"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 30 de junho de 2020

OS NOVOS DIABOS QUE A FRELIMO ENFRENTA SÃO DIFERENTES DO DIABO AFONSO DHLAKAMA QUE ELA CONHECIA

Por Francisco Nota Moisés

Não sei se é por ignorância e analfabetismo na cúpula da Frelimo ou por um orgulho ou obscurantismo que os chefes da Frelimo, alguns dos quais de desde 1962 como o velhote Joaquim Chissano, nunca aprenderam novas lições, pelo que parecem ser velhos burros que não aprendem novas lições. Estes senhores da Frelimo não apreciaram, e não apreciam, o ditado que fiz: "o diabo que conheces é melhor do que o diabo que não conheces."  Isto passa  por cima das cabeças dos cabecilhas da Frelimo.
No passado houve diabos que estes indivíduos conheceram, mas imbuídos que sempre estão num estilo e comportamento hitleriano, stalinista, maoista e pol potista, decidiram matar e, como verdadeiros antropófagos, comeram os seus adversários antes ou depois de conseguida a independência do país que lhes foi entregue por alguns revolucionários juniores das forças armadas portuguesas e não por terem vencido as forças armadas portuguesas, como eles dizem aos professores para aldrabar as crianças nas escolas.
Os seus combatentes nunca atravessaram o rio Messalo em Cabo Delgado, Durante a Operação Nó Górdio, Kaúlza de Arriaga expulsou os homens armados da Frelimo para a Tanzânia ou os sobreviventes andavam escondidos nas matas grossas e buracos do Niassa e Cabo Delgado.
Durante toda a guerra no Norte de Moçambique, todo o sul da Tanzânia vivia estremecido e amedrontado por medo duma possível agressão das tropas  portuguesas. Vivi no sul da Tanzânia e falo em pleno conhecimento dos factos.Os tanzanianos eram ditos para desconfiarem qualquer avião que vissem no ar. E à beira do Rovuma civis tanzanianos dormiam em abrigos ou buracos.  
Aviões portugueses vadiavam como queriam no espaço aéreo tanzaniano.Enquanto eu e outros ex-estudantes de Dar Es Salaam estivemos no campo de refugiados de Rutamba, aviões portugueses sobrevoaram aquele campo por quatro vezes para lançarem panfletos em que apelavam aos fugitivos de Moçambique para não se misturarem ou apoiarem os terroristas, referência aos bandos  armados da Frelimo.
Foi graça ao governo do Kenneth Kaunda da Zâmbia que os frelimistas desviaram a atenção das forças armadas portuguesas por operarem em Tete onde a sua primeira tentativa para abrir uma frente em Tete tinha sido derrotada pelas tropas portuguesas. Estive no Seminário de Zobué quando o jornal Diário de Moçambique nos meados dos anos 1960 que recebíamos, e que eu lia com muita avidez como ler foi sempre o meu costume, reportou a debandada dos terroristas da Frelimo e mostrou fotografias de muita tropa da Cidade de Tete em Finge  e o material bélico dos terroristas e um comandante terrorista com cabelos encarapinhados de nome Eusébio oriundo de Charre, região de Mutarara, que tinha sido treinado na União Soviética que os soldados tinham capturado.
Depois de ter corrido com a Frelimo no Norte, Kaulza de Arriaga via-se de braços atados no Ocidente, ou seja em Tete, visto que os seus superiores civis em Lisboa decidiram que muita tropa estivesse em Cahora Bassa para proteger a edificação da barragem, pelo que Kaúlza ficou com pouca tropa para estar a procura dos homens armados da Frelimo.
Kaúlza tinha planeado atacar "as bases terroristas" na Tanzânia e na Zâmbia, mas Marcelo Caetano lhe proibiu por receio da reação internacional contra Portugal. Se ele tivesse atacado na Tanzânia e na Zâmbia, a situação da Frelimo teria sido muito outra. Talvez sob influência dum vinho, Caetano disse que "a preocupação principal de Portugal era defender o Cristianismo e não ganhar a guerra."  Incrível aquela imbecilidade da cabeça do Marcelo Caetano.
Quando os juniores fizeram a sua revolução em Portugal, eles deram ordens às tropas em Moçambique para pararem de lutar contra a Frelimo e retiraram de Moçambique o General Basto Machado que tinha substituído Kaúlza de Arriaga.  Foi então que os homens armados da Frelimo começaram a vadiar e alguns deles entraram na Zambézia sem combates.  E muitos deles, farrapados e cheios de piolhos e famintos, receberam roupa, sabão, e comida das tropas portuguesas que vieram mesmo a prender os oponentes da Frelimo e a entregar os prisioneiros aos chefes terroristas da Frelimo em Nachingwea.
Mas agora os novos diabos que a Frelimo enfrenta são muito diferentes.  Os do Norte, com a determinação e ideologia que tem nas suas cabeças que os faz considerar a Frelimo como PORCOS ou seja animais impuros e malditos, é melhor a Frelimo esquecer que negociara com eles. Eles não são como Afonso Dhlakama ou Ossufo Momade. Ou será a Frelimo ou eles a irem para o fundo das águas.  Não haverá outra saída para a guerra do Norte. A Frelimo deve saber  isto.
Quanto a Mariano Nhongo, ele já disse que ele não é Dhlakama com quem a Frelimo brincava, o que quer dizer que ele via os erros do  Dhlakama e não fará como o seu antigo chefe, principalmente na medida em que ele vai avançando contra a Frelimo.  E Nhongo não aceitará aldrabices. Ele já o disse.

EY: Se o Nhongo está para o povo entao que vá la no sul (Maputo) onde esses chefes da frelimo planeiam tudo e deixa de sacrificar os inocentes

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