ENTRE AS PERGUNTAS SEM RESPOSTA E O MAR DE ESPECULAÇÕES

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

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Revista de Imprensa | Moz (De: “canalMoz)
ENTRE AS PERGUNTAS
SEM RESPOSTA E O MAR DE ESPECULAÇÕES
- Caso “Valentina Guebuza”
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----- >> Na tarde de ontem, Zófimo Muiuane esteve no Banco de Socorros do Hospital Central de Maputo, sob custódia policial, a tratar de um dedo fracturado. Queixa-se também de dores no braço, que se supõe que tenham sido causadas durante a briga com a sua esposa.
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De: Canalmoz (nº 1856 – Pdf)
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Beira (Magazine CRV) -- A Polícia da República de Moçambique na cidade de Maputo confirmou, na quinta-feira, o assassinato de Valentina Guebuza, filha do ex-Presidente da República Armando Guebuza. O crime foi atribuído a Zófimo Muiuane, marido de Valentina Guebuza.

A Polícia disse que o crime aconteceu na residência do casal, na Av. Julius Nyerere.

O crime aconteceu por volta das 23h00. Segundo as informações disponíveis, Valentina Guebuza foi alvejada com quatro tiros, disparados pelo seu próprio marido. Quando foi levada para o Instituto do Coração, em Maputo, ia já sem vida.

“A primeira indicação que temos é de um caso autêntico de violência doméstica, que acabou desembocando infelizmente na morte da cidadã Valentina Guebuza”, disse o porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique, Inácio Dina. “Imediatamente, o principal indiciado, que é o esposo, foi detido, e, neste momento, está em curso todo o processo que vai culminar com a devida responsabilização, se for concluído o envolvimento deste cidadão”, acrescentou.

Entretanto, há várias perguntas que ficaram sem resposta neste incidente que deixou chocada a sociedade moçambicana. Os tiros alegadamente disparados por Zófimo Muiuane não foram ouvidos nas redondezas, apesar de viverem numa zona bastante movimentada e onde está localizado um dos mais conhecidos restaurantes de Maputo. Teria usado um silenciador? Os filhos de Armando Guebuza têm agentes da Segurança do Estado nas suas residências. Onde estavam os agentes de segurança que protegiam Valentina Guebuza? Zófimo Muiuane deslocou-se por iniciativa própria à 2.a Esquadra da Polícia, próxima da residência do casal, para se entregar? Por que é que não fugiu, depois de um acto tão grave? Não tinha para onde fugir, possuindo os meios todos que têm? Ou arrependeu-se? São várias as questões que se podem colocar. Até aqui, só é conhecida a versão da Polícia. Normalmente, a Polícia, quando diz que os indiciados confessaram o crime, chama a imprensa, para que os suspeitos ou acusados falem na primeira pessoa. Zófimo Muiuane ainda não falou.

O “Canalmoz” apurou que Zófimo Muiuane esteve ontem detido na Esquadra do porto de Maputo. Mais tarde, foi levado sob custódia ao Hospital Central de Maputo, onde deu entrada nos serviços de traumatologia do Banco de Socorros, para tratar de um dedo fracturado. Segundo uma fonte médica, Zófimo Muiuane queixava-se de dores no braço, que se supõe que tenham a ver com a briga que teve com a esposa.

Até aqui não são estas as informações disponíveis sobre a morte de Valentina Guebuza, a filha de Armando Guebuza que mais se destacou nos negócios da família.

Um dado a considerar é a relação da família Guebuza com armas. Recentemente, Armando Guebuza colocou o seu filho Mussumbuluko Guebuza a tratar com dirigentes da Segurança do Estado o expediente de importação de armas de vários calibres, cujo destino nunca se conheceu, mas que se supõe que tenham sido expedidas para alimentar a guerra contra a Renamo. Em várias fotos publicadas anteriormente pelo semanário “Canal de Moçambique”, Mussumbuluko Guebuza aparece a negociar as armas em Israel e, depois, a experimentar as armas já em Moçambique, num campo de treino com peritos israelitas. – Redacção - -- (Redacção, extraído daqui: CanalMoz nº 1856 - Pdf)