"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 4 de junho de 2018

Forças de Defesa e Segurança desmantelaram alegada célula do Al Shabaab moçambicano

As Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, em estreita colaboração com as comunidades locais do Norte da província de Cabo Delgado, abateram na passada sexta-feira (01) nove membros do que aparenta tratar-se de uma célula militar do novo grupo islamita que opera nessa região desde Outubro de 2017 e que no fim de semana passado decapitou dez cidadãos civis.
De acordo com o Augusto Guta, porta-voz da Polícia da República de Moçambique na província de Cabo Delgado, as Forças de Defesa e Segurança nas actividades de perseguição dos insurgentes, chamados pela população local de Al Shabaab, enfrentaram com sucesso uma célula numa mata fechada do Posto Administrativo de Olumbi.
Do confronto, que aconteceu numa floresta denominada Quissengue, resultou a morte de dois dos malfeitores no local e outros fugiram em debandada deixando para trás várias armas brancas e uma arma de fogo. Mais tarde, cerca das 19 horas, de acordo com a fonte policial em declarações à Televisão de Moçambique, parte do grupo que sobreviveu e fugiu para a mata tentou atacar uma aldeia na mesma região mas foram repelidos pelas Forças de Defesa e Segurança que estão a ser apoiadas por jovens locais armados com arcos e flechas.
No novo confronto foram mortos outros sete membros do grupo que se suspeita seja o mesmo que no passado dia 26 e 27 decapitaram dez cidadãos civis, entre eles dois adolescentes, em duas aldeias do Posto Administrativo de Olumbi, no distrito de Palma.
Este movimento armando aterroriza a província de Cabo Delgado, onde se localizam importantes jazigos de gás natural e petróleo concessionados a multinacionais como a ENI ou a ANADARKO, desde Outubro de 2017 e clama defender a ideologia islâmica porém um estudo de académicos moçambicanos constatou que eles apenas pretendem criar instabilidade na Região para permitir o negócio o tráfico de madeira, marfim e rubis que rende milhões de dólares norte-americanos aos seus líderes que tem proveniência do Quénia e da Tanzânia.
João Pereira, um dos autores do estudo e professor na Universidade Eduardo Mondlane, explicou que as células deste movimento são compostas por 10 a 20 pessoas e poderão existir só no distrito da Mocímboa da Praia 20 ou 30 células do Al Shabaab.
Sobre os líderes do movimento os académicos apuraram que cada célula terá a sua própria liderança e que: “Não há um comando dentro da Mocímboa da Praia, o comando é feito por outras células que estão espalhadas na zona de Kibiti na Tanzânia e nos distritos circunvizinhos (Nangade, Palma), é muito difícil ver onde está a chefia”, esclareceu o professor Pereira.

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