"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 31 de maio de 2013

IMENSIS
Sexta-feira, 31 de Maio de 2013
NOTÍCIAS
Termos de referência assinados pelo Governo e Renamo para diálogo
2013/05/31
A nossa fonte teve acesso ao documento dos termos de referência assinados pelo Governo e a Renamo para orientar o diálogo em curso entre as partes.

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O documento, de duas páginas, define a metodologia de como deverá decorrer o diálogo e foi rubricado pelos chefes das duas delegações, José Pacheco (Governo) e Saimone Macuiane (Renamo). Os termos de referência foram assinados na última segunda-feira, dia 27 de Maio...

 Termos de referência assinados pelo Governo e Renamo para diálogo
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 Governo: Orçamento rectificativo não contempla salários
 Oswaldo Petersburgo acusado de tratamento desumano e prepotência para com os colegas
 África do Sul: Anglo Platinum despede mineiros moçambicanos
 Associação Médica diz que encontro com Governo foi apenas um passo
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O perigo de governar na ilegitimidade!
 
Maputo (Canalmoz) – Com os níveis de contestação popular a que o Governo de Armando Guebuza chegou, fica claro que só vibram e continuam a chamar Armando Guebuza e sua governação de “clarividente” e “visionária” um punhado muito reduzido de pessoas que ainda vai sobrevivendo de migalhas do Grande Banquete. Dentro do próprio partido, a desilusão é de tal sorte que só o policiamento e o medo institucionalizado é que vão garantindo alguns sorrisos cínicos anexos à cobardia, à esta desastrosa (in)governação. É que internamente está dada a ordem de celebrar a mediocridade passando uma espécie de certificado de delinquência. A Frelimo e o Governo estão a transformar-se em manicómio. Estamos a ver pessoas nos telejornais e jornais a dizerem enormidades a favor do Governo como que de delinquentes se tratassem em contacto rotineiro junto de um psiquiatra!
O tratamento que se dá à greve dos médicos é disso um vivo exemplo. A intervenção pública dos dirigentes da Frelimo e do Governo, mais confunde-se com a intervenção de membros de ceitas espirituais que pregam o ódio. Ficamos com a sensação de que estes mesmos dirigentes possuídos de um espírito maligno qualquer atingem êxtase parente os microfones dos órgãos de comunicação social, e este mesmo demónio os oprime pública e humilhantemente.
As declarações da porta-voz do Ministério da Saúde, a senhora Francelina Romão, mostram sem réstia de equívoco que a ceita de pregação e propaganda ao ódio encontrou discípulos mais dedicados capazes de levar a obra do mal para frente se por alguma imprevisão o líder deixar o rebanho. Ora vejamos: esta senhora que devia estar a ocupar outras funções que mais condizem com o seu talento de irresponsabilidade, chegou mesmo a dizer que ninguém vai resolver o problema dos médicos porque ninguém os chamou para trabalhar no Sistema Nacional de Saúde. Quanta irresponsabilidade! O que mais impressiona é que ninguém do Governo veio publicamente contrariar o equívoco e a manifesta falta de educação da senhora Francelina Romão. Ou seja, o Governo todo revê-se nessas decadentes declarações, típicas de consumidores de substâncias psicotrópicas em clima de desforra. 
As declarações da senhora Francelina mostram também a falta de liderança no Governo. Uma equipa com líder não se deixa representar por adolescentes de educação precária. Tenho a impressão que o Presidente da República está em crise de ideias ao ponto de deixar qualquer Francelina mostrar seu talento: ausência da capacidade craniana! 
Fracassou claramente, a ideia de contra informação. A ideia de usar a TVM, AIM, Jornal Notícias para auto-consolo fracassou. A ideia de usar estes órgãos e seus analistas de qualidade muito duvidosa não está a resultar. É que os moçambicanos já perceberam aonde reside a seriedade e aonde actuam os paus mandados. Não é por acaso que mesmo existindo os órgãos que citei acima os dirigentes do Ministério da Saúde se desdobrem em órgãos privados para explicar o inexplicável. Ou seja, também estão convencidos que ninguém minimamente sério lê ou vê informação séria nestes órgãos. Estes órgãos estão transformados em espelhos de quarto, onde os dirigentes vão ver as suas próprias faces, se estão a engordar ou se devem frequentar o ginásio.
E por falar em desdobramento dos dirigentes para explicar o inexplicável, foi notável a aparição de um burocrata das Finanças numa das TV com o famoso discurso que repousa nas “grandezas macroeconómicas que não podem comportar mais aumentos”. Só que o mesmo artista não foi capaz de explicar como é que as mesmas grandezas tendem a adoptar diferente comportamento para comportar gastos em helicópteros para o chefe de Estado, a renovação anual da frota de viaturas no Estado, as viagens internacionais com delegações quase que de acampamento dos dirigentes do Estado, as regalias em luxuosas residências, as desnecessárias escoltas dos dirigentes com viaturas de alta cilindrada, as regalias de uns deputados que não nos fazem a mínima diferença e por aí fora. Para pagar estas futilidades despesistas as grandezas têm comportamento favorável. Para pagar médicos, não há dinheiro. Ninguém disse que O Governo precisa de se endividar mais para pagar médicos. A ideia de convocar o endividamento repousa na mente dos que não querem ceder as suas regalias para que outros moçambicanos tenham o mínimo de dignidade. Qual membro do Governo seria capaz de viver com 2800 meticais e sujeito a todos os riscos de actuação hospitalar? Nenhum! Portanto é fácil dizer que não há dinheiro para pagar os outros tão como é difícil ceder a obesidade em financeira em que querem continuar a deixar as contas públicas com um grupinho de espertos.
Só um delinquente é capaz de dizer que os médicos são agitadores. Mas deixemos a pobreza mental e analisemos a manifestação na sua dimensão de opressão espiritual. Neste campo, é-se obrigado a inventar teorias de sobrevivências aplicáveis exclusivamente aos outros. E quer me parecer que este departamento foi entregue ao opaco Primeiro-Ministro, que tratou de dizer que ele próprio já chegou a viver num quarto com a sua família! Que emocionante, senhor Vaquina! Em que ano o senhor viveu num quarto? Nesta altura o presidente da República brincava de helicópteros? Quanto é que os dirigentes custavam ao bolso do cidadão? Quanto custa, hoje, o senhor e seus colegas, aos nossos bolsos? Quanta gente está sem água para beber, sem hospitais porque temos que lhe pagar consultas e compras no estrangeiro? Portanto é fácil falar de quartinhos do passado para justificar a faustosidade em que vivem. Ninguém acredita nessas historietas de insucesso. Nem mesmo a polícia que vos força a legitimidade. Governar na ilegitimidade, obriga a estes exercícios, típicos de masoquistas para justificar o que não se pode justificar! (Matias Guente)


segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ronda negocial entre Governo moçambicano e Renamo emperra devido a questões prévias

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O diálogo entre o Governo moçambicano e a Renamo, para ultrapassar a crise política no país, voltou hoje a emperrar, devido à exigência do principal partido da oposição de ver respondidas por escrito algumas questões prévias.
Após várias horas de conversações, os chefes da delegação do Governo, José Pacheco, e da Renamo (Resistência Nacional de Moçambique), Saimone Macuiana, prestaram declarações à imprensa, dando conta da falta de progressos na ronda de hoje, tal como tinha sucedido na sessão anterior, por causa de questões metodológicas.
Saimone Macuiana afirmou que a Renamo comunicou à equipa do Governo que exige uma resposta por escrito aos pontos prévios, antes do início da abordagem das questões de fundo.
"É um procedimento normal, se alguém remeteu um expediente por escrito, também espera resposta por escrito, porque estamos a tratar de assuntos que interessam aos moçambicanos", sublinhou o chefe da equipa da Renamo.
Antes de entrar nos "temas essenciais", o principal partido da oposição quer uma resposta por escrito à exigência de libertação dos membros do partido, detidos no ataque pela polícia à sede da sua delegação em Muxúnguè, centro do país, no início do mês passado, e a retirada da polícia da Serra da Gorongosa, onde o presidente do partido, Afonso Dhlakama, se reinstalou em novembro do ano passado.
"Uma vez respondidas as questões prévias, entraremos em pontos essências, que são quatro: a legislação eleitoral, a defesa e segurança, despartidarização do Estado e assuntos económicos", enfatizou Saimone Macuiane.
O principal partido da oposição exige que a lei eleitoral seja emendada para permitir uma representação paritária dos partidos com assento parlamentar na Comissão Nacional de Eleições (CNE), a reintegração dos seus oficiais no exército, bem como a remoção das células do partido no poder, Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), do Estado.
Por seu turno, o chefe da delegação do Governo afirmou que a exigência da Renamo de ter respostas escritas dos pontos prévios será satisfeita nos próximos dias.
"Há vontade de ambas as partes de prosseguir com este diálogo, há interesse da parte dos nossos compatriotas da Renamo de ter essas questões prévias respondidas por escrito e assim será feito", declarou José Pacheco.
Os confrontos entre o Governo e a Renamo fizeram o país temer pelo pior no início de abril, quando o ataque da polícia à sede do principal partido da oposição fez os antigos guerrilheiros do movimento retaliarem, o que resultou na morte de cinco pessoas, incluindo polícias e um chefe militar a Renamo.
PMA // VM