"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Afinal quem executou seis pessoas em Cheringoma?


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Caiasobrevivente2 Caiasobrevivente1Polícia fala de sobreviventes alucinados
Continuam intrigantes as reais circunstâncias que culminaram com a morte de seis pessoas na localidade de Nangue, distrito de Cheringoma, província de Sofala. Os corpos das seis vítimas foram encontrados carbonizados no interior de uma camioneta, nas matas de Nangue, uma zona considerada de conflito, tendo em conta as incursões militares relacionadas com a actual tensão política e militar.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Sofala, prontamente, logo após a descoberta dos corpos, veio a público dizer que dúvidas não tinha sobre a autoria do massacre. Disse, a Polícia, que teriam sido homens armados da Renamo a protagonizarem a acção.
Instado a argumentar a tese de terem sido homens armados da Renamo a assassinarem àquelas pessoas, o porta-voz da PRM em Sofala, recorreu ao que chamou de modus operandi da Renamo e ainda o facto de, há semanas, na mesma zona, supostos homens armados da Renamo terem roubado e incendiado uma viatura do Instituto Nacional de Acção Social.
Entretanto, fontes de Nangue trouxeram outra versão da estória. Acusaram as autoridades moçambicanas (força conjunta FADM-PRM de terem sido os autores do
assassinato).
Aliás, os dois sobreviventes, dos quais um ferido e no leito hospitalar, disseram que teria sido a Polícia e as Forças Armadas de Defesa de Moçambique a executarem as vítimas e depois ateado fogo que destruiu completamente a viatura e carbonizou os corpos que estavam na carrinha.
Em relação a esta versão, o mediaFAX perguntou ao porta-voz do Comando-Geral da Polícia, Inácio Dina, onde é que efectivamente morava a verdade sobre a viatura e os seis corpos carbonizados em Nangue.
De forma peremptória, Inácio Dina reiterou o discurso já avançado pelo porta-voz da Polícia em Sofala.
Para Dina, os pronunciamentos dos sobreviventes são próprios de quem passou por uma situação de morte certa. Estão alucinadas, assim entende Inácio Dina.
Por outro lado, entende o porta-voz policial, a Renamo pode estar a usar diversas tácticas para confundir as pessoas. Não especificou o tipo de tácticas, mas, uma das teses da Polícia é que os homens armados da Renamo estão a usar uniforme das Forças de Defesa e Segurança e ainda da Polícia da República de Moçambique, nas suas incursões.
“Temos que ter consciência de que num ambiente de pânico, um indivíduo é capaz de tirar várias deduções, mas, o ponto é que os bandidos estão a usar várias táticas para confundir as pessoas.
Um indivíduo que estava naquela condição é passível de ter uma e outra alucinação” – referiu Dina, acrescentando que “não há espaço para outra constatação, senão atribuir os actos aos bandidos armados da Renamo”.
Para Dina, as pessoas devem ficar atentas no sentido de denunciar o referido uso de artimanhas por supostos homens armados da Renamo. (Ed. Conzo)
MEDIA FAX – 17.08.2016
NOTA: Quem deve estar “alucinada” é a PRM. O “modus operandi” é suficiente para incriminar a Renamo. Duas testemunhas, em separado, estão “alucinadas” e afirmam o mesmo. Não brinquemos com vidas humanas. Onde estão a PGR, a LDH e a CNDH? Onde está a investigação jornalística?
Fernando Gil

EY: Surpreendente seria a PRM aceitar as acções criminosas que cometem. O povo já sabe e está acostumada da Frelimo. Assassina e dá culpa as vítimas. emboscaram ao Dhlakama e atribuíram os ataques a própria Renamo. Depois aceitaram serem eles que atacaram nas palmeiras em Beira, porque tinham que recuperar a Bazuca e metralhadora pesada que haviam perdido e a Renamo capturou.....

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