Editorial |
Escrito por Redação em 28 Dezembro 2018 |
Sem sombras de dúvidas, 2018 foi mais um ano atípico para o povo moçambicano. Aliás, diga-se em abono da verdade que o cidadão moçambicano tem motivos mais do que suficientes para afirmar que 2018 foi um péssimo ano em todas as vertentes.
A começar pela forma como é conduzido o processo eleitoral (referente às eleições autárquicas) que, mais uma vez, se provou que é intrinsecamente uma trapaça, uma vez que não se vislumbrou o pleno exercício da cidadania e democracia. Ou seja, como sempre, voltámos a brincar às eleições, demonstrando que ainda prevalece um grande défice democrático no país provocado por instituições como o STAE, a CNE e o Conselho Constitucional, que na verdade foram os organismos que elegeram os presidentes de alguns dos 53 municípios deste país.
Além disso, ao longo do ano 2018, os indivíduos que dirigem o país mostraram que estão mais preocupados com o seu umbigo, relegando o bem- -estar dos moçambicanos para último plano. E um exemplo disso foi a facilidade que o Banco de Moçambique criou para as empresas multinacionais que se preparam para explorar o petróleo e o gás existente no país. Ou seja, para além de toda as estúpidas isenções e regimes especiais de tributação, as multinacionais conseguiram do Governo da Frelimo uma legislação privilegiada para movimentarem os biliões de dólares que irão ganhar no pais.
Como se essa situação não bastasse, também vimos o Governo de Filipe Nyusi anunciando que chegou a um acordo com grande parte dos credores da fantoche empresa de pesca de atum, a EMATUM, para reestruturar a dívida. Resumindo, Nyusi e os títeres decidiram fazer um acordo que vai custar o futuro de milhões de moçambicanos. O mais caricato ainda foram os deputados da bancada parlamentar da Frelimo que, no exercício das suas funções como mandatário do povo, revelaram a ignorância mórbida por que ainda se regem. Ao longo do ano, os moçambicanos foram brindados com situções bastantes preocupantes e lamentáveis, aprovando tudo e mais nada contrariando a vontade do povo que os elegeram.
E, por último, uma das situações que mexeu com a vida dos moçambicanos foi o exorbitante custo de vida. Quase todos os dias, o custo de vida agravou-se e, consequentemente, o poder de compra deteriorou-se sob olhar do Governo que passou o ano a fingir estar preocupado com a situação. Como quem zombasse do sofrimento da população, o Governo da Frelimo não perdia a oportunidade de mostrar ao país e aos moçambicanos a sua contínua falta de bom senso, falando da confiança no futuro.
Portanto, 2018 foi um ano para esquecer!
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"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
@Verdade Editorial: 2018, um ano para esquecer?
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