19/03/2019
Está na hora de Moçambique começar a pensar nas consequências da desflorestação que tem ocorrido em Moçambique desde o fim da guerra civil em 1992.
Até 1992 a desflorestação em Moçambique era pouca ou nenhuma devido a guerra civil que não permitia as movimentações, uma das poucas boas consequências dessa guerra civil.
Nessa altura Moçambique era dos paises de Africa com um dos cobertos florestais melhor preservados.
Desde 1992, até hoje o descalabro tem sido total, a desflorestação tem sido efetuada pelo corte de madeira para exportação, seguida pela invasão das populações das areas florestais, com a queima e derruba para a abertura de machambas.
Uma das consequências da desflorestação pode ser constatada com o aumento da violência do ciclone Idai e as suas consequências.
A existência de florestas não aumenta a quantidade de chuva duma determinada região, mas suaviza e muito as consequências das tempestades tropicais.
A floresta funciona como uma esponja que absorve a água e a vai libertando lentamente, por evapotranspiração e por escorrimentos, alimentando os lençóis freaticos.
Se o coberto florestal ainda existisse nestas áreas, a água teria ficado armazenada, os rios não teriam enchido tão rapidamente, as torrentes de lama não se teriam formado tão rapidamente e as consequências deste ciclone teriam sido suavizadas.
Dado que as florestas já foram cortadas e as boas madeiras os Chineses já levaram para fazer mobilias lá nas terras deles, só resta esperar 30 ou 40 anos que a floresta recupere, uma geração, para se poder voltar a cortar boas madeiras nas florestas Moçambicanas, nada mais podemos fazer senão aguardar.
Até 1992 a desflorestação em Moçambique era pouca ou nenhuma devido a guerra civil que não permitia as movimentações, uma das poucas boas consequências dessa guerra civil.
Nessa altura Moçambique era dos paises de Africa com um dos cobertos florestais melhor preservados.
Desde 1992, até hoje o descalabro tem sido total, a desflorestação tem sido efetuada pelo corte de madeira para exportação, seguida pela invasão das populações das areas florestais, com a queima e derruba para a abertura de machambas.
Uma das consequências da desflorestação pode ser constatada com o aumento da violência do ciclone Idai e as suas consequências.
A existência de florestas não aumenta a quantidade de chuva duma determinada região, mas suaviza e muito as consequências das tempestades tropicais.
A floresta funciona como uma esponja que absorve a água e a vai libertando lentamente, por evapotranspiração e por escorrimentos, alimentando os lençóis freaticos.
Se o coberto florestal ainda existisse nestas áreas, a água teria ficado armazenada, os rios não teriam enchido tão rapidamente, as torrentes de lama não se teriam formado tão rapidamente e as consequências deste ciclone teriam sido suavizadas.
Dado que as florestas já foram cortadas e as boas madeiras os Chineses já levaram para fazer mobilias lá nas terras deles, só resta esperar 30 ou 40 anos que a floresta recupere, uma geração, para se poder voltar a cortar boas madeiras nas florestas Moçambicanas, nada mais podemos fazer senão aguardar.
O que podemos fazer e este governo ou o próximo poderia ter coragem para o fazer, é subsidiar os fertilizantes, como o Malawi o faz em 30% terminando com as fomes, reduzindo o desflorestação e reduzindo a pobreza das familias Moçambicanas.
Com a utilização generalizada de fertilizantes e sementes melhoradas, as familias podem utilizar ano, apos ano, o mesmo terreno, não precisando de andar a mudar e a fazer queima e derruba.
A produção por hectare aumenta facilmente de 1000 kgs actual, para os 3000 kgs, permitindo a familia melhorar o seu rendimento e a sua qualidade de vida.
1000 kgs utiliza para comer ao longo do ano, 1000 kgs utiliza para vender no mercado, tendo algum rendimento podendo pagar a escola dos filhos ou comprar zinco e cimento para melhorar a casa, 1000 kgs para pagar os insumos que consumiu, as sementes melhoradas e o fertilizante.
A situacao atual, e que a familia sem insumos, produz 1000 kgs, utiliza tudo na sua alimentação, no ano seguinte o terreno está esgotado, vai avançar para uma nova área com a queima e derruba, perpetuando o ciclo de pobreza e não permitindo que o coberto florestal recupere.
Sem o coberto florestal recuperar, vamos ter estes ciclones cada vez mais fortes, que agora está na moda dizer-se que se devem ao aquecimento global e estamos a perpetuar o ciclo de pobreza e devastação de Moçambique.
O Banco Mundial e a União Europeia, nao lhes interessa que os fertilizantes sejam subsidiados em Moçambique porque querem vender os seus excedentes aos ''pobrezinhos'', está na hora de o governo ser forte e seguir o exemplo do Malawi e iniciar um programa de subsidio aos fertilizantes, para se acabar com o ciclo de pobreza do povo Moçambicano.
Terra rica de gente pobre, a quem nao deixam levantar a cabeça.
Ensinam a ladrar e eles aprendem a morder.
(Recebido por email)
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