28/01/2019
Pela primeira vez, oiço um dirigente da Frelimo, o ex-presidente de Moçambique Joaquim Alberto Chissano, falar de reconciliação de todos os Moçambicanos, para se alcançar a paz pretendida no País. São verdadeiramente estranhas tais afirmações de Chissano. Então não se recorda que ele foi dos elementos da Teia Renegada que desprezou as outras forças políticas que existiam no País?? Este facto, é do conhecimento de todos. Enquanto na vizinha África do Sul, após a guerra, houve entre o regime do Apartheid e o ANC e as outras forças políticas, um convénio de forma que a seguir á Independência do País, se constituísse uma comissão para a reconciliação Nacional, sem olhar o passado, salvaguardando negros, brancos, mestiços etc. Em todos os Sul-Africanos criaram um sentimento e um clima de confiança, unindo-os num esforço comum para o desenvolvimento do País.
A Frelimo, não quis nem aceitou sentar-se à mesma mesa da auto-critica, com os outros partidos, quando chegou ao poder. Tomou todos os demais como 100% reaccionários e inimigos da Pátria. Razões egoístas e de oportunidade política, desde logo quiseram monopolizar o Poder e dividi-lo entre eles, não obstante o País não ser propriedade exclusiva de um só grupo de Moçambicanos. O Dr. Eduardo Mondlane, primeiro Presidente da Frente de Libertação de Moçambique, em várias ocasiões nas suas conferências quando em vida, se lhe perguntavam qual seria o futuro da Frelimo após alcançar a vitória final, dizia sempre que a Frelimo, era apenas um movimento que lutava pela liberdade e Independência Nacional. Depois de alcançada a vitória, iria ocupar um lugar no Museu da História de todos os Moçambicanos, do Rovuma ao Maputo e de Zumbo ao Oceano Índico. Significava esta afirmação que os Moçambicanos poderiam livremente formar os seus Partidos e disputar eleições livres e democráticas. O vencedor formaria governo e naturalmente não devia excluir a presença e a actividade da oposição. Eu, assisti a vários discursos do Presidente Dr. Eduardo Mondlane, em Bagamoyo, Kongwa, etc. Estive na sua residência em Oster-Bay como segurança e via jornalistas entrarem e saírem, mas nunca ouvi da boca do Presidente, dizer que depois de Portugal descolonizar Moçambique, seriamos nós Frelimo, que continuaria-mos a colonizar ou escravizar os Moçambicanos.
Essa teoria do Dr. Eduardo Mondlane, no futuro nunca foi posta em prática. Após a sua morte, sem que o povo Moçambicano fosse consultado, implantaram-se novos idiais marxistas-leninistas, sem interesse nenhum para um Povo incúlto nessas doutrinas. Pior foi quando a Teia Renegada Frelimista, se apropriou da formada Frente de Libertação de Moçambique por meio das armas e tornaram-se donos dos destinos dos seus verdadeiros fundadores e os eliminaram. Depois tudo se tornou fácil e ignoraram por completo as boas intenções do então 1º Presidente da Frelimo após o seu assassinato.
Chamo à atenção dos leitores de ``Zeca Caliate voz da verdade``, que os textos por mim escritos não são histórias inventadas por razões de vingança ou por aquilo que os dirigentes da Frelimo tentaram armar contra mim. O mesmo aconteceu a outros elementos daquela organização. Nada o que eu escrevo são palavras vãs e soltas, baseiam-se na realidade vivida por mim e por outros que lutaram e tiveram a mesma sorte que eu. Mais uma vez, volto a recordár-vos a todos para terem atenção e gravem nas vossas mentes o que o comandante Zeca Caliate escreveu nos seus artigos, pois são realidades irrefutáveis. Quando em 1974 a Frelimo ascendeu ao poder, distribuiu um impresso para ser preenchido pelos camaradas no qual informava todos os que passaram pela Frelimo, se quisessem poderiam regressar de novo ás fileiras da Frelimo ou às suas terras em Moçambique. A Frelimo não esqueceria o que os camaradas tinham feito anteriormente pela causa. Chamo a atenção de todos no entanto que abandonaram aquela organização, escrevam o que lhes aconteceu nas suas vidas, durante o período em que lutaram pela Frelimo. Eu estou tranquilo e não tenho receio por aquilo que escrevo e toda minha família sabe. Se me acontecer algo de mal, só a Teia Renegada Frelimista, deve ser considerada culpada. Os criminosos, os gananciosos, sentem-se intocáveis e não gostam de ser incomodados por ninguém, agem na sombra dissimuladamente.
Na verdade, eles são cobardes sem cura, pois após as muitas críticas que lhes dirijo, desde a minha obra Odisseia de um Guerrilheiro e de outros textos que lhes escrevi e continuo a escrever dizendo as verdades, eles não reagem, continuam mudos. É uma atitude de cobardia!!! Têm controladas as instituições Públicas, as F.D.M., POLÍCIA DE INTERVENÇÃO RÁPIDA, OS TRIBUNAIS, TELEVISÃO PÚBLICA, RÁDIOS, ALGUNS JORNAIS, ETC. Os jornalistas não podem escrever artigos contra o regime e se não estão a favor, correm o risco de ser baleados na via pública. Onde é que aprenderam esta doutrina ?? na China? Na URSS? Talvez num país do médio-oriente onde existe uma guerra entre Israelitas e Palestinianos, pela razão de uns serem Judeus e outros Árabes??.
Eu não deixo de apontar o dedo aos culpados da situação triste que sempre se viveu na Frelimo e se alastrou até os dias de hoje, 41 anos depois de Moçambique se tornar Independente. Neste texto volto mais uma vez a citar os nomes de algumas pessoas que criaram o caos em 1967/68 no seio da Frelimo, quando assassinaram Magaia e Mondlane e depois expulsaram o Vice-Presidente da Frelimo Uria Timóteo Simango. Mais tarde injustificadamente, recapturam-no juntamente com a sua esposa D.Celina Simango e os assassinaram. Silvério Nungo bem como outros quadros de alto nível do Partido, seguiram o mesmo caminho além dos comandantes Provinciais. Foram então recrutados mancebos para ocuparem os seus lugares, apenas para baralhar a história da Frelimo para encobrir o mal já feito. Foi isso, que provocou a fuga de muitos quadros. Também de referir que foi este mesmo grupo que destruiu o ``Mozambique Institut`` em Dar-és-salaam onde tínhamos muitos estudantes que hoje seriam o orgulho do País. Samora Machel, preferiu destruir aquela escola, porque a maioria que a frequentava eram do Centro / Norte. Daí a perseguição até a morte do Padre Gwejere. Jurei um dia denunciá-los, porque foram eles os principais autores dessa situação degradante que prevalece no nosso País. Enquanto a Teia, leva uma vida de luxo e seus filhos estudam nas melhores Universidades do mundo, outras famílias há privilegiadas que têm seus familiares como executivos, nos Países da Europa, alguns como embaixadores , etc, Isto por serem lacaios da Teia Renegada... Ao que Chegámos!!!, será que em Moçambique não existem indivíduos que estudaram como eles para ocuparem estes lugares??? Seriam pessoas que durante a luta pela Independência, não mostravam a cara e se recusavam oferecer um copo de água aos guerrilheiros!!??.
Eu fui comandante, combati o regime colonialista, não tenho medo de o afirmar. Quando entrei com os meus camaradas na Província de Tete, podem não acreditar, mas é verdade, o nosso pequeno-almoço, almoço e jantar, era maçanica. O que é a maçanica?? É uma fruta silvestre que abunda nas zonas ribeirinhas e sobretudo ao longo do rio Zambeze, Deque, Mocumbura, Luuye etc. Quem percorreu aquelas zonas como eu sabe que assim foi.
DE TUDO QUANTO O POVO MOÇAMBICANO SOFREU ATÉ OS DIAS DE HOJE, APONTO O DEDO AOS SEGUINTES CULPADOS:
1º-Samora Moisés Machel, que se auto proclamou unilateralmente Presidente da Frelimo em 1969 após a morte de Eduardo Mondlane. Não houve realização do congresso, para que fosse eleito o novo dirigente máximo do Partido Frelimo. Quem tinha legitimamente o direito a assumir a Presidência da Organização seria o vice-presidente Uria Timótio Simango. Além disso, na ausência do 3º congresso o Comité Central (CC) da Frelimo não se reuniu para analisar a situação. Samora Machel, preferiu convocar seus amigos mais próximos para uma reunião em Nachingwea e além de alguns comandantes da Província de Cabo Delgado e Niassa que legitimaram o seu golpe-militar. Os membros que faziam parte do Comité Central anterior, não foram convocados e posteriormente foram declarados personas non-gratas no novo Comité Central pré-fabricada por Samora Machel.
2º-Marcelino dos Santos, tinha sido suspenso de qualquer exercício ou atividade, pelo Presidente da Frelimo Dr. Eduardo Mondlane e para ocupar a sua pasta nas relações exteriores da Frelimo e nomeou o seu vice-Presidente Uria Simango que acumulou os deveres das relações exteriores. Queixou-se Marcelino aos seus amigos Chineses, de que os ``PRETOS`` Moçambicanos eram racistas. Marcelino, mais tarde viria a recuperar o lugar de vice Presidente da Teia Renegada , quando Samora Machel correu com Simango. Marcelino então colaborou activamente e em silêncio com Samora Machel e foi um dos responsáveis de tudo quanto aconteceu no seio da Organização. Como ele, não havia ninguém com mais ódio a Uria Simango, aliás, os dois, Simango e Marcelino viveram sempre em desavenças desde a fundação da Frelimo. Foi dessa disputa que Samora Machel se aproveitou para correr com então o vice-presidente. Forçaram Uria Simango a aceitar aquilo a que chamaram Poder em Triunvirato, com o objectivo de controlar e derrubar Simango.
3º-Joaquim Alberto Chissano, chefe de toda a rede da Teia Renegada, e Segurança de toda a Mafia da Frelimista. Foi quem trabalhou dia e noite para apoiar e manter Samora Moisés Machel, como Presidente da Frelimo. Os dois não se separavam e pareciam irmãos gémeos. Para onde Samora se dirigia era seguido por Joaquim Chissano como seu guarda-costas. Os dois, provocaram desacatos e danos incalculáveis nas pessoas dentro da Frente de Libertação de Moçambique. Bastava um decidir o outro executava. Eu, comandante Zeca Caliate, voz da verdade, tenho muitas história desses dois para contar brevemente. Morreu Samora que era perigoso, e ficou o pior para continuar o drama que é a história da Frelimo e de Moçambicanos.
4º-Alberto Joaquim Chipande, este é outro ANIMAL que manchou a história da Frelimo. Conheço-o pessoalmente, encontrei-me com ele no campo de Nachingwea em 1969, ano de viragem da verdadeira história da Frelimo. Ele tinha vindo áquele campo para estagiar, tal como eu que tinha vindo da Província de Tete juntamente com outros quadros provenientes da Província de Niassa. Éramos todos estagiários pertencentes ao Estado-Maior das Forças Populares de Libertação de Moçambique (F.P.L.M.). O refeitório onde tomávamos as refeições juntamente com Samora Machel era o mesmo. Alberto Chipande, era um homem muito respeitador e era também respeitado por nós todos, sendo de poucas falas. Parecia ser bom camarada e também parecia um pouco mais velho. Vivia com a sua mulher que era mais nova do que ele e era também Makonde. Ninguém se interessava em querer saber o nome dela, apenas lhe tratávamos camarada chefe por ser esposa do chefe. Dormia com seu marido numa barraca ao lado do dormitório de Samora Machel. Mais tarde, quando Samora se intitulou Presidente da Frelimo, acumulou com o Departamento da Defesa (D.D), e nomeou Alberto Chipande para seu adjunto . Em conversa entre nós dos quadros, comentava-se que Alberto Chipande tinha assassinado o seu progenitor no início da luta armada em Cabo Delgado, por este desconfiar que seu Pai fornecia informações às tropas coloniais sobre movimentos de guerrilheiros naquela Província . Ficávamos todos espantados por aquele homem ter assassinado o seu próprio Pai!!! Uns fora do seu núcleo, chamavam-lhe estúpido , outros diziam que não era coisa do outro mundo. Mais tarde, na véspera da ofensiva Nó-Górdio levado a cabo pelo General Kaúlza de Arriaga na frente de Cabo Delgado, Samora Machel, destacou um grupo de quadros chefiados por Alberto Chipande para seguirem para aquela Província em Guerra. Ali tornou-se Rei dos Makondes, por ter conseguiu dominar a situação e simultâneamente tornou-se amigo de Raimundo Pachinuapa. Os dois juntos correram com verdadeiro Rei dos Makondes Lazaro Nkavandame, que viria mais tarde render-se às tropas Portuguesas. A seguir foi a minha vez de ser nomeado por Samora Machel para dirigir o batalhão que foi enviado para a Província de Tete. Depois de atravessar o rio Zambeze instalei-me ao sul da mesma Província, em novembro de 1970. Em Setembro de 1973, escapei de um plano da morte que Samora e seu grupo tinha planeado contra mim.
5º-Mariano Araújo Matsinhe, outro cúmplice extremamente perigoso, gostava de trabalhar nos bastidores dos Frelimistas. Ele, como Joaquim Chissano ao que parece, nasceram para eliminar as pessoas que não eram do seu agrado. Os dois foram batizados pelo mesmo feiticeiro, gostavam de ver sem ser vistos e ouvir sem serem escutados. Com este animal, vivi com ele durante algum tempo na cidade de Lusaka na Republica da Zâmbia, onde planeou juntamente com Francisco Langa o desaparecimento de dois camaradas Francisco Cufa e Carlos Djama Representantes da Frelimo no Departamento de Defesa naquele País após o assassinato de Filipe Samuel Magaia. Mariano Matsinhe é muito mentiroso, gosta de iludir as pessoas ao dizer que é natural da Província de Tete, quando é mentira, pois eu combati durante 8 anos naquela Província, nunca encontrei ninguém com apelido dos Matsinhes, parece ter vergonha de dizer que é natural de Gaza.
Mais revelações para o próximo texto na verdadeira história aqui no Zeca Caliate, voz da verdade.
Zeca Caliate, General Chingòndo um dos sobreviventes da teia do mal Frelimo!
Europa, 13 de Outubro de 2015
(Recebido por email)
Brevemente mais notícias, aqui na sua VOZ DA VERDADE, que anteriormente não sabiam!
PS: Aqui está a minha caixa de correspondência, basta escrever para ZECA CALIATE, VOZ DA VERDADE, APARTADO Nº 11 LOJA CTT/PC PÓVOA DE SANTA IRIA - 2626-909 PÓVOA DE SANTA IRIA - PORTUGAL
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PS: Se me permite acrescento estas palavras do Dr. José C. Massinga no seu livro “The life and walks”:
“Dr. Mondlane era um homem brilhante. Ele afirmou muito claramente que a FRELIMO não era um partido político, mas uma Aliança. Partidos políticos seriam formados após a independência e iriam participar nas eleições. Sua ideia era que FRELIMO seria exibida em um Museu como um símbolo do respeito e da vitória contra os portugueses. Ele estava muito certo de que a FRELIMO iria ganhar.”
(Na foto Zeca Caliate e Dr. Massinga)
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