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segunda-feira, 15 de maio de 2017

FMI quer um resumo público até final do mês e Filipe Nyusi quer dinheiro


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Relatório da “Kroll” já está nas mãos da PGR
A “Kroll Associates UK” entregou na sexta-feira, 12 de Maio, à Procuradoria-Geral da República os resultados da auditoria internacional às dívidas ocultas. Ao público nada foi revelado. Em comunicado de imprensa de sábado, a Procuradoria-Geral da República diz que ainda quer analisar o documento e prometeu divulgar aos moçambicanos “o mais breve possível”, mas com a salvaguarda do segredo de Justiça.
Em comunicados separados do mesmo dia, o financiador da auditoria, a Embaixada da Suécia, e o Fundo Monetário Internacional querem que a Procuradoria-Geral da República publique um resumo do relatório o mais breve possível, antes da publicação do documento completo. O FMI estipula prazos. Quer que o resumo seja publicado em finais de Maio.
“A Embaixada da Suécia em Moçambique acolhe favoravelmente a entrega do Relatório de Auditoria Internacional Independente pela empresa Kroll à Procuradoria-Geral da República de Moçambique referente à EMATUM SA, ProIndicus SA e MAM SA”, lê-se no comunicado da Embaixada da Suécia. No mesmo documento, a E embaixada “aguarda a partilha do resumo do relatório com o público moçambicano pela Procuradoria-Geral da República de Moçambique, o mais breve possível, e subsequente publicação do relatório completo”.
No mesmo dia, o Fundo Monetário Internacional emitiu também um comunicado, onde pode se ler: “A entrega do relatório de auditoria internacional forense à EMATUM, ProIndicus e MAM à Procuradoria-Geral da República de Moçambique é bem-vinda”.
Se a Embaixada da Suécia não estabeleceu prazos para a para a publicação do resumo do relatório, o FMI quer o resumo até finais de Maio.
“Esperamos a publicação de um resumo do relatório até ao final do mês e, no devido tempo, do relatório completo”, lê-se no comunicado assinado por Ari Aisen, representante--residente do FMI em Moçambique.
No seu comunicado sobre o relatório da “Kroll”, a Procuradoria-Geral da República anuncia a recepção do documento e lembra que auditoria foi feita no contexto dos autos de instrução preparatória n.o 1/Procuradoria-Geral da República/2015 [dívidas ilegais contraídas ilegalmente, a favor da EMATUM, “ProIndicus” e MAM por Armando Guebuza, Manuel Chang e Filipe Nyusi]. Diz também que, nos próximos dias, vai realizar a “verificação e análise do relatório, com vista a aferir a sua conformidade com os termos de referência”, e explica que, finda a análise irá, “o mais breve possível, partilhar com o público os resultados da auditoria, com a salvaguarda do segredo de justiça, uma vez que o processo, em sede do qual a auditoria foi solicitada, ainda se encontra em instrução preparatória”.
Uma das questões que se levanta é a de que Beatriz Buchili não quer publicar os nomes dos responsáveis pelas dívidas, descobertos pela “Kroll”.
Filipe Nyusi quer que doadores retomem ajuda ao país
Falando à imprensa sobre o a apresentação do relatório à Procuradoria-Geral da República pela “Kroll”, Filipe Nyusi, a partir de Angoche, no quadro da visita presidencial, afirmou que os resultados da auditoria irão contribuir para o aperfeiçoamento “das acções do Governo” no que diz respeito “aos mecanismos de gestão e transparência de contas públicas e responsabilização”. Nyusi considera que já é altura de restabelecer a confiança, tendo pedido aos parceiros de cooperação para retomarem a assistência financeira ao Governo.
“Os progressos registados no restabelecimento da paz efectiva e as medidas em curso, de correcção macro-económica, são determinantes para a restauração da confiança junto dos parceiros e investidores”, disse Filipe Nyusi. (André Mulungo)
CANALMOZ – 15.05.2017

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