"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Depois da madeira e fauna bravia chineses destroem ecossistemas marinhos de Moçambique!


BREAKING!
Depois da madeira e fauna bravia chineses destroem ecossistemas marinhos de Moçambique!
*Barcos Chineses já criam estragos na Inhaca e na Costa Moçambicana*
Viva malta! Hoje vive um pesadelo que julgava que nunca fosse acontecer.
Estou hospedado em casa de um amigo na ilha da Inhaca, com um pessoal nórdico amantes da caça-submarina e do mergulho livre ( apnéia), de alguns dias para cá as sessões não tem sido muito gloriosas, pois ventos, vagas e ondas grandes, combinado à uma visibilidade leitosa (não limpa) e por vezes tubarões, porém nada justifica a estes "vikings" da Dinamarca cancelar a expedição.
Está manhã, acordamos com chuva, céu muito nublado cinzento e seguimos ao Poço, ponto ou marca de mergulho combinado no jantar do dia anterior para iniciar a terceira jornada/aventura, quando lá chegamos via-se ao longe ( muito fosco) barcos ou embarcações de pesca industrial, os tais polêmicos vindos do Oriente, sim, Oriente para não mencionar o nome da nação que tanta boa gente tem que nada têm haver com este assunto. Contei de forma rápida pelo menos 4 embarcações, todavia, quando o sol abriu um pouco mais e deixou ver melhor ao longe, o número subiu para 17 barcos a aproximadamente duas milhas de nós, que a chuva não deixava antes ver, todos estacionarios ou ancorados, bem, entramos para o mar à dentro, felizmente ou finalmente a água estava com tom azul escuro, muito limpa, cristalina, como geralmente temos chamado, mas para o nosso espanto nem sequer um tubarão foi visto por nós, facto muito raro no Poço!
Depois de várias navegadas e mergulhos aos pontos ou marcas secretas que guardo, terminarmos a nossa expedição num ponto conhecido por muitos como B24, aliás, foi um grande parceiro meu quem estabeleceu este nome, na altura estava com ele no barco e achávamos que a marca tinha como parte mais baixa 24 metros, então assim ficou nomeado no GPS por B.(baixo) 24, para depois virmos a confirmar que de facto tinha -22metros, refiro-me a parte mais baixa, pois há tempos era um dos melhores pontos que a malta tinha, caracterizado por falésias tanto a Norte como à Sul que descaem rapidamente para os - 50 metros de profundidade, a Este apresenta um perfil muito extremo com uma longa quebra aonde geralmente víamos os raríssimos atuns dente de cão, hoje este ponto/marca está tão " batido" que as primeiras imagens ficaram somente nas memórias, pois nem um peixe serra, nem um xaréu à vista, parecia que tinha ali rebentado uma bomba, uns peixinhos amarelinhos ali e acolá nada da especial para o que procurávamos, (grandes peixes pelágicos). Enfim, fomos curtindo os mergulhos em apnéia de fuzil em mão, não fosse passar um tubarão com más intenções para nós, assim o fuzil serviria para blicar, afastar ou repelir.
Como estamos hospedados na Ilha, não tínhamos que partir de regresso cedo, como quando temos que regressar à Maputo e temos que infrentar mais ou menos trinta milhas de mar e baía.
Então ficamos no ponto na espetactiva que a hora mágica, quando o sol começa a pôr-se fosse trazer peixes predadores grandes, porém, quando eram 16:45h, em vez de peixes pelágicos, começaram a aproximar-se de nós barcos industriais, que navegavam aos pares, lado a lado, perdi a conta de quantos eram, talvez trinta, pois eram muitos todos semelhantes uns aos outros, pareciam clones de barcos que vinham nascendo do alto mar, com uma estrutura um pouco " sinistra", enferrujados, longos, estreitos e barulhentos de fora e por baixo de água, dava receio ficar ao pé deles áquela hora do fim da tarde, pois já se encontravam a sensivelmente 600 metros de nós, ademais era impossível continuar o mergulho com tanto barulho estrondoso das máquinas e ou motores que se propagava até nós quando estávamos no fundo " bum-bum-bum..." um estrondo intermitente muito forte mesmo, se é possível escutar-se anéis a tocarem-se do outro lado da piscina, imaginem então mais ou menos 30 embarcações industriais o que podem fazer em termos de estrondo sonoro!
Diante disto e porque haviam outros barcos semelhantes ou da mesma linha/frota no ponto Jeremias, decidimos então abortar o mergulho e seguir para Ilha, lugar aonde comentei o sucedido ao Sr. "António", este não ficou surpreso com o que lhe falará, pois ele vive na zona do Farol e diz que lá vê tudo, e " todas as noites esses piratas aproximam-se à costa da Ilha do lado oceânico e por volta das 4 horas da manhã retiram-se, todos os dias e já lá vão meses que é assim..."
Mal sabe o Sr. "António" que não são piratas, pois todos eles estão licenciados pelas autoridades marítimas locais.
Não sei se é coincidência não se ver nenhum peixe de passagem a está altura do verão, ou se são as mudanças climáticas, ou estas depressões com ventos e chuvas quem tem ocorrido, sei que nunca me aconteceu em vinte e cinco anos que prático está modalidade testemunhar em pleno Fevereiro, com a temperatura de água a 26/27 graus Celsius, fim da tarde, maré quase cheia em marcas ditas " quentes" estar tão fraco.
Parece-me que a corrida para o extermínio oceânico da parte do território moçambicano já foi desen

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