08/05/2020
EUREKA por Laurindos Macuácua
Cartas ao Presidente da República (13)
Bom dia, Presidente. Parece que as marulhas que abrigam o regime não são mais intrasponíveis. Foi assim que Bastilha foi tomada. A sua queda era inadiável. Há momentos, Presidente, em que se deve aceitar que é impossível agarrar o vento com as mãos.
É escusada a tentativa! Até quando o Governo vai insistir em querer que o senhor Manuel Chang seja extraditado para Moçambique?
Confesso: fiquei estarrecido quando soube que o seu Governo, Presidente, continua a pressionar Pretória para que aquele senhor, cujo nome gora não quero pronunciar, seja devolvido a Moçambique. O que se pretende com isso? Presidente: quem avisa amigo é, como sói dizerse.
Não existe nenhuma criatividade que possa adiar o inadiável. Pode-se, até, criar-se histórias rocambolescas, mas o senhor Chang acabará por seguir aos Estados Unidos da América. É lá que é acusado de ter cometido algum crime. Aqui não. Aqui bebíamos com ele. Riamo-nos com ele.
Até o acompanhamos até ao Aeroporto Internacional de Mavalane no dia 29 de Dezembro quando embarcou com destino ao Dubai. Nunca estivemos interessados em encarcerá-lo. Em saber donde vinha o dinheiro que gastava a rodos com mulheres no Dubai.
E mal os EUA lhe deitaram as mãos, fingimos que somos os primeiros interessados para que tudo se esclareça. Treta! Os ventos de Brooklyn, senhor Presidente, são muito fortes. Avassaladores. Desnudam qualquer um. O regime não conseguirá tapar a boca de Chang.
Até pode conseguir trazê-lo para cá, mas tudo ficou cristalino. O povo não é burro. Sabe quem lhe aldrabou. Sabe quem lhe tem imbecilizado desde sempre. Quem não sabe de que temos um Governo gangster? Quem?
Podem inventar mil e uma histórias. Podem alimentar a justiça com migalhas para que vos continue a servir. Todavia, estamos num ponto sem retorno. Pedra-a-pedra, a muralha que abriga o regime vai cedendo. Já não há makeup que salve o regime.
Nenhum batom ficará bem à Frelimo. Isto tresanda. Hoje todos sabem o quanto o Estado está assaltado por uma quadrilha que ontem chamamo-la de heróis. Fingiram-se de cordeiros, mas foram descobertos: não passam de lobos!
Por favor: façam um favor a vocês mesmos. Deixem seguir o Chang para os EUA. Se ele não cometeu nenhum crime, é lá que deve limpar o seu nome!
DN – 08.05.2020
Bom dia, Presidente. Parece que as marulhas que abrigam o regime não são mais intrasponíveis. Foi assim que Bastilha foi tomada. A sua queda era inadiável. Há momentos, Presidente, em que se deve aceitar que é impossível agarrar o vento com as mãos.
É escusada a tentativa! Até quando o Governo vai insistir em querer que o senhor Manuel Chang seja extraditado para Moçambique?
Confesso: fiquei estarrecido quando soube que o seu Governo, Presidente, continua a pressionar Pretória para que aquele senhor, cujo nome gora não quero pronunciar, seja devolvido a Moçambique. O que se pretende com isso? Presidente: quem avisa amigo é, como sói dizerse.
Não existe nenhuma criatividade que possa adiar o inadiável. Pode-se, até, criar-se histórias rocambolescas, mas o senhor Chang acabará por seguir aos Estados Unidos da América. É lá que é acusado de ter cometido algum crime. Aqui não. Aqui bebíamos com ele. Riamo-nos com ele.
Até o acompanhamos até ao Aeroporto Internacional de Mavalane no dia 29 de Dezembro quando embarcou com destino ao Dubai. Nunca estivemos interessados em encarcerá-lo. Em saber donde vinha o dinheiro que gastava a rodos com mulheres no Dubai.
E mal os EUA lhe deitaram as mãos, fingimos que somos os primeiros interessados para que tudo se esclareça. Treta! Os ventos de Brooklyn, senhor Presidente, são muito fortes. Avassaladores. Desnudam qualquer um. O regime não conseguirá tapar a boca de Chang.
Até pode conseguir trazê-lo para cá, mas tudo ficou cristalino. O povo não é burro. Sabe quem lhe aldrabou. Sabe quem lhe tem imbecilizado desde sempre. Quem não sabe de que temos um Governo gangster? Quem?
Podem inventar mil e uma histórias. Podem alimentar a justiça com migalhas para que vos continue a servir. Todavia, estamos num ponto sem retorno. Pedra-a-pedra, a muralha que abriga o regime vai cedendo. Já não há makeup que salve o regime.
Nenhum batom ficará bem à Frelimo. Isto tresanda. Hoje todos sabem o quanto o Estado está assaltado por uma quadrilha que ontem chamamo-la de heróis. Fingiram-se de cordeiros, mas foram descobertos: não passam de lobos!
Por favor: façam um favor a vocês mesmos. Deixem seguir o Chang para os EUA. Se ele não cometeu nenhum crime, é lá que deve limpar o seu nome!
DN – 08.05.2020
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