20/12/2018
Filipe Nyusi condicionou hoje a nomeação de oficiais do braço armado da Renamo para cargos de chefia nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) a "passos subsequentes" que devem ser dados pelo principal partido da oposição.
O líder interino da Renamo, Ossufo Momade, acusou na terça-feira o Governo de violar o Memorando de Entendimento sobre o processo de paz por ter nomeado interinamente três oficiais do braço armado do partido contra 14 previstos no referido acordo.
Falando hoje no parlamento sobre o estado da Nação, o chefe de Estado disse que a designação de quadros militares da Renamo para posições de direção nas FDS será completada quando o partido der passos previstos no acordo, mas não especificou que tipo de iniciativas deve ser seguido.
"O processo deverá ser completado logo que a Renamo concretizar os passos subsequentes, que são da sua responsabilidade, conforme o memorando tornado público para o acompanhamento de todos os moçambicanos", afirmou Filipe Nyusi, no seu discurso sobre o estado da Nação.
Falando de improviso, o chefe de Estado desdramatizou a contestação da Renamo em relação ao caráter interino das nomeações até agora feitas, assinalando que os militares designados estão a exercer as novas funções normalmente.
"Os militares estão lá e sabem que quando se dá uma missão, cumprem", defendeu.
O Memorando de Entendimento assinado entre o chefe de Estado e o líder interino do principal partido da oposição prevê que o braço armado seja desmobilizado e os seus membros integrados na vida civil, além da nomeação de 14 oficiais do principal partido da oposição para cargos de chefia nas FDS.
O Memorando de Entendimento faz parte do processo de paz em curso, visando acabar com ciclos de violência militar opondo as FDS e o braço armado da oposição.
LUSA – 19.12.2018
Francisco Moises dijo...
Coitadinho do Ossufo Momade que, ninguem entende porque correu para assinar um acordo sem devida consideraçao e profunda discussao com os outros em seu redor para decidirem se havia necessidade ou nao de a Renamo continuar a se abrir a Frelimo enquanto a abertura do Afonso Dhlakama nao rendia nenhum proveito. Ele entendeu que devia continuar nos passos de Afonso Dhlakama, como se o malogrado caudilho da Renamo tivesse sido un deus infalivel. Penso que ele nunca analisava se o que o caudilho e seu mestre fazia era correcto ou estava errado.
Mas em 1988 nao me levou muito tempo para eu concluir que o caudilho renamista, que descanse em paz, nao regulava bem como Chissano, o seu protagonista e irmao dele, que quando entendeu pensou em me convidar par eu ir a Maputo ter com ele, convidando me mesmo a regressar a Frelimo ou caso nao quizesse formasse o meu proprio partido.
Conclui logo que o homem estava maluco e andava enlouquecido por pensar que eu podia regressar a Frelimo que abandonei em 1968.
Houve que me criticaram por eu nao aceitar ou mesmo ter reagindo ao convite do malandro que em 1968 eu tinha conhecido como um grande malandro e assassino descarado.
Primeiro ele devia me ter agradecido por ter ajudado a atar ligaçao com a Renamo que ele, embora derrotado, depois veio a embrulhar. Fez-se de esperto bruto por saltar para tentar me fazer um convite gigantesco, pensando que aquilo iria me impressionar. Foi ele quem disse aos quenianos para me contactarem visto que ele tinha lido a minha reportagem a zona da Renamo na Zambezia, que tinha sido publicada por uma certa imprensa nos Estados Unidos, coisa que os quenianos nao estavam ao par.
Aceitei fazê-lo visto que estive muito grato por aquilo que o Quenia me tinha feito por me proteger da ira assassina da Frelimo e da zanga dos portugueses por eu que tinha sido um cidadao português ter fugido para a Tanzania onde residiam os terroristas da Frelimo. O Quenia me garantiu o estatuto de refugiado e me proporcionou facilidades educacionais depois de eu ter interrompido a minha educaçao quando deixei Moçamnique em 1967.
Cresci no Quenia, vivi mais anos alegres la do que em Moçambique e duma certa maneira tornei-me mais queniano do que moçambicano.
Nao me desligo do Quenia, mas nao me meto nunca nas politicas daquele pais. Nao faço comentarios nenhuns sobre este ou aquele aspecto da politica dos quenianos como faço com a politica moçambicana.
E agora Nyusi esta a jogar o Momade, e esperemos ver onde a coisa vai terminar. O certo é que Momade esta lixado com a Frelim que por sua vez esta lixado com os heroicos e valorosos combatentes que de cantanas nas maos a derrotam em Cabo Delgado e no Niassa.