"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 20 de maio de 2016

OMS destaca progressos na saúde em Moçambique


MOÇAMBIQUE está no meio da tabela africana na taxa de mortalidade materna (489 por 100 mil nados vivos), e na mortalidade infantil (78,5 mortes de crianças com menos de cinco anos em cada mil nados vivos), devido a melhorias registadas ao longo dos últimos anos.
Segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado ontem, intitulado Estatísticas Mundiais de Saúde e publicado anualmente desde 2005, o relatório conclui que a esperança média de vida aumentou cinco anos entre 2000 e 2015, o crescimento mais rápido desde os anos 60, mas o mundo ainda se depara com enormes desigualdades, tanto entre países, como dentro dos próprios Estados.
A esperança média de vida em Moçambique é de 57,6 anos para uma criança nascida em 2015, abaixo da média africana de 60 anos, mas acima dos valores registados pelo país em 2000 (45,2 anos) e em 2013 (54 anos).
Entre os 47 países da região africana da OMS, Moçambique tem a 10.ª pior esperança média de vida.
Já a probabilidade de morrer de uma das quatro principais doenças não transmissíveis como cancro, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias e diabetes - entre os 30 e os 70 anos é de 17,3 por cento em Moçambique, o que coloca o país entre os sete melhores da região.
O relatório analisa indicadores relativos a algumas doenças, entre as quais o HIV/Sida, a tuberculose e a malária, nas quais Moçambique surge entre os 10 países mais afectados da região africana.
No HIV/Sida, o país regista 7,4 novas infecções mil adultos não infectados, a 8.ª pior incidência dos 44 países africanos que têm dados, enquanto a incidência de tuberculose é de 551 em cada 100 mil pessoas, a 5.ª pior de África.
Em cada mil pessoas em zonas de risco de infecção, 352,3 apanharam malária em 2013, a 8.ª pior incidência da região africana.
Nas estimativas da OMS, que reúnem dados de 194 países relativos a uma série de indicadores, nomeadamente mortalidade, doenças e sistema de saúde, Moçambique destaca-se no capítulo dedicado ao suicídio, onde surge com a maior taxa de África: 17,3 suicídios em cada 100 mil habitantes.
Também na mortalidade por envenenamento acidental - por pesticidas, querosene, químicos domésticos, monóxido de carbono ou drogas - Moçambique tem a pior taxa da região africana: 8,1 mortes por cada 100 mil habitantes.
Já na mortalidade devido a homicídios, Moçambique destaca-se pela positiva, com 3,4 pessoas assassinadas por cada 100 mil habitantes, taxa que coloca o país entre os três melhores do continente.
Moçambique é o país africano com maior taxa de suicídio, mas está entre os três Estados com menor taxa de mortalidade por homicídio no continente.

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