27/08/2020
ódio Grrrrr raiva por mayngana
É impressionante a facilidade com que Celso Correia surge referenciado em determinados fóruns públicos, não pelas melhores razões, sim apontado a eventuais ligações, no mínimo, suspeitas.
Paradoxalmente, o agora ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural não se dá ao esforço de esclarecer seja lá o que fôr, remetido ao silêncio.
Um silêncio que, diga-se, não tem, nem tão pouco, desanimado as tertúlias que vão aparecendo sempre que vem ao de cima mais um escândalo.
Não há aqui sequer o direito ao ‘benefício da dúvida’...
No anterior mandato, Celso Correia foi ministro numa outra casa que não a da Agricultura e Desenvolvimento Rural, onde está agora, consigo levando a vertente Desenvolvimento Rural.
Mas não somente. Correia arrastou igualmente com ele o Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS), no imediato suscitando um coro de críticas vindo da sociedade civil, que nota no arrasto, mais uma daquelas iniciativas que visam alimentar os actuais servidores públicos, idos do sector privado.
Protestos ainda por a Agência Nacional Integrado do Norte (ADIN) estar, de igual modo, sob a alçada do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural.
Isto para além do famigerado Sustenta, que de repente passou de um projecto de âmbito local – alguns distritos de Nampula e da Zambézia – para, de repente, ser de interesse nacional, sem que certa ONG perceba como foi possível tamanha viragem, uma vez que os tradicionais estudos não foram tidos em consideração e o rigor das instituições financeiras internacionais se resumiu num piscar de olho.
Mas há mais situações que colocam Celso Correia no epicentro das tertúlias que vão acontecendo na praça pública, prioritariamente sempre após o assinalar de mais um escândalo.
Se calhar para não variar, ainda que de leve, levezinho, o bom nome de Celso Correia terá sido veiculado no seguimento do sururu envolto da queima dos escritórios do Canal Moz e do Canal de Moçambique, na calada da noite de domingo último.
Há quem entende que os autores da queima cumpriram ordens vindas sabe-se lá de quem, supostamente motivadas pela recente polémica envolvendo o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, de Ernesto Max Tonela.
Correia e Tonela estariam ligados aos negócios dos combustíveis, cujo processo de adjudicação tem sido caracterizado por avanços e recuos, acabando, em definitivo, pelo menos por ora, em standy by, enquanto os tribunais não darem provimento a um processo-queixa submetido há semanas por uma firma do ramo, concorrente.
É muita tinta preta para um jovem ministro que chegou a ser rotulado de superministro, não na verdadeira acepção da palavra, antes com ‘sabor’ a cinismo.
É que numa situação normal, o estatuto de superministro pertenceria a Adriano Maleiane, pelo peso que o Ministério da Economia e Finanças, de que é titular pelo segundo mandato consecutivo, assume aqui e na conchichina. Grrrrrrrrrr.
EXPRESSO – 27.08.2020
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