10/06/2020
Anastácio Matsinhe, porta-voz do Gabinete de Combate à Corrupção na província, especificou que os detidos são Arsénio Sebastião, correspondente da Deutsche Welle (DW), e de Jorge Malangaze, um ‘freelancer’, acusados de terem recebido subornos para não publicarem uma matéria relacionada à violação das regras do estado de emergência num estabelecimento hoteleiro em Sofala.
O facto de se ter destacado 12 agentes da autoridade para deter dois jornalistas suspeitos de prática de crime de corrupção passiva está a suscitar alguma celeuma na cidade da Beira, capital da província central de Sofala, onde aconteceram os actos. Pedindo para não ser nomeados, alegadamente por receio de represálias, alguns profissionais da comunicação social que falaram para o Correio da manhã disseram não pactuar com a corrupção, seja ela praticada por quem quer que seja, mas manifestaram estranheza pelo envolvimento de um “inusitado número de agentes apenas para prender dois jornalistas”.
“Cheira um pouco mal este enredo todo”, comentou outro jornalista, presumindo que “provavelmente aquele aparato visou passar uma mensagem para a classe toda”. Efectivamente, as autoridades moçambicanas detiveram, na segunda-feira, dois jornalistas na cidade da Beira, indiciados no crime de corrupção passiva, de acordo com uma fonte do Gabinete de Combate à Corrupção em Sofala. A prisão dos suspeitos já foi devidamente legalizada e ambos levados para a Cadeia Central da Beira.
Anastácio Matsinhe, porta-voz do Gabinete de Combate à Corrupção na província, especificou que os detidos são Arsénio Sebastião, correspondente da Deutsche Welle (DW), e de Jorge Malangaze, um ‘freelancer’, acusados de terem recebido subornos para não publicarem uma matéria relacionada à violação das regras do estado de emergência num estabelecimento hoteleiro em Sofala.
“Eles contactaram o proprietário do estabelecimento e cobraram valores monetários para que não fossem exibidas as peças feitas sobre o estabelecimento, e o proprietário fez uma denúncia ao gabinete. Trata-se um crime de corrupção passiva para ato ilícito”, disse Anastácio Matsinhe.
Os dois repórteres teriam fotografado e filmado o estabelecimento “abarrotado e com pessoas a consumir álcool durante a noite”, violando as regras do estado de emergência, segundo Arsénio Sebastião, correspondente da DW e um dos indiciados.
Os jornalistas foram pedir esclarecimentos à gerente do estabelecimento, que recomendou que falassem com o proprietário: Manuel Ramissane, um deputado da Assembleia da República pela ban cada parlamentar do partido governamental - Frelimo.
De acordo com o porta-voz do Gabinete de Combate à Corrupção em Sofala, os repórteres chantagearam Manuel Ramissane, que foi alegadamente orientado pelas autoridades a fingir que aceitava subornar os dois para evitar a divulgação do material. Os jornalistas terão recebido cinco mil meticais (aproximadamente 71 dólares norte-americanos) e foram detidos em flagrante, segundo o porta-voz do Gabinete de Combate à Corrupção em Sofala.
“Cheira um pouco mal este enredo todo”, comentou outro jornalista, presumindo que “provavelmente aquele aparato visou passar uma mensagem para a classe toda”. Efectivamente, as autoridades moçambicanas detiveram, na segunda-feira, dois jornalistas na cidade da Beira, indiciados no crime de corrupção passiva, de acordo com uma fonte do Gabinete de Combate à Corrupção em Sofala. A prisão dos suspeitos já foi devidamente legalizada e ambos levados para a Cadeia Central da Beira.
Anastácio Matsinhe, porta-voz do Gabinete de Combate à Corrupção na província, especificou que os detidos são Arsénio Sebastião, correspondente da Deutsche Welle (DW), e de Jorge Malangaze, um ‘freelancer’, acusados de terem recebido subornos para não publicarem uma matéria relacionada à violação das regras do estado de emergência num estabelecimento hoteleiro em Sofala.
“Eles contactaram o proprietário do estabelecimento e cobraram valores monetários para que não fossem exibidas as peças feitas sobre o estabelecimento, e o proprietário fez uma denúncia ao gabinete. Trata-se um crime de corrupção passiva para ato ilícito”, disse Anastácio Matsinhe.
Os dois repórteres teriam fotografado e filmado o estabelecimento “abarrotado e com pessoas a consumir álcool durante a noite”, violando as regras do estado de emergência, segundo Arsénio Sebastião, correspondente da DW e um dos indiciados.
Os jornalistas foram pedir esclarecimentos à gerente do estabelecimento, que recomendou que falassem com o proprietário: Manuel Ramissane, um deputado da Assembleia da República pela ban cada parlamentar do partido governamental - Frelimo.
De acordo com o porta-voz do Gabinete de Combate à Corrupção em Sofala, os repórteres chantagearam Manuel Ramissane, que foi alegadamente orientado pelas autoridades a fingir que aceitava subornar os dois para evitar a divulgação do material. Os jornalistas terão recebido cinco mil meticais (aproximadamente 71 dólares norte-americanos) e foram detidos em flagrante, segundo o porta-voz do Gabinete de Combate à Corrupção em Sofala.
Falando à comunicação social a partir do posto policial onde está detido, o correspondente da DW afirmou que foi o proprietário do estabelecimento quem tomou a iniciativa, considerando ter sido alvo de uma “emboscada”. “Ele meteu a mão no bolso e entregou-nos o valor para que não publicássemos a informação. Aceitamos pensando que era o ‘Nelinho’ de antes e de repente, à saída, apareceram 12 agentes”, declarou o jornalista, aludindo conhecer o proprietário do estabelecimento.
Paulo Maduco, representante do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) em Sofala disse condenar a eventualidade de os dois profissionais se terem envolvido em actos de corrupção. Disse não conhecer alguma mácula do Arsénio Sebastião, mas referiu ter já chamado à atenção ao Jorge Malangaze “por umas três vezes”, no sentido de evitar postura pouco decorosa no exercício da profissão.
“É uma situação naturalmente lamentável” - afirmou Maduco, chamando atenção aos jornalistas para “evitar usar o título de jornalista para fazer coisas indecorosas, pois isso fere a moral do jornalista”.
Moçambique vive em estado de emergência desde 01 de Abril, tendo sido prorrogado por duas vezes, até 29 de Junho. Durante esse período, o país vive com várias restrições: todas as escolas estão encerradas, espaços de diversão e lazer também estão fechados, estão proibidos todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se à população que fique em casa, se não tiver motivos de trabalho ou outros essenciais para tratar. Moçambique conta com 453 casos de covid-19 (317 activos), dois óbitos e 136 recuperados, de um total de 15190 testados. A pandemia de covid-19, oficialmente detectada na China em Dezembro de 2019, já provocou mais de 406 mil mortos e infectou mais de 7,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito na manhã de terça-feira pela agência francesa AFP.
CORREIO DA MANHÃ – 10.06.2020
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