28 de Dezembro 2018 09h28 - 85 Visitas
Segundo as previsões do Economist Intelligence Unit (EIU) Moçambique terá de esperar até 2023 para alcançar crescimento económico de 7,5 por cento. Os analistas do EIU anteciparam uma progressão suave da taxa de crescimento, que de 5,0 por cento em 2022 aumenta 2,5 pontos percentuais no ano seguinte, que é o ano do início das explorações de gás natural em Moçambique, notícia o Macauhub.
Devido ao facto dos produtos agrícolas terem dificuldades em obter financiamento bem como a queda dos preços do carvão, a EIU diz que em 2019 deverá ocorrer uma pequena contracção para 3,4 por cento em relação aos 3,5 por cento de 2018.
“A queda nos preços do carvão será mais um desincentivo na expansão da produção mineira, depois de em 2017 se ter assistido a uma quase duplicação da produção”, pode ler-se no documento citado pelo Macauhub.
Ainda de acordo com o relatório da EIU os problemas financeiros do Governo, associados aos pagamentos atrasados aos fornecedores do Estado, vão continuar a ter um peso significativo no sistema bancário e a minar a confiança dos potenciais investidores.
O relatório da EIU menciona também à questão das dívidas ocultas e do respectivo pagamento, bem como do segundo processo de reestruturação da emissão de obrigações emitida pela Empresa Moçambicana de Atum (Ematum), todos com aval do Estado, escrevendo haver alguns indícios de progresso.
A EIU refere ainda que o acordo feito pelo Ministério da Economia e Finanças com os credores precisa da aprovação de 7,5 por cento dos obrigacionistas ben como do parlamento.
O relatório recorda que o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, anunciou que o Governo não irá pagar esses empréstimos, mesmo contando com o aval do Estado, tendo deixado as empresas que os contraíram a responsabilidade da sua amortização.
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