"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Novo confronto entre forças governamentais e homens armados da Renamo no centro de Moçambique

 

 
   
Um número não especificado de soldados das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e agentes das Forças de Intervenção Rápida (FIR) terão perdido a vida na madrugada desta quinta-feira (22) em consequência de mais um confronto armado com os homens da Renamo, na região de Mangomonhe, no distrito de Chibabava, na província central de Sofala.
Há informações, não confirmadas, da morte de alguns cidadãos de nacionalidade zimbabweana que supostamente estariam a reforçar as forcas do governo moçambicano.
Até este momento as informações são escassas mas conseguimos apurar que as forças governamentais estacionadas naquela região terão sido atacadas por homens armados da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo) quando se encontravam a fazer patrulhas no perímetro que consideram de segurança do seu líder que está "aquartelado" em Santundjira, desde os finais de 2012.
Segundo as nossas fontes, após o confronto os soldados das FADM e da FIR, em número que não conseguimos apurar, deslocaram-se para a cidade da Beira onde terão solicitado reforços. Não temos informação de ter havido qualquer contra-ataque.
Entretanto uma fonte policial no posto administrativo de Muxúngue, que prefere manter-se em anonimato, confirmou a nossa reportagem a ocorrência do confronto mas recusou-se a confirmar a existência de baixas entre as forças governamentais.
Este é o terceiro ataque, de conhecimento público, entre forças governamentais a homens armados da Renamo que desde o passado dia 20 de Junho do corrente ano se posicionaram mais próximos na Estrada Nacional nº1, a única via terrestre que conecta o Sul ao Centro e Norte de Moçambique, alegadamente alargando o perímetro da segurança do líder do partido, Afonso Dhlakama.
O tráfego rodoviário continua condicionado a escolta militar no troço da EN1 entre o rio Save e Muxúnguè.
Município da Beira atribuiu ambulâncias a todos os centros de saúde
 
                          
   
Os 13 centros de saúde existentes na cidade da Beira têm uma ambulância, servindo cada centro de saúde e ambulância a dois bairros, uma vez que aquela cidade conta com 26 bairros.
A oferta foi feita nos últimos anos pelo Conselho Municipal da Beira e visa melhorar o acesso aos cuidados de saúde primários.
Dado inovador da edilidade é o facto de as ambulâncias serem conduzidas maioritariamente por mulheres, as quais também conduzem camiões de recolha de lixo.
Sande Carmona, chefe das oficinas no CMB, explicou que “a mulher é caracteristicamente cuidadosa, desde a casa. Então, optamos por elas porque julgamos que cuidariam melhor das viaturas, o que está a acontecer, aliado ao facto de tentarmos criar um equilíbrio de género”.
Questionado se não tem havido acidentes, Carmona disse que “quem vai à estrada está sujeito a acidentes, portanto, temos registado alguns casos, mas não são de grande relevo”.
As ambulâncias, à semelhança dos camiões de recolha de lixo e outras viaturas do CMB, são abastecidas e reparadas na oficina da edilidade, localizada na Munhava.
Centenas de camponeses erguem enxadas e catanas contra chineses
                              
      
  
Conflito de terra já atinge o Baixo Limpopo
       • Na quarta-feira, a governo provincial enviou um contingente policial para dispersar os camponeses que impediam que os chineses trabalhassem.
      • As comunidades acusam o governo de ser “arrogante e mau”, porque “não escuta as comunidades, limita-se a dar ordens e sempre em detrimento dos interesses das comunidades”.
• O governo revela-se “partidário dos interesses dos chineses”, em prejuízo das comunidades.
Mais de 400 camponeses do Baixo Limpopo, nomeadamente das comunidades de Marien Ngoua­bi, Ndlangane e Chibonhanine, estas duas últimas trabalhavam na área de Chibonhanine, dis­trito de Xai-Xai, província de Gaza, revoltaram-se e ergueram enxadas e catanas contra a ac­ção chinesa de usurpação de terra. A ocorrência deu-se no passado 16 de Agosto corrente, na região de Matijelene.
De acordo com a informação do Fórum das Organizações Não Governamentais de Gaza (FONGA), os camponeses cul­pam o governo de não auscul­tar as comunidades, antes do concessionar a terra a investi­dores chineses. “Os chineses estão a devastar extensas áre­as, colocando a população fora do perímetro de irrigação sem qualquer satisfação”, revela a denúncia do FONGA, acres­centando que “à medida que a ocupação dos chineses vai se es­tendendo, instala-se o descon­forto entre os populares, que ameaçam semear nas áreas já lavradas pelos chineses”.
No passado dia 17 de Agosto, uma equipa do FONGA deslo­cou-se ao local do incidente, onde dialogou com algumas pessoas da comunidade, que confirmaram o facto. As mes­mas disseram que “neste mo­mento não têm onde fazer agri­cultura, apascentar seu gado, portanto, a sua sobrevivência está ameaçada.”
Os camponeses garantem que vão impedir a continuação da expansão dos interesses dos chi­neses, sendo que para o dia 19 do mês em curso haviam com­binado semear nas áreas lavra­das pelos chineses. Entretanto, tal não aconteceu porque foram informados que não o deviam fazer antes da resposta de que estavam à espera por parte das autoridades governamentais.
SACUDIDOS PELA POLÍCIA
Segundo Boavida Madonda, líder comunitário local e um dos afectados, os camponeses não foram semear no dia 19. Só que uma equipa de trabalhado­res chineses iniciou, no mesmo dia, a lavragem de uma outra zona dos camponeses. “Impe­dimos o tractorista de lavrar e informámo-lo que não o devia fazer antes que haja uma res­posta do governo em relação às preocupações que uma equipa nossa foi apresentar”, disse Ma­donda.
Para o espanto dos campo­neses, no passado dia 21 de Agosto, o governo provincial de Gaza enviou um contingente do polícia para dispersar os campo­neses, que impediam os chine­ses de lavrar a terra. “A polícia chegou, dispersou as pessoas e ordenou que os tractores dos chineses continuassem a traba­lhar”, lamentou Madonda, asse­gurando que neste momento os chineses estão a trabalhar.
“Nós apenas estamos a assis­tir à devastação das nossas ma­chambas e no nosso pasto. Mais do que a nossa sobrevivência, o problema é a sobrevivência do nosso gado. Agora, estão já a la­vrar os nossos campos de pasta­gem de gado”.