06/05/2020
Por Francisco Nota Moisés
Prefiro não mencionar o nome do tal jornalista português que apareceu lá no norte a propagar reportagens no seu FACEBOOK para dizer que os rebeldes do Norte estão sendo derrotados e os seus comandantes tanzanianos e ugandeses estão em fuga. Pode alguém realmente acreditar que os moçambicanos são comandados por tanzanianos e ugandeses que, segundo ele, estão em fuga?
O que é interessante é que este senhor seja o único jornalista que os Porcos da Frelimo admitem em vez de jornalistas moçambicanos que são detidos, chicoteados, torturados e mesmo mortos.
E este senhor aparece e diz que os rebeldes já foram derrotados e renascidos.
Ele parece ter a missão de divulgar ao mundo que o que se passa no norte não tem nada a ver com os moçambicanos, mas sim com o Estado Islâmico (EI) que foi esmagado no Iraque e na Síria. Até é que ele designa Moçambique como a frente do Estado Islâmico chamada Síria. Quem já ouviu falar disto? Que propaganda rata e barata.
Pode alguém imaginar que agentes do EI pudessem ter saído do Iraque ou da Síria para lutarem em Moçambique enquanto estiveram cercados. Onde teriam abordado aviões no Iraque e na Síria e onde aterraram? Nas florestas de Cabo Delgado? Pois que não aterrarem em Maputo ou na Beira ou em Nampula ou em Pemba?
Tudo é uma manobra de desespero do porco Nyusi face à derrota militar das suas forças para conseguir ajudas militares do estrangeiro para ele e a Frelimo continuarem a se manter no poder.
Depois de ter dito que os porcos da Frelimo frustraram ataques rebeldes a Matuge e Mieze, este mesmo jornalista escreve em inglês, e não em português, e não se sabe porque, dizendo que no dia seguinte os rebeldes “renasceram” em número maior e atacaram a Península de Arimba com instalações turísticas e outras e destruíram o local. Ele mostra instalações em chamas acender o céu numa quase cataclísmica repetição das chamas e do fumo dos poços petrolíferos do Kuweit que Saddam Hussein ordenou antes das suas tropas saírem do território que tinha ocupado.
E o jornalista ou escritor, quem lá sabe o que ele é, lamenta dizendo que o ataque a Arimba é “triste” e que os rebeldes tivessem atacado a península. Será que ele não faz ideia de que o que se passa no Norte é uma guerra? Ele espera que as forças armadas dos porcos farão alguma coisa para bater os rebeldes e talvez que estão à espera para serem disciplinados como alguns rapazinhos mal comportados.
NOTA: Que eu saiba Nuno Rogeiro está em Portugal e até nem sei se alguma vez esteve em Cabo Delgado. Poderá, no entanto, estar a ser assessorado.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIAQUE
Sem comentários:
Enviar um comentário