07/05/2020
EM PLENO ESTADO DE EMERGÊNCIA
A Direcção da Acção Social, na cidade de Maputo, realizou uma festa com mais de 20 pessoas em pleno Estado de Emergência.
O evento era de despedida da ex-directora do pelouro a nível da capital. Mesmo depois da advertência de Filipe Nyusi, quando reapareceu para falar à nação sobre a prorrogação do Estado de Emergência e o facto de muitos moçambicanos não adoptarem as medidas nela emanadas para conter a propagação do novo coronavírus, há quem ainda continua a fazer ouvidos mocos: a Direcção da Acção Social.
As normas do decreto do Estado de Emergência proíbem a realização de qualquer tipo de evento social com acima de 20 convidados; mas a Direcção da Acção Social, na cidade de Maputo, fez uma festa de despedida da ex -directora do pelouro que tinha mais de 20 convidados, provavelmente, financiada até com fundos públicos.
O evento realizava-se num local bem discreto na capital: o centro infantil Nhelety, cujo salão de festas está construída no subterrâneo.
Aliás, a única evidência deque estavam lá funcionários do Estado eram as viaturas estacionadas defronte do centro, cuja matrícula era de cor vermelha (característica das viaturas do Estado). Estava tudo preparado para o início do evento.
O mestre-de-cerimónias já estava a fazer a introdução. Os convidados (funcionários do Estado) sentados. Comida pronta a ser servida. Champanhe e bolo para cessação de funções da ex- directora da Acção Social na cidade de Maputo. E não faltaram os símbolos conhecidos: a foto do Presidente da República e a bandeira nacional.
Quando os festejantes se aperceberam da presença da da Polícia, tentaram se esconder e, porque não resultava, dispersam-se.
Os poucos que foram interpelados não acharam nenhuma explicação para participar do evento. Aliás, alguns tomaram a iniciativa de abandonar o local antes da intervenção da Polícia.
A PRM, na cidade de Maputo, não deteve nenhum dos presentes na festa, mas assegurou que vai abrir um processo-crime contra o proprietário do espaço que acolheu o evento sem especificar que sanções serão impostas aos organizadores do evento. “Houve, de facto, um cenário de desobediência. Nós verificamos que neste local (salão de festas) existe um número muito acima do recomendado e nós por considerarmos este aspecto, orientamos para que as pessoas dispersassem e não continuar com aglomerados nesta perpectiva de confraternização”, disse a Polícia.
Conforme orientação das autoridades policiais, os convidados abandonaram o local e a festa terminou bem antes de começar e sem nenhuma explicação dos organizadores da festa.
DN – 07.05.2020
NOTA: O pobre do cidadão que é apanhado em contravenção é preso e até chamboqueado. Mas nesta festa ninguém foi preso. Será porque, como é evidente, serem membros da Frelimo? Será mais um processo que em nada dará. O Centro Infantil Nhelety é uma das quatro escolas pré-escolares que dependem do Ministério do Género, Criança e Acção Social que subsidia o seu funcionamento.
O evento era de despedida da ex-directora do pelouro a nível da capital. Mesmo depois da advertência de Filipe Nyusi, quando reapareceu para falar à nação sobre a prorrogação do Estado de Emergência e o facto de muitos moçambicanos não adoptarem as medidas nela emanadas para conter a propagação do novo coronavírus, há quem ainda continua a fazer ouvidos mocos: a Direcção da Acção Social.
As normas do decreto do Estado de Emergência proíbem a realização de qualquer tipo de evento social com acima de 20 convidados; mas a Direcção da Acção Social, na cidade de Maputo, fez uma festa de despedida da ex -directora do pelouro que tinha mais de 20 convidados, provavelmente, financiada até com fundos públicos.
O evento realizava-se num local bem discreto na capital: o centro infantil Nhelety, cujo salão de festas está construída no subterrâneo.
Aliás, a única evidência deque estavam lá funcionários do Estado eram as viaturas estacionadas defronte do centro, cuja matrícula era de cor vermelha (característica das viaturas do Estado). Estava tudo preparado para o início do evento.
O mestre-de-cerimónias já estava a fazer a introdução. Os convidados (funcionários do Estado) sentados. Comida pronta a ser servida. Champanhe e bolo para cessação de funções da ex- directora da Acção Social na cidade de Maputo. E não faltaram os símbolos conhecidos: a foto do Presidente da República e a bandeira nacional.
Quando os festejantes se aperceberam da presença da da Polícia, tentaram se esconder e, porque não resultava, dispersam-se.
Os poucos que foram interpelados não acharam nenhuma explicação para participar do evento. Aliás, alguns tomaram a iniciativa de abandonar o local antes da intervenção da Polícia.
A PRM, na cidade de Maputo, não deteve nenhum dos presentes na festa, mas assegurou que vai abrir um processo-crime contra o proprietário do espaço que acolheu o evento sem especificar que sanções serão impostas aos organizadores do evento. “Houve, de facto, um cenário de desobediência. Nós verificamos que neste local (salão de festas) existe um número muito acima do recomendado e nós por considerarmos este aspecto, orientamos para que as pessoas dispersassem e não continuar com aglomerados nesta perpectiva de confraternização”, disse a Polícia.
Conforme orientação das autoridades policiais, os convidados abandonaram o local e a festa terminou bem antes de começar e sem nenhuma explicação dos organizadores da festa.
DN – 07.05.2020
NOTA: O pobre do cidadão que é apanhado em contravenção é preso e até chamboqueado. Mas nesta festa ninguém foi preso. Será porque, como é evidente, serem membros da Frelimo? Será mais um processo que em nada dará. O Centro Infantil Nhelety é uma das quatro escolas pré-escolares que dependem do Ministério do Género, Criança e Acção Social que subsidia o seu funcionamento.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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