"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sábado, 5 de janeiro de 2019

*Súcia de criminosos que a história julgará*





CTA
SALIMO ABDULA, ROGÉRIO MANUEL E SEUS APANIGUADOS

Miguel Paulo articulista do Público brindou esta semana a sociedade civil moçambicana e a comunidade empresarial, já há bastante tempo agastada com a permanência na direcção da CTA daqueles malfeitores, um artigo nos termos do qual Rogério Manuel representava uma dinastia, mais elencou pontos que no seu entender representam passos marcantes de um alegado prelado glorioso.

O artigo em referência representa um ponto de vista de certo modo entorpecido e pejado de incongruências que não ajudam a pretensão do autor que neste caso pretende branquear a história, transformando o vilão Rogério Manuel num santo.

Rogério Manuel nunca liderou nenhuma dinastia como o autor pretende mas sim pertence ao braço armado de uma “gang” liderada por Salimo Abdula. Os adjectivos que são atribuídos aos membros desse grupo não são obras do mero acaso, até se pode dizer que os membros desta organização satânica foram tratados de forma eufémica senão vejamos:

Vamos avivar a memória dos leitores no que se refere a génese da CTA e os objectivos entretanto preconizados pela agremiação.

No ano de 1996 com a abertura do país a economia do mercado em contraposição a uma economia centralizada capitaneada pelo Estado, o sector privado foi eleito como motor de desenvolvimento da economia. Este facto mereceu até dignidade constitucional e, para tanto, era preciso criar uma agremiação que servisse de interlocutor do sector privado com o governo para a criação de um quadro legal que favorecesse o investimento privado, nacional e estrangeiro e criação de um bom ambiente de negócios.

Foi nesta base que se criou a Comissão de Trabalho das Associações (CTA) sabiamente liderada por Mário Ussene até a formalização que foi presidida pelo senhor Egas Mussanhane. Para nao matar a história e a dedicação dos integrantes desta comissão que primou pela dedicação, lisura e comprometimento no lançamento das bases do papel do sector privado no novo modelo económico que o pais tinha optado, adoptaram formalmente o nome de Confederação das Associações Económicas de Moçambique mas com a designação CTA em homenagem ao empenho e ao trabalho feito por estes homens. Até aqui havia um único interesse que era ajudar o Estado a sair das amaras do comunismo, da burocracia estatal e estes homens trabalharam desinteressadamente para um fim altruísta que serve a todos nós, como povo e como nação, pelo que, desde já e aqui, aproveitamos para homenageá-los pelos seus feitos, o nosso muito obrigado, irmãos!

Volvidos dois mandatos de Egas Mussanhane, o país começava a registar sinais inequívocos de recuperação económica, com empresas de referência a assediar o mercado e a realizar investimentos, graças ao trabalho abnegado do grupo que cimentou a CTA.

A visibilidade que a organização já granjeara tornou-a muito apetecível a alguns grupos de interesse que ascendiam a “um lugar ao sol“. A saída de Egas Mussanhane abriu espaço a um desses grupos liderado por Salimo Abdula, e foi assim que este lançou a sua candidatura, obviamente uma candidatura milimetricamente planejada com uma agenda clara urdida na calada da noite pelos seus patrões.

Nao há nenhum moçambicano que não conhece o patrão do Salimo, desde o seu escritório no cruzamento das avenidas Samora Machel e 25 de Setembro, donde saiam as ordens para com os métodos já sobejamente conhecidos saquear a EDM e outras empresas publicas, para hoje ele apresentar-se ao público como um milionário, influente, petulante e tributário de uma riqueza franciscana que se ombreia nos corredores da fama com os mais reputados industriais de África.

A ida de Salimo para a CTA tinha em vista um objectivo muito mais claro na venda das oportunidades do país no exterior, angariação das oportunidades de negócio não para os associados mas para o grupo de interesse como aliás aconteceu, e na sua exposição publica ao mundo nas viagens com o Chefe de Estado como homem de contacto.

No processo desta sua candidatura ao primeiro mandato, enfrentou uma outra candidatura do Eng.º. Carlos Simbine, que apresentava na altura melhor perfil para liderar a agremiação face ao seu porte público e a sua ligação umbilical com o sector industrial. Salimo infiltrou-se na Associação Comercial e engendrou uma fraude aquela que fez escola na candidatura do seu sucessor Rogério Manuel e que ontem foi tentada mas frustrada pelo Tribunal na actual candidatura de Vuma que é, neste caso, a historieta do candidato único.

Na disputa entre Carlos Simbine e Salimo Abdula, a baixaria e os expedientes sujos usados pelo grupo de interesse que suportou a candidatura de Salimo por razões inconfessáveis, ditou que Eng.º. Carlos Simbine, impoluto que é, não quis prestar-se a baixaria pois disso nao tinha vantagens a ganhar e nem fazia parte da sua educação, permitindo assim, que Salimo Abdula concorresse sozinho sob os auspícios dos seus patrões.

Assaltou o poder e, a partir daí, começou a trabalhar para o grupo, vendia as oportunidades do país no exterior ganhando comissões, participações em empresas, ele e os seus comparsas viajavam com o Presidente da República e com uma pose no exterior para mostrar “quem quiser falar com o Presidente fala

comigo”. Com esta sua pose, brilhou no mercado português sendo citado em todos os circuitos empresarias como o homem de confiança de Guebuza.

Este senhor fez e desfez, pontapeava a porta da Presidência da República, entrava desde a cozinha à varanda, embaraçava a segurança do Estado, dava ordem a ministros, directores e PCA’s de empresas públicas.

O ministro, o Director ou o PCA que ousasse incumprir os seus pedidos era defenestrado eou vilipendiado em público.

A saga assassina deste grupo liderado pelo Salimo Abdula descapitalizou por completo a Electricidade de Moçambique (EDM) e, em contrapartida, ele e o seu patrão enriqueceram como estão hoje. A EDM tentou vários planos de restruturação mas o dano causado por este senhor e seus patrões não permite que ela recupere. Hoje, nem o mais sábio Director da EDM não consegue gizar solução para permitir que a EDM saia deste buraco.

Durante o seu prelado recebia mais de dois milhões de dólares por ano que espatifava em viagens com os seus amigos para angariar negócios para o grupo e não para a agremiação, com orgias a mistura com algumas meninas de saia justa. Mais conseguiu, graças a ligações promíscuas que mantinha com o então Chefe do Estado empobrecido e com o dinheiro dos contribuintes, fornecesse para as suas viagens com os seus amigos e meninas, o valor de cerca de três milhões de dólares por ano. Estes valores eram gastos levianamente e nunca foram sujeitos a auditoria nem da Inspecção Geral das Finanças apesar de serem dinheiros provenientes do Orçamento do Estado, graças a sua intocabilidade e por recearem ser desmascarados.

Repare que este dinheiro nunca foi inscrito nas contas públicas, nao é sujeito a fiscalização prévia do tribunal administrativo, nunca foi sujeito a fisca

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