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sábado, 1 de dezembro de 2018

Renamo marca para 15 de janeiro congresso que vai escolher novo presidente do partido moçambicano

sábado, 1 de dezembro de 2018


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A Resistência Nacional Moçambicana marcou para 15 de janeiro na Gorongosa, centro do país, o congresso que vai definir a sucessão de Afonso Dhlakama.
YESHIEL PANCHIA/EPA
Autor
  • Agência Lusa
A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) marcou para 15 de janeiro na Gorongosa, centro do país, o congresso que vai definir a sucessão de Afonso Dhlakama, antigo líder do principal partido da oposição em Moçambique, que morreu em março.
Numa deliberação anunciada esta sexta-feira à imprensa pelo porta-voz do partido, no final do 6.º Conselho Nacional da Renamo, o partido definiu que o sucessor de Afonso Dhlakama deve ter a nacionalidade moçambicana, ter ocupado a função de secretário-geral, ter 15 anos de militância e ser membro idóneo e de reconhecido mérito, lê-se no perfil anunciado.
Além disso, o próximo líder do principal partido da oposição em Moçambique deve ser uma figura que combateu pela Renamo na guerra civil dos 16 anos, que opôs o braço armado do partido e as forças governamentais.
Um dos possíveis candidatos à sucessão de Afonso Dhlakama é Elias Dhlakama, apesar de não cumprir todos os requisitos exigidos para o cargo, nomeadamente não ter 15 anos de militância no partido porque fazia parte das Forças Armadas e não ter sido secretário-geral.
“O congresso vai deliberar sobre algumas situações excecionais”, disse José Manteigas, sobre a inelegibilidade do irmão de Afonso Dhlakama.
“O que devo dizer é que em princípios legislativos, há exceções e, portanto, pode ser que ele [Elias Dhlakama] venha a ser abrangido por uma das exceções”, declarou José Manteigas.
Elias Dhlakama, que liderava o Comando dos Reservistas das Forças Armadas de Defesa de Moçambique desde fevereiro de 2015, passou à reserva em outubro.
A Renamo decidiu ainda criar um gabinete para a preparação do congresso e caberá ao órgão receber as candidaturas à liderança do principal partido de oposição em Moçambique.
“Este gabinete anunciara as datas de receção das candidaturas e daí conheceremos os candidatos a presidente do partido”, acrescentou José Manteigas.
A Renamo é atualmente dirigida por um coordenador interino, Ossufo Momade.
O congresso da Renamo, que vai ter três dias, terá a participação de 700 candidatos e 300 convidados, que vão reunir-se no distrito da Gorongosa.

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