"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 29 de novembro de 2013

FIRlimo e Polícia ao serviço da Frelimo durante as eleições
Escrito por Redação
Quinta, 28 Novembro 2013 17:17
 
11/26/2013 15:41 by @Verdade jornal Na sexta-feira passada (22), a Polícia da República de Moçambique em Gúruè, na província da Zambézia voltou a recorrer, desnecessariamente, à força, e matou a tiro dois adolescentes, dos quais um rapaz de 15 anos de idade e uma menina de 17 anos, que acompanhavam um grupo de cidadãos que contestavam a vitória supostamente fabricada do candidato da Frelimo, Janguir Ussene, nas eleições da última quarta-feira (20).
É naquela autarquia, onde a população já havia prometido não votar na Frelimo, assim como em Mocuba, após o término da contagem de votos o MDM e os seus candidatos constam como vencedores e os munícipes estavam atentos a esses resultados ao mesmo tempo que já contavam vitória a favor do partido de Daviz Simango.
11/22/2013 17:59 0200 by @Verdade jornal
Os Membro das Mesas de Votos foram obrigados pela polícia, que disparou mais de vinte tiros reais, a saírem do recinto do STAE no bairro de Bagamoio.
11/22/2013 18:04 by @Verdade jornal
O tom das celebrações da vitória de Manuel de Araújo e do MDM, em Quelimane, terão de baixar. O porta-voz da Polícia da República de Moçambique, na Zambézia, Ernesto Serrote, informou que “a polícia não vai tolerar qualquer manifestação” de simpatizantes do partido de Daviz Simango e do candidato reeleito.
11/22/2013 17:57 by @Verdade jornal
Temos informação que a polícia acabou de chegar ao STAE, que funcional na Associação das Mulheres Viúvas no bairro do Bagamoyo, no município de Maputo, e está a tentar dispersar os Membro das Mesas de Votos com tiros de balas reais. 11/22/2013 13:58 @Verdade jornal Na vila municipal de Marromeu, cinco membros do MDM estão detidos no Comando Distrital local por contestarem os resultados que dão vitória à Frelimo e seu candidato nas eleições da quarta-feira passada.
11/22/2013 13:56 @Verdade jornal
Na vila municipal de Marromeu, cinco cidadãos foram evacuados para o hospital devido à intoxicação em consequência do lançamento do gás lacrimogéneo pela Polícia na manhã desta sexta-feira numa manifestação de contestação dos resultados parciais que dão vitória à Frelimo. Das vítimas fazem parte uma crianças e cegos. Este foram intoxicados quando pediam esmola localmente. 11/22/2013 13:34 @Verdade jornal Na vila municipal de Gorongosa, um cidadão foi detido pela Polícia na manhã desta sexta-feira numa manifestação de contestação dos resultados parciais que dão vitória à Frelimo.
11/22/2013 13:45 @Verdade jornal
Em Marromeu, na província de Sofala, a vida está parada desde a manhã desta sexta-feira. Pese embora sem causar vítima, a FIR disparou balas verdadeiras quando dispersava os citadinos que manifestavam contra os possíveis resultados que dão derrota ao candidato do MDM naquela urbe. O pânico é generalizado, segundo os citadinos daquela cidade, devido aos disparos da FIR. Pouca gente se faz à rua devido ao medo de ser atingido por balas.
11/22/2013 13:44 @Verdade jornal
Segundo o jornal Diário da Zambézia a FIR baleou na manhã desta sexta-feira, mortalmente um cidadão na cidade de Mocuba, por sinal membro do MDM que manifestavam contra os possíveis resultados que dao derrota ao candidato do MDM naquela cidade.
11/21/2013 22:22 @Verdade jornal
No início da tarde desta quinta-feira (21) a polícia disparou tiros reais para o ar e gás lacrimogéneo para dispersar simpatizantes do MDM no município do Gurúè. O rastilho para este incidente teve início cerca das 14 horas, quando o partido Frelimo e o candidato Jahanguir Hussene começaram a comemorar a victoria, desfilando ruas do município. Nessa altura os simpatizantes do MDM estavam nas instalações do STAE onde exigiam a recontagem dos votos sob pena de vandalizarem o local.
Uma hora mais tarde quando a caravana do partido Frelimo passou pelo local, onde entretanto havia chegado a Polícia, os simpatizantes do MDM barraram a passagem da caravana o que gerou confrontos. A polícia entreviu e acabou com os confrontos. Três cidadãos ficaram feridos, dois levaram tiro na perna e o outro foi ferido por uma bala de raspão na cabeça. Dois agentes da polícia também ficaram feridos.
11/21/2013 20:32 @Verdade jornal
YOUTUBE.COM Agentes da FIR a dispararem contra simpatizantes do MDM que faziam uma marcha comemorativa da vitória de Manuel de Araújo, nesta quinta-feira (21) no município de Quelimane. O edil reeleito estava na marcha festiva e ao seu lado estava o jovem músico Toni de Azevedo que foi assassinado com uma bala na cabeça, disparada por um agente da FIR.
11/21/2013 19:29 @Verdade jornal
Temos ainda o relato do Abel Salimo que foi atingido de raspão por um tiro na região do estômago quando tentava proteger-se das investidas dos agentes da FIR que dispararam indiscriminadamente sobre um grupo de simpatizantes indefesos do MDM, que apenas celebravam a vitória do seu candidato.
11/21/2013 19:33 @Verdade jornal
Toni de Azevedo é o nome do jovem que esta tarde foi baleado mortalmente pelas FIR no bairro do Chirangano, no município de Quelimane. Entretanto esta manhã, cerca das 9 horas, no Bairro de Inhangome um menor de oito anos, identifi cado pelo nome de Jaimito Lucas, perdeu a vida na sequência de disparos também de agentes das FIR. Nesse incidente vários outros munícipes ficaram feridos e estão a receber tratamento no Hospital Provincial de Quelimane. Sobem assim para cinco as vítimas mortais da FIR nas últimas 24 horas em Quelimane.
11/21/2013 19:05 @Verdade jornal
Segundo o jornal CanalMoz a Força de Intervenção Rápida (FIR) assassinou na tarde desta quinta-feira (21) um cidadão que estava na “caravana da vitória” de Manuel de Araújo e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Tudo aconteceu quando a longa caravana que está a fazer uma passeata em Quelimane a saudar a vitória de Manuel de Araújo passou pela frente da casa do Governador da Zambézia, que é membro da Frelimo. A FIR que está de guarda na residência do Governador simplesmente abriu fogo contra a caravana e assassinou um cidadão com um tiro na cabeça.
11/23/2013 23:12 @Verdade jornal
A Polícia da República de Moçambique em Angoche alvejou a tiro um cidadão identifi cado pelo nome de Essumaila Assane Babar, neste momento internado no Hospital Rural de Angoche, desde a noite desta quarta-feira (20), dia da votação. Alguns membros da Frelimo e os órgãos de comunicação controlados pelo Governo propalam que a votação decorreu de forma ordeira, segundo os citadinos de Angoche, para quem isso não passa de uma mentira porque houve vários casos de tortura, detenções e disparos.
11/21/2013 16:16 @Verdade jornal
Em Milange, a Polícia da República de Moçambique (PRM), que segundo os cidadãos repórteres devia passar a chamar-se Polícia do Partido Frelimo (PPF), recorreu, nesta quarta-feira (20), à violência para impedir os eleitores de permanecerem nas proximidades dos postos onde foram exercer o seu dever cívico, para controlar, também, a contagem de votos. Durante 15 a 20 minutos houve disparos para o ar, os quais deixaram muita gente em pânico. O pavor continuam. Os residentes dos prédios esconderam-se devido ao medo de serem atingidos por balas perdidas. Aliás, um jovem foi atingido no braço direito. Presume-se que tenha sido ferido por uma bala perdida.
11/23/2013 23:13 @Verdade jornal
Numa altura em que se vai conhecendo os resultados parciais destas eleições em vários municípios chega-nos a confirmação da morte de três munícipes de Quelimane, assassinados pelas Forças de Intervenção Rápida. Duas das vítimas eram jovens e a terceira vítima é uma criança. Verificamos ainda a existência de 18 munícipes feridos no Hospital Provincial de Quelimane.
Nesta altura importa recordar que ainda antes do início da campanha a chefe da brigada central do Partido Frelimo a estas eleições na Zambézia, que também é Presidente da Assembleia da República e membro da Comissão Política do Partido Frelimo, Verónica Macamo, afirmou que o partido Frelimo tinha de vencer “nem que para isso seja preciso correr sangue”. O sangue já está a correr!
11/20/2013 21:05 @Verdade jornal
No município de Mocuba, na assembleia de voto na Escola Secundaria de Mocuba, a Polícia e agentes da FIR lançaram gás lacrimogéneo e dispararam para o ar depois do encerramento das mesas para dispersar a população que estava na entrada do local para vigiar a contagem dos votos. A polícia disparou para abrir caminho a uma carrinha de caixa aberta carregada de caixas cobertas por lona, que se desconfiam ser urnas com votos à favor do partido Frelimo. Houve muita tensão mas a carrinha acabou por entrar.
11/20/2013 19:51 @Verdade jornal
Eleitores que ficaram a proteger os seus votos na ESG Mondlane, no município de Quelimane estão a ser violentamente retirados do recinto da escola por agentes polícia e da FIR. Além de estarem “chamboquear” os cidadãos, mulheres incluídas, foram disparados tiros para o ar. O ambiente é de tensão porque também estão a ser retirados do posto, onde decorre a contagem, os delegados de candidatura do MDM.
11/20/2013 23:20 @Verdade jornal
Vítimas da FIR na Escola 17 de Setembro, no município de Quelimane, onde com outros eleitores vigiavam a contagem do votos.
11/20/2013 23:48 @Verdade jornal
Depois da retirada das urnas, há cerca de 4 horas, antes da contagem, na EPC de Icídua, no município de Quelimane, por alegada falta de segurança dos membros das mesas, devido a afluência de eleitores para o local há pouco tempo a polícia trouxe de volta as urnas e os membros do posto para que a contagem tenha início.
11/20/2013 23:18 by @Verdade jornal
#autarquicas2013, vítimas da violência da FIR em Quelimane. Uma criança de cinco meses ficou afectada pelo gás lacrimogéneo. Foi um dia de azar para uma criança de cinco meses que passeava com pai por causa do calor que se regista em Quelimane. A criança aguarda assistência médica no Hospital Provincial de Quelimane com mais seis adultos que sentiram na pele o bastão da FIR.
11/20/2013 19:04 @Verdade jornal
Em Icíduia eleitores que após votarem permaneceram nas cercanias do posto de votação viram urnas cheias de votos a chegarem e manifestaram- se. Agentes da FIR dispararam pelo menos cinco tiros para o ar.
11/20/2013 20:18 @Verdade jornal
Autarquicas2013 Angoche gas FLICKR.COM Polícia dispara gás lacrimogéneo contra eleitores que vigiavam os seus votos na EPC de Farlahi no município de Angoche. 11/20/2013 20:08 @Verdade jornal Polícia dispara gás lacrimogéneo contra eleitores que vigiavam os seus votos na EPC de Farlahi no município de Angoche.
11/20/2013 20:35 @Verdade jornal
No município de Catandica, na província de Manica, agentes da PRM detiveram um membro do MDM numa das assembleias de voto. .Nos municípios de Nhamatanda e Gorongosa, foram detidos 12 delegados de candidaturas do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), dos quais sete em Gorongosa, cinco em Nhamatanda e nenhum em Marromeu. O delegado político provincial da MDM, Luis Inácio, disse que as detenções aconteceram porque os membros do seu partido estavam a exigir transparência na contagem de votos. Enquanto isso, os delegados políticos suplentes foram escorraçados das assembleias de voto pelos agentes da PRM.
11/20/2013 21:01 @Verdade jornal
Na Escola Secundária do Chókwe o efectivo policial foi reforçado, com 15 agentes, que chegaram e detiveram os delegados de mesa do MDM que estavam a assistir a contagem dos votos. A contagem prossegue apenas com a presença dos membros do STAE e delegados de mesa do partido Frelimo. O 1º secretário do partido Frelimo e o deputado Danilo Ragú estavam no local com os agentes da polícia.
11/20/2013 16:27 @Verdade jornal
Nas mesas 09009803, 69009802 e 09009801, no Bairro de Chimundo, o chefe do policimento comunitário, Armando Macuácua parou com algemas na porta de entrada à sala de votação e agitou a população. Por volta de 10 horas houve confusão no local, mas a situação já está regularizada. 11/20/2013 16:25 @Verdade jornal O jornalista do CIP/ AWEPA em Chibuto diz que esta tarde houve mais três detenções de delegados de candidatura do MDM.
11/20/2013 16:24 @Verdade jornal
Segundo o CIP/ AWEPA, na mesa 9009702, Bairro Samora Machel, município de Chibuto, dois delegados de candidatura do MDM foram detidos esta manhã pela Polícia, acusados de ser portadores de credenciais doutras pessoas. Segundo o jornalista do CIP/ AWEPA, em Chibuto, os detidos são Blatazar Fernando Wate e João Abel Cossa. Não foi possível ouvir a versão destes porque já recolheram às celas.
11/20/2013 13:44 @Verdade jornal
A Polícia da república de Moçambique está ao serviço do partido Frelimo no município de Angoche. Um delegado de mesa, do partido ASSEMONA, surpreendeu um eleitor a introduzir trinta boletins de votos preenchidos à favor do partido Frelimo, e do seu candidato, numa urna na EPC Ingúri. Feita a denúncia a polícia levou o cidadão que cometia a fraude e o denunciador para a esquadra onde o Comandante mandou sair rapidamente quem cometia a fraude mas reteve o membro da mesa. Graças a intervenção de outros observadores independentes o membro da mesa foi restituído a liberdade.
 Uma vitória manchada de sangue de inocentes
 
Escrito por Redação
Quinta, 28 Novembro 2013 15:14
Qualquer que seja a razão, nada justifica uma guerra, absolutamente nada justifica os horrores que um grupo de indivíduos é capaz de infringir aos outros. Por motivos meramente obscuros, vidas são ceifadas. As últimas eleições municipais puseram a descoberto essa triste realidade. Tratou-se, na verdade, de uma repugnante violação dos direitos humanos perpetrada por um partido que não olhou para os meios para vencer as eleições. Os resultados alcançados pela Frelimo não passam de uma grande mentira. São, na verdade, fruto de um ardiloso esquema, detenções arbitrárias dos delegados de mesa da oposição e do derramamento de sangue de dezenas de cidadãos inocentes.
A vitória da Frelimo é manchada de sangue inocente, para desagrado, dor e até desprezo da população que foi votar e sobretudo dos que, por alguma carga de água, abdicou de exercer o seu direito de voto e dever de cidadania. É, sem dúvida, alarmante o número de abstenções somado aos votos nulos, para vergonha dos vencedores que o são, porque têm como fiéis servidores, na sua mão direita, o STAE e a CNE e, na esquerda, a Polícia e outras instituições do Estado e os seus respectivos vassalos programados para executarem qualquer decisão sem questionar.
Hoje, mais do que nunca, percebem-se os motivos que desencadearam a instabilidade política que se vive no país. Diaboliza-se a Renamo por ter optado pela “guerra” para impedir a institucionalização da ditadura e do monopartidarismo. E “santifica-se” a Frelimo, quando, na verdade, esta mobiliza homens, arma-lhes até aos dentes e torna-lhes perversos para matar sem dó nem piedade cidadãos indefesos. Tudo isso porque a história da luta de libertação de um povo foi transformada na história de um partido. Os dirigentes da Frelimo usam covardemente dessa mesma história para se perpetuarem no poder, marginalizarem os moçambicanos e continuarem a espoliá-los durante tempos sem fim.
É verdade que a Imprensa (oficiosa) também está metida nesta operação. Em conivência com o regime da Frelimo, habilmente lança areia para os olhos do povo com o intuito de domesticá-lo e torná-lo gente sem emoção crítica. A Imprensa oficiosa não só ajudou o regime a encher votos nas urnas e a esconder irregularidades como também apoia no controlo das consciências nas famílias, no interior das escolas e universidades para fabricar homens e mulheres ignorantes, mentalmente estéreis, intelectualmente indefesos e perdidos na alienação. Ninguém questiona a ostentação obscena em que vive um punhado de gente ligada ao partido Frelimo.
Ninguém questiona até quando irá ouvir discursos estupidificantes e sem entranhas de verdade sobre o combate à pobreza absoluta. Ninguém questiona as estranhas reviravoltas na contagem dos votos. Com todos os resultados já divulgados, ninguém se lembrará das promessas feitas na campanha eleitoral, que veio desaguar nas eleições de 20 de Novembro. Promessas essas que não têm nenhuma garantia de virem a ser cumpridas a curto, médio e longo prazo, nem pelos que venceram as eleições passadas e, muito menos, pelos que lhes sucederem no trono.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O PAPA Francisco divulgou, terça-feira, a sua Exortação Apostólica, primeiro documento escrito totalmente por ele. As cópias do texto; Evangelii Gaudium (a Alegria do Evangelho), foram distribuídas ontem pelo Vaticano. Nele, Francisco realça a necessidade de uma profunda reforma na Igreja, que precisa “sujar as mãos” na busca dos pobres e oprimidos.
Além disso, o Papa fez duras críticas ao sistema económico mundial, ao atacar a “idolatria ao dinheiro” e implorar aos políticos que garantam a todos os cidadãos “trabalho, atendimento de saúde e educação dignas”. Também pediu aos ricos que compartilhem a sua riqueza. “Do mesmo modo como o mandamento ‘Não matarás’ estabelece um claro limite para salvaguardar o valor da vida humana, hoje também temos de dizer ‘Não deves’ para uma economia de exclusão e desigualdade. Tal tipo de economia mata’, escreveu Francisco no documento divulgado na terça-feira. “Como pode ser que não seja assunto para notícia quando uma pessoa sem tecto morre por abandono às intempéries, mas é notícia quando o mercado de acções perde dois pontos?”.
O Papa disse que está “aberto a sugestões” para transformar o poder sobre o papado.
Ao defender uma reestruturação, Francisco disse que a instituição precisa ser transformada para criar uma Igreja mais missionária e misericordiosa, que “suje as mãos” enquanto procura pelos pobres e oprimidos. “Eu prefiro uma Igreja que esteja ferida e suja, porque tem saído às ruas, do que uma Igreja doente por estar confinada e agarrar-se à própria segurança”, escreveu. No documento, o Papa redigiu as prioridades da Igreja após oito meses de homílias, discursos e entrevistas.
Criticou ainda a “obsessão” da Igreja em transmitir uma série de doutrinas morais, quando a “hierarquia da verdade” é composta pela misericórdia profunda e moderação. Para ele, estes seriam os pontos que atraem mais os fiéis à vida religiosa.
O Pontífice continuou as críticas, defendendo que alguns “costumes históricos” podem ser colocados de lado se eles não servirem mais para comunicar a fé. Citando São Agostinho e São Tomás de Aquino, o Pontífice ressaltou a necessidade de moderação nas normas para “não sobrecarregar a vida dos fiéis”.
Ainda no texto, Francisco redefiniu a posição da Igreja contrária ao aborto, deixando claro que esta se trata de uma doutrina inegociável e que estaria no centro da insistência da Igreja sobre a dignidade de cada ser humano.
O documento é a segunda escritura emitida por Francisco, mas é a primeira totalmente escrita por ele. A encíclica “A Luz da Fé”, divulgada em Julho, foi escrita quase inteiramente pelo Papa Emérito Bento XVI, antes de sua renúncia.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Polícia dispara e mata simpatizante do MDM
Eleições autárquicas
Uma pessoa morreu ontem quando um guarda do governador da Zambézia disparou sobre uma caravana do Movimento Democrático de Moçambique, que comemorava a vitória nas eleições autárquicas no município de Quelimane.
Testemunhas indicam que a vítima era um jovem cantor de 25 anos de idade, identificado por Edi. Terá sido atingido na zona da cebeça e morreu no momento mesmo em frente a casa do governador. O presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, Custódio Duma, encontrava-se por perto e explicou que a polícia disparou sem necessidade. “A caravana, que festejava a vitória de Manuel de Araújo no município, passou diante da casa do governador e a guarda que ali se encontra disparou à queima-roupa”, relatou.

Fraude: o método da Frelimo para “ganhar” eleições

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Canalmoz - 21.11fraude4 Canalmoz - 21.11fraude1 Canalmoz - 21.11fraude2 Canalmoz - 21.11fraude3 Membros do partido Frelimo foram flagrados em Angoche com milhares de boletins de votos já preenchidos a favor do seu partido e candidato a edil e prestes a serem introduzidos nas urnas. A situação depois degenerou na violência e com o delegado de candidatura da ASSEMONA, partido que desvendou a fraude da Frelimo ser detido e agredido pela Polícia.
Assim (ver a foto) ficou o delegado de candidatura da ASSEMONA, Iacumba Ali, o homem que interceptou boletins de voto já preenchidos pelo partido Frelimo em Angoche.
Depois de conseguir arrancar os boletins ao membro do partido, foi detido pela Polícia, espancado e só às 22 horas foi restituído à liberdade e lhe foi passado guia para tratamento hospitalar (ver em enexo).
Em anexo trazemos as evidências materiais: os boletins da fraude, a imagem do homem agredido, o credencial de Iacumba Ali, que o confirma como delegado de candidatura e o guia passado pela Polícia para o seu tratamento após a agressão. (Borges Nhamirre)
CANALMOZ – 21.11.2013
NOTA: Será que não vai haver inquérito e responsabilização de quem desviou estes boletins de voto?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Machado da Graça Novamente

Olá Judite
Como vai a tua vida? Os estudos? Do meu lado tudo bem, felizmente.
E, desta vez, muito contente.
Sabes que descobri que, para além das suas inúme­ras qualidades, que todos
conhecemos, o nosso Chefe de Estado tem mais uma, até aqui desconhecida?
Pois é verdade. Armando Guebuza é não só clarivi­dente e cheio de amor à Paz
como também ubiquo. Sim, tem a extraordinária qualidade de conseguir estar
em dois sítios ao mesmo tempo. E, tens que concordar, para uma pessoa com a
agenda sobrecarregada, como é o caso dele, trata-se de uma qualidade
importantíssima.
Vais-me perguntar como foi que descobri isso, mas eu conto-te:
Como estarás lembrada, o Presidente da República tinha convidado o líder da
Renamo, Afonso Dhlakama, para um encontro, aqui em Maputo, na passada
sexta-feira.
Ora, nesse próprio dia, o porta-voz da Presidência, Edson Macuácua, convocou
uma conferência de imprensa para informar que, fiel ao seu convite, Armando
Guebuza estava no seu gabinete de trabalho, aguardando a chegada de
Dhlakama. E não serei eu quem vai pôr em causa a verdade desta declaração
porque duvidar da palavra do portavoz do Presidente é heresia pouco menor do
que duvidar da palavra do próprio Chefe de Estado.
Portanto, é ponto assente que o mais alto magistrado da nação estava em
Maputo aguardando pelo mais procurado fugitivo da mesma nação.
Ora acontece que, precisamente ao mesmo tempo, centenas de pessoas
assistiam, em Gaza, à inauguração da campanha agrícola do próximo ano.
Inauguração feita, com pompa e circunstância, por Armando Guebuza.
Com discurso a ser transmitido, em directo, pela Rádio Moçambique, ao que me
dizem, porque eu não ouvi.
Portanto, se Edson Macuácua não mentiu e essas pessoas de Gaza também não,
está mais do que provado que o nosso Presidente goza da raríssima qualidade
da ubiquidade. O que, como podes ver, é óptimo para o país.
Daí a minha satisfação.
Um beijo para ti do
Machado da Graça
NB: Mentira tem pernas curtas, o Macuacua e o presidente andam a mentir ao
povo e aí está a prova. Não são sérios na procura da paz, estão apenas
interessados em encher os bolsos a custa de morte dos moçambicanos.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Extrair gás para os outros ficarem com os ganhos
Gás de Pande e Temane
Estudo do Centro de Integridade Pública revela que, apesar de ser o sexto maior exportador de gás natural em África, Moçambique não recebe receita significativa. O gás de Pande e Temane (na província de Inhambane), que rende muitas centenas de milhões de dólares por ano além fronteira, rende menos de 10 milhões anuais aqui em Moçambique. A organização da sociedade civil acusa o governo de ter assinado um segundo contrato, em 2002, manifestamente prejudicial para a economia em termos de arrecadação de receitas
Primeiro grande projecto de extracção de gás natural frustra as expectativas dos moçambicanos”, é o que sugere a mais recente pesquisa do CIP em relação às receitas provenientes do empreendimento da petroquímica sul-africana Sasol, na província de Inhambane.
Lançado na última quarta-feira, o documento deixa claro que a maior parte dos milhões de dólares resultantes da extracção deste recurso vai para a África do Sul, sendo que em Moçambique quase nada fica.
Onde começa o problema?
O estudo do CIP avança que, sem nenhuma justificação plausível, o governo moçambicano decidiu abdicar, em 2002, da partilha de produção de gás natural produzido nos campos de Pande e Temane. Ou seja, o estado moçambicano aceitou não ter o poder de decisão sobre o que fazer com o gás extraído em Inhambane sem contrapartidas concretas em temos de capacidade de arrecadação de receitas para os cofres do Estado.
O CIP entende que o Governo devia ter exigido um aumento compensatório em “royalties” (que é uma taxa de 5% que o Estado ganha na produção global de gás extraído no projecto da Sasol) e taxas de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC).

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

FADM disparam e criam pânico em Gorongosa




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clubofmozambique (2013-11-15) Elementos das Forças Arma­das e de Defesa de Moçam­bique (FADM) disparam, na manhã de ontem, em pleno merca­do municipal de Gorongosa, o que gerou pânico no seio dos populares. Esta é a terceira vez que isto aconte­ce e os munícipes apelam ao Gover­no para que trave esta situação de insegurança.

Os disparos de ontem foram pro­tagonizados por dois militares, que faziam parte de uma coluna de duas viaturas das FADM que seguiam no trajecto Gorongosa - Marínguè.

Dois dos militares, que seguiam na viatura, ao chegarem neste mer­cado, que também é a principal pa­ragem para diversos pontos do país, dispararam dois ou três tiros para o ar e continuaram a marcha natural­mente.

Paulo Estonquene, comerciante em Gorongosa, contou que chegou ao seu posto de venda às 05h55 da manhã. Minutos depois, viu dois carros militares que seguiam em direcção a Marínguè e que no seu interior estavam vários militares. Na última viatura, estavam dois militares aparentemente bêbados. “Mal conseguiam manter-se em pé.
O fim da paz!

O descalabro do processo de diálogo entre o Governo e a Renamo, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, afinal de contas, esconde o desejo camuflado de recurso fácil à violência como forma de alcançar objectivos inconfessáveis, estando a nação moçambicana, neste momento, com pouquíssimas chances de continuar a garantir a paz e estabilidade política, o que terá reflexos na paralisação económica e social de um país que, nos últimos 21 anos, conheceu um franco desenvolvimento em vários sectores devido à prevalência da paz.
Desde a quinta-feira da semana passada que o Governo ordenou a concentração de enormes efectivos militares nos arredores de Santhunjira, a base onde se encontrava a residir o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, há, precisamente, 12 meses.
De concentração nos arredores da base de Santhunjira, os militares passaram ao ataque directo esta segunda-feira, obrigando Afonso Dhlakama e sua equipa de segurança a refugiar-se nas matas, perigando, em definitivo, a possibilidade de continuação da paz nos moldes em que era usufruída no País.
A acção das forças governamentais configura uma autêntica declaração de guerra contra o líder da Renamo, o que ocorre numa altura em que o Chefe desse Governo proclama intenções de se encontrar com o mesmo líder escorraçado para discutir a paz e a estabilidade política do País.
Custa imenso imaginar como se pode discutir a paz e estabilidade política do País com alguém que está sendo caçado, vivo ou morto, pelo exército governamental, o qual usa, para o efeito, o seu mais sofisticado equipamento bélico, como se estivesse em combate contra exército estrangeiro.
Custa imenso descortinar o real significado do discurso político oficial de paz quando no terreno as acções desenvolvidas são de autêntica guerra. Ou seja, o nosso Governo fala da paz e estabilidade política mas, no terreno, ataca o seu mais directo interlocutor para a paz e estabilidade política, alegando coisas tão irrelevantes, tais como “eles é que foram os primeiros a atacar”.
Ou seja, o exército governamental cria condições objectivas, através de crescente aproximação às imediações do acampamento do líder da Renamo em Santhunjira, para ser atacado pela segurança de Dhlakama e, daí, encontrar um pretexto para pôr em causa os 21 anos de paz e estabilidade política que o País vive.
Estamos profundamente consternados com o evidente retrocesso do clima de paz e estabilidade no País. Pior do que isso, estamos profundamente indignados com a indiferença e o disfarce com que as autoridades governamentais deste País lidam com questões sensíveis de manutenção da paz e estabilidade política, como se possuíssem uma garantia secreta e invisível de que sempre conseguirão fazer o País voltar à normalidade através de uso de armas.
Nós somos, desde sempre, contrários ao uso de armas para matar moçambicanos e, desse modo, fingir-se que se garante a paz e estabilidade política.
Uma paz com vencidos e vencedores é paz precária, é paz podre porque assenta sobre rancores e frustrações dos derrotados, os quais, à mínima oportunidade que tiverem, subvertem os alicerces débeis de tal paz precária.
A verdadeira paz, quanto a nós, é aquela que assenta no consentimento das partes desavindas, aquela que resulta de compromisso e cedências mútuas no processo negocial, aquela que resulta de entendimento e concórdia entre filhos da mesma terra.
Portanto, engana-se quem pense que derrotando, militarmente, um dos lados teremos paz efectiva no País. Antes pelo contrário, o recurso às armas vai gerando um efeito multiplicador de violência, passando, provavelmente, a haver desestabilização à escala nacional, o que obrigará à mobilização de escassos recursos económicos e financeiros para suportar o esforço de guerra, subtraindo tais recursos da satisfação das crescentes necessidades sociais do povo moçambicano.
A deterioração da situação política no País é a marca indelével da falta de inteligência política das nossas autoridades governamentais, as quais preferem recorrer ao mais fácil para não encontrar as soluções que se impõem para os problemas candentes do povo moçambicano.
Aliás, o que faz com que só agora o Governo ordene o ataque a Santhunjira? Que elemento novo surgiu no cenário político nacional que aconselha o uso de força contra Santhunjira neste momento?
Será que a acção do Governo, que ocorre precisamente a escassos 15 dias de arranque de campanha eleitoral para as autárquicas, pode ser interpretada como um gesto demonstrativo de que o Executivo quer as eleições autárquicas de 20 de Novembro ou, possivelmente, pretende ocupar-nos com os ataques à base central de Dhlakama e, desse modo, concluirmos todos que não há clima para haver eleições autárquicas no dia 20 de Novembro?
É que, de facto, nós não estamos a perceber por que só agora é importante atacar Dhlakama, um Dhlakama que vem demonstrando, ultimamente, uma retórica cada vez mais reconciliatória e de adesão consequente à paz e ao diálogo político.
Seja qual for a justificação que se avançar, a mesma será insuficiente para restabelecer a paz e a confiança política que já se solidificava entre os dois principais parceiros da paz em Moçambique, nomeadamente o Governo e a Renamo.
É que, independentemente da vontade de quem quer que seja, o Governo e a Renamo são os dois parceiros da paz em Moçambique e jamais será possível garantir esse bem precioso humilhando e matando um dos lados. O Governo e a Renamo são os dois pólos obrigatórios para que haja corrente eléctrica da paz em Moçambique, sendo que a falha ou eliminação de um dos pólos acarreta consequências inimagináveis para o bem-estar geral de todos os moçambicanos, beneficiários directos dessa corrente eléctrica da paz.
A estorieta do porta-voz do Ministério da Defesa Nacional de que as FADM sempre agiram em perseguição dos guerrilheiros que lhes atacaram não cola nem colhe relevância nenhuma, uma vez que as unidades das FADM criaram condições objectivas bastantes para que fossem atacadas, a fim de realizar seus intentos de ocupação da base do líder da Renamo.
Não faz nenhum sentido, em termos militares, alguém ir acampar, com todo o seu arsenal bélico, na porta da casa do outro, advertindo-o que em caso de ataque irá reagir usando o poderio militar em exibição. Isso chama-se grosseira provocação, que se faz, apenas, com o intuito de atacar e subjugar o outro, numa altura em que o Comandante-Chefe das mesmas FADM diz precisar desse outro para um encontro ao mais alto nível. Até parece uma brincadeira de crianças!
Há ou não há vontade política para se construir uma paz baseada no diálogo?, eis a questão, que deve ser respondida, não só com retórica em comícios populares mas, sim, com acções concretas visíveis a olho popular.
A presente situação, de crescente provocação e humilhação militar de um dos parceiros fundamentais da paz em Moçambique, vai descambar num ciclo de violência à escala nacional, que os mandantes da provocação não estarão em altura de travar e solucionar, o que vai sobrar para o martirizado povo moçambicano.
A maior desgraça do povo moçambicano é não possuir forças vivas da sociedade capazes de se erguerem e pararem com o desgoverno da sua vida!
O reino de Gueus! (#canalmoz)

Maputo (Canalmoz) –
Quando entreguei a primeira versão do texto, o revisor chamou-me a informar que havia um erro na titulagem, e que, em bom português, diz-se ou se escreve “Reino de Deus” e não “Reino de Gueus”. E o revisor tinha a sua razão. Mas depois de uma explicação, compreendeu o atento revisor que estávamos a tratar de um outro reino, não muito celestial quanto ao de Deus, o verdadeiramente Todo o Poderoso.
Gueus é a palavra-valise ou amálgama de “Guebuza” e “Deus” numa única entidade. Assim temos: “Gue” de Guebuza e “eus” de Deus.
Gueus é uma entidade que foi desenvolvida nos últimos nove anos e foi sendo aperfeiçoada nos últimos três. E nos últimos meses, Gueus tem estado a ser pregado e adorado em clima de Pentecoste. Pelo andar da carruagem da propaganda a Gueus, eu, pessoalmente, fico com receios de que num futuro muito próximo produzam uma espécie de uniforme para vestir os moçambicanos, com a fotografia de Gueus estampada nas costas e no peito. Imagine, então, caro leitor, que cada moçambicano tenha de colocar o uniforme “Gueus” antes de sair de casa. Imagine-se dentro do referido uniforme a fazer as suas actividades diárias, e com pautas indicativas de que quem não tiver uniforme “Gueus” e andar nas ruas será detido por desobediência “espiritual e civil”.
Pelo nível de intensidade da propaganda avoluma-se o meu receio que se possa chegar a tão drástica medida de exaltação.
Falo de propaganda em clima de Pentecoste porque as porções da unção têm sido derramadas aos cântaros que os crentes entram em delírio colectivo com palavras de ordem que se resumem em “adora a Gueus, ou te assassinamos o carácter”. Aí não tens como. É normal que, pelo simples facto de não concordares com a forma como Gueus governa o seu reino, seres chamado de antipatriota e saudosista. No reino de Gueus os patriotas são os que adoram a mediocridade, o roubo, a corrupção, a incompetência e a falta de sentido de Estado.
Gueus não é Deus. Nem quase Deus. Gueus falha quase que sempre mas acredita e manda dizer que não falha. Está Gueus, por isso, religiosamente, sempre “correcto”. Gueus não aceita crítica nem confrontação. Gueus é uma réplica falhada de Deus. Se Deus ama e, por isso, mesmo também é amado pelo seu reino, Gueus não ama e quer ser amado a todo o custo pelo seu reino. Gueus é falado em todo o lado, pelas piores razões.
Gueus é um narcisista por natureza. Por isso mesmo, nessa avidez de querer ser amado sem merecer, Gueus acaba perdendo a cabeça e insulta aos que em nome da racionalidade não o cultuam.
Gueus é a semelhança de Deus, uma entidade suprema, mas ao seu nível. Por ser também supremo é adorado, exaltado em cultos de louvores, só que, contrariamente a Deus verdadeiro, os cultos a Gueus são replicados até na Imprensa e com alguma dose de delinquência. Gueus não governa. Prioriza grupos de choque que pululam nas TVs rádios e jornais e redes sociais a falarem enormidades que materializam o insulto à mais mediana racionalidade. E esta irracionalidade em jeito de análises feitas pelo espiritual exército de Gueus é servida por uns jornais, rádios, televisões e agências do Estado que personificam a vergonha em qualquer País civilizado.
Gueus tem um extraordinário domínio do vocábulo do vilipêndio e arruaça. Quem ousa em não adorar a Gueus é imediatamente abençoado com um título vilipendioso: “apóstolo da desgraça”, “tagarela”, “órfão de patrão estrangeiro”, ou mesmo “louco”. Mas entende-se: Gueus tem problemas elementares de educação que, com a idade, já não vamos a tempo de corrigir.
Gueus é verbalmente pela paz, mas materialmente pela destruição. Gueus tem um fascínio pelo belicismo. Quando há troca de tiros onde morrem inocentes, Gueus não se comove. Diz que é um teste à nossa moçambicanidade, como que se houvesse uma outra moçambicanidade à prova de balas. Gueus é, por isso, um ser estranho e provavelmente maníaco, pela forma como banaliza a morte. Sobre este último, não temos certeza.
Gueus anuncia diálogos na Imprensa, e ordena ataques militares no exercício a seguir. Gueus também tem tiques de mafioso. Marca um dia para se encontrar com o líder da Renamo e no tal dia viaja para um outro lugar e manda anunciar que o líder da Renamo faltou, quando, na verdade, Gueus é quem mandou o convite às 16 horas do dia anterior.
Por ser contrário a Deus, Gueus cultiva o cinismo e o ódio. Fala e manda falar coisas que ele próprio não acredita. Gueus encontrou um país em paz e certamente vai deixá-lo em chamas.
Gueus estranhamente não sabe o que está mal, e dá entrevistas a desafiar as pessoas a apontarem o que está mal. Mas quando as pessoas apontam o que está mal, como, por exemplo, os excessivos e promíscuos negócios do próprio Gueus que estão a levar o Estado à falência, o apadrinhamento da corrupção e do roubo do dinheiro público, Gueus zanga-se. Gueus é também um analista político por tendência. Mas em regime de estágio. Gueus faz mais “análises” que governa. Analisou a pobreza quem ele próprio tem produzido e chegou à conclusão que ela está na cabeça dos moçambicanos. Um reino governado nesses moldes é materialmente falhado. É duma casta com vocação para o paternalismo destrutivo que nasce o reino de Gueus. E o povo moçambicano, certamente, merecia sorte melhor. (Matias Guente)

segunda-feira, 11 de novembro de 2013


CARTA ABERTA

Senhor Presidente, você está fora de controlo. Depois de ter gasto um mandato inteiro a inventar insultos para quem quer que seja que tenha ideias sobre os problemas nacionais, em vez de criar oportunidades para beneficiar da experiência e conhecimentos dessas pessoas, agora você acusou os media de serem culpados da crise política... nacional e mandou atacar as sedes políticas da RENAMO.
A crise político-militar que se está a instalar a grande velocidade faz lembrar as antecâmaras do fascismo. Em situações semelhantes, Hitler e Mussolini, Salazar e Franco, Pinochet e outros ditadores militares latino-americanos, Mobutu e outros ditadores africanos, foram instalados no poder, defendidos pelo grande capital enquanto serviam os interesses desse grande capital, e no fim caíram.
Será que você, senhor Presidente, se prepara para a fascização completa do País? Destruir a RENAMO, militarmente, é um pretexto. Fazer renascer a guerra é um pretexto. Parte do problema dos raptos - não todo - e do crime e caos urbano é um pretexto. Permitir a penetração da Al Quaeda em Moçambique é um pretexto. Pretexto para quê? Para suspender a constituição e aniquilar todas as formas de oposição, atirando depois as culpas para os raptores e outros criminosos e terroristas, ou para aniquilá-los em nome da luta pela estabilidade.

Senhor Presidente, você pode estar a querer fascizar o País, mas não se esqueça que a sua imagem e a do seu partido estão muito descredibilizadas - por causa de si e do seu exército de lambe botas. E essa credibilidade não se recupera com palavras e com mortos. Só se pode recuperar com a paz e a justiça social. O que prefere, tornar-se num fascista desprezível e, a longo prazo, vencido? Ou um cidadão consciente e responsável que defendeu e manteve a paz e segurança dos cidadãos, evitando a guerra e combatendo o crime?

Senhor Presidente, você tem que ser parte da solução porque você é uma grande causa do problema. Ao longo de dois mandatos, quem se rodeou de lambe botas que lhe mentem todos os dias, inventam relatórios falsos e o assessoram com premissas falsas? Quem deu botas a lamber e se satisfez com isso, com as lambidelas? Quem se isolou dos que realmente o queriam ajudar por quererem ajudar Moçambique e os moçambicanos, sem pretenderem usufruir de benefícios pessoais? Quem preferiu criar uma equipa de assessores estrangeiros ligados ao grande capital multinacional em vez de ouvir as vozes nacionais ligadas aos que trabalham honestamente? Quem insultou, e continua a insultar, os cidadãos que apontam problemas e soluções porque querem uma vida melhor para todos (mesmo podendo estar errados, honestamente lutam por uma vida melhor para todos)?

Quem acusa os pobres de serem preguiçosos e de não quererem deixar de ser pobres? Quem no princípio e fim dos discursos fala do maravilhoso povo, mas enche o meio com insultos e desprezo por esse mesmo povo?

Quem escolheu o caminho da guerra e a está a alimentar, mesmo contra a vontade do povo maravilhoso? Quem diz que a guerra, e o desastre humanitário a ela associado, é um teste à verdadeira vontade de paz do povo maravilhoso? Por outras palavras, quem faz testes políticos com a vida do povo maravilhoso? Quem deixa andar o crime, a violência e a pobreza, quem deixa andar a corrupção, o compadrio e as associações criminosas? Quem nomeia, ou aceita a nomeação, de um criminoso condenado a prisão maior para comandante de uma das principais forças policiais no centro do país?

Quem se apropria de toda a riqueza e ao povo maravilhoso oferece discursos e desse maravilhoso povo quer retirar (ou gerir, como o senhor diz) qualquer expectativa? Quem só se preocupa com os recursos que estão em baixo do solo, mandando passear as pessoas, os problemas e as opções de vida construídas em cima desse solo? Quem privatiza os benefícios económicos e financeiros dos grandes projectos, e depois mente dizendo que ainda não existem?

Quem se defende nos media internacionais dizendo que passou todos os seus negócios para os familiares enquanto é presidente - e quem é suficientemente idiota para aceitar isto como argumento e como defesa?

Quem divide moçambicanos em termos raciais e étnicos, regionais e tribais, religiosos e políticos - já agora, o que são moçambicanos de gema? Serão os autómatos despersonalizados e ambiciosos que nascem das gemas dos seus patos? O que são moçambicanos de origem asiática, europeia ou africana - são moçambicanos ou não são?

Quem ficou tão descontrolado que hoje acusa os media de serem criadores do clima que se vive no país - foram os media que se apropriaram das terras, iniciaram uma guerra, deixam andar o crime urbano e foram pedir conselhos ao Zé Du? Que tipo de media você quer? Um jornal notícias que não tem uma referência destacada a três grandes manifestações populares pela paz e segurança e justiça social que aconteceram ontem no nosso país, embora tenha uma notícia sobre manifestações contra violações no Quénia? Porque é que as manifestações dos outros são verdade e as nossas mentiras?

E, já agora, senhor Presidente, pode esclarecer-nos quem matou Samora?

Senhor Presidente, você não merece representar a pérola do Indico nem liderar o seu povo maravilhoso. E desmerece-o mais cada dia. Você foi um combatente da luta de libertação nacional e um poeta do combate libertador, mas hoje não posso ter a certeza que liberdade e justiça tenham sido seus objectivos nessa luta heróica.

O povo maravilhoso, ontem, prestou homenagem a Moçambique, a Mondlane e Samora, aos valores mais profundos da moçambicanidade cidadã e da cidadania moçambicana. Foi bonito ver as pessoas a manifestarem-se por causas justas comuns, a partilharem a água e as bolachas, a abraçarem-se e distribuírem sorrisos, a apanharem o lixo que uma tão grande multidão não poderia deixar de criar. Foi bonito ver quão bonitos e cívicos Moçambique e os moçambicanos, na sua variedade, são. Foi bonito ver os cidadãos aplaudirem a polícia honesta e abraçarem os seus carros, e os polícias absterem-se de atacar os cidadão. Foi bonito ver que conseguimos juntar uma multidão consciente, cívica e honesta, que o seu porta voz partidário, Damião José, foi incapaz de desmobilizar. Foi bonito ver a bandeira e o hino nacionais a cobrirem todos os moçambicanos, moçambicanos que são só moçambicanos e nada mais.

E no seu civismo e afirmação da cidadania moçambicana, esta multidão para si só tinha três palavras: "fora, fora, fora". Tenha dignidade e, pelo menos uma vez na vida, respeite os desejos do povo. Reúna os seus patos e saia, saia enquanto ainda há portas abertas para sair e tempo para caminhar. Não tente lutar até ao fim. Isso só vai trazer tragédia, mortes e sofrimento para todos e, no fim, inevitavelmente, você e todos os outros belicistas, criminosos e aspirantes a fascistas, sejam de que partido forem, serão atirados para o caixote do lixo da história. Saia enquanto é tempo, e faça-o com dignidade. Ninguém se esquecerá do que você fez - de bem e de mal - mas perdoá-lo-emos pelo mal por, pelo menos no fim, ter evitado uma tragédia social e saído com dignidade.

Que, pelo menos, o seu último acto seja digno e merecedor deste povo maravilhoso. E, enquanto se prepara para sair, por favor devolva ao país e ao Estado a riqueza de que você, a sua família e o seu grupo de vassalos e parceiros multinacionais se apropriaram. Leve os seus patos mas deixe o resto. E, por favor, use as presidências abertas, pela última vez, mas para se despedir, pedir desculpas e devolver a riqueza roubada.

Saia, senhor Presidente, enquanto ainda é suficientemente Presidente para sair pelas suas próprias pernas.
Você sabe, de certeza, o que quer dizer "A Luta Continua!" Então, saia.
E não perca tempo a abater ou mandar abater ou encorajar a abater ou deixar abater alvos seleccionados, sejam eles quem forem. O sangue de cada um desses alvos só vai engrossar ainda mais o rio em cheia que o atirará a si, e seus discípulos, como carga impura, para as margens do rio poderoso fertilizadas pela luta popular. O povo não morre, e é o povo, não um alvo seleccionado, seja quem for, quem faz a revolução. Não se esqueça que a fúria do rio em cheia é proporcional à água que nele flui e à pressão que sobre ele exercem as margens opressoras.

Senhor Presidente, não tente fascizar Moçambique. Se o fizer, pode levar tempo, podem muitas vidas ser encurtadas pelas suas forças repressivas de elite, mas se seguir este caminho, você sairá derrotado. A história não perdoa.
Adeus, senhor Presidente, vá descansar na sua quinta com a sua família e dê à paz e à justiça social uma oportunidade nesta pérola do Índico e em benefício do seu maravilhoso povo. Por favor.
Não lhe queremos mal. Mas, acima de tudo, queremos a paz e que os benefícios do trabalho fluam para todos.

Carta Aberta - Por Carlos Nuno Castel-Branco

sábado, 9 de novembro de 2013



Opinião de Machado da Graça
"...Os jornalistas são, como é sabido, gente horrível. Eu próprio todos os dias me assusto, terrivelmente, ao olhar para o espelho da casa de banho e ver lá a cara de um jornalista.
Mas, se alguém ainda tinha dúvidas sobre este fac­to, as clarividentes palavras do nosso Chefe de Estado, no Chimoio, fizeram, de certeza, desaparecer essas dúvidas.
Ficou agora claro quem é que levou o país ao estado em que está: foram os jornalistas.
Não tenho dúvidas de que foram jornalistas quem andou por aí, nos mercados de armamento, a comprar toneladas de canhões, metralhadoras, tanques e veí­culos blindados, para iniciar uma guerra que, todos os dias, afirmam não querer.
Foram também jornalistas, decerto, quem deu or­dens para o ataque, com armas pesadas, a Santundjira, em que foi morto um deputado da Renamo.
O ataque a Marínguè foi, indubitavelmente, tramado em alguma redacção. O mesmo se passando, é claro, em relação à planificação dos sangrentos ataques nas estradas, seja quem for que, depois, os executou.
Terão, igualmente, sido jornalistas os que foram à Roménia comprar velhos aviões caça-bombardeiros Mig 21. Ou à França encomendar, às escondidas das estruturas competentes, três dezenas de embarcações de utilidade ainda pouco clara.
Gente horrível, como digo, esses jornalistas...
E não vamos esquecer que devem ter sido jornalistas todos os que andaram a saquear o Supremo Tribunal Administrativo ou se associaram aos madeireiros chine­ses para dar cabo das nossas riquezas naturais, entre madeiras preciosas, marfim e cornos de rinoceronte.
Todos sabemos que os cidadãos de Tete, escorraça­dos para a localidade de Cateme, foram empurrados na ponta das esferográficas dos jornalistas. Os desmobili­zados de guerra têm sido, regularmente, agredidos, nas ruas, com jactos de tinta de impressão dos jornais.
Isto para não falar dos históricos libertadores da Pátria que, mais dia menos dia, vão ser obrigados a abandonar as suas bancas de venda de produtos recreativos, ali no Bairro Militar, para dar lugar a um Valentinustão. O lugar que lhes prometem, no Zimpeto, tem muito menor valor para os seus produtos...
Sobre os malefícios dos jornalistas para os médicos e profissionais de saúde nem é bom falar. E o mesmo se passa com os professores e mesmo os polícias.
Mas o que mais me choca é a aparente indiferença popular em relação a estes terríveis malefícios da classe dos jornalistas.

Há dias estive numa manifestação que percorreu as avenidas, ruas e praças de Maputo. Ouvi muitas pala­vras de ordem, grande parte contra o Governo e, até, algumas claramente contra o nosso Chefe de Estado. No entanto, ninguém naquela multidão de muitos milhares de pessoas se manifestou contra os jornalistas!
Porque será?!!!!!..."

 MACHADO DA GRAÇA

sexta-feira, 8 de novembro de 2013


POPULAÇÃO DE MALHAMPSENE PEDE A RETIRADA IMEDIATA DO QUARTEL MILITAR ALI INSTALADO.

 Em causa está o conflito de terra que o ministério da defesa acusa a população local de usurparem o espaço conflituoso. Naquele espaço está proibido de passar seja quem for e o seu motivo de travessia, caso passe por ali resulta em espancamento. Falando aos jornalistas do TIM que também não escaparam do espancamento militar, a porta-voz da população reconheceu o país não ter governo, por isso, pediu a quem é de direito a retirada do quartel naquele local.

A população de Malhampsene vem disputando este terreno desde 1998 que pertenceu ao chefe que deu nome a este bairro da Matola. A população tem vindo ter contactos com diversas autoridades a fim de derimir este cenario, mas nunca resultou em nada. O governo está mudo e surdo, por isso, nunca tiveram qualquer resposta.

Segundo ela, fizeram o primeiro documento em Setembro e enviar ao Conselho Provinvicial e ao Chefe do Posto em que roubaram o terreno do ministério da defesa e não tiveram resposta e asegunda carta foi datada no dia 29 de Outubro que foi enviada ao ministério da defesa, ao governo de Moçambique, ao Conselho da Matola, ao posto da Matola, a LDH a Governadora da provincia de Maputo e até hoje não tiveram resposta de nenhuma instituição acima referidas. Segundo a artigo 52 da lei de Urbamização em que ela se baseia, diz que aquele espaço roubado pelo ministério da defesa é para habitação, pequenas infraestruturas, comércio,…

Os argumentos apresentados pela população são todos ignorados e o espaço é usado militares pelos para os seus treinos. Quando a população começou a parcelar o espaço, o Mazivile e Sitoe, comandes militares, colocaram limites em como a população havia roubado o espaço. As suas casas foram destruidas e não sabem porque. No dia anterior o coronel disse a porta-voz que precisa de trinta minutos para treinar os seus militares naquele sitio. O que ela perguntou se era possivel no meio papulação ser campo de tiros e dai não respondeu.

A população havia deixado uma reserva para construção de uma escola um centro de formação, um hospital e outras infraestruturas para os jovens possam sair da miséria. Mas o governo não aceita isso e estão indignados o que é o governo quer? Os soldados andam a disparar, e isso não diz nada ao governo. Porque não levam os tais soldados para lá onde lutam para dispararem bem. Será que a populaão são os tais bandidos? Será que devem viverem assim a serem espancados? Onde vamos viver, onde vamos? A tal democracia defendia pelo governo é esta? Ou é um país capitalista selvagem? Que o governo responda estas inquietações……


Sexta, 08 Novembro 2013 00:00 Redacção

No município da Matola

As Forças Armadas espancaram ainda uma equipa de jornalistas da TIM. O jornalista Alexandre Rosa perdeu os sentidos e foi internado numa das clínicas da cidade. O seu colega continua preso no quartel

Residentes do bairro Mahlampsene foram espancados na manhã desta quinta-feira, por mais de 200 agentes das Forças Armadas, afectos a um quartel instalado naquela zona. Na ocasião, uma equipa da Televisão Independente de Moçambique (TIM) também não escapou às investidas dos militares. O jornalista Alexandre Rosa foi agredido até perder os sentidos e, até ao princípio da noite de ontem, o operador de imagem continuava retido no quartel.

Tudo aconteceu no quarteirão “2” daquele bairro, quando os populares tentavam se apoderar de um espaço de terra, supostamente de sua pertença. É que a população diz que o espaço em disputa é dos seus antepassados e os militares não têm o direito de os retirar. Segundo testemunhas, todos os cidadãos que tentassem passar próximo do referido espaço não escapavam à fúria dos soldados.

A equipa da Stv tentou entrar no quartel para obter mais informações, mas a população aconselhou a não seguir sob pena de sofrer uma agressão. “No quartel vocês não podem entrar, os soldados vão vos espancar”, gritaram alguns jovens.


Sexta, 08 Novembro 2013 00:00 André Manhice

Em causa está o pagamento de pensões e outras remuneracões

Centenas de antigos agentes dos Serviços de Informação e Segurança de Estado (SISE) amotinaram-se defronte da Presidência da República para exigir resposta dos seus problemas ao Chefe de Estado.

Os mesmos agentes defendiam, há tempos, o Estado, mas ontem os mesmos tentaram invadir a Presidência da República. Em causa, o não cumprimento de um decreto que aprova as suas pensões e outros benefícios sociais depois de retirados da “secreta”.

“Estamos a exigir os nossos direitos, que não estão a ser cumpridos. Foi aprovado um decreto sobre as pensões e outros benefícios, mas não estamos a ver o tal dinheiro. Fomos para vários sítios, falámos com vários dirigentes, mas não resolveram. por isso, decidimos falar com o presidente da República”, explicou Adolfo Beira, representante dos manifestantes
Autárquicas 2013: espancado membro do MDM em Quelimane
Um membro do MDM que responde pelo nome de Ossifo Álvaro, foi espancado com gravidade por um grupo de militantes da Frelimo, na tarde desta Quarta-Feira (07), tendo de seguida sido detido na 2ª esquadra da PRM da cidade de Quelimane.
Em sinal de solidariedade, os membros do MDM amotinaram-se na esquadra exigindo a soltura do seu colega, isto ocorreu em plena campanha eleitoral quando a vítima circula duma motorizada onde empunhava uma bandeira do partido do Galo.
Para além do espancamento, o mesmo lhe retirado a motorizada com que se fazia transportar e a bandeira foi vandalizada.
Devido a onda de protestos junto da 2ª esquadra, foi mobilizado um contingente policial, devidamente armados, que tentaram escorraçar a população com recurso ao uso de gaz lacrimogéneo.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013



  
Quinta, 07 Novembro 2013 14:15
SocButtons v1.4Um grupo numeroso que integra os cerca de dois mil ex-agentes do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), que desde a sua desvinculação está entregue à sua sorte, aglomerou-se nesta quinta-feira (07) em frente da Presidência da República para exigir a observância de uma série de benefícios a que tem direito. Para o efeito, o grupo pretendia falar directamente com o Chefe do Estado, Armando Guebuza, porém, foram barrados por homens da Casa Militar, os quais solicitaram a ajuda da Polícia da Protecção.
Durante muito tempo, os ex-agentes do SISE, entre homens e mulheres, exigiam o cumprimento dos seus direitos previstos no Decreto 80/2009 de 17 de Novembro em silêncio. Entretanto, a partir da altura em que se aperceberam de que as suas inquietações eram tratadas de forma leviana e dadas soluções paliativas, sair à rua recorrendo aos mesmos métodos usado pelos desmobilizados de guerra, que há décadas reivindicam pensões dignas mas não têm tido sucesso. Refira-se igualmente que os compatriotas que trabalharam na ex-República Democrática Alemã, vulgo madjermanes, até hoje lutam para que o Governo atenda às suas reivindicações.
Para além de uma pensão que varia de 11 a 16 mil meticais para cada pessoa, em função da sua categoria, os ex-agentes do SISE pretende que o Executivo de Guebuza cumpra escrupulosamente o que está previsto no Decreto 80/2009 de 17 de Novembro, que regula os direitos e deveres dos oficiais, especialistas, superiores e subalternos do SISE em situação de reserva e reforma.
O porta-voz do grupo, Adolfo Beira, disse que, actualmente, os ex-agentes do SISE desvinculados recebem uma pensão mensal igual ou inferior a mil meticais, o que é contra o estabelecido no documento a que nos referimos anteriormente. Os ministérios dos Combatentes e das Finanças não querem cumprir o que a lei determina a favor do grupo que durante longos anos garantiu a segurança dos governantes deste país e da própria nação.
O decreto em alusão determina, por exemplo, que oficiais na reserva e reforma devem gozar dos seguintes direitos e regalias: ser tratado pela categoria profissional e ter acesso aos serviços sociais reconhecidos aos oficiais no activo. Eles têm ainda o direito à assistência médica e medicamentosa atribuída aos funcionários do Estado.
E mais, na passagem à reserva ou reforma, os oficiais têm direito a um subsídio de reintegração nos seguintes termos: cinquenta por cento do salário base equivalente em trinta e seis meses para oficiais especialistas, cinquenta por cento do salário base equivalente em dezoito meses para oficiais superiores, cinquenta por cento do salário base equivalente em doze meses para oficiais subalternos. Os direitos em alusão só são perdidos quando os ex-agentes forem condenados a pena de prisão maior ou por procedimento disciplinar.

Transportadores interprovinciais ameaçam cortar circulação pelo país

Quinta, 07 Novembro 2013 00:00 Redacção

Tensão político-militar

A crise político-militar que se vive na região centro do país pode obrigar os transportadores interprovinciais, que fazem a ligação sul e norte, a paralisarem a actividade. Em causa estão os sistemáticos ataques que as suas viaturas sofrem no meio de viagem, somando prejuízos enormes, desde vítimas humanas até danos materiais.

Ontem, a Federação Moçambicana dos Transportes Rodoviários, Fematro, esteve reunida em Maputo com os seus associados para, dentre outros assuntos, analisar a hipótese de paralisação da actividade que está a ser suscitada por alguns transportadores membros da agremiação.

Ainda não se trata de um dado adquirido, mas, a qualquer momento, a medida pode ser tomada a avaliar pela evolução da situação na região centro.

O presidente da Associação Moçambicana dos Transportadores Interprovinciais e Internacionais, Amotrans, Vasco Flor Matavele, diz que os seus colegas estão indignados e avançam com a ideia da paralisação da actividade.

“Todos os dias, a coluna sofre.  Por isso, os transportadores estão com um plano de interromper a actividade tendo em conta que, diariamente, surge um ou mais ataques. São vidas humanas que estão a ser ceifadas, para além de outros danos materiais. Portanto, há uma necessidade de se tomar em conta este problema e restaurar-se o clima de paz”, explica o transportador que, depois, avança como solução dois pontos: primeiro, reforçar-se a escolta que acompanha os carros na travessia da ponte sobre o rio Save; e, segundo, a solução imediata da crise político-militar. “É que a coluna é muito fraca e não está a ajudar em nada a travessia dos transportadores naquele troço”, desabafa.