"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

 

MAIS 136 CORPOS DE MILITARES ABATIDOS EM MIUDUMBE, FORAM, NO ÚLTIMO DIA 10/12 ENTREGUES AO CONSELHO MUNICIPAL DE NAMPULA (2)

Por Francisco Nota Moisés

"*Posto Administrativo de Chai, poderá transformado em Quartel General dos supostos* "insurgentes". Mano ontem á partir das 8h até 14h na morgue do HCN nenhum popular levantou o corpo dos seus ente queridos só o HCN estava a remover os 136 corpos de militares que tombaram em Muidumbe foram entregue ao concelho municipal . Só os populares começaram a serem atendidos á partir das 15 h."                   

A Frelimo removeu os corpos para os enterrar em valas comuns e os familiares não serão informados das mortes dos seus ente-queridos. A Frelimo não queria que as famílias soubessem das mortes em combate dos seus familiares para que a tropa e o país não fiquem desmoralizados. Teme que o conhecimento publico dum acontecimento de tamanha magnitude venha a fazer com que a tropa se insurja e faca um golpe de estado. Mesmo se houver um golpe de estado, aqueles rebeldes do Norte não negociarão com a Frelimo e não pararão de lutar ate que obtenham o seu objecto final: o derrube da Frelimo do poder.

O regime da Frelimo e tão secretivo como o regime do reinado do Kim-il-Sung, do seu filho Kim Jong-Il e do actual Kim Jong-un, o filho do Kim Jong-Il, agora na cadeira real em Pyongyang, ou como o regime dos ultra secretivos Khmers Rouges do Camboja que foram os amigos e aliados da Frelimo,* A Coreia do Norte faz coisas sem que o povo saiba do que esta a passar. Quando as coisas vão mal, e sempre vão mal na Coreia do Norte, o regime ai lanca a culpa aos "bandidos americanos e os seus fantoches de Seoul"  e diz que os malandros americanos e os seus fantoches serão carbonizados numa guerra que eles provocarem contra a Corea do Norte.

No dia 17 de Abril de 1975, as hordas armadas dos khmers rouges entraram na capital Phnom Penh, marcando assim a ultima etapa da sua conquista do poder em Camboja.  Aquele mesmo dia decretaram que toda a população da urbe saísse para as zonas rurais. Os doentes, os paralíticos e os velhotes que não podiam andar eram baionetados ou mortos a catanas ou a pauladas nas clinicas e hospitais ou nas suas residências e ou nas ruas.

Reinava um caos total nas ruas da capital para as zonas rurais. Os pilotos de aviões militares americanos que sobrevoavam o Camboja aquele dia e nos dias seguintes não podiam acreditar o que se passava la em baixo. Foi mais tarde que ficou claro que os khmer rouges estavam a esvaziar todas as urbes cambojanas dos seu residentes e a forca-los para zonas rurais para la construírem um novo Camboja ou Camboja do homem novo livre de todas as influencias do imperialismo como conhecer e falar francês, a língua do colono, que era punido por morte sumária imediata.

Cambodianos educados quando eram perguntados por semi-analfabetos khmers rouges: "Parlez-vous français? (Falas frances?)" abanavam a cabeca para negar que falavam francês e para não responder em francês, o que lhes traria uma morte sumária e rápida.

Durante os cinco anos do regime genocidario de Pol Pot, de 1975 a 1979, os khmers vermelhos eliminaram mais de 2 milhões da população do seu pais de 7 milhões.  Foi uma tragedia sem paralelos.

Durante todo aquele tempo a propaganda da Frelimo repudiava as informações sobre o caracter assassino e genocidário do Salot Sar, homem que veio a ser conhecido na historia pelo nome de guerra de Pol Pot, como sendo propaganda dos imperialistas americanos. 

Em 1979, houve escaramuças na fronteira entre Vietname apoiado pela União Soviética e Cambodia apoiado pela China de Mao, forcando os vietnamitas a invadir o Cambodia para derrubar o regime khmer rouge.

A Frelimo que era fantoche da União Soviética de que dependia para o fornecimento de armas viu-se forcada pelo seu mestre soviético a desistir de apoiar os khmers rouges. E num abrir e fechar de olhos, o gabinete da Frelimo emitiu um comunicado através da sua Radio Maputo (estabelecida por Portugal como Radio Clube de Lourenço Marques) a condenar o regime dos khmers rouges de Camboja como sendo assassino e sanguinário sem mencionar que dantes o regime de Maputo apoiava e glorificava o regime khmer rouge através das antenas daquela mesma radio.

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