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terça-feira, 19 de março de 2019

Zucula embolsou 135, Chang 250 mas PGR não revela quem ficou com os 215 mil restantes dos subornos pagos pela Odebrecht


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Destaques - Nacional
Escrito por Adérito Caldeira  em 19 Março 2019
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) que não fala com jornalista mas usa o diário estatal como seu veículo de comunicação revelou que os antigos ministros Paulo Zucula e Manuel Chang terão recebido 135 mil dólares e 250 mil dólares, respectivamente, quem será o governante que embolsou os restantes 215 mil dólares em subornos que a construtora Odebrecht admitiu ter pago para garantir a construção do Aeroporto de Nacala.
Cerca de 3 anos após a construtora brasileira ter admitido, num acordo de leniência com o departamento de Justiça dos Estados Unidos da América, ter pago subornos de 900 mil dólares norte-americanos a funcionários de Governo de Moçambique para a construção do megalómano Aeroporto Internacional de Nacala a PGR divulgou que no processo que abriu no Gabinete Central de Combate à Corrupção, com o nº 58/GCCC/17-IR são arguidos Paulo Zucula, ex-ministro dos Transportes e Comunicações, e Manuel Chang, antigo ministro das Finanças.
O jornal Notícias refere que Zucula foi ouvido na passada sexta-feira (15) no âmbito desse processo porque, de acordo com Procuradoria, terá recebido 135 mil dólares pagos pela Odebrecht.
Ainda segundo a PGR o ex-ministro Chang embolsou 250 mil dólares da Odebrecht para aceitar emitir as Garantias Soberanas que serão alegadamente exorbitantes para o Estado moçambicano.
No entanto este argumento do Ministério Público moçambicano é pouco verosímil pois investigações do @Verdade, com um grupo de jornalistas sul-americanos em torno da operação Lava Jacto, apuraram que a Odebrecht teve de subornar funcionários brasileiros para defenderem “as garantias de Moçambique no COFIG(Comité de Financiamento e Garantia das Exportações, responsável por avaliar as condições de financiamentos do Governo federal a operações de exportação), ainda que as garantias fossem fracas em face das dificuldades financeiras de Moçambique”.
Além disso a Procuradoria-Geral da República não revela quem é o governante moçambicano recebeu os remanescentes 215 mil dólares, afinal a construtora brasileira assumiu ter pago subornos de 900 mil dólares.

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