06/05/2020
Durante muitos anos, a ideia de que a guerra civil que assolou Moçambique era conduzida
por um exército mercenário ao serviço de interesses externos foi considerada
inquestionável, desconhecendo-se que a Renamo possuía uma base social de apoio rural
e que a produção agrícola constituía uma das fontes de financiamento da guerra. Após a
independência, o partido-Estado Frelimo provocou uma desestruturação social, económica,
política e cultural das sociedades rurais, conduzindo um projecto de desenvolvimento
e de construção da nação autoritário e centralizado, que pôs em causa direitos fundamentais
de cidadania. A adesão à guerra de parte da população pode assim ser interpretada
como uma tentativa de conquista desses direitos.
Neste trabalho, através de dois estudos de caso contrastantes, pretende-se revelar as
estratégias de reprodução social e económica que permitiram a sobrevivência das populações
durante o conflito e a posterior reconstrução, mas também as múltiplas formas que
a afirmação dos direitos de cidadania pode encobrir.
inquestionável, desconhecendo-se que a Renamo possuía uma base social de apoio rural
e que a produção agrícola constituía uma das fontes de financiamento da guerra. Após a
independência, o partido-Estado Frelimo provocou uma desestruturação social, económica,
política e cultural das sociedades rurais, conduzindo um projecto de desenvolvimento
e de construção da nação autoritário e centralizado, que pôs em causa direitos fundamentais
de cidadania. A adesão à guerra de parte da população pode assim ser interpretada
como uma tentativa de conquista desses direitos.
Neste trabalho, através de dois estudos de caso contrastantes, pretende-se revelar as
estratégias de reprodução social e económica que permitiram a sobrevivência das populações
durante o conflito e a posterior reconstrução, mas também as múltiplas formas que
a afirmação dos direitos de cidadania pode encobrir.
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