13/04/2020
O coronel na reserva, Lionel Dicky, também conhecido por ‘Duque’, está de regresso a Moçambique, atravez dos seus préstimos militares – Dicky Advisory Group (DAG).
Dicky serviu inicialmente a força aérea da Rodésia do Sul, ao serviço do regime de Ian Smith, com operações em território moçambicano. Com a independência do Zimbabwe, Dicky mereceu a confiança do regime Mugabe, sendo referência a forte ligação com Emmerson Mnangagwa, o actual presidente do país.
Durante a guerra civil, terá prometido a cabeça de Afonso Dhlakama ao presidente Samora Machel, numa operação que culminou com o assalto a Casa Banana, com Dhlakama a escapar na boleia de uma motorizada, vestido de mulher e deixando os óculos no terreno.
Desta feita, a DAG está em Cabo Delgado, num negócio que envolve o famigerado Eik Prince, de quem se afirma nos corredores como tendo feito a ligação com o ‘Duque’. Pelo meio, Yevgeny Viktorovich Prigozhin, empresário russo ligado ao presidente Vladmir Putin. Os mercenários que se encontram em Cabo Delgado terão sido recrutados por Erik Prince, mas com as custas a serem suportadas pelo magnata russo.
A empresa privada de segurança, DAG, vem substituir a russa Wagner que entre novembro e março corrente, esteve envolvida em algumas operações em Cabo Delgado, entretanto acabando por abandonar, por alegada inadaptação. Na terça-feira, o ET foi informado a partir de Cabo Delgado, da presença em Pemba de cinco helicópteros militares, ainda movimentação de oficiais militares e policiais, deixando antever resposta governamental aos assaltos perpetrados pelo grupo dos ‘Sem Rosto’ nas vilas sede de Mocímboa da Praia, Quissanga, Muidumbe e Quirimbas, entre outros lugares.
Não demorou e já na quarta-feira, o relato de bombardeamentos em bases inimigas, sem recurso a força terrestre, apenas helicópteros. Da África do Sul, a revelação de uma conversa entre os mercenários no campo de batalha, dando conta do abate de um helicóptero por parte dos ‘Sem Rosto’, entretanto propositadamente posto fogo sobre o aparelho, estratégia que visa evitar atribuir protagonismo ao inimigo.
Do diálogo captado entre os mercenários na boleia do helicóptero e os que se encontravam em terra, aqueles a assumirem superioridade militar aos ‘Sem Rosto’, com a proposta momentânea do recurso a profissionais.
Os combates sucederam-se em vários lugares suspeitos de os ‘Sem Rosto’ terem as suas bases, como é o caso da intensa disputada no arquipélago das Quirimbas. Na madrugada de ontem, domingo (12), relato do assalto dos ‘Sem Rosto’ à histórica Ilha do Ibo, depois de lá ter havido uma série de bombardeamentos aéreos.
Em Pemba, o assunto alimenta as tertúlias, com queixumes de que os bombardeamentos estariam a atingir populações indefesas, não aos terroristas. Porém, o sentimento quase unânime é que de os terroristas fazem das populações seu ‘escudo humano’, desse modo inviabilizando qualquer incursão militar governamental, em causa, os direitos humanos. Sentimento contraditório vem da África do Sul, para onde são reportadas as operações militares em Cabo Delgado. Neste particular, o desabafo segundo o qual, as armas de guerra não são para atingir civis, sim militares. A toda esta movimentação, o governo de Cyril Ramaphosa terá já tomada conhecimento.
Não foi possível contactar fonte autorizada sul-africana, mas parece certo de que não está descartada uma investigação que culmine com a instauração do processo crime, nos termos do Foreign Military Assistance Act (No. 15 of 1998).
Sábado, atravez de Orlando Mudumane, porta-voz principal do comando geral da polícia, quebrou o gelo para confirmar combates bélicos em Cabo Delgado, anotando, tendo a seu lado representante das forças armadas de Moçambique, luta em prol das comunidades e da soberania, por meio do comando conjunto.
Mudumane não se referiu aos helicopteros sul-africanos. A meio da semana, num estabelecimentos hoteleiros em Pemba, o comandante geral da polícia terá garantido a intenção das autoridades segurança das populações na província de Cabo Delgado.
EXPRESSO – 13.04.2020
Durante a guerra civil, terá prometido a cabeça de Afonso Dhlakama ao presidente Samora Machel, numa operação que culminou com o assalto a Casa Banana, com Dhlakama a escapar na boleia de uma motorizada, vestido de mulher e deixando os óculos no terreno.
Desta feita, a DAG está em Cabo Delgado, num negócio que envolve o famigerado Eik Prince, de quem se afirma nos corredores como tendo feito a ligação com o ‘Duque’. Pelo meio, Yevgeny Viktorovich Prigozhin, empresário russo ligado ao presidente Vladmir Putin. Os mercenários que se encontram em Cabo Delgado terão sido recrutados por Erik Prince, mas com as custas a serem suportadas pelo magnata russo.
A empresa privada de segurança, DAG, vem substituir a russa Wagner que entre novembro e março corrente, esteve envolvida em algumas operações em Cabo Delgado, entretanto acabando por abandonar, por alegada inadaptação. Na terça-feira, o ET foi informado a partir de Cabo Delgado, da presença em Pemba de cinco helicópteros militares, ainda movimentação de oficiais militares e policiais, deixando antever resposta governamental aos assaltos perpetrados pelo grupo dos ‘Sem Rosto’ nas vilas sede de Mocímboa da Praia, Quissanga, Muidumbe e Quirimbas, entre outros lugares.
Não demorou e já na quarta-feira, o relato de bombardeamentos em bases inimigas, sem recurso a força terrestre, apenas helicópteros. Da África do Sul, a revelação de uma conversa entre os mercenários no campo de batalha, dando conta do abate de um helicóptero por parte dos ‘Sem Rosto’, entretanto propositadamente posto fogo sobre o aparelho, estratégia que visa evitar atribuir protagonismo ao inimigo.
Do diálogo captado entre os mercenários na boleia do helicóptero e os que se encontravam em terra, aqueles a assumirem superioridade militar aos ‘Sem Rosto’, com a proposta momentânea do recurso a profissionais.
Os combates sucederam-se em vários lugares suspeitos de os ‘Sem Rosto’ terem as suas bases, como é o caso da intensa disputada no arquipélago das Quirimbas. Na madrugada de ontem, domingo (12), relato do assalto dos ‘Sem Rosto’ à histórica Ilha do Ibo, depois de lá ter havido uma série de bombardeamentos aéreos.
Em Pemba, o assunto alimenta as tertúlias, com queixumes de que os bombardeamentos estariam a atingir populações indefesas, não aos terroristas. Porém, o sentimento quase unânime é que de os terroristas fazem das populações seu ‘escudo humano’, desse modo inviabilizando qualquer incursão militar governamental, em causa, os direitos humanos. Sentimento contraditório vem da África do Sul, para onde são reportadas as operações militares em Cabo Delgado. Neste particular, o desabafo segundo o qual, as armas de guerra não são para atingir civis, sim militares. A toda esta movimentação, o governo de Cyril Ramaphosa terá já tomada conhecimento.
Não foi possível contactar fonte autorizada sul-africana, mas parece certo de que não está descartada uma investigação que culmine com a instauração do processo crime, nos termos do Foreign Military Assistance Act (No. 15 of 1998).
Sábado, atravez de Orlando Mudumane, porta-voz principal do comando geral da polícia, quebrou o gelo para confirmar combates bélicos em Cabo Delgado, anotando, tendo a seu lado representante das forças armadas de Moçambique, luta em prol das comunidades e da soberania, por meio do comando conjunto.
Mudumane não se referiu aos helicopteros sul-africanos. A meio da semana, num estabelecimentos hoteleiros em Pemba, o comandante geral da polícia terá garantido a intenção das autoridades segurança das populações na província de Cabo Delgado.
EXPRESSO – 13.04.2020
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