Relatos horrendos de Macomia - O que se diz é que quem fosse encontrado e não soubesse responder “alguma coisa” do alcorão era imediatamente morto pelo bando atacante
Terão sido, essencialmente, três dias de ocupação. Quinta, sexta e sábado. Quando irromperam pelos bairros da vila de Macomia, os insurgentes terão se divido em três pequenos, mas numerosos grupos.
Calcula-se que os insurgentes eram compostos por um grupo maior que poderia variar entre os 100 e 120 elementos. À entrada dividiram-se pelos três grupos e por bairros diferentes. Nanga A e Nanga B foram as duas principais portas de entrada à vila. Iniciada a confrontação, aponta o relato de populares que conseguiram refugiar-se na mata e sobreviver a condições extremas durante três noites e três dias, as Forças de Defesa e Segurança (FDS), que terão feito cálculos errados sobre o número e o material bélico que o grupo trazia, ter-se-ão sentido obrigadas a recuar.
O recuo só aconteceu depois de intensos combates verificados e um pouco na lógica de proteger a população local que ainda se encontrava na vila, depois de grande parte ter-se refugiado nas matas. Foi nesta situação que o grupo, finalmente instalou-se na vila e começou a onda de uma verdadeira destruição.
Os helicópteros da Dyck em apoio às Forças de Defesa e Segurança pouco puderam fazer, muito pela inconveniência de avançar para bombardeamento a uma vila, com parte da população local ainda lá instalada. Nem se poderia avançar para a destruição das infra-estruturas públicas e privadas da vila, locais que os insurgentes usaram para se esconder dos bombardeiros de helicópteros em apoio às Forças de Defesa e Segurança em terra.
Nesta realidade, a vila terá ficado durante todo o dia de quinta, sexta e parte de sábado. Ou seja, três dias com os insurgentes lá. As FDS continuavam com dificuldades de retornar à vila, tendo em conta que a população local continua como principal escudo do bando.
Com a sua saída no sábado e com o regresso das populações aos seus bairros, relatos e descrições de verdadeiros horrores começaram a chegar na tarde de domingo.
Contabilizados 17 mortos
Nas contagens feitas pelas comunidades, até o final da tarde de domingo, um total de 17 corpos tinham já sido localizados, todos de cidadãos comuns. De acordo com um comerciante residente em Nanga A que, na noite de domingo, voltou a dormir na mata, devido ao medo de um novo ataque, só no seu bairro foram identificados oito mortos. Ele acrescentou que outra vítima mortal que conhece é de uma menor que faleceu na mata devido à fome. “Ela não mastigava mandioca, que era principal alimento durante os dias de esconderijo” – contou, descrevendo a situação, como dolorosa.
O comerciante informal disse que entre os mortos, há decapitados e mortos a tiros. Explicou que, até ao entardecer de domingo, seis corpos já tinham sido enterrados. Não foi possível completar o enterro dos outros dois identificados porque já estavam cansados e a noite do medo chegava. Ele acredita que muitas pessoas mortas não souberam responder nada de Islão. Outros mortos, acredita o comerciante, podem ser residentes locais considerados alcoólatras e que, em algum momento, terão abandonado os esconderijos e regressar aos bairros residenciais.
Terão sido, essencialmente, três dias de ocupação. Quinta, sexta e sábado. Quando irromperam pelos bairros da vila de Macomia, os insurgentes terão se divido em três pequenos, mas numerosos grupos.
Calcula-se que os insurgentes eram compostos por um grupo maior que poderia variar entre os 100 e 120 elementos. À entrada dividiram-se pelos três grupos e por bairros diferentes. Nanga A e Nanga B foram as duas principais portas de entrada à vila. Iniciada a confrontação, aponta o relato de populares que conseguiram refugiar-se na mata e sobreviver a condições extremas durante três noites e três dias, as Forças de Defesa e Segurança (FDS), que terão feito cálculos errados sobre o número e o material bélico que o grupo trazia, ter-se-ão sentido obrigadas a recuar.
O recuo só aconteceu depois de intensos combates verificados e um pouco na lógica de proteger a população local que ainda se encontrava na vila, depois de grande parte ter-se refugiado nas matas. Foi nesta situação que o grupo, finalmente instalou-se na vila e começou a onda de uma verdadeira destruição.
Os helicópteros da Dyck em apoio às Forças de Defesa e Segurança pouco puderam fazer, muito pela inconveniência de avançar para bombardeamento a uma vila, com parte da população local ainda lá instalada. Nem se poderia avançar para a destruição das infra-estruturas públicas e privadas da vila, locais que os insurgentes usaram para se esconder dos bombardeiros de helicópteros em apoio às Forças de Defesa e Segurança em terra.
Nesta realidade, a vila terá ficado durante todo o dia de quinta, sexta e parte de sábado. Ou seja, três dias com os insurgentes lá. As FDS continuavam com dificuldades de retornar à vila, tendo em conta que a população local continua como principal escudo do bando.
Com a sua saída no sábado e com o regresso das populações aos seus bairros, relatos e descrições de verdadeiros horrores começaram a chegar na tarde de domingo.
Contabilizados 17 mortos
Nas contagens feitas pelas comunidades, até o final da tarde de domingo, um total de 17 corpos tinham já sido localizados, todos de cidadãos comuns. De acordo com um comerciante residente em Nanga A que, na noite de domingo, voltou a dormir na mata, devido ao medo de um novo ataque, só no seu bairro foram identificados oito mortos. Ele acrescentou que outra vítima mortal que conhece é de uma menor que faleceu na mata devido à fome. “Ela não mastigava mandioca, que era principal alimento durante os dias de esconderijo” – contou, descrevendo a situação, como dolorosa.
O comerciante informal disse que entre os mortos, há decapitados e mortos a tiros. Explicou que, até ao entardecer de domingo, seis corpos já tinham sido enterrados. Não foi possível completar o enterro dos outros dois identificados porque já estavam cansados e a noite do medo chegava. Ele acredita que muitas pessoas mortas não souberam responder nada de Islão. Outros mortos, acredita o comerciante, podem ser residentes locais considerados alcoólatras e que, em algum momento, terão abandonado os esconderijos e regressar aos bairros residenciais.
Enquanto isso, um alfaiate residente no bairro Nanga B, disse que até 15 horas de domingo, sabia de terem sido contabilizados cinco mortos no bairro. Tinha, igualmente, indicação de que três crianças do bairro tinham perdido a vida nos esconderijos. Ou seja, na mata. A fome e falta de água foram o motivo.
Reclusos da cadeia distrital foram libertos. Eles, contou uma fonte, foram usados para carregar, em várias viaturas, os produtos do saque. Os insurgentes terão, na tarde de sábado, seguido até Miangalewa e de lá para a sua base nas baixas daquela região.
A crença de muitos residentes locais é que os próximos dias irão indicar melhor os danos humanos, porque se acredita que ainda haja corpos por serem descobertos.
Na verdade, o regresso às aldeias é ainda do ponto de vista de reconhecimento e avaliação de danos, pois, as pessoas continuam a regressar às matas para se esconder. Questionado em relação a insurgentes abatidos e elementos das FDS que terão perdido a vida na confrontação, a fonte apontou ter havido baixas de ambos os lados.
Explicou que viaturas militares foram vistas neste domingo carregando corpos com uniformes militares, não sabendo dizer, com exactidão, se se tratava de elementos das FDS ou de insurgentes, que também usam uniforme militar. Anotou ainda que, tendo os insurgentes permanecido na vila por três dias, é muito provável que parte considerável de seus elementos abatidos tenham sido enterrados pelos pares que abandonaram a vila no sábado.
Além de saquear vários bens, queimar e destruir muitas casas da população, confirma-se preliminarmente a destruição total e parcial de:
01-Loja da Movitel
02-Loja da Vodacom
03-Loja do Suqui
04-Pensão MM
05-Destruição da Cadeia
06-Mercado central da vila
07-Centro de saúde
08-Mesquita do sheik Sujai Aifa
09-SDEJT
10-Escola Primária Completa de Macomia-sede
11-Escritório do PMA.
MEDIA FAX – 02.06.2020
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