"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 26 de agosto de 2016

DHLAKAMA E FRELIMO: GUERRA OU PAZ?


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Houve sempre conselhos ou pontos de visto que foram proferidos ou veiculados neste blog que Gorongosa lê, mas que o senhor Afonso Dhlakama não tomou em conta e agora esta na situação em que esta. Cercado? Disto não sei  bem, mas tem as tropas da Frelimo nas suas mediações.  
Se ele não lê, estuda o que os seus inimigos dizem, os seus inimigos estudam o que ele vocifera e tiram conclusões e agem contra ele.
Ao apelar para uma cessação e retirada das forças da Frelimo perto dele, ele deu a entender a Frelimo que ela o tem agora ao seu alcance e não deve deixar esta oportunidade se perder depois de falhar de liquida-lo nas duas emboscadas em Manica.
"We got him (temo-lo ao nosso alcance)," a Frelimo deve estar a dizer, esfregando as palmas da sua mão com grandes sorrisos nos lábios e a beber o vinho da palma, aguardente ou o cachaço.

Dhlakama esta na situação que ele próprio criou contra si mesmo.   Ele é um homem de muito orgulho desnecessário que diz muitas coisas em voz bem alta sem por travões no que diz e na sua vaidade.  E porque é que ele deixou saber o seu paradeiro depois da sua fuga precipitada da Beira depois da Frelimo o ter desarmado?
Depois daquilo a Frelimo apelava para a Renamo se desarmar, mas o apelo não trouxe resultados.  A prévia palhaçada de exibir homens da própria Frelimo como soldados da Renamo que se entregavam a Frelimo foi aquilo que foi -- um teatro imbecil que a própria Frelimo abandonou.
E o que é esta coisa dele andar a dizer que a guerra em Moçambique acabou em 1992 como se a guerra fosse a sua propriedade pessoal? Ninguém quer a guerra, excepto o Filipe Jacinto Nyusi e os seus sequazes e satrapas para quem esta infelicidade é muito boa novidade visto que estão assegurados que eles podem fazer a guerra contra um homem confuso que não esta sério contra eles.  No Dhlakama, a Frelimo tem na verdade o melhor amigo que lhes revela todas as suas fraquezas quando ele abre a boca e fala.
Dhlakama, por falta de consenso com os outros que ele considera de miúdos ou por falta de versatilidade e profundeza analíticas, não leu, estudou e tirou devidas conclusões quando Nyusi e a Frelimo começaram a apelar para o diálogo como sendo um sinal de desespero e de que a Frelimo estava a perder.  A Frelimo não poderia nunca apelar ao dialogo se estivesse a ganhar contra a Renamo. Dhlakama nunca compreendeu e não compreende isto.
Cotadinho do homem!  Ele apressou-se logo para responder a Nyusi, chegando mesmo de dizer que queria "tranquilisar" a Nyusi e a Frelimo que ele estava disposto para falar em vez de estar calado, picar mais nas forças da Frelimo até ao ponto desta chorar e choramingar mais pela paz e depois ir conversar para impor a sua posição aos seus inimigos.
Dhlakama não quis atender os seus Generais quando lhe pediram para permitir o bloqueio total da via principal através da qual a Frelimo transita o seu material bélico e os seus efectivos para Gorongosa e para parar a movimentação dos comboios que transportam o carvão que a Frelimo usa para obter dinheiro para se dividir entre os lideres e se usa para comprar armas para liquidar  a Renamo e matar o povo de Moçambique.
O que posso dizer mais? Basta para o hoje.
Francisco Moisés

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