17/04/2020
Carlos Carneiro “julgado” à revelia
A reunião do último Sábado, orientada pela Secretária do Estado da Zambézia (SdE), que teve como participantes, administradores distritais e alguns quadros, foi bastante interessante.
O Diário da Zambézia sabe que, a mesma tinha como agenda, fazer análise do cumprimento do Decreto sobre Estado de Emergência e também analisar algumas informações. Orientada pela SdE, Judite Mussácula, a reunião teve como cume, a exibição do áudio do Comício popular orientado pelo Administrador do Distrito da Maganja da Costa, Carlos Carneiro.
O áudio que o DZ tem em sua posse, Carneiro avançava que o seu distrito havia registado 15 casos de Coronavírus e detalhava onde os pacientes se encontravam.
Foi como uma bomba atómica, quando o áudio foi passado pela Rádio Comunitária Local que fez um exercício que se exige na profissão (ouvir o Director Distrital de Saúde), mas que não se dignou em falar, sugerindo ao repórter daquela rádio que aguardasse melhor oportunidade.
O assunto movimentou uma equipa da Direção Provincial da Saúde na Zambézia, chefiada pelo Médico-Chefe Provincial, Óscar Hawade, que teve de ir explicar detalhadamente na Maganj da Costa sobre pacientes positivos e negativos.
Carneiro ausente da reunião e “julgado” à revelia
De fontes bem próximas, sabe o Diário da Zambézia que a convocação da referida reunião foi por redes sociais, neste caso concreto “whatsapp”, mas não no suposto número habitual. Desta vez, coube a Assessora da SdE comunicar aos administradores.
Uns atentos, outros nem tanto, eis que Carlos Carneiro que tinha que vir ser julgado por causa dos seus “milandos”, não se fez presente. O argumento, de acordo com nossas fontes é que, o administrador Carneiro explicou que teria visto a mensagem/ convocatória da reunião naquele mesmo sábado por ai às 10h00.
E, fazendo cálculo da distância entre Maganja a Quelimane (pior passando por Mocuba), o administrador sentiu que não ia à tempo de se juntar aos seus colegas. Ficou no seu distrito, enquanto aqui ia sendo “julgado” à revelia, como aqueles reclusos que são tidos como fugitivos, mas que os processos dão andamento na Justiça.
“Quando se tocou este assunto, houve muitos recados” - confidenciou-nos uma fonte, mas que evitou dizer, quem terá dado estes tais recados. Mais ainda, fora disto tudo, o nosso confidente explicou que a reunião delineou acções onde os administradores por exemplo, de ora em diante, vão se dedicar ao trabalho de sensibilizar a população no combate a esta pandemia enquanto o pessoal de Saúde, tido como especializado, vai cuidando das várias mensagens para junto das populações.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 17.04.2020
NOTA: Será que a Lei será aplicada ao Administrador Carneiro, por dar dar informações não confirmadas pelo Ministério da Saude? Até onde são fiáveis as informações oficiais?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
O Diário da Zambézia sabe que, a mesma tinha como agenda, fazer análise do cumprimento do Decreto sobre Estado de Emergência e também analisar algumas informações. Orientada pela SdE, Judite Mussácula, a reunião teve como cume, a exibição do áudio do Comício popular orientado pelo Administrador do Distrito da Maganja da Costa, Carlos Carneiro.
O áudio que o DZ tem em sua posse, Carneiro avançava que o seu distrito havia registado 15 casos de Coronavírus e detalhava onde os pacientes se encontravam.
Foi como uma bomba atómica, quando o áudio foi passado pela Rádio Comunitária Local que fez um exercício que se exige na profissão (ouvir o Director Distrital de Saúde), mas que não se dignou em falar, sugerindo ao repórter daquela rádio que aguardasse melhor oportunidade.
O assunto movimentou uma equipa da Direção Provincial da Saúde na Zambézia, chefiada pelo Médico-Chefe Provincial, Óscar Hawade, que teve de ir explicar detalhadamente na Maganj da Costa sobre pacientes positivos e negativos.
Carneiro ausente da reunião e “julgado” à revelia
De fontes bem próximas, sabe o Diário da Zambézia que a convocação da referida reunião foi por redes sociais, neste caso concreto “whatsapp”, mas não no suposto número habitual. Desta vez, coube a Assessora da SdE comunicar aos administradores.
Uns atentos, outros nem tanto, eis que Carlos Carneiro que tinha que vir ser julgado por causa dos seus “milandos”, não se fez presente. O argumento, de acordo com nossas fontes é que, o administrador Carneiro explicou que teria visto a mensagem/ convocatória da reunião naquele mesmo sábado por ai às 10h00.
E, fazendo cálculo da distância entre Maganja a Quelimane (pior passando por Mocuba), o administrador sentiu que não ia à tempo de se juntar aos seus colegas. Ficou no seu distrito, enquanto aqui ia sendo “julgado” à revelia, como aqueles reclusos que são tidos como fugitivos, mas que os processos dão andamento na Justiça.
“Quando se tocou este assunto, houve muitos recados” - confidenciou-nos uma fonte, mas que evitou dizer, quem terá dado estes tais recados. Mais ainda, fora disto tudo, o nosso confidente explicou que a reunião delineou acções onde os administradores por exemplo, de ora em diante, vão se dedicar ao trabalho de sensibilizar a população no combate a esta pandemia enquanto o pessoal de Saúde, tido como especializado, vai cuidando das várias mensagens para junto das populações.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 17.04.2020
NOTA: Será que a Lei será aplicada ao Administrador Carneiro, por dar dar informações não confirmadas pelo Ministério da Saude? Até onde são fiáveis as informações oficiais?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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