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sexta-feira, 27 de maio de 2016

Barril de petróleo volta a subir mas está longe do preço que levou Moçambique a subsidiar os combustíveis

 
 
 
Destaques - Economia
Escrito por Redação  em 27 Maio 2016
Os preços do petróleo subiram acima de 50 dólares norte-americanos por barril nesta quinta-feira (26) pela primeira vez em quase sete meses, com sinais de abrandamento do excesso de oferta global que tem afetado o mercado há quase dois anos. Mas estes valores ainda estão longe dos 120 dólares que em 2011 levaram o Governo moçambicano a susbidiar às gasolineiras, em Abril a factura de importação combustíveis foi de 37,6 milhões de dólares norte-americanos.
As cotações do petróleo recuperaram-se nas últimas semanas depois de uma série de interrupções na produção, principalmente devido a incêndios florestais no Canadá e instabilidade na Nigéria e na Líbia.
De acordo com agência Reuters, acima de 50 dólares norte-americanos o barril, o petróleo supera uma barreira psicológica que pode levar produtores, especialmente das empresas de xisto nos EUA, a reviver operações desactivadas nos últimos anos.
Mas apesar desta baixa do petróleo nos mercados internacionais, que chegou aos 25 dólares o barril em meados Janeiro, em Moçambique o Executivo de Filipe Nyusi mantém o preço dos combustíveis que não são alterados desde 2011, quando o barril da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) custava 120 dólares norte-americanos.
De acordo com o Banco de Moçambique só em Abril a factura de combustíveis foi de 37,6 milhões de dólares norte-americanos, cerca do dobro despendido na importação de bens alimentares de primeira necessidade e de medicamentos.
Foto de ArquivoUma outra perspectiva para o elevado gasto das Reservas Internacionais Líquidas em combustíveis relaciona o seu consumo com a guerra que as Forças Governamentais movem contra os guerrilheiros do partido Renamo. “Os carros militares gastam combustível. O carro militar é o mais veloz, o mais forte, e como ele é pesado a cilindrada tem que ser maior para poder locomover-se logo precisa de grande quantidade de combustível”, sugeriu o académico João Uthui em entrevista ao @Verdade.
A desculpa do Governo para a manutenção do subsídio às gasolineiras, que não beneficia a maioria do povo mas antes o próprio Estado que tem a maior frota de automóveis no país, tem sido a desvalorização do metical em relação ao dólar norte-americano.

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