05/06/2020
- Seis corpos foram encontrados na sede do posto administrativo de Chai, também atacada e ocupada na semana passada
O distrito costeiro de Macomia, em Cabo Delgado, já viu 37 das suas 52 aldeias atacadas pelos grupos insurgentes que, desde Outubro de 2017, aterrorizam as zonas norte e centro daquela província. Porque, de algum tempo para cá, os ataques são recorrentes e repetitivos em algumas aldeias, maior parte delas está, neste momento, às moscas.
Ou seja, a maior parte dos seus habitantes decidiu refugiar-se para as sedes distritais vizinhas, mas, actualmente está a sair das sedes distritais para a capital provincial, tendo em conta a deterioração das condições de segurança, incluindo nas vilas sedes dos distritos.
Com as 37 aldeias atacadas, significa que das 52 que perfazem a divisão administrativa do distrito, Macomia tem apenas 15 aldeias imaculados dos mortíferos e aterrorizantes ataques dos grupos armados, que se acredita terem alguma ligação com o comando africano do Estado Islâmico.
Nguida, Licangano, Liukwe, Namabo, Nkoe, Nanjaba, 5º Congresso, Onumoz, Ntapuala, Bangala 1, Pangane, Olumboa, Crimize, Lumuamua e Messano, são as aldeias ou localidades que, felizmente, ainda não tiveram visita de insurgentes.
Regresso a Chai e seis mortos confirmados
Desde a tarde de terça-feira, algumas pessoas residentes na sede do posto administrativo de Chai, distrito de Macomia, que haviam recorrido às matas desde quinta-feira da semana passada, começaram a regressar às suas zonas de residência.
Recorde-se que o ataque à vila de sede de Macomia aconteceu de forma simultânea com ataques a outras circunscrições administrativas, das quais o posto administrativo de Chai. Uma fonte daquele posto administrativo, disse que as pessoas tinham abandonado as suas casas para se esconder dos atacantes e, ontem, tarde (terça-feira), começaram a regressar às casas. Um residente local apontou que, até ao meio dia de terça-feira, tinham sido descobertos seis corpos sem vida, todos mortos a tiros.
Naquela sede de posto administrativo, várias residências foram queimadas, incluindo o Centro de Saúde local, onde eram atendidas as populações das aldeias Nova Zambézia, Litamanda, Chai-sede, 5º Congresso e Namabo.
A fonte, que é membro da estrutura de Chai-sede, disse que os insurgentes ficaram quatro dias no posto administrativo, sem qualquer resposta por parte das Forças de Defesa e Segurança.
Aliás, a unidade local das Forças de Defesa e Segurança não conseguiu fazer face ao ataque da madrugada de quinta-feira, razão que fez com que saísse e deixasse Chai-sede à mercê dos insurgentes.
O que se diz é que o efectivo das forças governamentais, que esteve em Chai, refugiou-se ao quartel de Mueda, o maior da região.
Litamanda é outra localidade atacada na quinta-feira, no mesmo distrito de Macomia. Assim sendo, todos os postos administrativos do distrito de Macomia já foram atacados. (Artigo co-produzido com a Zitamar, no âmbito do projecto Cabo Ligado, em parceria com a ACLED)
MEDIA FAX – 05.06.2020
NOTA: Afinal qual é a seguranças oferecida pelas FDS às populações. Basta os insurgentes “tossirem” para as ver desaparecer. Quem diria?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBQIE
Ou seja, a maior parte dos seus habitantes decidiu refugiar-se para as sedes distritais vizinhas, mas, actualmente está a sair das sedes distritais para a capital provincial, tendo em conta a deterioração das condições de segurança, incluindo nas vilas sedes dos distritos.
Com as 37 aldeias atacadas, significa que das 52 que perfazem a divisão administrativa do distrito, Macomia tem apenas 15 aldeias imaculados dos mortíferos e aterrorizantes ataques dos grupos armados, que se acredita terem alguma ligação com o comando africano do Estado Islâmico.
Nguida, Licangano, Liukwe, Namabo, Nkoe, Nanjaba, 5º Congresso, Onumoz, Ntapuala, Bangala 1, Pangane, Olumboa, Crimize, Lumuamua e Messano, são as aldeias ou localidades que, felizmente, ainda não tiveram visita de insurgentes.
Regresso a Chai e seis mortos confirmados
Desde a tarde de terça-feira, algumas pessoas residentes na sede do posto administrativo de Chai, distrito de Macomia, que haviam recorrido às matas desde quinta-feira da semana passada, começaram a regressar às suas zonas de residência.
Recorde-se que o ataque à vila de sede de Macomia aconteceu de forma simultânea com ataques a outras circunscrições administrativas, das quais o posto administrativo de Chai. Uma fonte daquele posto administrativo, disse que as pessoas tinham abandonado as suas casas para se esconder dos atacantes e, ontem, tarde (terça-feira), começaram a regressar às casas. Um residente local apontou que, até ao meio dia de terça-feira, tinham sido descobertos seis corpos sem vida, todos mortos a tiros.
Naquela sede de posto administrativo, várias residências foram queimadas, incluindo o Centro de Saúde local, onde eram atendidas as populações das aldeias Nova Zambézia, Litamanda, Chai-sede, 5º Congresso e Namabo.
A fonte, que é membro da estrutura de Chai-sede, disse que os insurgentes ficaram quatro dias no posto administrativo, sem qualquer resposta por parte das Forças de Defesa e Segurança.
Aliás, a unidade local das Forças de Defesa e Segurança não conseguiu fazer face ao ataque da madrugada de quinta-feira, razão que fez com que saísse e deixasse Chai-sede à mercê dos insurgentes.
O que se diz é que o efectivo das forças governamentais, que esteve em Chai, refugiou-se ao quartel de Mueda, o maior da região.
Litamanda é outra localidade atacada na quinta-feira, no mesmo distrito de Macomia. Assim sendo, todos os postos administrativos do distrito de Macomia já foram atacados. (Artigo co-produzido com a Zitamar, no âmbito do projecto Cabo Ligado, em parceria com a ACLED)
MEDIA FAX – 05.06.2020
NOTA: Afinal qual é a seguranças oferecida pelas FDS às populações. Basta os insurgentes “tossirem” para as ver desaparecer. Quem diria?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBQIE
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