"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Da evitabilidade da guerra à propaganda barata

 


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Sobre o que está a acontecer, avisos não faltaram.
Multiplicámos, aqui neste espaço, apelos para que se tomasse uma outra postura para inverter a galopante cavalgada da intolerância e da banalização do outro. Avisámos, aqui neste mesmo espaço, que não se podia brincar ao “a ver vamos”, num país em que as feridas do ódio e dos abusos do passado não estavam devidamente saradas nem os machados da anterior confrontação devidamente enterrados.
Fomos ignorados, e hoje estamos aqui, com um país dividido e a alguns palmos para a violência generalizada e o seu oportunismo em anexo.
Mas vale a pena recordar ao estimado leitor que o país não foi arrastado até aqui onde está por mera obra do acaso. Ao investir-se em material de guerra, quando todos pediam tolerância e aproximação, era um prenúncio de que os senhores da guerra no Governo já tinham no horizonte todo este espectáculo de sangue.
Não é por acaso que o Governo vibra com esta ideia de escoltas militares para sair de Moçambique do Norte para Moçambique do Sul, e vice-versa, quando, em contramão, os automobilistas preferem andar sem os homens armados do Governo e enfrentarem, por si sós, os homens armados da Renamo. O que o Governo está a fazer é pura propaganda.
Quer demonstrar que está alegadamente do lado do povo, num exercício bastante inútil, quanto é sabido quem é que, de facto, anda, desde 2013, à procura de uma nova guerra.

E a parte mais triste desta propaganda governamental é supor-nos a todos como tolos. Esquece-se o Governo que todos nós vimos, só no ano passado, e em menos de um mês, três tentativas governamentais para assassinar Afonso Dhlakama, que incluem o cerco à sua residência, para recuperarem as armas que perderam naqueles actos criminais.
O Governo acredita mesmo que os blocos noticiosos e os “cafés da manhã” servidos pela Rádio Moçambique, pela Televisão de Moçambique e pelos seus jornais podem mesmo embrutecer todo um povo e levá-lo a apreciar os verdadeiros promotores da guerra como inocentes?
Acreditam mesmo que o G40 e os seus desdobramentos internacionais serão capazes de apagar a fraude eleitoral, os atentados de Zimpinga e de Gondola, os sequestros dos membros da oposição, a suspensão das actividades da Renamo em Maputo?
Na nossa óptica, é um exercício para lá do acéfalo investir na propaganda numa altura em que se requer responsabilidade para tirar o país do barril de pólvora. O que os moçambicanos querem é paz e não propaganda. As imagens de um homem com os braços atados e com sinais de espancamento exibidas há dias pela TVM como sendo guerrilheiro da Renamo sãoum tiro no próprio pé do Governo.
Primeiro, porque não é novidade que os serviços secretos têm estado a trabalhar nesta questão de propaganda de guerra. Depois de várias vezes o SISE ter apresentado os seus próprios elementos, incluindo presos que se encontram a cumprir penas, como sendo desertores da Renamo, o que nos garante que aquele homem não é um prisioneiro que foi tirado de uma cela qualquer, espancado, amarrado e com pauta indicativa de confissão?
Quem nos garante? Ninguém.
Se as mesmas forças armadas incendiaram casas da população em Tsangano e em Morrumbala, atacaram civis em Manica, e agora, mais recentemente, assaltaram, na semana passada, uma empresa, para espancar trabalhadores, tentaram assassinar um dirigente da oposição, que credibilidade têm agora para vir a público e apresentar um homem torturado como malfeitor?
É que, em matéria de malfeitores, parece-nos que, para o público, já não há qualquer tipo de dúvidas.
Não é a TVM e o SISE que nos vão dar termos de referência sobre bandidos.
Os bandidos desta guerra são conhecidos. Vimo-los quando tentaram recuperar as armas que perderam no assalto à residência do presidente do maior partido da oposição.
Nesta matéria de bandidos desta guerra, estamos conversados.
Apenas insistimos que esta guerra é desnecessária, e alimentá-la, como se está a fazer, pode trazer efeitos desastrosos, como no passado.
Insistir no argumento constitucional parece-nos desculpa de mau pagador, porque o que se exige, pelo menos a nível de espírito, é a descentralização, que, de resto, é progressista e é tudo o que “as províncias” desejam: estar libertas de Maputo, pois acreditam que nesses locais há gente com capacidade de raciocinar e de criar soluções para os seus problemas.
As assimetrias começam ali: quando as pessoas das províncias são vistas como incapacitadas e, por isso, devem esperar pelos iluminados de Maputo. O mais curioso é que os que insistem na parafernália constitucional são os mesmos que, no processo das eleições, executaram o estupro da Constituição. (Canal de Moçambique)
CANALMOZ – 29.02.2016

FALHOU A OPERAÇÃO PARA ASSALTAR A SERRA DA GORONGOSA

29/02/2016
Fracassou a grande ofensiva das forcas conjuntas FADM, FIR/GOE, etc, para o assalto a Serra da Gorongosa .Segundo fontes dentro das forças armadas, esta ofensiva começaria hoje segunda-feira, 29/2/2016. A ofensiva visava destruir todas bases militares da forcas da Renamo a volta da Serra e culminaria com o assalto final a residência do líder da Renamo e da base central de Maringué.
Segundo ainda as nossas fontes, houve uma grande concentração de tropas e armamento pesado na Vila da Gorongosa desde a semana passada para uma ofensiva de grande escala contra os redutos dos homens verdes da Renamo e o seu comandante-em-chefe Afonso Dhlakama.
No dia 27/2/2016, as forcas armadas da Frelimo avançaram para o posicionar as tropas nas proximidades das bases da Renamo e conseguiram penetrar alguns quilómetros no interior do perímetro das defesas das perdizes sem enfrentar nenhum combate longe de imaginar que estavam a entrar numa armadilha das experientes e espertas perdizes que de seguida bloquearam as saídas deixando encurralados os atacantes e o que seguiu foi um desastre de proporções épicas. Embora o Unay Cambuma tenha apenas relatado a escaramuça de Tazaronga, aconteceram também outros choques na zona de Nhaulanga e Colomazi. Cerca de 100 mortos, varias dezenas de feridos e grandes debandadas e consequentes deserções em massa. Até este momento há cadáveres que estão espalhados nas machambas e matas. Houve também grande perda material entre vários "sacudús", armas (bazucas, morteiros, metralhadoras, ak47), coletes a prova de balas, capacetes. rádios de comunicação portáteis, etc.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

FORÇAS ARMADAS DA FRELIMO SOFREM TREMENDAS BAIXAS EM GORONGOSA

 


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O primeiro grupo de comandos das FDS com objetivo de escalar a Serra partiu na tarde do dia 26/2/2016 em direção a Satungira e por temer emboscadas os 150 homens dividiram se em 2 grupos e caminharam a pé em prontidão combativa escoltados por 2 dois blindados. Depois de percorrer uns 15 km, o grupo fez uma pausa em Tazaronga, pois, os militares traziam pesados "sacudús" e estavam naturalmente cansados. Depois de refeitos os militares, comandados pelo chefe das operações da brigada de Tete, decidiram continuar viagem mas o grupo que estava mais a frente foi interceptado em Palapala, a escassos km de Tazaronga por volta das 23 horas e o desastre foi de grandes proporções. Os militares entraram imediatamente em pânico e vários ficaram perdidos nas matas abandonando no terreno todos os pesados "sacúdus" e as armas, para gaudio das perdizes. 35 militares morreram e 16 ficaram gravemente feridos e 10 ligeiros. Alguns cadáveres ainda jazem nas matas. Ainda não se sabe o paradeiro do chefe das operações que foi "vendido" pelo seu comandante o coronel Oliva que teve medo de entrar na zona de combates.

Quando o segundo grupo se apercebe do desastre dos colegas à frente decidiu usar uma via alternativa, tendo logrado alcançar Vanduzi nas antigas machessas de Afonso Dhlakama. Dos 150 que faziam parte dos dois grupos só 60 é que chegaram a Satungira mas "tremerosos" porque parece que não sabiam com quem estavam a se meter.
CONTINUA O MARTIRIO EM NHAMAPAZA-CAIA
Ontem dia 27/2/2016 a escolta da coluna voltou a estar sob fogo cerrado pelas 6 horas entre Fuza e Damba, algures no território do distrito de Maringué. O blindado de escolta tentou corajosamente ripostar ao fogo e acabou sendo muito alvejado ao ponto de fumegar. Houve morte e ferimento de muitos militares embora não tenhamos os números mas foram vistas algumas viaturas transportando feridos aos gritos agonizantes e cadáveres. Aliás, em todas as emboscadas sempre morrem e ficam muitos militares embora as "autoridades" façam de tudo para esconder a verdade mesmo que seja necessário enterrar os seus bravos servidores em valas comuns.
UNAY CAMBUMA

sábado, 27 de fevereiro de 2016

@Verdade EDITORIAL: Que bela peça de teatro!


Editorial
Escrito por Redação  em 26 Fevereiro 2016
Dissemos, neste mesmo espaço, vezes sem conta, que os acontecimentos dos últimos dias, que têm vindo a ceifar vidas humanas e destruir bens, eram motivos mais do que suficientes para o Chefe de Estado, Filipe Jacinto Nyusi, pôr a mão na consciência. Mas parece-nos que o senhor Nyusi, telecomandado por uma horda de esquizofrénicos, está motivado a empurrar este país para o abismo, à semelhança do seu antecessor.
A título de exemplo, a reunião do Conselho Nacional de Defesa e Segurança, convocada e dirigida pelo Presidente da República esta semana, pareceu, à primeira vista, uma acção sensata de se louvar. Até porque se deliberou a criação de condições para um encontro com o líder da Renamo, com vista a pôr termo aos ataques e consolidar definitivamente o ambiente de paz e de estabilidade. É sabido que todos os moçambicanos, sobretudo aqueles que, neste momento, sentem na pele os efeitos dessa guerra não declarada, desejam a paz para voltarem a desenvolver as suas actividades e contribuirem para o crescimento do país.
Porém, ficou claro que as intenções do Governo de turno em reunir com a Renamo não passa de uma peça de teatro mal encenada por profissionais de muito mau gosto para os jornalistas anotarem, reportarem e distrairem os moçambicanos dos reais problemas que enfermam o país. A prova disso é que, na mesma semana, a Comissão Política, por sinal dirigida pelo Chefe de Estado, veio afirmar situações diferentes do que foi deliberado na reunião do Conselho Nacional de Defesa e Segurança, dando a entender que existem dois poderes de decisão dentro do partido.
No seu comunicado, a Comissão Política acusa a Renamo e o seu lider, Afonso Dlhakama, de ameaçarem e matarem os cidadãos, através dos seus homens armados, criando instabilidade e insegurança no seio da nossa sociedade. Após a reunião do Conselho Nacional de Defesa e Segurança, esperava-se uma postura mais séria e íntegra da parte do partido Frelimo, e não uma tentativa de atiçar o conflito. Na verdade, as acusações levantadas pela Comissão Política revelam que não há vontade de se colocar um ponto final a este conflito armando que tem vindo a tirar o sossego dos moçambicanos.
Portanto, infelizmente, o povo moçambicano continuará a ser usado como besta de carga para legitimar os interesses inconfessáveis dos promotores dessa guerra. Tudo indica que o conflito armado que o país atravessa não é preocupação para o Governo de turno, até porque, dentro do partido Frelimo, prevalece ainda o objectivo de satisfazer os interesses pessoais e partidários em detrimento dos legítimos interesse da maioria.

MAIS DE 1000 MILITARES DAS FDS EM PRONTIDÃO PARA "ASSALTO FINAL" À SERRA DE GORONGOSA

 


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+ Continua o desastre das FDS nas colunas
+ FDS desbaratas em Caia e há um end game virtual
O "governo" da Frelimo fala de diálogo ao mesmo tempo que mobiliza centenas de homens e material para "assalto final" a Satungira, o lendário quartel general da Renamo. Ontem foram despachados para aquele distrito 5 autocarros de passageiros com mais de 500 homens que vão se juntar a outros tantos que já se encontram posicionados a volta daquela serra. Grande parte dos militares são tropas especiais eventualmente estrangeiros e estão equipados com coletes a prova de balas e rádios portáteis. Há também um grupo de snipers. Existem também alguns blindados. A grande operação será comandada pelo coronel Chicalango.
MASSACRE DE MANCEBOS
Ontem foi um dia particularmente sangrento nas estradas. Em Muxungue a escolta da coluna foi atacada e esta ficou dividida em dois, uma avançou e outra ficou paralisada por muito tempo sobretudo porque haviam alguns machimbombos com militares à paisana tendo um deles sido severamente metralhado e houve um massacre de militares (que iam em direcção a Gorongosa).

No troco Nhamapaza-Caia também jorrou muito sangue ontem quando 3 machimbombos cheio de tropas foram varridos por uma chuva torrencial de balas na zona de 3 de fevereiro algures entre Nhamapaza e cruzamento de Inhaminga. Um dos autocarros ficou totalmente crivado de balas e ficou imobilizado e houve um terrível banho sangue. A morgue de Caia ficou pequena para acolher tantos cadáveres e outros foram transladados por hospitais próximos assim como os feridos.
Os 3 autocarros iam "defender" a ponte Zambeze.
FDS DESTROCADAS EM CAIA
Os rumores que davam conta do ataque das perdizes a ponte Zambeze afinal não eram totalmente um boato. As forcas da Renamo realmente efecturam naquelas bandas algumas operações "preventivas". A primeira foi do lado de Chimuara, distrito de Mopeia, Zambézia, em que perdizes atacaram e assaltaram uma posição das FDS que dista a poucos quilômetros da ponte. Houve mortes e debandadas e criou grande alvoroço as populações circunvizinhas. O pessoal em serviço nas portagens também entrou em pânico e fugiu naquela noite. Algumas fontes dizem que as FDS agora estão acampadas numa escola próxima a ponte mas vivem "tremidos" e dizem que à noite preferem dormir em partes incertas.
Já na madrugada do dia 25/2/2016, os guardas da Renamo decidiram também desalojar a guarnição das FDS situadas do lado de Sofala (Caia). Os cerca de 70 homens que estavam na posição da zona conhecida por primeiro de Maio foi totalmente desbaratada e muitos ficaram no terreno. Houve apreensão de armas e munições e até o dia de hoje a posição encontra-se abandonada. Pode-se aqui falar de end game virtual porque não é possível chegarem reforços porque as vias estão interditadas.
Há deserções em massa em Caua e os militares tem preferido deixar o fardamento e armas na lagoa do complexo do Vovo.
Também houve uma escaramuça em Nhanjera, algures em Nhamatanda em que um pelotão tentou fazer uma incursão contra uma posição das perdizes naquele local e foram repelidos com sérias baixas e a inevitável debandada.
UNAY CAMBUMA
In https://www.facebook.com/unai.kambumamatsangaisse/posts/223305251351615

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Renamo continua a exigir governação em seis províncias para iniciar diálogo

 


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Renamo_logoA Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, reiterou hoje que só aceitará dialogar com o Governo para o fim da crise político-militar no país se governar nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.
"A Renamo [Resistência Nacional Moçambicana] está disponível para dialogar com a Frelimo [partido no poder], mas exige, em primeiro lugar, a governação das seis províncias onde ganhou as eleições, por conseguinte, todo o diálogo a ser feito no futuro deverá acontecer quando a Renamo estiver a governar efectivamente naquelas províncias", diz um comunicado de imprensa da maior força de oposição, distribuído hoje à imprensa.
A posição da Renamo surge em resposta ao Conselho Nacional de Defesa de Moçambique, que, na Quarta-feira, manifestou o seu apoio aos apelos do chefe de Estado, Filipe Nyusi, para o diálogo com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Na nota que divulgou hoje, o partido de Afonso Dhlakama reitera ainda que apenas aceitará negociar com o Governo da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), com "uma mediação séria".
"Para a Renamo, um diálogo verdadeiro e sério só é possível se a Frelimo aceitar uma mediação séria, posição já manifestada publicamente", diz o movimento, numa alusão ao seu pedido às autoridades moçambicanas para que um eventual reatamento do diálogo seja mediado pelo Presidente sul-africano, Jacob Zuma, e pela Igreja Católica.
Hoje, falando numa cerimónia de graduação de quadros superiores da polícia moçambicana, o Presidente da República, Filipe Nyusi, reiterou a sua disponibilidade para dialogar "sem pré-condições" com o maior partido de oposição, apelando "a todos amigos de Moçambique" para não encorajarem o uso de armas. "Reiteramos a nossa abertura para o diálogo sem pré-condições", disse o chefe de Estado moçambicano.
Lusa – 26.02.2016

União Europeia procura “lavar roupa que sujou”

 

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Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Agora em Moçambique para falar com o Governo, com a Renamo e o com o MDM a União Europeia vem “lavar roupa que contribuiu para sujar”.
O reconhecimento precoce e injustificado de resultados eleitorais ou uma posição de aceitação sistemática de mediocridade técnico-eleitoral assim como de todo o emaranhado judicial lesivo da democratização de Moçambique têm sido recorrentes por parte da União Europeia.
De “campeões da democracia” de facto se espera muito mais. Um tratamento paternalista que acaba vendendo uma democracia de segunda classe para Moçambique e outros países africanos está-se mostrando um instrumento de desestabilização e de promoção de violência política. Dizem que vêm observar eleições e que a sua presença dará credibilidade aos processos eleitorais, mas acabam por defraudar as expectativas, pois os seus relatórios não espelham a verdade. As suas declarações condicionam a vida política e lesam a vontade popular expressa pelos votos. Aconselham a que os opositores se calem e não reclamem, ao mesmo tempo que financiam o Orçamento Geral do Estado. Esta estabilidade comprada com fundos silencia a oposição e fortifica um regime habituado a falsificar resultados eleitorais.
Nesse sentido, a UE tem sido um parceiro externo parcial e nocivo para as aspirações de democracia que os moçambicanos querem e merecem.
De ex-colonizadores que conhecem a História de África e de países pretensamente democráticos, tem-se visto que se aliam a déspotas e até financiam regimes ditatoriais desde que seja do interesse daquilo que denominam os seus “interesses estratégicos”. Claro que quem determina e atribui categoria aos diversos interesses em jogo
No lugar de equidistância e pressão para que a separação dos poderes democráticos se consolide, trazem paliativos e declarações cosméticas entorpecentes.
Existe grande dependência de Moçambique em relação ao financiamento externo do seu OGE, e os europeus sabem de fonte limpa que um regime como o de Maputo está pronto a recorrer a outras fontes para funcionar e sobretudo para se manter no poder. O “amigo chinês” está atento e com dinheiro fresco para distribuir a quem tenha o que precisa. E Moçambique tem o que os chineses, indianos, americanos, brasileiros querem.

Portugal e União Europeia perderam ao longo dos anos a sua posição de principal financiador de Moçambique.
Moçambique não precisa de ingerência paternalista nos seus assuntos internos e muito menos de algo que afecte a sua soberania. Mas é facto de que algo deve ser feito para que a cooperação internacional cresça e consubstancie as proclamações frequentes de democracia apregoada.
A representante da EU em visita a Maputo traz alguma novidade? Vai ajudar as partes a engajarem-se de forma frutuosa num diálogo pacificador?
Alguém tem de travar a beligerância de forma efectiva, e isso requer algum sentido prático, musculatura e peso na arena internacional.
Os esforços internacionais estão sendo descoordenados, e isso parece do interesse dos que poderiam influenciar.
Existe razão para acreditar que cada passo é dado tendo em conta interesses particulares específicos. Ninguém quer prejudicar aquilo que é percebido como parte da agenda nacional por causa de um país periférico sem expressão no concerto das nações. Moçambique não está no Médio-Oriente, e o que aqui aconteça não vai alterar a balança do poder no mundo.
E como se pode depreender da postura e posicionamento dos políticos moçambicanos, teremos mais sessões ditas de diplomacia, que se resumirão em “conversa fiada”, sem consequências “por aí além”.
É momento de ver aplicados todos os instrumentos de pressão nas mãos das potências internacionais e de orgãos como a ONU.
A União Africana está perdendo relevância e estranhamente não consegue agir atempadamente em nenhuma das zonas de conflito no continente. Emite declarações posteriormente à eclosão da violência.
Marchas das igrejas e sociedade pela paz são manifestamente insuficientes e até patéticas, em alguns casos, quando se pode verificar que são encomendadas e patrocinadas pelos detentores do poder.
Os que se batem pela paz através de palavras são bem-vindos, mas deveriam estar na linha da frente contra a fraude organizada que recebeu vista grossa de observadores eleitorais africanos e europeus. (Noé Nhantumbo)
CANALMOZ – 26.02.2016

Os inimigos da paz são aqueles cujos interesses acabam por ser favorecidos pela guerra

 


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Diz D. Cláudio Dalla Zuanna
Sobre a actual situação política que o país atravessa, o arcebispo da Beira, D. Cláudio Dalla Zuanna, na passada quarta-feira, em Maputo, disse que “toda a divisão, toda a intolerância, toda a arrogância, todo o abuso e toda a agressão devem ser vistas como sendo contrárias à vontade de Deus”.
Segundo D. Cláudio Dalla Zuanna, estes males apenas podem ser enfrentados com a verdade, com uma informação pública não manipulada, com a transparência no uso dos bens públicos e com processos eleitorais fiáveis.
O arcebispo da Beira falava sobre o papel das Igrejas face à actual situação política, durante uma reflexão dos partidos políticos sobre a crise político-militar em Moçambique, organizada pelo Instituto Holandês para a Democracia Multipartidária.
D. Cláudio Dalla Zuanna afirmou que a Constituição, o sistema político e as suas leis, tal como o próprio ser humano e a comunidade social, estão sempre em construção.
O arcebispo da Beira disse que, num Estado Democrático, a justiça é uma arma defensiva imprescindível para a coesão social. Acrescentou que a inclusão social, vivida no acesso à instrução e à saúde, a equitativa distribuição de benefícios provenientes dos recursos do país, são obras de justiça e defesa contra as frustrações que fomentam a tensão social.

“Pelo contrário, a riqueza acumulada nas mãos de poucos, face à esmagadora maioria a viver na pobreza, o uso de resultados eleitorais e pertença partidária como forma de exclusão mais do que de assunção de responsabilidade, a defesa de interesses particulares à custa do bem são caldo de cultivo de desintegração social e de conflitos”, alertou D. Cláudio Dalla Zuanna.
Afirmou que a boa nova que os moçambicanos esperam ansiosamente como um anúncio urgente, que exige prontidão, honestidade, senso cívico, amor ao povo, é viver em paz.
“Pôr as pessoas a reflectir, a partilhar e a procurar acções de paz é como calçar os pés, para poder dar a boa notícia da paz”, disse.
Sobre o papel das igrejas, D. Cláudio Zuanna afirmou que é de incentivar, para que as pessoas, a começar pelos fiéis e instituições, se revistam de verdade, de justiça e de paz.
“Pessoas, organizações, partidos e Governos, sem estes meios, não podem ter oportunidade alguma de vencer os inimigos da paz. E a paz em Moçambique tem os seus inimigos: aqueles, cujos interesses acabam por ser favorecidos pela guerra”, disse D. Cláudio Zuanna.
Possíveis soluções
O arcebispo da Beira afirmou que, como contribuição “para abafar a poeira” propõe-se o calar das armas que “temos nas mãos”, parar com a aquisição de novas armas, não militarizar o país espalhando armamento e homens armados pelos quatro cantos.
Também propõe que sejam enfrentados sem reservas nem tabus os assuntos contingentes que estão na base da tensão político-militar que o país vive, que os dirigentes se convençam e convençam os seus de que não existe alternativa ao diálogo e que a guerra não reforça a capacidade negocial, a abertura ao diálogo de outros intervenientes no cenário político. Propõe que se encontre formas de promover a contribuição de todas as forças vivas do país para uma boa governação e que haja disposição para reformas consensuais do sistema político e do Estado.
“Se a convivência social não se pautar pela verdade e pela justiça, é improvável que as armas se calem ou que não retomem a voz”, disse.
O arcebispo da Beira declarou que é necessária transparência na gestão da coisa pública, particularmente nos concursos públicos, instalação de comissões parlamentares de inquérito e políticas de inclusão atentas às necessidades fundamentais.
“Na luta pela paz, não há garantias de sucesso. Exige coragem, determinação, persistência, se tivermos a coragem de nos revestirmos de verdade, de justiça e de vontade honesta de paz”, conclui D. Cláudio Zuanna. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 26.02.2016

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

FDS DERROTADAS EM MARINGUÉ

 


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* Escoltas militares criam caos rodoviário
As Forças da Frelimo tentaram a meio da manha hoje, 24/1/2016 atacar a posição da Renamo em Thebe, algures em Maringué. O pelotão adentrou ate as proximidades do local e fizeram um bombardeio mas logo de imediato foram varridos por fogo devastador de anti area "samanguana" e os poucos sobreviventes foram perseguidos na debandada que seguiu. Houve abandono de cadáveres e perda de armas. Mais tarde os seus colegas na base de Fuza tentaram encetar alguma retaliação mas por medo não foram muito alem e criaram alvoroço às populações das redondezas e queimaram casas incluindo de um responsável local do partido Renamo.
ESCOLTA IMPOSSÍVEL
A "ditadura militar" das FDS nas estradas esta a criar grandessíssimos transtornos aos automobilistas para alem de por em risco as suas vidas.
Ontem no Nhamapaza-Caia, a escolta da coluna foi duas vezes atacada e um blindado ficou danificado. Depois da segunda emboscada na zona de Zangue, os automobilistas, que também são obrigados a pagar "taxa de escolta" de 300 meticais, protestaram com veemência sobre o desnecessário risco a que estão expostos já que ficou claro que a Renamo concentrava o fogo contra as viaturas militares. Aborrecidos, os militares retorquiram: "Nos estamos a morrer para defender vos e ainda reclamam!? Então continuem sozinhos!" (e abandonaram a coluna). Os automobilistas não se fizeram de rogados e chegaram a Caia se nenhum problema.

Já nas bandas de Muxungue, o road block da forcas da Renamo ontem foi para os carros que vinham no sentido Sul- centro e norte e a escolta foi "interpelada" em Zove. Depois de duramente fustigada, a Toyota hino que transportava tropas foi danificada e os blindados debandaram e a coluna ficou muito tempo sem "comando" ate que por fim os automobilistas decidiram por conta e riscos próprios seguir viagem sem escolta e passaram tranquilamente.
Em ambos os ataques a escoltas houveram baixas.
A Renamo já avisou que não vai permitir escoltas militares porque as forcas da Frelimo aproveitam se da situação para movimentar a sua logística usando os civis como escudos humanos.
O mais caricato nas escoltas e o facto de haver apenas 20-30 militares para escoltar uma fila interminável de mais de 200 viaturas e o carro-escolta-guia anda a grande velocidade.
Unay Cambuma
PS: Decorre uma forte campanha contra esta página e também fortes ataques de hackers. Para todos os meus detractores só digo uma coisa: A verdade prevalecerá.
In https://www.facebook.com/unai.kambumamatsangaisse

Conselho de Defesa moçambicano apoia apelos de Nyusi para diálogo com Dhlakama

 


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O Conselho Nacional de Defesa e Segurança de Moçambique reuniu-se hoje para debater a crise política e militar e apoiou os apelos do chefe de Estado, Filipe Nyusi, para o diálogo com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Segundo um comunicado hoje divulgado pela Presidência, "o Conselho Nacional de Defesa e Segurança secundou o compromisso do Presidente da República para o diálogo pela paz" e "aconselhou ainda que, com maior celeridade, se identifique a melhor forma para o reforço do convite feito ao líder da Renamo [Resistência Nacional Moçambicana]".
O encontro, presidido pelo chefe de Estado, serviu para o grupo, que inclui dois elementos da Renamo, analisar o agravamento da situação política e militar, na perspetiva da "necessidade da manutenção e preservação da paz" em Moçambique.
"Este órgão decidiu também pela criação de condições de segurança para o encontro com o líder da Renamo, com vista a pôr termo aos ataques e consolidar definitivamente o ambiente de paz e de estabilidade, para que propicie o contínuo desenvolvimento socioeconómico do país", refere o documento.
Além dos ministros da Defesa Nacional, do Interior, dos Negócios Estrangeiros, da Economia e Finanças, dos Transportes e Comunicações e da Justiça, o órgão é composto pelo diretor-geral do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), pelo chefe do Estado Maior das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e pelo comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM).

Contactada pela Lusa, fonte da Renamo disse que os representantes do maior partido de oposição participaram no encontro.
Moçambique vive uma situação de incerteza política há vários meses e o líder da Renamo ameaça tomar o poder em seis províncias do norte e centro do país, onde o movimento reivindica vitória nas eleições gerais de outubro de 2014.
Esta é a pior crise em Moçambique desde o Acordo de Cessação de Hostilidades Militares, assinado a 05 de setembro de 2014 pelo ex-Presidente Armando Guebuza e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Apesar de dois encontros entre Nyusi e Dhlakama no início de 2015, a violência política voltou a Moçambique e agravou-se nos últimos meses, com acusações mútuas de ataques, raptos e assassínios.
Nos últimos dias, ataques atribuídos à Renamo na província de Sofala levaram as autoridades a montar dispositivos de escoltas militares obrigatórias a viaturas civis em dois troços da N1, a principal estrada do país.
A Renamo pediu recentemente a mediação do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, e da Igreja Católica para o diálogo com o Governo, que se encontra bloqueado há vários meses.
O Presidente Filipe Nyusi tem reiterado a sua disponibilidade para se avistar com o líder da Renamo, mas Afonso Dhlakama considera que não há mais nada a conversar depois de a Frelimo ter chumbado a revisão pontual da Constituição para acomodar as novas regiões administrativas reivindicadas pela oposição e que só retomará o diálogo após a tomada de poder no centro e norte do país
HB/EYAC (AYAC) // EL
Lusa – 24.02.2016
EY: Estes senhores são mesmo palhaços. Ontem mandou cercar a sede da Renamo em Maputo e hoje diz querer encontrar-se com Dhlakama. Só crianças sem uso da razão podem acreditarem que de facto querem diálogo com ele. Sempre que este senhor Nyusi chama o Dhlakama para dialogar apronta-lhe uma cilada. Será que chegaram a conclusão de que o assalto a santunjira não vai funcionar e encontraram esta estratégia para o elimina-lo? Propaganda para ganhar o publico internacional e não nacional isso sim pode justificar. Se quer dialogar com ele que retire os soldados/FIR aos quarteis e saberemos que sim que quer conversar com o irmão.... O senhor é melhor não confiar nestes mentirosos a não ser que ele quer morrer. Março está a chegar e assim eles querem atrasar ou adiar a implementação do programa da Renamo sobre as seis províncias e nada mais.  Estratégia mediática de sempre....

Ataque no centro do país provoca três feridos, incluindo uma criança

 


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Três pessoas ficaram hoje feridas, incluindo uma criança, quando um ataque atribuído a homens armados da Renamo crivou de balas e destruiu duas viaturas na zona de Zove, distrito de Muxúnguè, centro de Moçambique, disseram à Lusa testemunhas.
O ataque ocorreu cerca das 11:00 locais (09:00, em Lisboa) quando um grupo de homens armados metralhou a coluna escoltada por militares do Governo no trajeto Save-Muxúnguè, província de Sofala tendo estes parado a escolta e encetado uma perseguição aos atacantes.
"A coluna parou e os militares [das Forças Armadas] entraram no mato em perseguição. Ficámos parados durante 40 minutos e depois a marcha foi retomada. Uma criança e dois homens ficaram feridos", contou à Lusa uma testemunha que viajava num autocarro que fazia a ligação Vilanculos (província de Inhambane, sul do país) a Beira (Sofala, centro).
Um jornalista que também viajava na coluna relatou à Lusa que os atacantes metralharam a coluna de viaturas a uma distância curta e que chegou a haver troca de tiros entre as forças de defesa e segurança e os alegados homens armados da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana).

"A coluna depois continuou para Muxúnguè, onde chegou perto das 13:00 [locais]", prosseguiu o jornalista, que descreveu um ambiente de "terror e nervosismo" entre as forças estatais e os viajantes.
A Lusa tentou em vão contactar os serviços de urgência do Hospital Rural de Muxúnguè, para onde foram transportadas as vítimas.
Em declarações à Lusa, Sididi Paulo, porta-voz da Polícia de Sofala, disse que ainda estava a recolher pormenores sobre o ataque e que se pronunciará na quinta-feira
Este é terceiro ataque em dois dias consecutivos visando colunas escoltadas pelas forças especiais da Policia moçambicana em dois troços da Estrada Nacional número um (N1), a principal do país, onde foram activadas escoltas militares obrigatórias a viaturas civis.
Segundo a polícia de Sofala, na terça-feira homens armados da Renamo atacaram em separado as escoltas militares obrigatórias nos dois troços da N1, a principal estrada de Moçambique, ferindo uma pessoa e danificando três viaturas,
O primeiro ataque, registado às 10:00 locais, visou uma coluna de 90 viaturas na zona de Zove (Muxúnguè), e o segundo ocorreu uma hora depois, cerca de 300 quilómetros a norte, no troço Nhamapadza-Caia, contra uma escolta de 61 viaturas.
Uma testemunha disse à Lusa que um blindado da escolta ficou imobilizada após ter sido atingido pelos atacantes, mas a polícia não confirmou a informação.
Moçambique vive uma situação de incerteza política há vários meses e o líder da Renamo ameaça tomar o poder em seis províncias do norte e centro do país, onde o movimento reivindica vitória nas eleições gerais de outubro de 2014.
As últimas semanas têm sido marcados por um agravamento da violência política, com acusações mútuas de ataques, raptos e assassínios.
A Renamo pediu recentemente a mediação do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, e da Igreja Católica para o diálogo com o Governo, que se encontra bloqueado há vários meses.
O Presidente Filipe Nyusi tem reiterado a sua disponibilidade para se avistar com o líder da Renamo, mas Afonso Dhlakama considera que não há mais nada a conversar depois de a Frelimo ter chumbado a revisão pontual da Constituição para acomodar as novas regiões administrativas reivindicadas pela oposição e que só retomará o diálogo após a tomada de poder no centro e norte do país.
AYAC (HB/EYAC) // EL
Lusa – 24.02.2016

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O IRMÃO MAIS VELHO DE ABA-JANEIRO ACOMPANHOU OS ESQUADRÕES DA MORTE ATÉ MANGOMONHE

 


Ontem à noite houve tiroteios em Mangomonhe!
Um grupo de esquadrões da morte encabeçada pelo irmão mais velho do senhor da sise Jacob Muchanga, conhecido por aba-janeiro capturado em Mangomonhe a semanas atrás, conseguiram entrar num povoado onde a maioria são os familiares dos combatentes da democracia.
Neste povoado as perdizes tem os seus familiares que aparecem simplesmente para os visita-los!
O horário da entrada foi as 2:00 horas de madrugada de hoje, quando la chegaram dispararam para as palhotas dos civis e neste ataque, resultou na morte de Duas pessoas.
Sendo um homem e uma mulher e, uma mulher ferida gravemente.
As perdizes estão furiosos mas prometem não retaliar por ser coisas que pode se resolver no momento da governação.
Estão empenhados na estratégia de remover o governo do dia e não de cabra cega.
VUCU VUCU EM BARUE
" Acabou de acontecer um ataque a 2 horas, Fadems e Rangers da Renamo, na zona de Nhatarara em Barue a 3 km da Ponte Pungue. Feridos já estão no hospital de Catandica onde chegaram transportados em 3 carros. Agora sem detalhes (números) dos mortos nem feridos."
In https://www.facebook.com/unai.kambumamatsangaisse

Homens da Renamo atacam colunas de escoltas militares no centro de Moçambique

 

23 de Fevereiro de 2016, 16:41

Homens armados da Renamo atacaram hoje duas colunas de viaturas escoltadas pelos militares em dois troços da N1, a principal estrada de Moçambique, ferindo uma pessoa e danificando pelo menos três veículos, disse à Lusa fonte policial.
Cerca das 10:00 (menos duas horas em Lisboa), uma coluna de 90 viaturas foi metralhada na zona de Zove, no distrito de Chibabava, quando fazia o sentido Save-Muxúnguè, tendo uma pessoa sido atingida com gravidade e a viatura em que seguia sofrido danos ligeiros, declarou à Lusa Sididi Paulo, oficial de informação no comando da Polícia da Republica de Moçambique (PRM) da província de Sofala.
Uma hora depois, na zona de Nfuza, mais de 300 quilómetros a norte de Muxúnguè, no segundo troço das escoltas militares na N1, uma coluna de 61 viaturas que fazia o trajecto Nhamapadza-Caia foi parada com tiros, tendo duas viaturas sofrido danos ligeiros.
Uma testemunha deste ataque disse à Lusa que também um blindado das forças de defesa e segurança, que fazia a escolta neste troço, ficou imobilizado pelos disparos, mas a polícia não confirma este relato.
"Estes são os primeiros ataques às colunas perpetrados por homens armados da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana)", assinalou a porta-voz da PRM.
As forças de defesa e segurança, disse Sididi Paulo, responderam "prontamente a estes ataques nos dois troços" e permaneceram no local para permitir que as escoltas decorram de forma tranquila.
As forças de defesa e segurança, prosseguiu, continuam engajadas para "repelir" os ataques dos homens armados da Renamo, assegurando que está em curso um trabalho para "garantir a ordem e tranquilidade públicas nestes locais".
As forças de defesa e segurança reactivaram na semana passada as escoltas militares obrigatórias no troço Save-Muxúnguè, província de Sofala, devido uma nova vaga de emboscadas e ataques desde o dia 12 de Fevereiro que atribuem à Renamo.
No sábado foi montada um dispositivo similar num segundo troço da N1, no percurso Nhamapadza-Caia, também em Sofala, e que foi palco recente de violentos ataques a viaturas civis, segundo informou a Polícia.
Nos dois troços de cerca de cem quilómetros cada, as forças de defesa e segurança garantem escoltas em colunas com os militares distribuídos entre as viaturas, mas chegam relatos de sucessivos atrasos devido a problemas logísticos das autoridades.
Esta medida já tinha sido aplicada no troço Save-Muxúnguè, entre 2013 e 2014, na última crise política e militar entre Governo e Renamo, e, apesar disso, foram registados vários ataques que deixaram um número desconhecido de mortos e feridos, incluindo civis, e fortes danos na economia do país.
Moçambique vive uma situação de incerteza política há vários meses e o líder da Renamo ameaça tomar o poder em seis províncias do norte e centro do país, onde o movimento reivindica vitória nas eleições gerais de outubro de 2014.
Esta é a pior crise em Moçambique desde o Acordo de Cessação de Hostilidades Militares, assinado a 05 de Setembro de 2014 pelo ex-Presidente Armando Guebuza e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, colocando termo aos ataques na N1.
A violência política voltou no entanto a Moçambique a seguir às eleições, agravando-se nos últimos meses, com acusações mútuas de ataques, raptos e assassínios.
A Renamo pediu recentemente a mediação do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, e da Igreja Católica para o diálogo com o Governo, que se encontra bloqueado há vários meses.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, tem reiterado a sua disponibilidade para se avistar com o líder da Renamo, mas Afonso Dhlakama considera que não há mais nada a conversar depois de a Frelimo ter chumbado a revisão pontual da Constituição para acomodar as novas regiões administrativas reivindicadas pela oposição e que só retomará o diálogo após a tomada de poder no centro e norte do país
 
AYAC (HB/EYAC) // EL
Lusa

Mais membros da Renamo agredidos por hastearem bandeira do seu partido

 


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Em Cabo Delgado
Por terem hasteado uma bandeira da Renamo na localidade de Quelimane, distrito de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, quatro membros desse partido contraíram ferimentos graves na sequência de agressões cometidas por indivíduos que se supõe serem membros da Frelimo Os atacantes destruíram a sede da Renamo.
Segundo disse ao CANALMOZ um responsável da Renamo em Cabo Delgado, o caso deu-se ao princípio da tarde de domingo, 21 de Fevereiro, quando um grupo de pessoas que se identificaram como sendo membros da Frelimo invadiram a sede da Renamo onde membros deste partido estavam a hastear a sua bandeira.
Em consequência deste ataque, ficaram gravemente feridos Abdala Charque (chefe da mobilização da Renamo em Mocímboa da Praia), Latifo Mussa, Niro Momade, Salimo Falume e Sumail, que se encontram internados no Hospital Rural de Mocímboa da Praia, para tratamentos.
A Renamo acusa Amisse Omar Makwelo, Jafar Ibrahimo (presidente da localidade), Bacar Nhongo, Omar Amisse (filho do presidente), Benedito, Mandhufy e António, todos residentes na localidade de Quelimane, como sendo os membros da Frelimo autores da agressão.
O responsável da Renamo, Alberto José Bacar, responsabiliza alguns elementos da etnia maconde dos distritos de Macomia, Chai, Muedumbe, Nangade e Mocímboa da Praia de serem os autores das agressões, com a assistência passiva do Governo local. A Renamo diz que estes actos atentam contra a estabilidade do país, e semeiam o tribalismo e o regionalismo.
A comandante distrital da PRM em Mocímboa da Praia disse ao CANALMOZ que o que ocorreu foi agressão física, mas não apontou quem provocou o incidente. Josefina Moca disse que estava fora do distrito e que o assunto está a ser acompanhado pelo chefe das Operações. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 23.02.2016

Usuários de redes sociais denunciam plano de assassinato urgente de Afonso Dhlakama

 


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Usuários das redes sociais estão a promover uma incessante campanha que denuncia a ocorrência de um plano de assassinato urgente do líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Segundo os autores da informação, o plano passa por um novo assalto que deve ocorrer ainda esta semana a base do líder da Renamo em Santujira, matas da Gorongosa, onde se supõem esteja escondido Afonso Dhlakama.
O autor das informações, identificado por Unay Cambuma, que tem se revelado bastante famoso pelas suas intervenções nas redes sociais, revela o descarregamento no porto da Beira, no último domingo (21), de diverso material de guerra alegadamente a ser usado no plano do novo assalto a Santujira com o propósito de eliminar Afonso Dhlakama.
Entretanto, O Autarca não pode confirmar a informação da utilização do porto da Beira para o descarregamento de material de guerra. As fontes portuárias por nós abordadas afirmaram desconhecer a informação.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, foi citado semana passada pela imprensa em Maputo referindo-se aos limites da tolerância para com o actual cenário político-militar no país.

Por seu turno, o antigo arcebispo da Beira e mediador dos acordos de Roma, Dom Jaime Pedro Gonçalves, surgiu na imprensa, também semana passada, criticando o chefe de estado moçambicano pela sua recente ida a Angola alegadamente para copiar a fórmula como o regime angolano conseguiu eliminar fisicamente o líder da Unita, Jonas Savimbi, supostamente com a intenção clara de implementar no conflito que o seu governo vê-se envolvido com a Renamo.
Opinião pública reitera que continue a se privilegiar a via do diálogo
Entretanto, a opinião pública na cidade da Beira continua em defesa do privilégio a via do diálogo para se ultrapassar as divergências políticas que opõem o governo da Frelimo e a Renamo. Desaconselham a todo o custo o recurso a soluções militares, cujos resultados da experiência já foram bem desastrosos aos moçambicanos.
Observam que a cada dia que as forças de defesa e segurança se posicionam o resultado tem sido o incremento de acções belicistas dos homens da Renamo, tornando a estratégia contraproducente.
O AUTARCA – 22.02.2016

FADM assaltam complexo industrial da Euromoz

 


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Distrito de Maringuè
- Os trabalhadores foram espancados e proibidos de regressar ao local, alegadamente porque andam a fornecer mantimentos a homens armados da Renamo
- Polícia em Sofala, sem confirmar nem desmentir, promete falar do assunto esta segunda-feira
O complexo da industrial florestal denominado Euromoz, localizado nas bermas da Estrada Nacional Número Um (NI), no distrito de Maringuè, província de Sofala, foi assaltado, temporariamente ocupado e os trabalhadores severamente espancados.
Ao que o mediaFAX soube, o assalto, ocupação temporária e espancamento dos trabalhadores
foi protagonizado por elementos das Forças de Defesa e Segurança (FDS), mais concretamente elementos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Maringuè é uma zona de conflito e as matas daquele distrito albergam algumas bases da Renamo. Nesse sentido, numa primeira fase, a ideia das FADM era imputar a responsabilidade do assalto a homens armados da Renamo que, naquela zona, tem estado a fazer incursões.
Entretanto, depois de alguma coisa ter falhado no primeiro plano, as FADM justificaram o assalto àquela indústria sob alegação de que os trabalhadores da Euromoz fornecem mantimentos aos homens armados da Renamo. Portanto, o acampamento deveria estar fechado para cortar o abastecimento em víveres aos homens da Renamo.
Segundo contaram os trabalhadores daquela indústria florestal e madeireira, contactados telefonicamente, o assalto aconteceu quando eram seis horas da última sexta-feira.

Eles narraram que, de repente, vários veículos militares das FADM chegaram àquele local e, sem conversa, começaram a espancar os oito trabalhadores que se encontravam nas instalações da Euromoz. Instantes depois, todos os oito trabalhadores foram levados temporariamente, para parte incerta.
Depois da intervenção, ainda pela manhã da sexta-feira, do secretário da Frelimo ao nível daquela zona habitacional, os oito trabalhadores foram libertos pelos membros das FADM.
Mas a libertação foi feita mediante uma condição. Que os oito trabalhadores não deviam regressar para aquele complexo industrial, exactamente na perspectiva de não continuarem a alimentar os supostos homens armados da Renamo.
Efectivamente, depois de libertados, ainda trémulos de tanto medo, os trabalhadores desapareceram do local, tendo os que tem residência nas proximidades, se dirigido para as suas casas e outros desaparecido para “parte incerta”, depois das ameaças feitas pelos agentes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
Assim, desde a última sextafeira, o complexo da concessão Euromoz está abandonada, deixando desprotegidas as instalações em si e os instrumentos de trabalho e produção composta por maquinaria agrícola, gruas, tractores, atrelados, ferramentas e ainda um depósito de combustível.
Ana Alonso, presidente da Euromoz, preocupada com o cenário verificado no acampamento por si dirigido, emitiu, a partir da Espanha, onde se encontra em missão de trabalho, um comunicado. No mesmo, ela fala de uma incursão injusta das FADM, na medida em que, segundo ela, os seus trabalhadores não são homens armados da Renamo e nem fornecem mantimentos a supostos homens armados da Renamo.
“A Euromoz, Lda, financiada por investidores de nacionalidade espanhola, comunica sua alta preocupação pela ocupação de sua indústria, onde dos bens afectados pela ordem de abandono, nos fere o sofrimento dos trabalhadores leais, honestos, absolutamente inocentes, plenamente identificados, legalmente contratados e com dados do INSS. Eles foram injustamente espancados por efectivos das Forças Armadas quando se encontravam cumprindo legalmente seu dever” – refere o comunicado assinado por Ana Alonso, presidente da Euromoz, Lda.
Seguidamente, Alonso colocou no seu comunicado, os nomes exactos de todos os oito trabalhadores afectados pela incursão e ordem de abandono dada pelas Forças de Defesa e Segurança.
“António Dolís Tito (pisteiro); Bartolomeu Fungulane (gruísta); Martinho Fungulane (logístico); Manuel João Meque (tractorista); Francisco Vasco (pisteiro); Santos Fernando (pisteiro); Eusebio Vasco (guarda de dia) e José Maria Campira (guarda de noite). Todos os trabalhadores alistados são, de acordo com o comunicado, das comunidades locais.
Depois do episódio, a empresa diz que iniciou contactos imediatos com as autoridades locais, ao nível da província, ao nível da embaixada espanhola e com outras entidades ligadas ao governo central, tudo na perspectiva de se encontrar mecanismos que garantissem a segurança dos seus trabalhadores, das instalações e da maquinaria.
“A direcção da EUROMOZ agradece, sinceramente, a pronta resposta das autoridades nacionais e provinciais de Florestas e do Governo Provincial de Sofala, assim como o apoio do administrador de Maringuè, que solicitou a rápida intervenção do comandante distrital da PRM” – refere.
Este comandante distrital terá conseguido posicionar, no local, uma força policial no sentido de garantir protecção das instalações e da maquinaria.
A Euromoz fez, segundo se sabe, um investimento de cerca de meio milhão de dólares norte americanos. Tendo sido injustamente atacada e ocupada pelas Forças de Defesa e Segurança, Ana Alonso defende a necessidade de o Estado activar mecanismos que possam assegurar o ressarcimento pleno dos prejuízos que estão, até hoje, a ser acumulados pela empresa.
MEDIAFAX – 22.02.2016
NOTA: Não acredito. Então não afirma o Governo e a Frelimo que as FDS só existem para proteger o “patrão”? E isto não foi no “mato”. Porque o que se passa no interior das províncias é escondido ou descredibilizado.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

Camaradas, vocês amam as vossas famílias?

Este artigo é um dos comentários feitos do artigo do professor João Pereira. O título fui que dei depois de ler na integra este artigo. Tenham a paciência de ler até ao fim. As palavras que aqui estão são um pré-anúncio do que vai acontecer no futuro talvez  muito próximo. O professor Pereira refere que a solução da guerra em Moçambique passa pelo um diálogo verdadeiro e posterior partilha de poder. Mas, infelizmente no dicionário cerebral dos camaradas (Frelimo) não existe coisa igual como partilha de poder. Eles são os poderosos eternos apostados a torturar o povo que clama ter lhe libertado do poder colonial. Como endurecem o coração sempre que a opinião pública crítica e sugere vias pacificas e não querem ouvir a verdade, os seus filhos e netos vão ter que pagar pelas atrocidades que estão a cometer e alguns deles ainda em vida poderão testemunhar isso. Não somos profetas, somente avaliamos o que está acontecer e o sentimento do povo e ai prevemos. Cuidem-se.

Enquanto os necrófobos-retrógrados comunistas falsos da FRLIMO continuam a estuprar a vida dos moçambicanos, impotentes assistimos o povo sequestrado viaja numa montanha russo rolando e rebolando a alta velocidade de 5Gi’s sem que se saiba quando vai terminará o martírio imposto por um punhado de saloios com mentes atrofiados como se fossem consumidores de opiáceos.

O POVO grita já chega e o bando de ladroes, ditadores, assassinos, violadores dos direitos humanos, lacaios a serviço de SATANÁS continuam a sua saga de regar o solo moçambicano com o sangue de filhos da terra, não percebo o que a FRELIMO & a RENAMO desejam de facto, eu pensei que por algum tempo que fazia sentido a FRELIMO ter dificuldades de coabitar politicamente com a oposição, achei que tal sintoma fosse resultado da aversão pelas novas experiencias propostas pela democracia, respeitando o velho ditado “o novo mete medo”, mas, quando se contabilizam varias eleições e os casmurros continuam com finca-pé do tipo daqui não saio daqui ninguém me tira eu cultivo uma crise existencial que dela ninguém me pode socorrer. Note-se.

Os filhos da P (todos sem secessão)

Tem o poder nas mãos

Tem salários de meter inveja ao Brad Pite (este nome pode estar mal escrito)

Tem casa e carros que só vemos nos filmes

Tem empresas criadas a custa do dinheiro do povo via TESOURO

Tem filhos que estudam nos EUA, Inglaterra, RSA, França, com bolsas pagas pelo povo.

Tem muitos milhões de dólares nos paraísos fiscais internacionais tirados da boca do povo

Tem armas compradas com o dinheiro do povo usam-nas para matar o próprio povo

Tem o país esquartejado de todas maneiras possíveis e imaginarias de tal forma que abocanharam toda a riqueza que pelo menos é conhecida ate hoje.

Tem declarado Moçambique livre de minas e estão a minar o pais de lês a lês isto e insano.

Tem minas de pedras preciosas, Tem participações em todos grandes negócios, são donos das comissões chorudas que foram ganhas com a reversão da Barragem de Cahora Bassa, Tem as comissões ganhas com as prospecções de Gaz e Petróleo, Tem comissões provinda dos chineses com construção de pontes e estradas e bairros residenciais, sim eles tem tudo, são donos da maioria dos chapas que circulam por isso é que não é possível impor ordem nas estradas eles são imunes as leis desta terra, estas, só servem para os moçambicanos de 2ª.

Tem a faca e queijo na mão, mas mesmo assim continuam insatisfeitos.

Lembro-me de ler num jornal local onde um famoso delinquente condenado e agora em gozo da liberdade condicional e a viver na Inglaterra, lugar onde foi inaugurar um hotel 5 estrelas avaliado em cerca de 500 milhões de dólares, afirmava que tinha dinheiro para as próximas 20 gerações da família dele.

Eu não duvido das palavras desse ladrão mor moçambicano de origem maometana ou algo do género se e defacto milionário no Bill Gates, porem, no discurso do mesmo e em função da forma como ganhou dinheiro posso por a analogia concluir que se um bandidinho conseguiu amealhar tanto assim nada impede que os delinquentes da FRELIMO 40 anos depois tenham 1000 vezes mais que o NINI, veja so o Chissano, Guebuza, Nyussi, Chipande, Pachinuapa, HAma Thai, Tobias Dai, Pacheco, Macucau aliás este ultimo é dono de uma estancia hoteleira algures por ai e não se sabe de onde o dinheiro caiu, a bem pouco tempo andava de chinelas agora porque apreendeu a dizer viva Frelimo já virou rico, tenham amealhado 10 vezes mais do que o tal acima referido e mesmo assim não se resignam e nem querem nos poupar.

São estes que querem perpetuar a guerra, eu uma vez disse que mundo mostra que o povo não será complacente, com um Guebuza, Chipande, Sérgio Viera, Raimundo Pachinuapa, Hama Thai, com Dai com Pacheco, essa cambada toda de vampiros o povo vai cobrar toda esta porcaria toda “taco a taco”, até o vosso DEUS Lenine teve suas estatuas vandalizadas e tombadas na Ex-união Soviética, o que é que vos garante que vocês não serão tratados do mesmo jeito, o pior nesta historia é que como já estão as portas da morte porque a biologia não perdoa vão deixar um legado podre para os vossos descendentes este não serão poupados, então pergunto será que amam vossas famílias???????????????

Lembram-se do Khadafi (morto como se fosse um cao); Sadam (ficou dividido a dois corpo para um lado cabeça para outro na forca); Bagbou (vivo mas entre grades, teve sua esposa violada e ele próprio espancado como se fosse); Idi Amin (Terminou cultivando Kanabis Sativa vulgo Gandja em Marrocos); Não vou falar do Egípcio que responde em juízo deitado numa cama hospitalar); A ira de um POVO é cega.

A resposta logica é que vocês não amam ninguém são tao egoístas tao burros (Indivíduo ignorante, estúpido, sem inteligência)que sacrificam até o vosso sangue biológico, conheço filho de um de vós que disse-me uma vez, Khanga, eu estou fora desse barrulho não me misturem, hoje, lamento dizer que eu sei que ele está fora do barulho pela rectidão da vida que leva e pelos valores morais e sociais que cultiva, mas, afianço-lhe quando o povo estiver a cobrar a factura das asneiras que o pai fez, não sei se lembrará disso, de tal forma que vaticino a probabilidade de linchamento desses inocentes por causa de crimes de sangue cometidos pelos seus pais “os insaciáveis ladroes”.

Dai que os apelos do General Xingondo, do Habil Mestre Moises, do Incansável Macua de Moçambique, do Perspicaz-Sagaz JJLaboret, o irreverente Helsin, a varra curta o Sr. Ohaawa e mutos outros Impetuosos guerreiros pacíficos que usam a palavra como arma predilecta tem toda legitimidade pois quando um governo que se auto rotula governo do povo inferniza esse mesmo povo não tem direito de forçar as pessoas a terem gosto e simpatia nele e muito menos a obedece-lo, aliás ganha o direito de destronar esse DITADORES dissimulados.

Alguém devera pagar por isso que Moçambique esta a passar, eu viverei para ver isso, e se cuidem pois se for evocado como testemunha certamente não omitirei as vossas matanças todos vocês NYUSI e DLKAMA.

Khanga Hanha Muzai

NB: O Professor Pereira afirma que: Um outro factor que tem contribuído para a guerra no nosso país, segundo o director da Unidade de Gestão do Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil moçambicana, é a questão cultural. “Os Makondes (etnia do Presidente Nyusi) são como os Ndaus (etnia de Afonso Dhlakama), se você luta com um Ndau a guerra não acaba”.

Por outro lado, de acordo com Pereira, “os Makondes, que sempre foram projectados como os homens valentes que deram à cara pela libertação nacional, pode ser que em algum sector eles queiram ficar na história como se fossem os únicos que eliminaram fisicamente Dhlakama, devido a esta cultura mítica dos Makondes”.Fim de citação “ Descordo totalmente com este raciocínio só seria funcional e exequível tal juízo se a guerra entre ambos for feita via alta tecnologia supersticiosa de que ambas tribos tem fama a deterem”.

A solução da guerra em Moçambique é um diálogo verdadeiro que culmine com a partilha do poder, defende o professor João Pereira

 


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Enquanto os políticos repetem até a exaustão que querem a paz, em várias regiões de Moçambique a guerra, entre as Forças Armadas do Governo do partido Frelimo e do partido Renamo, é uma realidade que não começou recentemente e não tem fim à vista. “O que faz convencer hoje o Governo de que estão em melhores condições para vencer a nível militar”, questiona o politólogo João Pereira em entrevista ao @Verdade onde ainda afirma que do lado do maior partido de oposição “também não existe uma condição objectiva para sustentar uma guerra”. A solução é um diálogo verdadeiro, “que não significa uma humilhação”, mas que culmine com a partilha do poder, como tem acontecido em outros países africanos que viveram situações similares à do nosso país.
“Se no processo da transição deste país da independência o governo estava mais preparado tinha apoios externos, todo poderio militar e financeiro não conseguiram derrotar a guerrilha. O que é que faz hoje acreditar o Governo de que é possível vencer uma guerrilha” interroga-se o docente de Ciência Política da Universidade Eduardo Mondlane(UEM) que não recorda que na guerra civil “não houve vencidos nem houve vencedores, e tiveram que ir para um acordo de Paz”.
João Pereira destaca alguns indicadores que contribuem negativamente para as aspirações das Forças Governamentais que, embora não o assumam publicamente, estão em ofensiva militares com vista a aniquilar os denominados homens residuais da Resistência Nacional de Moçambique, particularmente no Centro e Norte do país. “As condições económicas estão péssimas, a exclusão social é grande, os endividamentos do Estado são grandes, as expectativas em termos de carvão estão baixas, em termos de gás e petróleo estão a descer, o que é que faz acreditar o Governo de que terá condições financeiras e materiais para sustentar uma guerra de guerrilha?”

O nosso entrevistado julga que uma análise objectiva desses indicadores mostra que o Governo não tem condições suficientes para aguentar uma guerra de dois ou três anos e argumenta, “(...) o distanciamento do cidadão perante o Estado é muito grande, perante o partido Frelimo é muito maior, porque é provado nas próprias eleições, e principalmente num país onde a divisão eleitoral mostra que existe uma divisão política deste país”.
“Do lado do partido Renamo, também não existe uma condição objectiva para sustentar uma guerra por dois anos, por um factor muito simples: a velhice do próprio líder. Embora seja jovem aquilo é cansativo, nós vimos as imagens recentes na televisão o semblante do homem, embora motivado, vê-se que está débil” opina também Pereira, que é director da Unidade de Gestão do Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil (MASC), que no entanto destaca algumas factores que favorecem ao maior partido de oposição. “(...)Eles não precisam de muito dinheiro para fazer a guerrilha. Não precisam de muita logística, e têm ainda outra vantagem militar que o Governo não tem: tem experiência do terreno acumulada de guerra”.
“Hoje metade do nosso exército não tem nenhum experiência de guerra, nem nos capitães, nem nos generais, se tem é muito limitada. Grande parte dessa juventude não foi ao exército por uma causa, foi alistar-se como uma última alternativa em termos de emprego. O juramento que eles fazem é um juramento que não tem causas, já os homens da Renamo têm causas” declara o docente universitário que destaca a forte fidelidade à Afonso Dhlakama que os antigos guerrilheiros, e os membros, têm”.
Para João Pereira, ao contrário dos soldados dos vários ramos das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique os homens do partido Renamo “quando pegam em armas não estão a pensar no salário, estão a pensar no tal projecto que eles conceberam, tem algo que lhe motiva, e uma exclusão social extrema”.
Pode ser que os Makondes queiram ficar na história como os que eliminaram fisicamente Dhlakama
“Essas dificuldades todas não me fazem acreditar que o Governo possa ter uma capacidade de vencer e o agudizar é que tens inundações e tens seca cíclicas, precisas de dinheiro para recuperares as infra-estruturas, precisas de dinheiro para poder pagar salários, precisas de dinheiro para poder comprar armamento, medicamentos, etc, não são escolhas muito fáceis. A escolha mais sensata é abrir caminho para um diálogo verdadeiro. E um diálogo verdadeiro não significa uma humilhação, significa uma união do povo moçambicano” explica o professor de Ciência Política da UEM que enumera alguns exemplos de países africanos onde se viveram situações de guerra civil, como a de Moçambique, e que encontraram na mesa de negociações e na divisão do poder a paz.
Um outro factor que tem contribuído para a guerra no nosso país, segundo o director da Unidade de Gestão do Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil moçambicana, é a questão cultural. “Os Makondes (etnia do Presidente Nyusi) são como os Ndaus(etnia de Afonso Dhlakama), se você luta com um Ndau a guerra não acaba”.
Por outro lado, de acordo com Pereira, “os Makondes, que sempre foram projectados como os homens valentes que deram à cara pela libertação nacional, pode ser que em algum sector eles queiram ficar na história como se fossem os únicos que eliminaram fisicamente Dhlakama, devido a esta cultura mítica dos Makondes”.
“Mas é tudo uma falsidade, porque eles são tão frágeis como qualquer outro grupo étnico, eles até são um grupo minoritário. E como qualquer grupo étnico tem também as suas fragilidades, tem as suas próprias contradições, tem as sua próprias deficiências, e é por isso que é preciso retirar essas metodologias todas e começar a pensar o país, porque só assim é que todos saem a ganhar. Porque esta guerra não beneficiar a ninguém, nem aos homens da Renamo, nem ao partido Frelimo, nem ao sector privado, nem aos cidadãos” declara politólogo moçambicano.
O nosso entrevistado julga que o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, “tem o poder suficiente para avançar, mas ter o poder suficiente não quer dizer ter coragem suficiente para poder avançar. Porque ter coragem suficiente significa gerar inimizades”, conclui o docente da Universidade Eduardo Mondlane.

@VERDADE – 19.02.2016
ESTE ARTIGO FOI ESCRITO NO ÂMBITO DO PROJECTO DE MEDIA PARA O DESENVOLVIMENTO 
DE ÁFRICA DA VITA/Afronline( de Itália)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Autarquias Provinciais, Ou o Grito dos Excluídos (Elementos de Autocrítica)

 


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Por Capitão Manuel Bernardo Gondola
Os pensadores da Escola de Frankfurt, ou Instituto de Pesquisa Social, um grupo de pensadores de diversas áreas mais influente que se juntou ainda na década de XX do século passado, e que teve uma influência muito grande em áreas de ciências humanas. Foi no Instituto de Pesquisa Social fundado em Frankfurt em 1924, que eles começaram a pesquisar a realidade social pós-primeira guerra mundial. Ao lado, publicavam os cadernos de pesquisa social que era periódico que popularizou as suas teorias e, que foi seu principal veículo de correspondência.
Alguns participantes principais como: Marx Horkeimer, Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Walter Benjamin, Leo Lowenthal, Franz Newman, Erich Fromm, Otho Kirchkeimer, Friederick Pollock e Karl Wittfogel. Alguns mais conhecidos e outros menos. Por exemplo, Marx Horkheimer é considerado, talvez o principal deles embora não seja tão conhecido. Theodor Adorno, esse que é o mais conhecido possivelmente, Herbert Marcuse, walter Benjamin também, o Erich Fromm que é um psiquiatra que fazia famoso diálogo entre Marx e Freud todos de diversas áreas, formados em filosofia, outros nas áreas da estética por exemplo, o Theodo Adorno, o Fromm era médico.
Então, eles vinham de diversas áreas, mais praticamente todos eles eram judeus. Eles tinham a origem judaica e isso ocasionou que eles tivessem que ir embora na época da segunda guerra mundial. Portanto tiveram que se exilar. Só Walter Benjamin, esse não conseguiu o exílio e acabou morrendo entre 1941/1942, no contexto da guerra.

Pelas ideias e pelos actos, tinham influências principais de Immanuel Kant e Karl Marx, com suas devidas tradições e derivações. Durkainer,foi quem cunhou em 1937 a expressão teoria crítica, referindo-se contra a epistemologia de Immanuel Kant e política de Karl Marx. O que eles realmente queriam era, actualizar o pensamento de Karl Marx, que foi um pensador dos meados do século XIX mas, que no século XX muita coisa já tinha mudado em relação aquela ocasião; questões de trabalho e tipo de produção.
Então, esses filósofos da Escola de Frankfurt, eles tinham essa intenção; como é que o pensamento de Karl Marx, pode ter validade agora pós primeira e depois da segunda guerra mundial no contexto do capitalismo tardio que eles chamavam da época de Karl Marx, um capitalismo que era muito mais complexo e uma sociedade muito mais emaranhada. Então, esse é que era o grande desafiou deles na ocasião.
Immanuel Kant filósofo alemão, é considerado dos maiores filósofos, pode-se colocar como destaque da sua contribuição enquanto filósofo iluminista a Escola de Frankfurt, da valorização da constituição do espaço público como uma possibilidade da discussão livre da argumentação sem a perseguição, onde você tem a liberdade de expor suas opiniões, seus pontos de vistas, pretensões sem ser cerceado por alguma autoridade.
Essa, foi a ideia de Kant que influenciou, para lá da teoria de conhecimento de análise de todo o processo cognitivo do ponto de vista conceptual, toda a maneira que o ser humano tem de conhecer a realidade. Então, isso foi utilizado pela teoria critica. E a filosofia kantiana teve uma grande influência neste aspecto.
Marx, teve influência na questão do materialismo histórico, que era uma inversão da dialéctica Hegeliana. Para Marx, tudo começa na prática, no trabalho, na produção e o espírito é uma decorrência disso. Então, Marx é o que coloca a ideia da análise do concreto, da prática daquilo que realmente existe não ficando simplesmente no idealismo. É por isso, que a filosofia de Marx é o materialismo histórico e o capital é uma crítica que ele introduz, a crítica de economia política quer dizer, a questão da relação, entre a economia, a produção da sobrevivência humana, o trabalho com os interesses políticos, a questão das classes sociais, a questão da política de Estado; o direito; como é que o trabalho é manipulado por uma série de factores é isso, que Marx introduz.
O que interessa aqui, para teoria critica para Escola de Frankfurt, é o problema da coisificação do ser humano na sociedade capitalista, é um diagnóstico que eles pegam do Marx, que eles tomam como seu, que na sociedade capitalista como eles analisam há uma tendência de tudo virar mercadoria, de tudo virar um processo comercial, ao produto, inclusive o ser humano. E há um aspecto do ser humano, que pode se reduzir a uma mercadoria ou produto. Então, a teoria critica pega nisso e Habermas é o herdeiro disso tudo e vai fazer uma nova recombinação.
Aqui eu me apoio numa frase muito famosa de Marx. “Os filósofos até hoje interpretaram o mundo; trata-se agora de transforma-lo”. Marx, não deixa de ter razão.
A questão é, o que se entende por transformação? Isso, é que é o problema. Agora a transformação de ponto de vista só económico, ou a transformação do conceito de justiça etc., é uma transformação um tanto a quanto restrito mas, realmente como é que fica a responsabilidade dos filósofos, responsabilidade até mesmo evolutiva dos filósofos de democratizar o conhecimento e etc. Realmente tem sentido essa frase de Marx até nos dias que hoje correm.
Então, o ponto central da teoria crítica é, crítica ao homem dimensional. Tem várias maneiras de explicar isso; ou a redução da racionalidade ao ser instrumental ou técnico como se estivessem dizendo o seguinte: o mundo do século XX é o mundo em máquina, é o mundo em que tudo é um instrumento, tudo é uma técnica inclusive o ser humano se reduz a uma engrenagem ou seja, há uma perda de alguma coisa humana.
Adorno, vai dizer a perda do discernimento, da cultura, da auto-cultura onde tudo é muito superficial.
Ao lado, eles desenvolveram uma pesquisa e chegaram a conclusão, que existe um sentimento humano básico muito forte que é, a inveja. Ou seja, todo o mundo, que tem menos inveja quem tem mais. Isso nós na filosofia, chamamos de pecado original. Por causa do pecado original, as pessoas tem inveja umas das outras.
Não há exagero em afirmar; pensem como é que acontece a revolução marxista.
A ideia da revolução marxista em poucas palavras é a seguinte: os proletários, são oprimidos, vivem numa panela de pressão e essa panela de pressão irá explodir e dar como resultado uma revolução. Essa é ideia básica da revolução marxista. Acontece que, não aconteceu como haviam previsto. Então é necessário um outro combustível que não seja a revolta dos trabalhadores.
Então, os pensadores da Escola de Frankfurt notaram, que existia esse combustível de revolta, e começaram a explorar esta realidade daquilo, que depois mais tarde um outro teórico marxista chamado Pierre Bordéus, vai chamar dos excluídos.
O que é, que é, essa categoria dos «excluídos» que para nós, católicos e não só… que ouvimos e vivemos dentro da igreja católica, ouvindo tantos sermões (pregações), por esse mundo fora, enfim…nós achamos que deve ser um conceito bíblico; o excluído. Um conceito que deve ter brotado dos santos padres.
Na verdade, ele nasceu simplesmente de um pensamento marxista. Foi um termo cunhado (criado), pelos seguidores da revolução cultural marxista, que querem simplesmente, explorar a inveja e o descontentamento como combustível capaz de fazer eclodir uma revolução. Ou seja, eles identificaram que todo o mundo, se sente excluído por alguma razão.
Tomemos como exemplo: eu me sinto excluído porque não tenho formação superior, o outro se sente excluído porque não é moçambicano genuíno, o outro se sente excluído porque é antipatriótico, o outro se sente excluído porque não é mulato, a outra porque é mulher, aquele outro porque é pobre, um se sente excluído porque não é e nunca foi combatente pela liberdade da pátria e, em fim...
Você vê, todo o mundo tem o motivo para insatisfação na vida. Então, o que acontece; explorando esse combustível da inveja e descontentamento, eu sou capaz de produzir uma revolta.
Você viu, os acontecimentos de protesto nas bolsas de valores no mundo inteiro há poucos anos, onde mais de mil cidades estavam protestando; os protestos na Grécia, e em Portugal, as primaveras árabes, os frequentes protestos nas minas e não só… aqui ao lado na África do Sul, os protestos no Brasil antes e no decurso do mundial; enfim...
Você vê, pessoas estão lá, protestando, gritando e etc.,. O que é isso?! Isso é o «grito dos excluídos». Ou seja, é simplesmente uma questão de inveja e descontentamento uma vez que, as pessoas vivem uma realidade cada vez mais saturada de negatividades, sobre todos os pontos de vista. Então se saturação dessa negatividade dessa situação negativa é claro que tende a gerar outra coisa.
A ganância de uns sobre os outros. Nós também queremos ter mais. Você vê, se for a analisar a sociedade moderna (actual), nós nunca tivemos tanto e nunca fomos tão insatisfeito como agora. Compare a nossa sociedade moçambicana actual, com a sociedade moçambicana de há quarenta anos atrás. Compare o subúrbio actual e de há quarenta anos atrás. O subúrbio de quarenta anos atrás eram casas de latas, de tábuas, de madeira e zinco e de papelão, de pessoas que viviam em infras-condições humanas (numa objectiva miséria). Os subúrbios de hoje, são casas de alvenaria, com uma antena de satélite, microondas, televisão, geleiras e, etc, etc.
Veja bem, eu não estou dizendo aqui, que seja uma situação satisfatório; em nada. Eu não estou dizendo, que não seja necessário melhorar a vida das pessoas. Claro! Elas têm condições de higiene precária, sistema de saúde precário, tudo que vocês quiserem mais, agente pode melhorar condições da vida dessas pessoas, não tenhamos dúvidas nenhuma.
Eu não sou contra, que se crie condições sociais melhores para as pessoas. Se nós podemos promover a justiça, se nós podemos promover um crescimento das pessoas, se nós podemos diminuir a pobreza é excelente, que o façamos.
Só que, o que eu quero que vocês notem, é que há quarenta anos atrás quem vivia na casa de lata, de papelão era resignado com a sua miséria. Hoje quarenta anos depois pessoas quem vivem em casas talvez não de latas, de madeira e zinco, de alvenaria, talvez vamos pegar um de classe média, pessoas que vivem em casas de classe média são absolutamente revoltadas. Porquê? Porque querem mais.
Então, veja bem; talvez possa ser desconcerto da minha parte e peço desculpas mais, eu penso, que existe uma exploração desse sentimento chamado inveja. O que acontece é que a própria acumulação do capital transformou de tal maneira o trabalho e as diversas formas de trabalho, que desfez as formas do trabalho em que durante anos ou décadas os trabalhadores se identificaram.
E exactamente por terem perdido a identidade com os seus processos de trabalho e a partir de seus processos de trabalho, a capacidade de transformação erodiu-se mesmo na base de trabalhadores. Então, ou agente encara as coisas a sério e tenta ir como no dizer de Marx, a raiz das coisas ou não entenderemos nada.
Você vê, neste país o que está acontecendo com a classe trabalhadora e não só…, não directamente por elas, mas, através dos seus representantes (Office Boys) é que os Office Boys se aliaram com o capital financeiro de tal forma que, o emprego dos trabalhadores, a função dos trabalhadores está sendo vendido na bacia das almas em troca de fundos financeiros. E entre manter o emprego numa determinada fabrica ou comunidade e ver qual é a taxa de retorno (lucro) da sua aplicação eles preferem ver qual é a taxa de retorno em detrimento dos trabalhadores e do povo.
Como consequência, o trabalho é cada vez mais instável, inseguro, sem empresas fixas, sem função fixa, sem lugar fixo. Isso provoca tensão, medo, insegurança, sem perspectivas de planos a médio e longo prazo. A banalização do trabalho que passou a ser um local de sobrevivência e não mais de participação, convivência e organização. A tendência hoje no país é negar a alteridade.
Porém, a grande questão não é a possibilidade da banalização do mal e da corrida aos recursos valorizados (riqueza e dinheiro) mais, a própria qualidade da vida humana e seus valores: cansaço, frustração, decepção, laxismo, escravidão, fome, pobreza, miséria, ignorância, doenças, obscurantismo, em fim… caracterizam a existência de muitas pessoas no país. E, para ser um pouco leve; a política no país há muito que deixou de ser uma relação entre classes.
Você vê, os partidos perderam capacidade de representação de classes, quem disser que esta representando classes estás mentido. Não representa classe nenhuma. Aliás os partidos modernos não são hoje mais que umas transfigurações do Estado. Eles só se mantem no Estado, uma vez na oposição não são nada, não têm a menor influência sobre decisões; por exemplo dos professores se é que eles querem ser representantes dessa classe. É precisamente isso, que estou dizendo, a política no país deixou de ser representação de classe. É por isso, que ela se torna irrelevante, uma vez que perdeu a capacidade de arbitrar os conflitos sociais. O capital financeiro não arbitra conflitos sociais e, se você não consegue esse objectivo de arbitrar conflitos sociais na raiz você não está fazendo política, portanto esse argumento do popular para justificar, que representam classes é um argumento pobre e não encontra respaldo na história.
Você vê, Governo de Unidade Nacional, Governo de Gestão, Regiões autónomas, Autarquias Provinciais, moçambicanos genuínos, unidade nacional que ninguém sabe o que é, paridade nas Forças de Defesa e Segurança, paridade nos órgãos eleitorais, distribuição equitativa dos recursos valorizados, luta contra a corrupção, lei da probidade pública, luta contra a pobreza, presidências abertas, Conselhos Coordenadores, enfim…, não são mais que um agigantamento do leite da vaca.
Você vê, é exactamente na ausência da política, da capacidade de decidir sobre grandes questões nacionais, que você enfia o substituto dela. Se isto é política e relação de classe, se isto não tem gravidade, se isto não deve despertar exactamente a atenção então, eu não sei o que, é que pode mais despertar. n/b: O meu Coronel Sérgio Viera, é um dos poucos em Moçambique, que não vê com bons olhos a construção da ponte Maputo/Catembe; até pode ter razão. Sabe porquê?!..
Dados comparativos
Ponte chinesa
Extensão: 42 km
Custo total: 2,4 biliões de USD
Custo por km: 57milhões de USD
Ponte Catembe
Extensão: 3km
Custo total: 725 milhões de USD
Custo por km:242 milhões de USD
Veja bem. Se a ponte chinesa, fosse construída em Moçambique, custaria 10.122 bilhões de USD, se a ponte moçambicana fosse construída na China, custaria 171 milhões de dólares.
Manuel Bernardo Gondola.
(Recebido por email)