CARTA DE SÉRGIO VIEIRA

A ÚLTIMA CARTA PARA OS AMIGOS

Quando esta carta chegar aos amigos de todos os quadrantes, três serão as possíveis razões:
i) estarei morto,
ii) terei a minha saúde débil, e ou
iii) porque a minha mente estará cansada e confusa.

Impelem-me o espírito de pátria e a chama da revolução, que vivem em mim, partilhar o meu testemunho e desafiar os jovens para que não deixem o nosso sonho e a nossas conquistas morrerem.

Em 1962, jovens como vocês, com pouca escolaridade, uma arma sequer, desafiaram a natureza e andaram milhares de quilómetros até Dar-Es-Salam. Juntamo-nos e organizamos a luta e conquistamos a independência nacional.

Vocês, jovens, têm hoje melhores condições, científicas, humanas e financeiras para saírem do conforto da letargia e comandarem o barco pátria rumo ao progresso.

Os meus anos de peregrino nesta vida têm sido de muita luta e de dedicação à causa do nosso povo e da nossa pátria, e pretendo que assim seja até o meu último suspiro. Ó jovens, resgatem a pátria!

Trabalhei com o Presidente Mondlane, um génio pacificador, um exímio estratega político e de combate.

Mondlane morreu por culpa do conluio entre a PIDE DGS e o grupo de Urias Simango, que recebeu e introduziu a bomba que matou Mondlane. 49 anos depois nunca entendi como é que aquela bomba não foi examinada pelo Presidente Chissano que era o última barreira de segurança de Mondlane.

Trabalhei com o Presidente Samora, um baluarte de estratégia, disciplina, de unidade. Um homem que jurou servir ao seu povo e libertar os povos irmãos da África Austral.

O Presidente Samora  sucumbiu à mesquinhez do Apartheid que o matou também em conluio com gente de cá. não Alberto Joaquim Chipande podia ter feito mais, não fosse a ignorância estratégica que lhe é congénita!

Seguiu-se o Presidente Chissano, o homem da paz, com ele trabalhei com reservas. Do seu tempo recordo-me com tristeza o afastamento paulatino da nossa geração dos processos de formação e tomada de decisão.

Depois veio o descalabro, o lesa-pátria, deste prefiro nada dizer!

A seguir-lhe é o que vemos, a aberração da humanidade! A maior asneira da minha FRELIMO. Aquele que as más línguas chamam de porco e nojento.

Não é segredo que há um seropositivo, alcoólatra, drogado, ignorante, bruto, violento e assassino, achado nalguma barraca algures eleito Presidente da República.

A minha luta não merecia ter parido um monstro destes igual ao Lázaro Kavandame.

Este porco é a réplica fiel do Kavandame, é tribalista. Como nunca outro Presidente, visitou nestes 4 anos ,por mais de 50 vezes, a província de Cabo Delgado. Dessa vezes, em 30 rumou para Mueda, a nova capital. Lá bebe e importa as melhores prostitutas do país para arraiais de orgias, muitas vezes acompanhado pelo corrupto do Carlos Mesquita, que faz do avião dos CFM um táxi de prostitutas.

A porquice de Nyusi revela-se nos seus filhos, autênticos bossais, criminosos, ligados à redes internacionais de tráfico de drogas, cujos nomes se encontram na DEA, agência norte-americana de combate ao tráfico de estupefacientes.

Moçambique está entregue, nas mãos de uma quadrilha! O chefe da quadrilha baralha as instituições, e teve a audácia de ameaçar o Hermenegildo Gamito para que afastasse Samito Machel da corrida eleitoral à autarquia de Maputo.

O canalha foi mais longe, chamou Graça Machel de promíscua! Dito por um pulha.

Sei que anda em esquemas para se ver eleito, com pena e dor de ver os meu contemporâneos de luta impávidos e serenos. Preferem o silêncio.

Resta-nos a juventude, que não deve aceitar que um tirano escravize seus pais e seus filhos. Deve lutar sob comando do Samito.

Lutem por dentro da FRELIMO, para a mudarem por dentro, é a única força capaz de mudar o rumo deste país.

Acordem jovens e lutem, não deixem que um porco leve para a lama um país libertado com sangue.

SV