Destaques - Economia |
Escrito por Emildo Sambo em 14 Março 2016 |
![]() Os empregados de determinadas empresas chinesas em Moçambique, mormente as do ramo de construção civil, têm denunciado uma série de infracções à Lei do Trabalho e maus-tratos a que são sujeitos, o que vezes sem conta culmina com responsabilizações que, pelo contrário, não têm sido suficientes para colmatar o mal. Sem especificar quantos chineses, por exemplo, foram expulsos, no ano passado, por cometer as anomalias acima por si referidas e por terem sido contratados ilegalmente, Vitória Diogo disse que persiste a contratação de "trabalhadores estrangeiros ilegais, tendo só no ano transacto sido suspensos 1.182", pelo que apelou ao sector privado, particularmente às empresas chinesas, "para que operem respeitando escrupulosamente o quadro legal em vigor no nosso país". A situação laboral nas companhias ainda não é digna e, pelas palavras da ministra, parece estar ainda longe do desejável. "Temos estado a registar, com preocupação, a ocorrência de acidentes de trabalho, fenómeno que ocorre devido ao facto de algumas entidades empregadoras não observarem com rigor as medidas básicas de higiene e segurança no trabalho". Segundo a governante, que aproveitou o seminário sobre "Empresas Chinesas e Questões Laborais em Moçambique" para "publicitar" o Programa Quinquenal do Governo 2015/2019, que neste período prevê a criação de um milhão e quinhentos mil empregos, as firmas teimam em marginalizar o diálogo entre si e os trabalhadores, pese embora "o envolvimento dos parceiros sociais no processo de resolução dos conflitos laborais tem contribuído significativamente para o cumprimento das obrigações (...). Na tentativa de solução dos conflitos que nos são colocados, nem sempre o empregador se faz presente, impossibilitando assim uma aproximação das partes na resolução do litígio (...)". ![]() Li Chunhua, embaixador da China em Moçambique, disse que anualmente as firmas chinesas divulgam anúncios para o provimento de vagas mas não são ocupadas, além de que os centros de emprego do país não dispõem de uma base de dados sobre o emprego e oferta de técnicos. "Precisamos de uma maior interligação entre esses licenciados e as empresas chinesas”. Face a este problema, que sugere uma desorganização do Estado, Vitória Diogo disse que não faz sentido "termos compatriotas formados na China e noutros países" mas que regressados a Moçambique ficam em trabalho, "enquanto tempos empresas que precisam de mão-de-obra" e não dispõem da mesma, porque os centros de emprego não reúnem a informação exigida. |
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
segunda-feira, 14 de março de 2016
Desrespeito da Lei do Trabalho na ordem do dia e empresas chinesas queixam-se da falta de mão-de-obra formada no seu país
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário