"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Família sem informação sobre o jornalista de rádio comunitária detido em Cabo Delgado

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019


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Escrito por Redação  em 11 Janeiro 2019
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O jornalista da Rádio Comunitária de Nacedje, Amade Abubacar, segue privado de liberdade e incontactável, há uma semana, em Cabo Delgado. A sua família sabe apenas que ele se encontra detido num quartel militar em Mueda, mas não é permitida qualquer contacto nem informações sobre a situação e saúde da vítima.
A Polícia da República de Moçambique (PRM), que deteve o jornalista em Cabo Delgado, disse também que ele está no referido quartel militar, sem no entanto avançar pormenores em torno do caso.
Amade Abubacar foi preso em pleno trabalho, na manhã do último sábado (05), quando entrevistava e fotografava populares que chegavam à vila de Macomia, supostamente à procura de refúgio na sequência dos ataques que assolam aquele distrito, protagonizados por grupos armados, desde Outubro de 2017.
O seu pai, Abubacar Artur, contou que a PRM em Macomia confirmou a detenção do seu filho e disse que se encontra no quartel militar de Mueda, sem revelar as razões da sua privação de liberdade.
O caricato é que Abubacar Artur não é permitido manter contacto com o próprio filho, o que aumenta o seu receio em relação à saúde do mesmo. A fonte está igualmente agastada com o silêncio do Instituto de Comunicação Social (ICS), em Macomia.
Trata-se de um órgão público que gere a Rádio Comunitária de Nacedje. Quem também mantém um silêncio sepulcral em torno da detenção de Amade Abubacar são as autoridades moçambicanas e as organizações que dizem apoiar a classe jornalística.
Enquanto isso, o The Economist, baixou a posição de Moçambique, de 115a., em 2017, para 116a., em 2018, no “Índice de Democracia”, por considerar que o país é governado por um “regime autoritário”.

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