"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

MDM critica passeata de Taipo pelas antigas bases da Renamo


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Com o pretexto relacionado com a abordagem da instabilidade política e militar que, apesar das tréguas, continua a ser um nó de estrangulamento para o retorno à vida normal, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) criticou, esta segunda-feira, a exibição de poder, demonstrada
pelas autoridades governamentais, ao organizar passeatas e convívios nas antigas bases da Renamo. Semana passada, a governadora da província de Sofala, Helena Taipo e uma numerosa delegação organizaram uma passeata pelas antigas bases da Renamo, incluindo o antigo quartel general de Afonso Dhlakama, em Santungira, actualente transformada em base das Forças de Defesa e Segurança. Para Sande Carmona, deputado e porta-voz do MDM, estas aparições cheiram a provocações, eventos desaconselháveis, numa altura em que as partes tentam criar laços de aproximação e confiança. “Hoje assistimos as autoridades governamentais a passearem a sua classe nas antigas bases do seu adversário, numa altura que se procura confiança entre as partes. Isso, para nós, é motivo de preocupação, embora não saibamos o que é que os dois presidentes acordaram. Outros procuram protagonismos de glórias.
Afinal na presente situação não deve haver vencidos nem vencedores. Qualquer tentativa nesta fase que possa trazer um mau entendido pode complicar todo o esforços duma nação” – censurou o MDM, apelando a prática se atitudes que promovam a reconciliação entre os moçambicanos. Na conferência de imprensa, o MDM voltou a relacionar as cíclicas instabilidades como resultado da falta de políticas claras de quem governa o país desde que proclamou a sua independência, em 1975. “O nosso País vive desde a Independência Nacional, uma instabilidade Política cíclica, devido à falta de políticas claras, de incoerência, de inconsistência, de falta de transparência, de ausência do respeito pelos direitos humanos, enfim, vivemos uma democracia doentia, onde a lei das armas dita as regras do jogo” – criticou reiterando a necessidade de se avançar para a revisão da Constituição da República. Para o MDM, só a revisão da Constituição da República vai criar condições efectivas para a solução dos problemas, com o foco na necessidade de assegurar a descentralização política e administrativa e ainda a redução dos poderes do Presidente da República.
MEDIA FAX – 18.01.2017

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