mulevala
Pois não vai responder. Concorda ou sencorda, ele está amarrado. Eu é que tenho pena de mim mesmo, por sensurarem meus comentários. Se é a direcção do jornal, é mau; se é algum engraxador que não gosta que o seu chefe seja falado, também é mau. Não podem silenciar o grito da população.
Muana Onaburi Wilicane · Moçambique, Nampula, Mozambique
A FINAL SR PR, LUTARAM PARA SUBSTITUIR O COLONIZADOR ESTRANGEIRO? VEJAMOS: ELE ARRENDAVA AS TERRAS PARA AS COMPANHIAS MAJESTÁTICAS, OS FUNDOS PARA A METRÓPOLE. VOCÊS JA ESTÃO A FAZER O MESMO, MAS OS FUNDOS VAO PARA OS VOSSOS BOLSOS? E O PAIS? E O POVO QUE TANTO LUTOU? ESQUECESTE SR PRESIDENTE QUE A TAL FRELIMO QUE DESENCADEOU A LUTA ERA DE MOÇAMBICANOS DE TODOS PARTIDOS DA ALTURA QUE UNIRAM PORQUE HAVIA UMA CAUSA COMUM? E QUE DE POIS DEVERIAM RESPEITAR ESSAS VARIAS ORIGENS? RESPEITARAM?
COM MUITO RESPEITO, O SENHOR ULTIMAMENTE VEM AO PUBLICO APENAS PARA INSULTAR. ACHA QUE TE AJUDA ALGUMA COISA?

UMA IDEIA SOLTA: "POR EXCESSO DE VAIDADE, HOMENS NOTÁVEIS PERDEM PARTE DO SEU VALOR PENSANDO QUE ACRESCENTAM"
Ruben Chiau Chiau · Comentador principal · Marketing na empresa Mapas Pegado
Os jovens? não..mas sim os que lutaram pela independência é que se desvalorizam por causa das suas atitudes no tratamento daquilo que é um bem comum...o nosso Moçambique independente.
Hassamo Chande · Maputo, Mozambique
Wow, 'alguns jovens' são poderos, geram uma tal amnésia, esqueceu de auto avaliar a si próprio e o resto da 'crew'
Mas ainda tem bolsos para guardar o que 'abocanham'?

Meu pai sempre disse: 'o que vem fácil, vai fácil'

Enquanto as palavras 'País' e 'nação' se resumir ha um grupo de pessoas quando se trata de ganhar e quando se trata de cometer sacrificios se resumir ao povo, pode crer que se vai gerir 'amnésia'

Com todo devido respeito, afinal é PR.
Fernando Timana · Maputo, Mozambique
Em Ressano Garcia na zona de Diamantino foi parcelado. Actualmente os terrenos estão a ser vendidos e já tem donos (Boers), nenhum jovem local beneficiou do projecto. Os pais questionam a burla porque os filhos não terão onde construir suas casas. O governo já vendeu 6 milhões de hectares de terras aráveis a agricultores brasileiros por 50 anos renováveis (50 anos é uma geração). Jovens estamos mal
Gildo Manuel · PONTIFICIA UNIVERSIDADE DE ROMA
é sempre bom contextualizar certos fenómenos. o facto de terem lutando como resposta duma conjuntura histórica não implica necessariamente eternizã-los "ou lutavam ou estinguiam" não havia meio termo naquele contexto histórico e agora. a quem pertecem as riquezas deste País? os lutadores apenas? se não qual é o critério the distribuição dos bens desta terra. é sempre bom ler a história ler os fenómenos ou as tendencias dos tempos modernos. numa visão filosófica e metafisica queridos governantes.
Sergio Samuel Fumo · Trabalha na empresa Instituto Camões
Onde estavamos quando eles estavam na guerra? Um deles ja disse isso pra justificar a sua riqueza e a pobreza dos outros.
Cesar Daniel
hi hi hi hi! esqueceu-se de fazer uma auto crítica pelo facto de estarem a pilhar o país alegando que lutaram pela independencia!!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

“Os pais demitiram-se do papel de educar os seus filhos”

José Castiano
De acordo com o docente e filósofo José Castiano.
José Castiano considera que os últimos 20 anos são mais de “ócio do que de trabalho.  Portanto, a indústria do ócio desenvolveu-se muito. Tu podes ficar sentado todo o dia e teres a pretensão de estar ocupado”.
O professor José Castiano juntamente com outros dois académicos, nomeadamente, Severino Ngoenha e Manuel Guro, publicaram um livro denominado “o barómetro da educação básica em Moçambique”, no qual culpam os fazedores de políticas educativas do actual estágio da educação. quais foram os pressupostos?
Nós, ao analisarmos o debate e o discurso sobre qualidade da educação, principalmente básica em Moçambique, olhámos para aquilo que são as referências para medir essa qualidade e, rapidamente, chegamos à conclusão de que são agências internacionais como a UNESCO e DFID que definem os termos sobre qualidade da educação e não estudos conduzidos por moçambicanos. Isso justifica a nossa posição de que o debate sobre a qualidade da educação está poluído. O segundo ponto é que no debate estão elementos quantitativos do ensino e não qualitativos. Então, quisemos sair desse debate, preferindo apresentar uma série de instrumentos que nos podem ajudar a qualificar esse debate, lendo o que a sociedade pode esperar da educação.
Um dos pilares apresentados no livro tem a ver com o “saber saber”. O que esta proposta carrega consigo?
O caminho para saber passa pela escrita e leitura e estudos mostram que a criança moçambicana aprende a ler e a escrever muito tarde em relação a dos outros países vizinhos. Então, o saber neste sentido tem como pressupostos ensinar a criança em idade própria a ler e a escrever, e isso não tem acontecido.
O estudo conclui, também, que há uma percepção geral por parte dos cidadãos de que o ensino é de má qualidade se comparado com o tempo colonial ou mesmo nos primeiros anos de independência...
As crianças no tempo colonial ou mesmo nos primeiros anos da independência, que estavam na escola, sabiam ler e escrever muito cedo em classes próprias. Hoje encontramos uma criança da 6a classe que não sabe ler nem escrever. então, temos que repensar nas nossas estratégias de ensinar a ler e a escrever (...) encontrámos no ensino universitário pessoas que não sabem escrever. Então, temos que voltar à base e isso é um dos espíritos do saber (...). Por outro lado, há outras competências neste domínio, como, por exemplo, aumenta o saber escutando. Ensinar a criança a escutar é importante. No âmbito desse saber, nós não só paramos no saber científico, que é importante, mas também em termos de competências individuais, que a criança deve ter para poder progredir.

Qual é a análise que faz sobre a sociedade e sobre a nossa classe governante no capítulo do “saber escutar”?
A nossa sociedade escuta muito pouco. Nós somos professores de filosofia (...), se me pergunta o que é crítica, há dois aspectos que quero apontar: para nós, crítica é uma atitude em que a pessoa vê o que acontece não como uma fatalidade, mas sim como uma alternativa, isto é, tudo pode-se fazer de uma outra forma, temos um sistema político que pode ser construído de uma outra forma (...), isso é o primeiro aspecto. O segundo, crítica significa oferecer alternativas de interpretar fenómenos. Há um fenómeno que é a baixa qualidade de educação, que tem várias interpretações e nós estamos a tentar interpretar de uma outra forma, a oferecer a sociedade uma outra forma de ver esse fenómeno e isso implica reorganizar o debate com novos conceitos.
Sente que os intelectuais estam a “pregar no deserto”, como se diz em linguagem bíblica?
Não! Eu penso que não. A nossa experiência é que não “pregamos no deserto”. Temos pessoas que ouvem, escutam e sentimos que as abordagens que trazemos, de alguma forma, têm influenciado naquilo que é o traçar de políticas, tanto por parte do ministério, quanto aos partidos. Neste momento, estamos quase, quase em pré-campanha, e os partidos estão atentos a esses estudos e escutam de forma política.
Voltando concretamente para essa questão de política e no factor crítica, um dos principais elementos de crítica que o estudo aqui apresenta tem a ver, de facto, com o défice existente no sistema de educação, de formação de professores com as devidas competências necessárias para formar crianças. Quais são os pressupostos que vos levam a concluir isso?
Desde a independência a esta parte, tivemos mais de 20 sistemas de formação de professores e não tivemos tempo suficiente para consolidar um sistema. Quando falo de sistema de formação de professores, falo da formação inicial e na formação contínua. Houve grandes mudanças paulatinas que foram feitas, e que influenciaram na qualidade de formação de professores. Então, a formação de professores sofreu transformações que nem sempre foram baseadas em pressupostos, em estudos aprofundados que justificassem por que se abandona um sistema e outro. Esse é um aspecto, o outro é que na formação de professores tem sido dado ênfase a aspectos pedagógico-didácticos mais do que a aspectos científico-técnicos da área em que o professor vai ensinar (...), teremos que consolidar a nossa experiência na área de formação, primeiro, e, segundo, temos que investir muito no conhecimento técnico-científico.
Outro elemento interessante tem a ver com a relação entre escola, alunos e pais e encarregados de educação. Diz o estudo, claramente, que os pais não têm acompanhado esses alunos nos processos educativos. Qual é a análise que faz, principalmente nas zonas urbanas, onde é normal, em reuniões de turmas, os pais mandarem seus empregados?
Em geral, os pais demitiram-se da tarefa de educar e as razões são diferentes. Os ecossistemas que encontrámos em Moçambique, que são relevantes para a análise educativa, são três: o ecossistema urbano de cimento; o ecossistema urbano dos subúrbios; e o ecossistema rural, e as razões da demissão dos pais nestes três ecossistemas são muito diferentes nas zonas urbanas. Por um lado, é a ocupação, mas, por outro, é esta característica moderna de atribuir a instituições a responsabilidade total sobre as pessoas. Portanto, a escola parece ter a responsabilidade total, então os pais demitiram-se, fora do facto de, com essas mudanças curriculares que eu já mencionei, a forma de ensinar a escrever, a contar, etc., foi mudando também e muitos país estão ultrapassados e não conseguem ajudar os seus filhos. Nas zonas suburbanas, é a questão da pobreza. São zonas, normalmente, habitadas por pais que passam a vida no sector informal desde manhã até à noite para ganhar o pão, então, exaustos não têm condições para ajudar a criança, fora da falta de condições para ajudar em termos de infra-estruturas de leitura e escrita em casa, que são importantes. Nas zonas suburbanas, é mesmo o factor analfabetismo. Nós encontrámos nas escolas rurais onde estivemos muita participação dos pais nos conselhos de escola, das mães principalmente. Mas é uma participação limitada, que se resume em ir à escola, informar-se sobre o que se passa, e não podem fazer uma participação curricular, um acompanhamento na avaliação. Então, há uma demissão geral dos pais na sua responsabilidade para com a evolução educativa das suas crianças.
Onde é que entra aqui o factor televisão, por exemplo, nesse processo de educação, ou seja, até que ponto a televisão acaba prejudicando a formação das pessoas?
Como filósofo, posso dizer que os últimos 20 anos são mais de “ócio” do que de trabalho. Portanto, a indústria do “ócio” desenvolveu-se muito. Tu podes ficar sentado todo o dia e teres a pretensão de estar ocupado. Então, isto faz com que a imagem seja mais atractiva do que a escrita. Eu não digo que a televisão é má, ou que os meios de informação com as novas tecnologias, os vídeos são maus. Mas é mau o uso que se faz. Temos que conseguir inverter que esses meios disponíveis para as pessoas sejam também educativos. Nos países que têm muita tradição nisso, certos programas só passam numa determinada hora....
O segundo (...) tem a ver com o saber fazer, essencialmente a cultura de trabalho. Dizia que os últimos 20 anos foram de “ócio”. O que é a cultura de trabalho já que nos últimos tempos esse discurso foi apropriado pelos políticos e, se calhar, acabou sendo degenerado? como cientistas sociais, como avaliam isso? como é que se faz a cultura de trabalho?
Resumindo, posso dizer que a cultura de trabalho é saber que tudo o que você tem e que almeja tem que provir do trabalho, da sua entrega como pessoa. É uma cultura em que não se inventa, não se procura novos meios para alcançar a riqueza, uma casa, comprar um carro. Nós sentimos, nos últimos tempos, que um dos problemas que a educação tem é não incutir  já desde a escola primária essa cultura de trabalho. O trabalho tem valores: o afinco, a honestidade, zelo profissional. Portanto, estes elementos são transmitidos na escola e de uma forma simples, sem precisar dizer às crianças que precisam ter afinco ou zelo profissional. Mesmo no processo de avaliação, vemos que as nossas crianças podem utilizar muita cópia ou plágio, mas isso mostra que ele quer alcançar uma passagem sem trabalhar.
Dizem no estudo que o actual ensino técnico-profissional é como o ensino geral. Porquê?
Vou-lhe contar uma história, que é hipotética. Quando houve muito desenvolvimento de escolas técnicas nas cidades de Maputo e Beira, principalmente de industriais, aumentou também o número de roubo de carros. Houve troca de peças, porque por detrás deste desenvolvimento na formação técnico-profissional não estavam os valores. E quando se diz que no tempo colonial as escolas de artes e ofícios era boas, esquecem que na entrada dessas escolas estava um termo bíblico, que antes da pessoas começar a aprender a trocar os parafusos, conhecimentos econométricos duma formação profissional, primeiro tinha que ter os valores que eu disse antes, que é o afinco, honestidade, etc., para depois não trocar as peças. Então, neste sentido, identificámos que temos que fazer escolas profissionais, mas, por trás disso, temos que tomar atenção que a técnica é um instrumento do homem e ela está depois da cultura. Mas indo à sua pergunta, temos hoje menos escolas técnico-profissionais do que as de ensino geral. Ultimamente, desenvolveu-se muito o ensino geral que o técnico-profissional. em consequência, não temos pessoas para preencherem os lugares que as novas áreas da economia exigem. Então, o nosso futuro está hipotecado, porque não temos pessoas que vão trabalhar nas minas, nos petróleos. Em Tete, quantos moçambicanos estão nas áreas técnicas de facto? A esta pergunta a educação deve responder, aumentando o número de escolas, melhorando a qualidade de formação-técnico profissional. 

Estudantes moçambicanos na Argélia perdem bolsa e regressam ao país

Zeferino Martins, ministro da Educação
Governo responde aos bolseiros grevistas.
Zeferino Martins já havia alertado após a manifestação. Esta medida surge porque, no entender do governo, a atitude dos grevistas não é dignificante para os estudantes moçambicanos, sobretudo de ensino superior.
O ministro da Educação, Zeferino Martins, diz que os estudantes moçambicanos que estão na Argélia vão perder a bolsa e regressarão ao país por causa do seu comportamento. Esta medida abrange aqueles estudantes tidos como promotores da ocupação da embaixada, mês passado, durante quatro dias, alegando maus tratos perpetrados pelas autoridades moçambicanas. Os estudantes bolseiros, lembre-se, reclamavam a exiguidade do valor de subsídio mensal de 150 dólares.
Zeferino Martins diz que o estudante que quiser continuar naquele país deverá assinar um termo de compromisso, no qual assume adoptar uma postura responsável e um comportamento dignificante para um estudante que se diga moçambicano do ensino superior.
“O estudante moçambicano tem a obrigação de pautar por um bom comportamento, apresentar bons resultados académicos, participar nas actividades sociais académicas promovidas pelas instituições de tutela e respeitar os regulamentos internos da instituição onde frequenta”, disse Zeferino Martins, falando ontem, na Assembleia da República, no primeiro dia da V sessão ordinária, virada para as perguntas ao governo.
Com estas palavras, o titular da pasta de educação quer colocar ponto final aos desmandos causados por um grupo de estudantes naquele país.
O dirigente explica que para além de se terem concentrado na embaixada sem aviso prévio, perturbando a ordem no local, ocuparam as instalações, fechando a entrada com o objectivo de fazer de refém o embaixador, bem como o seu ministro conselheiro e uma funcionária da embaixada. também paralisaram o funcionamento pleno daquela representação diplomática durante quatro dias, com argumentos até aqui desconhecidos.
Durante a manifestação, todas as tentativas de diálogo encetadas pelo embaixador redundaram em fracasso. E mais, não aceitaram dialogar, telefonicamente, com o director do Instituto de Bolsas de Estudo, Octávio de Jesus, e escusaram-se de escolher um grupo representativo para dialogar com o embaixador.
Por ter se constatado que este comportamento não dignifica os moçambicanos, e nem deve ser a postura dum estudante a frequentar o ensino superior, o governo decidiu manter as medidas tomadas para garantir mais respeito por parte desta classe.
 Assim, “os estudantes promotores da ocupação da embaixada perdem a bolsa de estudo e vão regressar ao país. Todos os estudantes que quiserem continuar na Argélia devem assinar um termo de compromisso em que aceitam adoptar uma postura responsável e digna para estudantes moçambicanos”.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

 


Namialo consome água imprópria

CERCA de 33 mil residentes, dos mais de 51 mil, que constitui a população da vila de Namialo, distrito de Meconta, em Nampula, consomem água imprópria, facto que fica a dever-se à insuficiência de fontes de abastecimento do precioso líquido. Esta situação contribui para o agravamento das condições de higiene e saneamento naquele ponto da província.
Maputo, Sábado, 5 de Fevereiro de 2011:: Notícias
De acordo com a chefe daquele posto administrativo, Guilhermina Pedro, os habitantes da vila de Namialo, um importante centro comercial da província, dispõe apenas de 35 fontes para se abastecer de água potável. Uma vez insuficientes a população recorre a fontes tradicionais abertas e ao rio Monapo para satisfazer as suas necessidades básicas.
São cerca de cem o número de fontes necessárias para assegurar o abastecimento do precioso líquido ao universo da população residente na vila-sede distrital, pois a grandeza daquele centro populacional exige que seja operacionalizado um pequeno sistema para garantir a disponibilidade de água que tenha passado por um processo de tratamento.
Guilhermina lamentou a falta de apoios por parte do empresariado local, visando suprir a escassez de água potável que caminha, a passos largos, para um fenómeno crónico e que tem estado por detrás dos surtos de cólera que todos anos eclodem naquela vila localizada num entroncamento do corredor rodoviário de Nacala, que liga também à Cabo Delgado.
Apenas a fábrica de rebuçados e bolachas pertencente a um empresário nacional baseado, há décadas, em Namialo, é que tem empreendido esforços visando minimizar a escassez de água potável naquela vila onde estão implantados vários empreendimentos económicos nos domínios da indústria, agricultura e comércio, bem como turismo e hotelaria.
Outra questão que inquieta, sobremaneira, as autoridades governamentais em Namialo, está relacionada com a falta de meios circulantes para a remoção do lixo que abunda em todos os locais, com particular incidência nos mercados e outros pontos de venda de produtos confeccionados e agrícolas, concorrendo para a multiplicação de agentes vectores da malária e de doenças diarreicas, incluindo a cólera.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Diabo nunca vai destruir o proprio inferno

É triste ouvir de alguns jovens nossos se pronunciarem de estarem arrependidos de serem moçambicanos, tudo por causa da arrogancia e orgulho que os camaradas manifestam. O facto de se absterem de votar contra ou a favor da lei que pune os corruptos, deixa claro que eles são os verdadeiros corruptos. ou seja, confirmam aquilo que sempre negaram. os corruptos nunca e em nenhum momento lutaram contra a corrupção por eles se identificam com ela.
É uma vergonha que um partido no poder negue de votar/abster-se como seja, uma lei que lute contra a corrupção que enferma e paralisa o avanço do país. Esses deputados que fazem tudo para manter a corrupção e os corruptos, deixando-os inmune ou intocaveis, não podem nunca dizer que são mandatarios do povo, pois quem representa o povo defende os interesses do povo. mas pelo contrario, eles são representantes e mandatarios de diabos, advogados de malfeitores e juizes injustos de inocentes, que estão cada vez mais alastrando o seu imperio infernal no seio dos moçambicanos. Querem viver sempre na delapidação do erário público no país.
Um governo que rejeita aplicar uma lei contra a corrupcao é porque é proprio corrupto isso deve se dizer doe a quem doer. Mas tudo tem o seu fim e alguns vao sentar na cadeira de fogo para serem julgados quando chegar a vez.
Este é um desafio para os jovens, reflictam, o futuro depende de vós, especificamente das vossas opções, portanto  na melhor escolha para o destino da nação. Ainda é possível reverter este cenário de corruptos, egoísta, ambiciosos e gananciosos. Libertemos, pelo menos, as nossas mentes! é tempo de dizer chega com esta prostituição politica e parar com esse sarcasmo arrogante. Tu queres continuar a viver no inferno, no abismo? então pense bem...............

Frelimo acusa MDM de aliciar jovens com bebidas alcoólicas

Campanha Eleitoral em Inhambane.
O  chefe da Brigada Central da Frelimo em Inhambane, José Pacheco, concedeu uma conferência de imprensa no fim do dia de ontem, para fazer um breve balanço dos três primeiros dias da campanha eleitoral. Pacheco diz que o seu partido constatou que há jovens que estão a ser aliciados com bebidas alcoólicas para apoiar outras formações políticas, isto em clara alusão ao MDM que disputa com a Frelimo as eleições intercalares no município de Inhambane. As palavras de José Pacheco podem ser em resposta a um incidente verificado ontem no bairro de Guitambacuno, onde um grupo de jovens comerciantes deixou bem claro ao candidato da Frelimo que ia votar no seu adversário político, quando o mesmo procurava convencê-los a votar nele. Para além de, no lançamento da campanha da Frelimo, três jovens envergando camisetas do MDM terem subido ao palco para, em público, anunciar que abandonavam naquele instante a campanha a favor do candidato do partido de Daviz Simango.
Fora esse incidente, a Frelimo faz um balanço positivo da campanha e diz que a sua mensagem está a ser bem recebida pelos potenciais eleitores e que as promessas de Benedito Guimino respondem às reais preocupações do município de Inhambane.
Ainda ontem, Guimino reuniu-se com médicos tradicionais e transportadores semi-colectivos de passageiros, a quem prometeu melhorar as estradas da cidade e a abertura de mais rotas, de modo a melhorar as condições de trabalho dos transportadores. Ainda ontem, o candidato da Frelimo reuniu-se com líderes comunitários do bairro Guitambacuno, aos quais pediu que influenciassem os residentes das suas áreas de jurisdição a votarem nele, porque, caso vença as eleições, a falta de energia eléctrica e água canalizada naquele bairro poderá passar para a história.
Este fim-de-semana, a campanha da Frelimo em Inhambane vai ter um grande impulso com a ida àquele município de um número não especificado de jovens idos dos municípios de Maputo e Matola. O objectivo é lançar brigadas de choque um pouco por todos os 23 bairros da cidade de Inhambane para convencer os eleitores a afluírem às mesas de voto no dia 18 de Abril e votarem no candidato da Frelimo.
MDM intensifica campanha
Ao terceiro dia da campanha eleitoral, o candidato do MDM intensificou o ritmo da sua campanha eleitoral e visitou, num só dia, três bairros daquela urbe, nomeadamente, Liberdade 1 e 2 e Mualé. Naqueles bairros, Fernando Nhaca manteve a estratégia da sua campanha que consiste em contactos interpessoais e porta-a-porta. Nhaca acredita que interpelando as pessoas nas ruas ou nas suas residências melhor interage com elas e explica o propósito da sua candidatura que é, segundo afirma, redistribuir as riquezas da capital da província de Inhambane por todos os munícipes e não para um grupo de privilegiados.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Polícia e Renamo acusam-se mutuamente de preparar ataque em Nampula

05 de Abril de 2012, 14:00

Maputo, 05 abr (Lusa) - A polícia moçambicana e Renamo em Nampula acusam-se mutuamente de preparação de um ataque, um mês depois dos confrontos que resultaram na morte de um polícia e de um ex-guerrilheiro do principal partido da oposição de Moçambique num tiroteio.
Em declarações hoje à Lusa, António Nihorua, o porta-voz da Renamo (Resistência Nacional de Moçambique) em Nampula, denunciou um suposto "aumento" do contingente policial naquela província "a mando da Frelimo".
António Nihorua acusou o partido no poder em Moçambique de enviar forças policiais para aquela província "para assassinar" o líder do principal partido da oposição moçambicana, Afonso Dhlakama, que há anos fixou residência em Nampula.
"Temos informações de que um pouco por toda a cidade há movimentação de mais polícias. As coisas ainda não estão bem", depois dos confrontos do dia 08 de março, disse.
"Há perseguição aos nossos membros", nomeadamente os que participaram no tiroteio entre a polícia e ex-guerrilheiros da Renamo em Nampula, disse à Lusa o chefe da mobilização e propaganda do maior partido da oposição moçambicana.
No mês passado, as autoridades policiais atacaram e ocuparam a sede da Renamo em Nampula, onde desde dezembro estavam albergados centenas de ex-guerrilheiros desta força política, alguns dos quais armados, supostamente para proteger as manifestações que o partido ameaça realizar contra o que considera uma governação antidemocrática da Frelimo.
Durante a troca de tiros, alguns ex-guerrilheiros foram feridos, mas outros puseram-se em fuga e juntaram-se à guarda do presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, que reside a algumas centenas do local das escaramuças.
Em declarações hoje à Lusa, o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, João Inácio Dina, desmentiu a acusação de tentativa de assassínio ao líder da Renamo, assinalando que as autoridades policiais decidiram reforçar o contingente por ter constatado o "aumento de ex-guerrilheiros" nas sedes políticas daquele partido da oposição.
"Eles (a Renamo) estão a aumentar o número de ex-guerrilheiros, mas não há esclarecimentos sobre a aglomeração. Em função disso estamos a garantir a segurança ao nível da província", disse João Inácio Dina.
Sem avançar números, o porta-voz da polícia em Nampula garantiu à Lusa que "o número de ex-guerrilheiros não é o mesmo" que existia até ao mês passado, quando houve tiroteio entre as partes.
FELIZ PÁSCOA

Ekekhayi yowani deseja a todos vós um feliz dia do Amor Fraterno e Uma PÁSCOA FELIZ.
Que Cristo ressuscite no coração de cada um de vós para que seu amor e sua paz seja vivida
na sua integra.
Um Abração a todos
Ekekhayi Yowani (fr. Custódio,osm)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Eleições “intercalares” em Inhambane

 Maputo (Canalmoz) - A campanha eleitoral para as Intercalares em Inhambane começou... Trata-se de mais uma oportunidade que se oferece à nossa jovem democracia para amadurecer o nosso sentido de cidadania, de consciência política e de salvaguarda as nossas pretensões, interesses e aspirações como povo. As eleições intercalares vão acontecer em Inhambane mas fazem parte de um todo como nação, daí o especial interesse nelas. Poderia ser num outro ponto qualquer de Moçambique... Inhambane é só o foco actual.

Mais do que verborreias falaciosas de continuidade, alicerçadas invariavelmente em demagógicas referências a símbolos saudosistas de um passado suspeito ou de um futuro melhor que sempre morreu estampado em camisetes, capulanas, lenços, cartazes e painéis de MENTIRAS INSTITUCIONALIZADAS, Inhambane abre as portas para o triunfo de um PROJECTO ALTERNATIVO na condução dos legítimos anseios do seu povo. Uma voz distinta dos agentes perpetuadores da miséria, analfabetismo, incompetência, arrogância, negligência, exploração, marginalização e subdesenvolvimento que permaneceram praticamente intactos durante mais de 37 anos, favorecendo um ARQUIPÉLAGO DE PRIVILEGIADOS associados ao regime do dia, insurgiu-se para resgatar a dignidade dos naturais e residentes naquele município. Com efeito, é chegado o tempo de resignação para aqueles que quase nada fizeram para mudar o estágio de manifesta exclusão da grande maioria daquele povo nos benefícios dos recursos locais e da inaceitável estagnação e isolamento daquela urbe, no concerto dos grandes focos civilizacionais deste país. Chegou o momento da alternância.

No governo do povo, pelo povo e para o povo, expressão básica do conceito tangível de democracia, torna-se imprescindível a alternância no poder... Incontestavelmente, sempre foi uma nata bem identificada de favorecidos que governou Inhambane. Um governo das elites, pelas elites e para as elites! Hoje, mais do que nunca, mostra-se um IMPERATIVO HISTÓRICO desfazer o que foi feito (pelas elites egocêntricas locais e para a sua individualizada sobrevivência, manutenção e reiterada exploração sobre as massas desprivilegiadas) e o refazer de um outro jeito (como verdadeiro povo de Inhambane, sumariamente marginalizado no acesso a recursos, serviços públicos de qualidade e efectivas oportunidades de afirmação e de realização colectiva). É chegado o tempo de resgatar as riquezas, potencialidades e oportunidades de Inhambane da QUADRILHA ORGANIZADA de uma dúzia e meia de ladrões disfarçados de benfeitores (alguns locais e outros de origem estranha à cidade e arredores). É chegado o tempo de parar com a EXPLORAÇÃO INDISCRIMINADA de tudo o que Inhambane tem de bom e do melhor, para o benefício de uma ínfima parte dos seus nativos, de seus comparsas e aliados, em prejuízo último da vasta maioria dos seus filhos legítimos e herdeiros naturais dos seus recursos. Inhambane pode ser mais do que tem sido... Inhambane não pode continuar a ser eterno refém da sanzala de Maputo, nem a galinha de ovos de ouro dos APETITES CLEPTOCRÁTICOS da elite baptizada pelo sistema vermelho. Continuidade é uma eterna estaca zero para as aspirações libertárias de quem viveu sempre à margem da sua emancipação como povo e como cidadão.

É tempo de se distanciar de quem sempre viveu e reinou isolado do povo, aliado a interesses esclavagistas e externos à cidade de Inhambane… É tempo de se cortar o apodrecido cordão que torna os Inhambanenses eternamente ligados à subjugação do umbigo dos que sempre os exploraram, marginalizaram e empobreceram. É tempo de dizer basta à passividade, olhando impávidos e serenos para um GRUPO DE OPRESSORES tornando a cidade de Inhambane num eterno banquete de festas onde, entre goles de champanhe e bocados de caviar, ensaiam mais um plano para adormecer as legitimas aspirações do seu povo e continuar o inadmissível... O povo de Inhambane precisa de dizer, nestas eleições intercalares, que não tem nada para continuar. Que não pode continuar a empobrecer e a viver miseravelmente, a leste das suas potencialidades e do seu próprio destino. Que não pode continuar a ser governada por ladrões, incompetentes e senhores feudais, em pleno século XXI... Inhambane tem é que ROMPER COM AS GRADES DA OPRESSÃO e, tal como as cidades da Beira e de Quelimane, passar ela própria, através dos seus genuínos filhos, nascidos das suas próprias entranhas, assumir o seu destino de forma autónoma, responsável, democrática e proactiva. É esta a mensagem que tem de ser transmitida aos jovens e demais eleitores de Inhambane, que nada tem a dever à partido nenhum deste país se não a si mesmos. VOTAR NA RUPTURA É UM IMPERATIVO DE CIDADANIA! 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Frelimo está a elevar a corrupção ao patamar de fenómeno nobre.

Senhora Presidente da Assembleia da República
Senhores Deputados
Excelências,

O Presidente Dhlakama, pai desta nossa democracia, é defensor acérrimo da luta contra a corrupção.
Se, ontem, lutou pela democracia, hoje ensina-nos que democracia com corrupção retarda o desenvolvimento. Daí ser este um momento memorável, dado que está em debate, no nosso Parlamento, a Proposta de Lei de Protecção de Vitimas, Denunciantes e outros Sujeitos Processuais lei esta parte do pacote anti-corrupção.
Todos nós sabemos, mesmo se alguns fingem não saber, sabemos qual é o nível de corrupção em Moçambique.
A burocracia que vexa o sistema administrativo dos nossos organismos estatais prevê várias etapas a serem seguidas pelos moçambicanos cada vez que têm necessidade de tratar e/ou resolver problemas de vária ordem, incluindo jurídicos. Em cada uma dessas etapas, os moçambicanos, interagem com pessoas encarregues de servir o cidadão. Se para ver resolvido um problema qualquer, um qualquer cidadão tem que seguir dez etapas, o certo é, este cidadão, ávido por ver seu problema resolvido dentro do prazo, acabar vendo-se num enredo em que é obrigado a corromper. Pois, uma das técnicas da corrupção é aquela de atrasar os processos obrigando ao interessado a agir, corrompendo. Chegados a este estágio, há que clarificar que é responsável da corrupção protagonizada, por exemplo, por um polícia, o seu comandante.
Em substância, digo que os vários chefes afectos as várias instituições ligadas a administração da coisa pública, devem ser responsabilizados pelos seus subordinados corruptos porque não os controlam.
Estamos cientes de que esta proposta legislativa, como já referi, parte do pacote anti-corrupção é de suma importância. Sabemos também que a corrupção não é um problema exclusivo de Moçambique.
O que é inaceitável é que se esquarteje o pacote anti-corrupção da forma como a Bancada da pseudo-maioria fez e faz.
A Bancada da Frelimo está a elevar a corrupção ao patamar de fenómeno nobre.
A bancada da Frelimo ainda não compreendeu que esquartejando o pacote anti-corrupção, debatendo-o em tranches e sem pressa está a dar mais provas de que a corrupção beneficia-a.
Meus Senhores,
Devemos aprovar a Proposta de Lei de Protecção de Vítimas, Denunciantes e outros Sujeitos Processuais porque queremos que mais corruptos parem atrás das grades, sem prejuízo para os denunciantes.
Devemos aprovar esta proposta legislativa para garantir que todos os denunciantes, vítimas e testemunhas tenham protecção do Estado. Mas, haja cuidado, para que não sejam os principais intervenientes nestes processos a denunciarem os denunciantes. E é exactamente neste ponto onde reside nossa reticência quanto a materialização dos desígnios desta proposta de Lei.
Se a própria Assembleia da república, como denuncia a imprensa, é alvo de saque de dinheiro e nenhum outro parlamentar ousou questionar, que protecção terão, efectivamente, as testemunhas que conhecem os meandros da corrupção que até esta Casa sofre? Se mesmo na nossa Casa, na Casa onde se produzem as Leis acontecem roubos, corrupção e protecção dos ladroes, a minha pergunta é:
É possível que esta Lei de Protecção de denunciantes, vitimas e outros sujeitos processuais, mesmo se justa e mal financiada, consiga verdadeiramente alcançar os seus objectivos?

Mais não disse,
Muito obrigada


Dra Ivone Soares
Licenciada em Ciências da Comunicação
Mestranda em Administração Pública
Presidente Adjunta da Comissão das Relações Internacionais
2ª Vice-Presidente do Gabinete da Juventude Parlamentar

“Os principais responsáveis da crise da educação são os fazedores das políticas educativas”(1)


Aponta o “Barómetro da Educação Básica em Moçambique”.
Esta é a conclusão principal dos autores deste estudo, que estendem as responsabilidades às principais agências de Educação a operarem em Moçambique desde a década 80, que contribuem ou intervêm sobremaneira na formatação das políticas educativas nacionais”.
O Instituto de Investigação Social e Educacional, ISOED, procedeu, há dias, à apresentação pública de um estudo-piloto sobre a qualidade da educação no país, denominado “Barómetro da Educação Básica em Moçambique”. Os autores do mesmo, José Castiano, Severino Ngoenha e Manuel Guro, todos professores universitários, propõem uma mudança na forma como se pensa a educação no nosso país, sobretudo na questão ligada à qualidade de ensino. Como diz José Castiano, “o debate sobre qualidade de ensino está poluído” na medida em “que se limita a equacionar estatísticas”. São quatro os pilares propostos para se melhorarem as competências educativas, nomeadamente: “o saber saber”, que diz respeito à aquisição de competências pessoais, tais como a capacidade de ler, de escrever, de analisar, de interpretar, de criticar, de desenvolver a abstacção, de reconhecer e estar aberto a novas formas de conhecimento.
O segundo pilar é o do “saber fazer”, que consiste na aprendizagem de habilidades e capacidades profissionais, nomeadamente: aprender a gerir coisas e relações nas suas diversas dimensões, aprender a elaborar e implentar projectos que concebe e, mais importante ainda, a reconhecer oportunidades de desenvolver a profissão e o seu sector de trabalho.
O terceiro pilar tem que ver com “o saber viver juntos”. Está relacionado com competências inter-pessoais ou societais de índole axiológica. Trata-se da aprendizagem de competências para viver na diferença (responsabilidade), viver em grupo (solidariedade) e saber comunicar-se e defender os seus pontos de vista (argumentação). Na verdade, trata-se aqui de desenvolver na criança e no adolescente os pressupostos básicos para o exercícios de uma cidadania activa.
O último pilar é “o saber ser”. Refere-se a uma dimensão individual e compreende a formação da personalidade e a interiorização das identidades cruzadas de “ser moçambicano”, “ser africano” e “ser um cidadão global”. Aqui incluem-se também elementos de análise como sendo a “auto-estima, auto-confiança, a auto-determinação e a compreensão de si mesmo”.
Nesta edição,  vamos  cingir-nos no primeiro pilar que tem que ver com a aquisição de competências individuais.
Diz o estudo que dos trabalhos de campo realizados resultaram em grande evidência um “déficit grave” na capacidade das escolas transmitirem este substracto indispensável “aprender a saber”.
Refere o estudo que, de forma unânime, alunos, encarregados de educação e professores “concordam com a fraqueza actual da escola no campo do domínio do saber na dimensão cognitiva, por parte dos alunos. Em termos comparativos, ela resulta menos boa que a escola do passado, não somente do tempo colonial, mas paradoxalmente até em relação à escola moçambicana logo depois da independência”. 
O estudo diz que resulta também das entrevistas que “as políticas movediças do sistema de educação não tem contribuído (ou então não têm tido os resultados esperados) em termos da melhoria do sistema de educação. Isto quer dizer que um dos principais responsáveis daquilo que resulta ser uma verdadeira crise da educação são os fazedores das políticas de educação. Por isso mesmo, os autores sugerem que esta crise deve ser direccionada aos fazedores das políticas nacionais de educação, mas ela também deve ser extensiva às principais agências de educação que operam em Moçambique desde a década 80, que contribuem ou intervêm sobremaneira na formatação das políticas educativas nacionais”.
Qualidade de ensino
No que se refere à qualidade de ensino, o estudo diz que o primeiro elemento de crítica é a fraca capacidade de o sistema nacional de educação em formar professores com necessária competência. “Parece existir uma discrepância entre as políticas traçadas e a sua implementação a nível das escolas. Mas, por outro lado, parece que o professor, por razões de tempo e baixos salários, de interesse e de vocação, não está à altura de realizar cabalmente a sua missão. Isto resulta num grave problema para todo o sistema nacional de educação, pois a fraca preparação a nível de base acarreta consequências para todo o sistema de educação (secundário e universitário) e mesmo a nível do sistema de profissionalização (saber fazer)”.