"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 31 de maio de 2016

SELO: A bancarrota confirma-se - Por Ermelinda Lindo

 
 
 
Vozes - @Hora da Verdade
Escrito por Redação  em 31 Maio 2016
Exmo senhor Nelson Muianga (não sei se merece ser tratado assim), é público que o senhor está a fazer uma limpeza do pessoal afecto à CETA, SA. Para o senhor, gerir uma empresa é o seguinte: DESPEDIMENTOS + DESPEDIMENTOS + INJUSTIÇAS = GESTÃO.
Lamentavelmente, o senhor tem estado a infringir a Lei do Trabalho, inconscientemente ou por simples emoção. Vários trabalhadores foram expulsos dos seus postos, alguns culpados e outros não.
Insistentemente, foi-me interdita uma conversa como senhor Nelson Muianga numa das visitas que efectuei ao seu escritório, para que pudéssemos encontrar formas de contornar estas lacunas de gestão.
Gostaria de lembrar ao senhor que ninguém está acima da lei. Infringir uma norma quando se trata de trabalho pode significar prejudicar famílias. Quantas pessoas despedidas ficarão sem sonhar com uma faculdade ou saúde condigna devido a estas injustiças cometidas pelo senhor?
O senhor e a sua cúpula enganaram os antigos proprietários da CETA. Nunca antes tinha havido salários em atraso.
Nunca as obras tinham ficado sem materiais para a continuação ou conclusão das mesmas. Mas agora acontece. Nunca os fornecedores reclamaram tanto das dívidas acumuladas por esta companhia. Que tipo de direcção funciona assim? Todos comentam, em vários lugares, a injustiça e as aldrabices perpetradas pelo senhor.
Os despedimentos que o senhor faz na CETA um dia podem-lhe trazer problemas. As pessoas cansam-se de injustiças. A sua gestão demonstra falta de visão. Gerir a CETA não é gerir uma barraca. O senhor toma decisões debaixo de joelhos, sem fazer uma análise prévia, baseando em suspeitas ou em fofocas dos espiões da INSITEC nas obras. Os espiões que o senhor montou na empresa serão desmantelados.
Senhor Nelson, estou a fazer a minha pós-graduação em psicologia e estou a estudar comportamentos como o seu. Fiquei chocada com a quantidade de pessoal que saiu e que ainda vai sair desta companhia devido à injustiça de certos gananciosos oportunistas, como o senhor.
Espero que haja mudanças rápidas na firma de modo que se evite publicar as fotos comprometedoras da sua pessoa, sobre as viagens que tem efectuado durante o seu reinado na companhia. Existem também algumas imagens feitas por pessoas que vivem e convivem consigo.
Muita gente está contra o seu tipo de gestão e contra os despedimentos que ocorrem com o conhecimento da INSITEC. Esta firma está condenada ao fracasso. Onde já se viu um PCE abocanhar o sector dos recursos humanos, assinando cartas de demissão de trabalhadores, sabendo que existe um director para esse poleiro.
Onde já se viu um PCE abocanhar a área de compras de uma companhia, existindo directores nesse poleiro. Qualquer dia o senhor será director para todas as áreas da empresa! Senhor, deixa de ser ambicioso... Deixe os outros trabalharem e devia preocupar-se em rentabilizar a empresa de uma outra maneira, em vez de mandar os seus espiões para bisbilhotarem tudo que acontece nos departamentos.
O senhor devia preocupar-se em pagar as dívidas dos fornecedores, em vez de dificultar a vida de pobres coitados. A CETA vai deixar de existir nos próximos tempos, muito por culpa da INSITEC. Os salários já não são pagos dentro do tempo acordado, vários benefícios estão a ser cortados, o que de certa forma cria descontentamento entre os trabalhadores. Coitados os trabalhadores que venderam as suas acções e venderam, consequentemente, a companhia, a humildade, o companheirismo e a sinceridade. Hoje estão arrependidos, mas isto não vai ficar assim.
Não percebo como é que uma obra já ganha, com garantias de andamento e com garantia de financiamento esteja paralisada devido à falta de fundos.
Os gestores que tomavam conta da CETA, antes da INSITEC, pelo menos conseguiam colmatar os problemas atrás mencionados. Não havia atraso de salários, não havia intimidação, havia harmonia e confiança. O que vocês fizeram desde que chegaram à CETA? Nada!
Por Ermelinda Lindo

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