O financiamento da participação do Estado no consórcio da Área 1 de exploração de gás natural do país "está assegurado", disse hoje o presidente do Instituto Nacional do Petróleo (INP), Carlos Zacarias.
"Cada investidor tem de ter um capital mínimo para entrar no projeto" e no caso da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), os parceiros aceitaram uma garantia do Estado moçambicano no valor de 2,25 mil milhões de dólares (2 mil milhões de euros), válida por cinco anos.
Depois dessa parcela, há 15 mil milhões de dólares (13,3 mil milhões de euros) de financiamento bancário, recentemente aprovado e em que há "uma componente" que cabe à ENH, que, tal como os restantes participantes no consórcio, assume a dívida.
De momento, "trabalha-se no afinamento da estrutura de financiamento" que "já está assegurado para todos" os participantes do consórcio, "de uma forma global", referiu hoje Carlos Zacarias.
Aquele responsável falava aos jornalistas em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, onde as autoridades governamentais iniciaram hoje um encontro de dois dias com o consórcio da Área 1 de exploração de gás natural em Moçambique, liderado pela Total.
Apesar de ter havido um surto de COVID-19 no recinto de construção do complexo industrial, na Península de Afungi, a situação foi dada como resolvida no início deste mês e a área será palco de uma visita do ministro dos Recursos Minerais e Energia nesta sexta-feira.
Nem a pandemia, nem os ataques armados na região em redor do investimento comprometeram a meta: a Total mantém o ano de 2024 como prazo previsto para iniciar a produção naquele que é o maior projeto de investimento em curso em África.
A partir de perfurações no fundo do mar, o gás vai ser canalizado para um complexo industrial em construção na península de Afungi.
O empreendimento vai ter duas linhas de liquefação de gás com capacidade total de produção de 12,88 milhões de toneladas por ano (medição para a qual se usa a sigla mtpa) ligadas a um cais para 16 navios cargueiros especiais poderem ser atestados com LNG (sigla inglesa para gás natural liquefeito).
O consórcio tem contratos de venda fechados sobretudo para mercados asiáticos (China, Japão, Índia, Tailândia e Indonésia), mas também europeus, através da Eletricidade de França, Shell e a britânica Cêntrica.
Ao lado das obras da fábrica já está operacional uma pista de aviação e nascem outras infraestruturas, como novas aldeias de reassentamento das populações que viviam no espaço ocupado agora pelo recinto do complexo industrial.
"Cada investidor tem de ter um capital mínimo para entrar no projeto" e no caso da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), os parceiros aceitaram uma garantia do Estado moçambicano no valor de 2,25 mil milhões de dólares (2 mil milhões de euros), válida por cinco anos.
Depois dessa parcela, há 15 mil milhões de dólares (13,3 mil milhões de euros) de financiamento bancário, recentemente aprovado e em que há "uma componente" que cabe à ENH, que, tal como os restantes participantes no consórcio, assume a dívida.
De momento, "trabalha-se no afinamento da estrutura de financiamento" que "já está assegurado para todos" os participantes do consórcio, "de uma forma global", referiu hoje Carlos Zacarias.
Aquele responsável falava aos jornalistas em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, onde as autoridades governamentais iniciaram hoje um encontro de dois dias com o consórcio da Área 1 de exploração de gás natural em Moçambique, liderado pela Total.
Apesar de ter havido um surto de COVID-19 no recinto de construção do complexo industrial, na Península de Afungi, a situação foi dada como resolvida no início deste mês e a área será palco de uma visita do ministro dos Recursos Minerais e Energia nesta sexta-feira.
Nem a pandemia, nem os ataques armados na região em redor do investimento comprometeram a meta: a Total mantém o ano de 2024 como prazo previsto para iniciar a produção naquele que é o maior projeto de investimento em curso em África.
A partir de perfurações no fundo do mar, o gás vai ser canalizado para um complexo industrial em construção na península de Afungi.
O empreendimento vai ter duas linhas de liquefação de gás com capacidade total de produção de 12,88 milhões de toneladas por ano (medição para a qual se usa a sigla mtpa) ligadas a um cais para 16 navios cargueiros especiais poderem ser atestados com LNG (sigla inglesa para gás natural liquefeito).
O consórcio tem contratos de venda fechados sobretudo para mercados asiáticos (China, Japão, Índia, Tailândia e Indonésia), mas também europeus, através da Eletricidade de França, Shell e a britânica Cêntrica.
Ao lado das obras da fábrica já está operacional uma pista de aviação e nascem outras infraestruturas, como novas aldeias de reassentamento das populações que viviam no espaço ocupado agora pelo recinto do complexo industrial.
Está também prevista a construção de uma nova urbe onde agora existe mato, hortas e aldeias rurais: o plano conhecido como "cidade do gás" compreende 1.200 hectares de áreas residenciais, 3.800 hectares para novas áreas industriais (associadas ao LNG), 2.300 para agricultura, 8.000 para áreas verdes e 214 hectares destinados a infraestruturas turísticas.
A Total lidera o consórcio da Área 1 com 26,5%, ao lado da japonesa Mitsui (20%) e da petrolífera estatal moçambicana ENH (15%), cabendo outras participações à indiana ONGC Videsh (10%) e à sua participada Beas (10%), à Bharat Petro Resources (10%), e à tailandesa PTTEP (8,5%).
Além do plano de desenvolvimento da Área 1, outros dois estão aprovados para explorar as jazidas da bacia do Rovuma, na área 4, operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma 'joint venture' em co-propriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70 por cento de interesse participativo no contrato de concessão.
No entanto, este consórcio anunciou em abril o adiamento da decisão final de investimento do seu principal projeto (reservas Mamba) que prevê a produção de 15 mtpa.
As petrolíferas da Área 4 mantém em andamento o projeto de extração das reservas Coral Sul, através de uma plataforma flutuante, que deverá estar pronta em 2022 e produzir 3,4 mtpa.
Os investimentos previstos nos três planos de desenvolvimento de exploração de LNG na bacia do Rovuma deverão colocar Moçambique entre os principais produtores do mundo.
LUSA – 18.06.2020
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