Cabo Delgado: Portugal vai formar militares moçambicanos e apoiar logística (2)
Por Francisco Nota Moisés
'Portugal vai apoiar Moçambique na organização logística e capacitação de militares para fazer face ao terrorismo na província de Cabo Delgado. A garantia foi dada pelo ministro da Defesa de Portugal, João Cravinho..."Nós estamos a falar de uma missão não executiva." O que nós vamos fazer é dar apoio as autoridades moçambicanas para que elas possam exercer a sua soberania", frisou João Gomes Cravinho.'
Para os frelimistas que se iludiam e viam parte do exército português a chegar massivamente em Moçambique, a escrita está agora bem clara na parede. O ministro da defesa português, um muito bom lusitano, João Gomes Cravinho não misturou as suas palavras: trata-se dum equipa para o tal treinamento dos soldados da Frelimo para eles próprios combaterem os rebeldes do Norte e os do Centro e não de tropas portuguesas a se instalarem nas matas de Moçambique para empreender operações contra os rebeldes e os rebeldes atacá-los visto que estes não cruzariam os braços para só serem atacados. Tais operações fariam alguns soldados regressar em caixões para sua terra-mãe.
Não senhor. Isto não. O bom povo português com o qual nós temos muitas coisas em comum como a sua linda língua (não dito Bela língua por este termo só se referir a Língua de Moliere), cultura e duma certa maneira no seu modo de pensar não está para este tipo de cenários de ver os seus filhos ir matar o povo de Moçambique e ver alguns dele a regressar como cadáveres por apoiar um grupo de terroristas que se chama Frelimo.
Portugal está militarmente metido no Mali como parte de apoio do Ocidente à França que lá se meteu para rechaçar os islamitas, na Republica centro-africana como parte da missão da ONU, no Afeganistão como parte da OTAN de acordo com a estipulação da Carta da OTAN (NATO) que diz que um ataque contra um é um contra todos na sequência dos ataques dos islamitas de 9/11 nos Estados Unidos e está em Timor Leste como parte do dever de Portugal com antiga potência colonial para manter a ordem depois da retirada da Indonésia.
E que obrigação moral tem Portugal para com os seus antigos terroristas da Frelimo que mesmo depois da sua retirada de Moçambique nunca o respeitou e até mesmo empreendeu actos de terrorismo no seu próprio território na Europa como no caso de Evo Fernandes, antigo secretário geral da Renamo, que foi sequestrado e assassinado em Portugal por ordens da Frelimo? E que tal dos milhares e milhares de portuguese que foram aterrorizados e espoliados pelos terroristas da Frelimo antes e depois da saída oficial de Portugal?
E Portugal nunca se sentiu culpado por ter abandonado o povo de Moçambique e os milhares e milhares de soldados nativos da sua tropa nas garras dos terroristas da Frelimo sem antes da sua saída ter exigido garantias politicas para o povo e para aqueles militares que vieram depois a ser vitimas do terror de magnitude Khmer-rouge-esca nas mãos da Frelimo?
Portugal nem devia dar um apoio limitado que agora quer conceder aos terroristas que alegam estarem sob ataque doutros terroristas do Daesh como eles e a Frelimo ainda não apresentou nenhum daeshita aos moçambicanos e a Portugal para dizer aqui está um daeshita da Síria e do Iraque e perguntem-lhe porque está aqui em Moçambique. E o bom ministro português acredita que Daesh está metido. Mas bem que ele também disse que o conflito do Norte tem seus aspectos locais.
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