07/11/2020
A DECLARAÇÃO CONFUSA E REVELADORA DE JASMINE OPPERMAN SOBRE A GUERRA EM CABO DELGADO
“Um dos maiores erros que o Governo fez foi permitir que os insurgentes ocupassem Mocímboa da Praia por um longo período de tempo, porque temos vistos novos recrutas a juntarem-se, e a juntarem-se de livre vontade”, disse Jasmine Opperman, do Projecto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED, na sigla em inglês), durante o seminário virtual “A segurança marítima pode virar a maré contra os insurgentes de Cabo Delgado”, organizado pelo Instituto de Estudos de Segurança (ISS África).
Não culpo Jasmine Opperman por abrir a sua boca e dizer o que quer -- que o que diz faz sentido ou não. A liberdade de expressão requere que as pessoas falem como querem sobre assuntos que lhes preocupam ou dizem respeito e os incomodam.
Mas a liberdade de expressão não requere que pessoas concordem com aqueles que regurgitam coisas que não fazem sentido. Parece-me que Jasmine Opperman falou talvez depois de não sei o quê..... A verdade é que a Frelimo foi escorraçada de Mocímboa da Praia num Blitzkrieg, ou seja numa Operação Relâmpago, dos rebeldes que montaram cerca de sete invasões a Mocímboa da Praia antes de tomar a vila e espatifar os bandidos armados do Nyusi, tendo capturado alguns deles, forçado outros a se renderem e pressionado o resto da soldadesca a se meter em fuga debandada e precipitada.
O próprio Alto comando das forças da Frelimo acaba de admitir que os rebeldes não só controlam Mocímboa da Praia, o seu aeroporto e o porto mas também todo o distrito de Mocímboa da Praia. Portanto, a Frelimo e os seus mercenários não permitiram os rebeldes tomar Mocímboa da Praia. Foram batidos a valer e expulsos da vila e do distrito de Mocímboa da Praia.
Podemos também agradecer a Jasmine Opperman por nos revelar o que a Frelimo nega e os seus aliados principalmente na Europa regurgitam que os rebeldes são alguns corta-pescoços visto que ela diz que jovens se juntam a rebeldia de livre vontade e os rebeldes não os pressionam a fazê-lo. Segundo ela, a rebelião é portanto uma revolta popular contra o regime terrorista da Frelimo.
Jasmine Opperman repete uma falácia da Frelimo que quer nos fazer acreditar que os rebeldes não são moçambicanos, mas sim uns estrangeiros que chegam na região por via marítima com armas, enquanto que o material bélico dos rebeldes vem de capturas a soldadesca da Frelimo; e é também secretamente fornecido por alguns militares da própria Frelimo.
O facto de que até a data nem a marinha francesa nem a americana no Índico, e os seus satélites, que seguem os movimentos de navios na região descobriram e interceptaram tráfico de barcos com homens e material bélico para Cabo Delgado. Os rebeldes não dependem de tal tráfico de homens e material bélico vindo do Médio Oriente ou de qualquer outra parte do mundo. Eles estão motivados por justas causas sociais, políticas e religiosas e pugnam para a sua libertação do jugo tirânico do regime da Frelimo.
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