quinta-feira, 21 de março de 2019
Sobre as 1000 vidas e os responsáveis
Um Presidente da República acaba por ser sempre culpado, é o custo político da sua função. E muita das vezes sem responsabilidade material, apenas solidária.
A recente tragédia, cujo número de mortos pode chegar a 1000 pode ser disso exemplo, apesar de ser censurável a sua ida para o eSwatini...
Isto porque Moçambique tem um organismo, que penso ser multi-sectorial, com competências para lidar com os desastres naturais, com missão de colocar em cima da mesa do PR todos os cenários possíveis e recomendar medidas que se impuseram.
E no caso do IDAI tenho dúvidas que tenham chegado a mesa do PR todos os dados possíveis e imaginários... e que se tenha proposto o decretar de um Estado de Emergência que permitisse o recolher compulsivo dos cidadãos das zonas de risco... como fizeram, por exemplo, em cima da hora, os bancos comerciais ou as transportadoras aéreas, que em prevenção, fecharam os seus estabelecimentos, cancelaram os seus serviços, etc., etc...
Dito isto, o organismo de emergência falhou e muito e os seus membros devem ter coragem de pôr o lugar a disposição, caso não, deve o PR demití-los, sob pena, aí sim, de a responsabilidade ser necessariamente repartida... não há espaço algum para manter confiança sobre alguns, a não ser que perder 1000 compatriotas sejam um desporto...
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