segunda-feira, 28 de janeiro de 2019
O camarada Edson Macuácua está num dilema. Vai hoje (segunda-feira) na qualidade de Presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais da AR, emitir um parecer sobre o levantamento da imunidade (equivale o oficialização do mandado de captura) de Manuel Chang. Ora Edson, um impulsionador por vocação do Guebuzismo, também se beneficiou dos dinheiros da dívida, tanto mais que viu o seu sigilo bancário quebrado pela Kroll. Todos os que tiveram sigilo bancário quebrado receberam dinheiro da Privinvest. Dizer que Chang deve ser preso equivale a dizer que ele próprio também deve ser preso.
Deixa-me ver se entendi. A Comissão Política do partido Frelimo distancia-se dos envolvidos nas dívidas ocultas e demarca-se dos actos ligados a dívida oculta. A mesma Comissão Política, instruiu a sua bancada a legalizar a dívida com o argumento de que a dívida é boa coisa e defende o interesse nacional. O que vamos fazer com os deputados que legalizaram as dívidas, por ordens da Comissão Política. O que vamos fazer com os membros da Comissão Política que ordenaram a os deputados a legalizarem as dívidas ocultas? E o que a Comissão Política acha do "Indivíduo Q" que esteve envolvido na dívida oculta e que preside a Comissão Politica?. Também demarca-se dele e apoia que a justiça o prenda? Coerência por onde andas?
Como é que os Procuradores moçambicanos se sentem quando vêem a procuradora Sul-africana, uma procuradora a sério, a apertar o vosso patrão Chang e vocês querendo o libertar? Suponho que estejam a querer morrer de raiva. Envenenem se que não fazem falta nenhuma. Se importamos tomate e cebola da África do Sul, também vamos importar a justiça da África do Sul. Se não conseguimos produzir tomate não vamos conseguir produzir procuradores. Há que reconhecer a superioridade dos sul-africanos. É demonstração internacional da banalização do Estado.
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