Prendam o tubarão!
O esforço titânio que a Procuradoria-Geral da República, PGR, tem tentado demonstrar fica anulado enquanto o principal actor do calote (acção ou comportamento que, sendo desonesto e ardiloso, tem a intenção de enganar ou ludibriar; dívida obtida através da pessoa que não tinha intenção de pagá-la) não for preso e responsabilizado pelo crime que a quadrilha cometeu contra o povo moçambicano, não passará de uma encenação teatral. O tubarão chama-se Armando Guebuza, antigo chefe de estado, que até meteu os filhos no pote da roubalheira. Mais grave ainda é o conjunto de manobras que a PGR, o Tribunal Supremo e a Assembleia da República, concretamente a Bancada parlamentar do partido Frelimo vêm encetando para trazer Manuel Chang de volta ao país, a fim de ser julgado pelos seus camaradas e declará-lo inocente de todos os crimes e suspeitas que recaiam sobre eles. Sabemos com que estamos a lidar.
Assim, ficam todos os inocentados e com os bolsos cheios de dinheiro roubado. Desse modo, as consequências da “inocência" dos gatunos sobrarão para o povo pagar o que não viu nem comeu. Será um golpe de mestre, é isso mesmo que procuram a todo o custo e não temos dúvidas de que as manobras dilatórias dos advogados de Chang estejam em consonância com as instituições de justiça do nosso país. Por isso, nós, lutamos para que Chang e o seu grupo, com Armando Guebuza à cabeça, sigam, sem mais delongas, para os Estados Unidos onde a justiça americana aguarda por eles.
Em Moçambique e com o partido Frelimo no poder, todos são inocentes. São considerados heróis que devem ser venerados pelo povo que destruíram e sobrecarregam com dívidas odiosas. Há quem pretenda ver no nosso activismo como sipaios ao serviço do “imperialismo americano". Seja lá o que for, recusamo-nos, sim, servir os ladrões e bandidos que, desde de 2015, negaram, a pés juntos, a existência de dividas. contraídas à margem da Constituição da República de Moçambique.
Assistimos uma PGR volúvel e sem vontade própria, quer dizer, age de acordo com os estímulos externos, que podem ser o poder político ou a musculatura do FBI. A carta que se julga que seja da procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, dirigida aos doadores é, simplesmente, sintomática, na qual se pode ler : “permitam que partilhemos a nossa principal dificuldade, o envolvimento de sua excelência presidente Filipe Jacinto Nyusi, em todo este processo e sendo um dos principais conceptores". Para aferir a veracidade da assinatura da carta, se é de Beatriz Buchili ou não, foi aberto um processo Número 1605 – B – 2017. Do exame grafológico feito em laboratório da criminalística concluiu de que a assinatura coincide com a de Beatriz Buchili.
Aqui, concluímos nós, reside uma grande dificuldade que impede a PGR de agir, para além da outra montanha chamada Armando Guebuza. Não é por caso que a procuradora-geral, Beatriz Buchili, diz, ou dizia ela, não haver elementos suficientes que possam incriminar os suspeitos das dívidas inconstitucionais e o próprio Nyusi completava a estrofe dizendo que “processos do género são complexos e levam muito tempo para serem esclarecidos". Dessa maneira, estava fechado, a sete chaves, o círculo vicioso que protege os ladrões do nosso presente e futuro dos nossos filhos. O crime lesa-pátria ficava enterrado debaixo de uma grande pedra da mentira que assegurava a quadrilha que ruiu ao primeiro golpe do FBI, provocando uma dança frenética dos homens da toga e mercedes de cor preta.
Ciclone IDAI: Alguém devia ser preso.
Por: Dias Valas
Só num País de impunidade extrema é que podem morrer uns milhares de pessoas, deslocadas e desemparadas outras centenas de milhar e.... e.... tudo ficar tal e qual. Um ciclone que havia sido previsto com semanas de antecedência, mas, por ironia mordaz, que morde mesmo, as autoridades falam como se fosse algo que lhes encontrou de surpresa. Como se tivesse sido um fenómeno que surgiu com o repentismo dos habituais Breaking ...
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