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quinta-feira, 26 de maio de 2016

AUDIÇÃO PARLAMENTAR: PIC refuta vala comum

 


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A POLÍCIA de Investigação Criminal (PIC) considera que a alegada existência de uma vala comum na província de Sofala é produto de desinformação, com o objectivo de difundir boatos e criar pânico e medo nas populações já física e psicologicamente afectadas pelos ataques armados da Renamo.
Esta consideração foi feita pelo director nacional adjunto da PIC, Vicente Chicote, durante a audição parlamentar promovida pela Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade, no quadro das investigações que os deputados pretendem realizar em torno desta questão.
Segundo o responsável policial, a propalada vala comum constitui, por outro lado, uma tentativa de transmitir uma mensagem de violação de direitos humanos por parte do Governo de Moçambique, “o que não é verdade”.
“Em Canda e em nenhum outro local não existe nenhuma vala comum e nenhum corpo encontrado neste local”, frisou.
No entanto, Vicente Chicote confirmou o facto de terem sido encontrados treze corpos sem vida e em avançado estado de decomposição debaixo de uma ponte sobre o rio Mbinganhama, na zona do povoado de Mpfumo Tropa, no distrito de Macossa, província de Manica, cuja origem se desconhece.
“Os exames dos treze corpos encontrados não foram efectuados, devido ao seu estado avançado de decomposição. Entretanto, os mesmos já foram sepultados com a ajuda das autoridades comunitárias locais”, indicou o director adjunto da PIC.
Vicente Chicote revelou que uma equipa multissectorial envolvendo os comandos provinciais da PRM de Sofala e Manica encontra-se a efectuar um trabalho de investigação, no âmbito dos esforços tendentes ao esclarecimento das circunstâncias da morte das treze pessoas, cujos corpos foram encontrados sem vida na região de Macossa, em Manica.
“Em Macossa foi aberto um processo-crime e na província de Sofala foi instaurado um auto de averiguações, na respectiva procuradoria provincial”, esclareceu.
ELEMENTOS PARA INÍCIO DA INVESTIGAÇÃO – CONSIDERA EDSON MACUÁCUA
Entretanto, o Presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade da AR, Edson Macuácua, considerou importante os dados fornecidos pela PIC, pois, segundo indicou, constituem um elemento importante para o início das investigações que a sua comissão vai realizar no terreno.
“A audição à PIC permitiu-nos obter dados preliminares muito importantes para o processo de averiguação”, afirmou Macuácua para depois dar a conhecer que o seu grupo de trabalho irá auscultar outras fontes consideradas relevantes na matéria.
“Precisamos de três informações de diferentes fontes para uma melhor análise. São dados que serão úteis no trabalho de averiguação que faremos no terreno”, frisou Edson Macuácua.
De acordo com a metodologia de trabalho adoptada pela comissão dirigida por Edson Macuácua, hoje o grupo vai realizar uma audição ao Ministério da Justiça, um trabalho que não conta com a presença de deputados da comissão eleitos pela bancada da Renamo, que decidiram boicotar o processo, alegando que a investigação sobre a vala comum deveria ser levada a cabo por uma comissão parlamentar de inquérito.
Refira-se que a Comissão Permanente da Assembleia da República decidiu, na sua última sessão ordinária, mandatar a Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade para investigar a existência ou não de uma vala comum no distrito de Gorongosa, em Sofala.
A denúncia da existência de uma vala comum naquele ponto do país foi feita por órgãos de comunicação social estrangeiros, o que levou o Governo de Sofala a organizar uma expedição de jornalistas nacionais para o local.
Dados verificados no terreno não apontaram para a existência de nenhuma vala comum, mas ficou comprovada a existência de cadáveres humanos espalhados em algumas machambas dos distritos de Gorongosa (Sofala) e Macossa (Manica).
NOTÍCIAS – 26.05.2016
NOTA: Porque espera, Drª Alice Mabota? A Senhora falou em mais que uma vala, lembra-se?
Fernando Gil

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