26/12/2018
Ossufo Momade reage à colocação de Nyusi no Estado de Nação
- A Renamo diz que foi com “profunda estranheza” que ouviu o PR a dizer que “o Estado da Nação é estável e que nos inspira confiança”, quando se sabe que as condições de vida dos moçambicanos degradaram-se acentuadamente em 2018
Num ping pong verbal que já dura meses, o governo moçambicano e a Renamo continuam a acusar-se mutuamente de culpabilidade em torno da lentidão que se assiste na implementação do acordo sobre questões militares assinado, segundo se sabe, no dia 6 de Agosto último.
E enquanto os detalhes do acordo não são de conhecimento público, os moçambicanos continuarão a não perceber de que lado está a verdade e a razão. A questão ronda muito no número e nas especificações dos cargos a serem ocupados por oficiais oriundos da Renamo.
O governo, através do ministro da Defesa, Atanásio Mtumuke falou de três elementos a incorporar nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique, mas a Renamo fala de catorze. A Renamo fala também da violação do acordo quando o governo decide nomear interinamente os oficiais da Renamo, mas o governo não vê nisto qualquer problema, alegadamente porque interino ou efectivo, os oficiais não deixam de ser oficiais. Neste cenário de acusações e em resposta ao Estado da Nação apresentado por Filipe Nyusi, na semana passada, o coordenador interino da Renamo, Ossufo Momade, também apresentou a sua visão geral sobre o país.
Um dos pontos que mais espaço ocupou no Estado da Nação de Ossufo Momade é exactamente a questão do diálogo político. Em torno do assunto, Ossufo Momade volta a lançar várias questões, defendendo a ideia de que o governo não está a tomar a devida seriedade na implementação do memorando. “Quando houve consenso sobre nomeações interinas? Para que serve o Memorando de Entendimento assinado no dia 06 de Agosto? Mais, porque o Presidente da República pretende tapar o sol com a peneira, enganado ao país e ao mundo que aguarda pela lista? Qual lista? Afinal os catorze oficiais generais patenteados no dia 16 de Agosto de 2018 não fazem parte da lista onde constam os três nomeados interinamente?” – questiona Ossufo Momade, para, no instante seguinte, exigir que o governo dê ao assunto, a seriedade necessária.
- A Renamo diz que foi com “profunda estranheza” que ouviu o PR a dizer que “o Estado da Nação é estável e que nos inspira confiança”, quando se sabe que as condições de vida dos moçambicanos degradaram-se acentuadamente em 2018
Num ping pong verbal que já dura meses, o governo moçambicano e a Renamo continuam a acusar-se mutuamente de culpabilidade em torno da lentidão que se assiste na implementação do acordo sobre questões militares assinado, segundo se sabe, no dia 6 de Agosto último.
E enquanto os detalhes do acordo não são de conhecimento público, os moçambicanos continuarão a não perceber de que lado está a verdade e a razão. A questão ronda muito no número e nas especificações dos cargos a serem ocupados por oficiais oriundos da Renamo.
O governo, através do ministro da Defesa, Atanásio Mtumuke falou de três elementos a incorporar nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique, mas a Renamo fala de catorze. A Renamo fala também da violação do acordo quando o governo decide nomear interinamente os oficiais da Renamo, mas o governo não vê nisto qualquer problema, alegadamente porque interino ou efectivo, os oficiais não deixam de ser oficiais. Neste cenário de acusações e em resposta ao Estado da Nação apresentado por Filipe Nyusi, na semana passada, o coordenador interino da Renamo, Ossufo Momade, também apresentou a sua visão geral sobre o país.
Um dos pontos que mais espaço ocupou no Estado da Nação de Ossufo Momade é exactamente a questão do diálogo político. Em torno do assunto, Ossufo Momade volta a lançar várias questões, defendendo a ideia de que o governo não está a tomar a devida seriedade na implementação do memorando. “Quando houve consenso sobre nomeações interinas? Para que serve o Memorando de Entendimento assinado no dia 06 de Agosto? Mais, porque o Presidente da República pretende tapar o sol com a peneira, enganado ao país e ao mundo que aguarda pela lista? Qual lista? Afinal os catorze oficiais generais patenteados no dia 16 de Agosto de 2018 não fazem parte da lista onde constam os três nomeados interinamente?” – questiona Ossufo Momade, para, no instante seguinte, exigir que o governo dê ao assunto, a seriedade necessária.
“Se o Presidente da República e o seu Governo pretendem de facto consolidar a unidade nacional e a paz devem deixar de fazer demagogia e não enganar a sociedade. O comportamento de camaleão só prejudica a nação moçambicana e cria um ambiente de conflito permanente” – disse Ossufo Momade, acrescentando que não pode o governo tentar passar publicamente a imagem de que o que está a implementar foi acordado com o falecido presidente a Renamo, pois isso é desrespeitar os esforços de Afonso Dhlakama na busca de caminhos para a paz efectiva.
Em relação aos ataques de Cabo Delgado, a Renamo voltou a insistir na lógica de que tudo quanto está a acontecer no norte daquela província, mais concretamente o facto de os ataques estarem a alastrar-se provocando mais vítimas, não tem outro nome senão incapacidade governamental para lidar com o fenómeno. E o mais estranho, no entendimento da Renamo, é que as mesmas Forças de Defesa e Segurança que agora demonstram incompetência, tem desempenho diferente quando é para perseguir e assassinar membros e simpatizantes da Renamo, de outros partidos da oposição e até de membros da Sociedade Civil que ousem apresentar um pensamento alternativo do discurso governamental.
“Note-se que tais ataques estão a alastrar-se, o que revela que o Governo da Frelimo está incapaz de parar com as matanças. Esta incapacidade das Forcas de Defesa e Segurança é inexplicável, pois, quando é para perseguir e assassinar os membros, quadros da RENAMO e cidadão comum indefeso têm capacidade física e bélica, incluindo tanques de assalto e armamento de destruição maciça” – apontou o coordenador interino da Renamo.
Ossufo Momade fez estas declarações na sexta-feira, via teleconferência, a partir da Serra da Gorongosa onde estabeleceu a sua nova residência.
MEDIA FAX - 26.12.2018
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